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Contas a receber vinculadas à concessão 1 Mutação das contas a receber vinculadas à concessão

161 Títulos mantidos até o vencimento

9 Contas a receber vinculadas à concessão 1 Mutação das contas a receber vinculadas à concessão

Ativo Ativo Obrig. especiais Consolidado Saldos circulante não circulante não circulante (IFRS e BR GAAP) Em 31.12.2009 44.070 3.045.323 (1.217.103) 1.872.290

Capitalizações do intangível em curso - 120.384 (11.128) 109.256

Transferências do não circulante para o circulante 51.077 (51.077) - - Transferências para encargos do uso da rede - clientes (48.121) - - (48.121) Provisão para perdas - ativo indenizável - (2.815) - (2.815)

Variação monetária - 131.329 (31.390) 99.939

Baixas - (1.957) - (1.957)

Em 31.03.2010 47.026 3.241.187 (1.259.621) 2.028.592

Ativo Ativo Obrig. especiais Consolidado Saldos circulante não circulante não circulante (IFRS e BR GAAP) Em 01.01.2009 27.685 2.632.185 (1.171.723) 1.488.147

Capitalizações do intangível em curso - 92.440 (12.065) 80.375 Transferências do não circulante para o circulante 45.044 (45.044) - - Transferências para encargos do uso da rede - clientes (42.904) - - (42.904) Provisão para perdas - ativo indenizável - (2.815) - (2.815)

Variação monetária - 50.465 11.130 61.595

Baixas - (2.914) - (2.914)

Em 31.03.2009 29.825 2.724.317 (1.172.658) 1.581.484

9.2 Contas a receber vinculadas à concessão - Distribuição

O Contrato de Concessão de Serviços Públicos de Energia Elétrica celebrado entre a União (Poder Concedente - Outorgante) e a Copel Distribuição (Concessionária - Operador), que regulamenta a exploração dos serviços públicos de distribuição de energia elétrica, estabelece:

•••• Os serviços que o operador deve prestar e para quem (classe de consumidores) os serviços

devem ser prestados;

•••• Os padrões de desempenho para prestação de serviço público, com relação à manutenção e à

melhoria da qualidade no atendimento aos consumidores, e o operador tem como obrigação, na entrega da concessão, devolver a infra-estrutura nas mesmas condições em que a recebeu na assinatura desses contratos. Para cumprir com essas obrigações, são realizados investimentos constantes durante todo o prazo da concessão. Portanto, os bens vinculados à concessão podem ser repostos, algumas vezes, até o final da concessão;

•••• Que ao final da concessão os ativos vinculados à infra-estrutura devem ser revertidos ao Poder

Concedente mediante pagamento de uma indenização; e

•••• Que o preço é regulado através de mecanismo de tarifa estabelecido nos contratos de

modalidades de revisão tarifária, que deve ser suficiente para cobrir os custos, a amortização dos investimentos e a remuneração pelo capital investido.

Com base nas características estabelecidas no contrato de concessão de distribuição de energia elétrica das Companhias, a Administração entende que estão atendidas as condições para a aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01/IFRIC 12 e SIC 29 – Contratos de Concessão, a qual fornece orientações sobre a contabilização de concessões de serviços públicos a operadores privados, de forma a refletir o negócio de distribuição elétrica, abrangendo:

(a) Parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados ou depreciados até o final da concessão classificada como um ativo financeiro por ser um direito incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro diretamente do Poder Concedente; e

(b) Parcela remanescente à determinação do ativo financeiro (valor residual) classificada como um ativo intangível em virtude da sua recuperação estar condicionada à utilização do serviço público, neste caso, do consumo de energia pelos consumidores (vide NE nº 18).

A infra-estrutura recebida ou construída da atividade de distribuição, que estava originalmente representada pelo ativo imobilizado e intangível é recuperada através de dois fluxos de caixa, a saber: (a) parte através do consumo de energia efetuado pelos consumidores (emissão do faturamento mensal da medição de energia consumida/vendida) durante o prazo da concessão; e (b) parte como indenização dos bens reversíveis no final do prazo da concessão, esta a ser recebida diretamente do Poder Concedente ou para quem ele delegar essa tarefa.

Essa indenização será efetuada com base nas parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

O ativo financeiro está classificado como instrumento financeiro disponível para venda, considerando a premissa adotada pela administração da Companhia de que o valor da indenização ao final do contrato de concessão será calculado pelo Poder Concedente considerando o valor da base tarifária denominada Base de Remuneração Regulatória – BRR, definida pelo Poder Concedente, cuja metodologia utilizada é o custo de reposição dos bens integrantes da infra- estrutura de distribuição vinculada à concessão.

Os fluxos de caixa atrelados a esses ativos são determinados considerando o valor da base tarifária. Essa base tarifária (BRR) é revisada a cada quatro anos considerando diversos fatores e principalmente tem como objetivo refletir a variação de preços dos ativos físicos, incluindo as baixas, depreciações e adições dos bens integrantes dessa infra-estrutura (ativo físico) vinculada ao ativo financeiro.

Sobre esse ativo financeiro incide remuneração baseada no WACC regulatório homologado pela Aneel no processo de revisão tarifária periódica a cada quatro anos, cujo montante está incluído na composição da receita de tarifa faturada aos consumidores e recebida mensalmente.

Nos períodos intercalares entre a data da última e próxima revisão tarifária periódica, o saldo do ativo financeiro é ajustado pela expectativa da Administração de aumento ou redução dos seus fluxos de caixa vinculados a movimentação dos bens integrantes da infra-estrutura (ativo físico). Essas variações da estimativa dos fluxos de caixa são registradas diretamente no resultado do exercício.

Por não existir um mercado ativo para a negociação desse ativo financeiro, as variações no valor justo do saldo do ativo financeiro relacionado à percepção dos participantes de mercado em relação a diferença entre a taxa de remuneração regulatória e a taxa de mercado é ajustada periodicamente com base em metodologia determinada pela Administração e esse ajuste, quando aplicável, é registrado diretamente na conta de avaliação patrimonial, no patrimônio líquido.

9.3 Contas a receber vinculadas à concessão - Transmissão

Referem-se a créditos a receber relacionados aos contratos de concessão da atividade de transmissão e estão representados pelos seguintes valores: (i) receita de construção da infra- estrutura de transmissão para sua disponibilização aos usuários; (ii) a receita de operação e manutenção da infra-estrutura quando efetivamente realizados: e (iii) a remuneração financeira garantida pelo Poder Concedente durante o prazo da concessão sobre tais receitas.

A receita dos contratos de concessão de transmissão é realizada pela disponibilização da infra- estrutura aos usuários do sistema, não tem risco de demanda e é, portanto, considerada receita garantida denominada Receita Anual Permitida (RAP) a ser recebida durante o prazo da concessão. Os valores são faturados mensalmente aos usuários da infra-estrutura, conforme relatório emitido pelo Operador Nacional do Sistema – ONS.

No vencimento da concessão, se houver saldo remanescente ainda não recebido relacionado à construção, operação e manutenção da infra-estrutura, esse será recebido diretamente do Poder Concedente por ser um direito incondicional de receber caixa, conforme previsto no contrato de concessão, a título de indenização pelos investimentos efetuados e não recuperados por meio da tarifa (RAP).

Para efeito de elaboração dos fluxos de caixa futuros dos contratos de transmissão com o objetivo de determinação da taxa efetiva de juros para o registro da remuneração sobre o saldo desse ativo no prazo da concessão, a Administração da Companhia além da consideração das receitas anuais permitidas (RAP) a serem recebidas durante o prazo da concessão, também adotou como premissa que a última parcela incluída no fluxo de caixa é a do recebimento da indenização dos ativos físicos vinculados a esse ativo financeiro.

Esses ativos financeiros, por possuírem fluxos de caixa fixos e determináveis, são classificados como “empréstimos e recebíveis”, sendo inicialmente estimados com base nos respectivos valores justos e posteriormente mensurados pelo custo amortizado calculado pelo método de juros efetivos.