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Contexto da pesquisa e participantes

CAPÍTULO 3 – O PRIMEIRO ANO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

3.1 Contexto da pesquisa e participantes

Para o levantamento e identificação dos sujeitos que seriam pesquisados buscamos a utilização do formulário de sondagem (Apêndice B) para as alunas e alunos que estavam concluindo o curso de Pedagogia de uma universidade de grande porte da cidade de São Paulo, no ano de 2012, de duas unidades localizadas na região Oeste e Norte da capital, nos períodos manhã e noturno, que pudesse identificar, a partir deste primeiro levantamento, por meio dos formulários, quem “nunca” tivera experiência na docência durante a graduação, exceto o estágio obrigatório durante a formação inicial.

Sobre formulários, Marconi e Lakatos (1996) afirma que eles consistem em um conjunto de questões que são perguntadas e anotadas por um entrevistador durante uma entrevista face a face. Só se tornaram questionários por meio dos métodos de comunicação utilizados. Deste modo, o fato de uma lista de questões ser chamada de formulário, vai depender do método da comunicação utilizado. Os autores vão considerar os métodos de comunicação por telefone, pessoalmente, entre outros.

Conforme Tabela 3, realizamos o levantamento com sete turmas de Pedagogia de uma universidade da cidade de São Paulo, por meio do formulário impresso e eletrônico (e-mail), que permitiu identificar e traçar, por meio de uma amostragem, as suas experiências docentes ou não desses sujeitos durante a graduação.

Foram entregues os formulários pessoalmente para as duas primeiras turmas do noturno da região Norte, que estão serão apresentados como turma A e B e as outras turmas C, D, E, F e G por e-mail, pois, com o encerramento do semestre, os

alunos estavam festejando a conclusão do curso superior. Temos um total de sete turmas que estavam concluindo o curso de Pedagogia no ano de 2012. O período de coleta destes formulários foi realizado no mês de junho do ano de 2012.

Na primeira separação dos formulários identificamos quais eram os alunos e alunas que ainda não tiveram nenhuma experiência docente na educação infantil, mas somente o estágio supervisionado obrigatório pela LDB 9.394/96.

Estas turmas foram escolhidas para a sondagem devido à proximidade que existia entre nós. Foram meus alunos durante a graduação no 3º, 4º e/ou 5º semestre de duas unidades localizadas em São Paulo.

Para coleta destas primeiras informações via formulários, foi necessário o encaminhamento por meio das redes sociais também, pois alguns endereços eletrônicos estavam com erros. A devolutiva com maior resultado quantitativo de formulários respondidos foi a daqueles entregues pessoalmente.

Este formulário solicitava dados pessoais, bem como informações sobre sua experiência ou não durante a graduação, em específico na Educação Infantil e quanto tempo de atuação, conforme Apêndice B.

Para a compreensão e visualização deste processo realizado com as turmas apresentamos, na Tabela 3, as informações extraídas dos formulários e o cruzamento dos números de alunos matriculados destas turmas regulares.

A apresentação destes dados levantados com as sete turmas investigadas são informações relevantes, pois contribuíram para o andamento e desenvolvimento desta pesquisa, assim como a identificação e acompanhamento destes sujeitos para a realização da pesquisa.

Tabela 3 – Alunos matriculados

Fonte: elaboração da autora

CURSANDO PEDAGOGIA TURMA A TURMA B TURMA C TURMA D TURMA E TURMA F TURMA G TOTAL Número de alunos

(as) por turma 65 50 63 52 51 56 38 375

Masculino

01

03 01 00 01 02 00 08 Feminino 64 47 62 52 50 54 38

Tabela 4 – Dados9 extraídos do Formulário 1 – Apêndice B

Fonte: elaboração da autora

Foi identificado neste primeiro levantamento que a maioria dos 375 formandos 2012 já possuía experiência docente antes da conclusão do curso.

Dos 101 formulários respondidos, 25 alunos(as) não tiveram nenhum tipo de experiência durante a graduação na educação infantil, foco desta pesquisa.

Destes 25 alunos(as), treze mencionaram ter habilitação para o Magistério no âmbito do Ensino Médio.

Os 25 alunos(as) apontados “sem experiência” docente durante a formação inicial foram os sujeitos em potencial de nossa pesquisa.

Foi realizado contato depois do término da graduação para identificar, destes 25 sujeitos, quais destes estariam em seu primeiro ano de exercício da profissão docente na educação infantil (0 a 5 anos em creches e pré-escola da rede pública e ou privada).

Obtive retorno por e-mail de dezessete sujeitos; cinco destes não estavam ainda trabalhando na Educação e buscavam oportunidade de trabalho. Identificamos apenas oito sujeitos trabalhando em específico na educação infantil, os outros quatro estão trabalhando em outras áreas da Educação – projetos sociais (2), Ensino Fundamental I, Educação Especial. Dos oito profissionais docentes que

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Coleta dos dados no ano de 2012.

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Alguns alunos se repetem nos dados por possuir experiência durante a graduação na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I. No total, foram respondidos 101 formulários.

FORMULÁRIOS RESPONDIDOS

Cursando Pedagogia Turma A Turma B Turma C Turma D Turma E Turma F Turma G TOTAL10 Masculino 00 01 00 00 00 00 00 01 Feminino 42 31 09 04 06 08 00 100 Magistério 07 04 00 01 01 00 00 13 Com experiência no EF I (Estágio remunerado) 04 04 04 02 01 04 00 19 Com experiência na Educação Infantil 24 23 03 02 03 04 00 59

Sem experiência docente

atuavam na Educação Infantil sem experiência docente anterior, quatro deram retorno concordando em realizar a pesquisa.

Em prosseguimento foi elaborado o instrumento de pesquisa que permitisse gerar os dados necessários a analise em curso.

Foi agendado o primeiro11 encontro presencial e individual com cada uma das quatro professoras pesquisadas para entrega do termo de consentimento, pois até o momento da pesquisa as conversas foram tratadas por endereço eletrônico e fazia-se necessário a explicação do andamento do estudo. Foi entregue também um questionário.

De acordo com Severino (2007), o questionário é um conjunto de perguntas, que a pessoa lê e responde sem a presença necessariamente de um entrevistador. Ele pode ser enviado via correio, fax, internet, etc., sendo devolvido, geralmente pela internet ou pelo correio.

O questionário é um conjunto de perguntas, que a pessoa lê e responde sem a presença de um entrevistador. Ele pode ser enviado via correio, fax, Internet, entre outros, sendo devolvido, geralmente, pelo correio.

Para Severino (2007, p. 125-126) questionários são:

Conjunto de questões, sistematicamente articuladas, que se destinam a levantar informações escritas por parte dos sujeitos pesquisados, com vistas a conhecer a opinião dos mesmos sobre os assuntos em estudo. As questões devem ser pertinentes ao objeto e claramente formuladas, de modo a serem bem compreendidas pelos sujeitos. As questões devem ser objetivas, de modo a suscitar respostas igualmente objetivas evitando provocar dúvidas, ambiguidades e respostas lacônicas; podem ser questões fechadas ou questões abertas. No primeiro caso as respostas serão escolhidas dentre as opções pré-definidas pelo pesquisador; no segundo, o sujeito pode elaborar as respostas, com suas próprias palavras, a partir de sua elaboração pessoal. De modo geral, o questionário deve ser previamente testado (pré-teste) mediante a sua aplicação a um grupo pequeno, antes de sua aplicação ao conjunto dos sujeitos a que se destina, o que permite ao pesquisador avaliar e, se for o caso, revisá-lo e ajustá-lo.

O objetivo do primeiro encontro presencial era pôr os sujeitos a par dos passos e da finalidade da pesquisa, mas identifiquei que, a cada encontro com cada uma das quatro professoras, elas começaram a discorrer sobre as questões que

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circundavam aquele momento de suas profissões, como profissional docente da educação infantil. Estes dados relevantes são apresentados no próximo item.

Diante do exposto para a coleta de dados, segundo Severino (2007, p. 124), pode-se usar: entrevistas, questionários, formulários, entrevista, entrevistas não diretivas, entrevistas estruturadas, história de vida, além de observação participante e análise de conteúdos, entre outros. A escolha do método e técnica utilizada depende do objetivo da pesquisa, dos recursos financeiros disponíveis, da equipe e elementos no campo da investigação.

Elegemos três técnicas para atender os objetivos do estudo: num primeiro momento de sondagem, o formulário; já selecionados os sujeitos, questionário e, em nosso caso, para complementar os dados dos questionários levantados, as entrevistas não diretivas. Para tal foi necessário ajustar metodologicamente o questionário com a entrevista não diretiva, sem sobrepor; mas um trabalho em consonância com os dados.

Severino (2007) dá o nome de entrevistas não diretivas.

A entrevista não diretiva possui vantagens e limites que devem ser ponderados pelo pesquisador, como: profusão de dados que devem ser reduzidos; interferências emocionais e a tendência do entrevistado se posicionar frente a todas as situações relatadas. A vantagem do contato imediato com questões relevantes pode aprofundar a significação dos fenômenos que estão sendo estudados.

O entrevistador não formula perguntas, apenas sugere o tema geral em estudo, levando o entrevistado a um processo de reflexão sobre o tema; não dirige o entrevistado, apenas guia; desenvolve e aprofunda os pontos que coloca espontaneamente; facilita o processo de entrevista, retomando o tema na possibilidade de esclarecer ou aprofundar as ideias do entrevistado; evita atitudes autoritárias ou paternalistas; manifesta cooperação e esclarece dúvidas.

Neste caso, como foi o primeiro encontro presencial com as professoras entrevistadas, ajustei a devolutiva do questionário para a formulação e envio do segundo por e-mail.

Para a elaboração do segundo questionário12 (cf. Apêndice D, contém 27 perguntas sendo elas “abertas” e “fechadas”) foram considerados os dados do

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Questionário encaminhado por endereço eletrônico no segundo semestre de 2013 depois do primeiro encontro presencial

primeiro questionário aplicado presencialmente e alguns elementos que foram registrados neste primeiro encontro presencial (individual), entrevista não diretiva. Estes dados permitiram, a partir da técnica de pesquisa questionário, direcionar o trabalho.

Depois da devolutiva do questionário 2 (endereço eletrônico), agendamos o segundo encontro presencial com base na técnica de pesquisa entrevista não diretiva, conforme citado acima, para retomarmos algumas considerações do referido questionário. Os encontros individuais13 ocorreram alternadamente em dias diferentes, conforme disponibilidade das professoras pesquisadas.

Os procedimentos metodológicos e a eleição das técnicas de pesquisa foram fundantes para a efetivação desta pesquisa, pois permitiram o domínio e manuseio da metodologia de pesquisa no processo de investigação e coleta de dados.

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