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CONTEÚDO FILOSÓFICO DO 7º GRAU

SÍMBOLOS DO GRAU DE "MESTRE SECRETO"

CONTEÚDO FILOSÓFICO DO 7º GRAU

De acordo com P. Rosen (Syc), a lenda judaica referente aos 3.600 contramestres instituídos por Salomão para a administração da justiça, fundada sobre os direitos e deveres do homem, é a base do grau e do título de Preboste e Juiz.

Enquanto no 6? grau havia apenas o desejo de saber, no 79 grau este desejo transforma-se na posse da ciência, posse obtida por uma fidelidade mútua e por um mútuo apoio, graças aos quais os iniciados são capazes de fazer justiça aos seus irmãos. Ê uma consagração do direito natural, nascido em linha reta da consciência humana.

Assim, os graus 4º, 5º, 6º e 7º nos demonstram que, existindo a consciência por si mesma e que o homem não terá fim, devem os Maçons se apoderarem de todos os meios para chegar a impor aos seus inimigos o direito natural, único ao qual o Maçom pode prestar homenagem. Os sinais, toques e as palavras simbolizam este ensinamento, declarando a palavra sagrada que este direito natural deve ser "plantado bem reto e bem estável" em nossa consciência onde está imanente.

Diz por sua vez E. Acosta (MMG) que os trabalhos ao grau procuram esclarecer que o direito de ditar leis e torná-las efetivas pertence exclusivamente ao Povo que deve discuti-las, pô-las em vigor ou ab-rogá-las. Os conhecimentos referem-se à "soberania dos Povos", "direto humano", "Filosofia do direito", ''Antropologia Biológica e Psicologia geral"...

"Preboste e Juiz" é sinônimo de sábio e ensina quem deve pôr remédio às misérias, inculcando a todo o mundo os princípios que o regem, para que saiba apreciar seus deveres e direitos, legislando e administrando justiça com imparcialidade e eqüidade.

Segundo Luis Umbert Santos (HREAA), o Ritual consagra a cerimônia de recepção, neste grau, à organização judicial dos Obreiros do Templo de Salomão. Em seu conteúdo, aparecem vislumbres de idéias de vingança e expiação; contudo, torna-se necessário reconhecer que nele domina um grande pensamento, na chave de ouro que abre o cofre de ébano colocado no fundo do Santuário, fechado aos profanos. Os trabalhos têm por objetivo dar a compreender aos homens, à luz do dia, que o direito de ditar leis e aplicá-las corresponde ao povo, e portanto a ele corresponde discutí-las, pô-las em vigor

e derrogá-las. Ensina que o respeito da lei aceita pelo povo, deve constituir para ele uma segunda natureza.

Neste grau, tudo gira em torno da obrigação de se fazer justiça, tanto aos nossos irmãos, pelos laços da fraternidade que nos regem, como a todos os homens: a denominação do grau, a sua lenda, a sua moral, o toque, a palavra sagrada, tudo enfim.

Os ritualistas franceses deram a esse grau, como palavra sagrada, a de

Jakinai, interpretando-o como plural de Jakin. Referiam-se aos jakinitas,

descendentes de Jakin, terceiro filho de Simeão, filho de Jacó, que formaram uma das 24 famílias sacerdotais e cujo nome traduziram por "homens justos".

O 7º grau é portanto dedicado à Justiça e à Eqüidade. A justiça é fundada nos deveres e nos direitos do homem, nenhum outro devendo ser reconhecido além do direito natural.

Tendo nascido livre e inteligente, possui o homem direi.os anteriores a toda legislação; são direitos naturais e portanto inalienáveis e imprescritíveis. Tais direitos primitivos, e que derivam da qualidade essencial e fundamental do ser racional, são os seguintes: direito ao respeito e ao desenvolvimento da personalidade humana, direito de igualdade, de liberdade, de propriedade, de associação em todas as suas aplicações aos objetivos, direito de legítima defesa e todos aqueles garantidos por contrates etc. Todos esses direitos constituem o direito natural.

Toda pessoa que possuir tal direito tem também a faculdade de realizar um ato ou de exigir uma coisa. Por exemplo, um homem tem o direito de trabalhar: ninguém poderá fazer obstáculo a este direito e ninguém poderá impedir que o filho menor obedeça aos pais que têm sobre ele o direito paterno ou parental.

O direito é portanto uma relação entre os atos voluntários de duas pessoas e implica coordenação e limitação recíproca. É a condição sob a qual a liberdade de ação de um pode conciliar-se com, a liberdade do outro, cabendo à sociedade a obrigação de garantir e conciliar a liberdade de cada um com a liberdade de todos, para que possa realizar os objetivos individuais e socais. Estes são: conservar e desenvolver a personalidade humana, isto é a liberdade unida à inteligência e ao amor.

O direito natural nasce, pois, da consciência humana. Se a sociedade profana estabeleceu regras e leis para manter e resguardar estes direitos do homem, à mais forte razão a Maçonaria deve garanti-los aos Maçons. Esta condição de irmãos e membros da Instituição Maçônica, impõem-lhes a fidelidade e o apoio mútuos. Não podem, por isso, se deixarem levar a influenciar por quaisquer considerações subalternas de interesses pessoais ou simpatias mútuas ou outro qualquer sentimento que não seja o estrito cumpri- mento do dever, da justiça e da eqüidade.

8.° GRAU

DENOMINAÇÕES

do Grau Intendente dos Edifícios ou Mestre em Israel da Oficina Loja de Intendente dos edifícios

do Presidente Três vezes Poderoso, ou Sapientíssimo Mestre dos Irmãos Ilustres Intendentes

OS OFICIAIS

Presidente Representa Salomão 1º Vigilante Representa Tito 2º Vigilante Representa Adoniram M. de Cerim. Representa Abdá Recipiendário Chama-se Joaben Os outros oficiais têm os títulos usuais.

Categoria e Interpretação do Grau — Este grau pertence à 4ª

categoria, a dos israelitas e bíblicos. A sua interpretação á "a liberdade é o único traço de união entre o trabalho e a propriedade", sendo consagrado "ao espírito de ordem e de análise". O lema, ao que parece, foi tirado do Deuteronômio, XVI, 18. Está baseado na Idéia de aprendizado de comando.

Ornamentação da Loja — O Templo está armado em vermelho e é

iluminado por vinte e sete luzes, distribuídas em três grupos; o primeiro, formado por quinze luzes, é colocado diante do altar do TV.: V.: P.:; o segundo grupo de sete luzes está colocado diante do Altar do 1º Vigilante; o terceiro com cinco luzes é posto diante do 2º Vigilante, que preenche as funções de introdutor.

Por cima do Presidente, sob o dossel, um Triângulo eqüilátero, com um dos vértices para baixo e inscrito num círculo. Ao lado deste emblema, uma Estrela de nove pontas.

Lenda da grau — A origem deste grau é atribuída ao Rei Salomão o

qual, desejoso de incrementar as ciências e as artes entre o seu povo, chamou para seus conselheiros, obreiros dos mais experimentados, a fim de dirigirem o ensino, dando-lhes o título de Intendente dos Edifícios.

INSÍGNIAS

Fita - Carmesim, a tiracolo, da direita para a esquerda; em baixo, segura

por uma roseta verde, a jóia, que é um triângulo; tem, sobre um dos lados, as letras B.: A.: J.: e do outro J.: J.:.

Avental - De cetim branco orlado de verde e forrado de carmesim. Na

parte branca, no meio, uma estrela de nove pontas, bordada e, sobre a abeta, um triângulo com as letras B.: A.: J.:, bordado com fio de ouro.

COBRIDOR DO GRAU 8º

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