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Contextualização da Prática Supervisionada no 1.º Ciclo

Capítulo II – Metodologia de investigação

3. Caracterização do contexto educativo

3.1. Contextualização da Prática Supervisionada no 1.º Ciclo

No início do semestre, o professor supervisor da Prática Supervisionada informou- nos qual a escola em que iríamos estagiar, bem como o nome da professora cooperante e em que dia nos deveríamos apresentar na escola a fim de termos oportunidade de conhecer a professora e os alunos.

Fomos informadas da colocação numa escola pertencente ao Agrupamento de Escolas Amato Lusitano, a Escola EBI João Roiz. Também nos foi dito que iríamos lecionar numa turma de 4.º ano, mais especificamente a turma B.

Apresentámo-nos na escola no dia 8 de outubro de 2014, dando-se início ao período de observação. Fomos muito bem recebidas pela professora cooperante e pela turma, conseguimos criar uma boa empatia com todos os elementos da turma, o que facilitou a nossa integração. Os alunos demonstraram bastante entusiasmo e curiosidade com a nossa chegada, recebendo-nos de uma forma carinhosa. Também, desde o primeiro momento criamos uma ótima relação profissional com a professora da turma, a qual nos orientou e aconselhou sempre da melhor forma.

A partir do dia em que nos apresentámos na escola, seguiram-se duas semanas de observação. Estas semanas foram bastante úteis e importantes, na medida em que nos permitiram recolher imensas informações acerca dos alunos, observando e aprendendo também algumas técnicas e formas de agir em sala de aula na nossa prática futura. Pudemos conhecer melhor os alunos, a escola e outros elementos que a integram, como funcionários e docentes. Também tivemos acesso a documentos essenciais como horários, projeto curricular e projeto de turma.

Durante estas duas semanas, fomo-nos apercebendo das necessidades e dificuldades que os alunos apresentavam, demos auxílio na realização de determinadas atividades, sempre com o consentimento da professora cooperante.

Após essas duas semanas de observação, seguiram-se semanas de implementação da nossa prática. As semanas de implementação em par pedagógico e individual foram previamente estipuladas pelo professor supervisor.

A primeira semana de trabalho prático, de 21 a 23 de outubro de 2014, foi realizada em par pedagógico, bem como a última semana antes da interrupção de Natal, durante a qual dinamizámos apenas atividades no dia 16 de dezembro de 2014.

Esta primeira semana em que trabalhámos em conjunto com o nosso par pedagógico foi igualmente importante para o início da nossa prática. A mútua cooperação e apoio existentes enquanto par pedagógico foi fundamental para que pudéssemos superar as nossas dificuldades e para que nos sentíssemos mais seguras e confiantes ao longo desta semana. Outro aspeto importante a ter em conta desta semana de trabalho prático foi o facto de nos conseguirmos aperceber do ritmo de trabalho da turma e de avaliar outros aspetos, como atividades que suscitem a atenção e interesse dos alunos de modo a proporcionar uma melhor aprendizagem por parte dos mesmos.

A semana que antecedeu a interrupção de Natal, dia 16 de dezembro, foi uma semana em que o trabalho enquanto par pedagógico foi mais fluido, pois nesta etapa já tínhamos melhoradas as nossas capacidades de estruturação de uma planificação didática, uma vez que tínhamos adquirida uma melhor perceção das características da turma.

As restantes semanas, para além das já referidas, foram de trabalho individual. Intercaladamente, cada elemento do par pedagógico foi realizando a sua prática, iniciando-se a nossa intervenção individual. No final da prática supervisionada cada elemento do par pedagógico teria que ter implementado cinco semanas individualmente.

É essencial referir que as três últimas semanas de trabalho prático durante a prática supervisionada, semanas 8, 10 e 13, foram as semanas nas quais realizámos as intervenções no âmbito desta investigação.

Para a realização de cada semana de prática, quer individualmente ou em par pedagógico, teríamos que elaborar uma unidade didática seguindo um modelo adotado

pela escola e uma reflexão acerca do desenvolvimento da nossa prática realizada nessa semana. Nessa reflexão, abordávamos os aspetos positivos, as dificuldades sentidas ao longo da prática, as estratégias que poderíamos adotar para ultrapassar essas mesmas dificuldades e uma grelha de autoavaliação relativa à nossa prática dessa semana. No que respeita à planificação didática, esta privilegia sempre um ensino integrado, ou seja, caracteriza-se por um ensino onde as áreas curriculares são lecionadas como um todo em que se estabelece relação entre os conteúdos programáticos das diferentes áreas do saber. Aplicando a definição adotada por Pais (2012, p.39), uma planificação consiste numa “entidade global e globalizada na qual os diferentes elementos e fatores se entrecruzam para formar um todo metodologicamente coerente designado por percurso de ensino e aprendizagem.”

Desta forma, podemos referir que para a elaboração de uma unidade didática é importante termos em consideração a seleção de uma unidade temática e a definição de um elemento integrador. Assim, estes dois elementos “funcionam como eixos de uma relação biunívoca entre o conhecimento específico de uma determinada área e as formas de abordagem técnico didática” (Pais, 2012, p. 39).

Todas as atividades propostas durante a prática supervisionada foram enquadradas numa planificação tendo por base um modelo específico (Anexo A).

Antes de procedermos à realização de qualquer unidade didática, a nossa professora cooperante cedia-nos, na semana anterior, os conteúdos programáticos que iriam ser abordados e desenvolvidos na nossa semana.

Relativamente às nossas reflexões, estas são realizadas tendo como base o modelo SWOT, sendo este um modelo que nos permite refletir acerca de aspetos positivos, menos positivos e que inclui a ideia de tentar perceber o porquê de estes terem emergido e de como podemos ultrapassar as nossas dificuldades. Cremos que este modelo de reflexão nos permitiu que ponderássemos de forma mais objetiva acerca do nosso trabalho prático, detetando as nossas falhas para que, nas semanas que se seguissem, evitássemos cometer o mesmo erro.

No que diz respeito à grelha de autoavaliação, que nos foi dada pelo professor supervisor, podemos afirmar que esta nos leva a refletir acerca da planificação, englobando aspetos formais e aspetos qualitativos, da execução dessa planificação, da reflexão (em que temos que avaliar a nossa capacidade de análise, capacidade de reformulação e adequação estratégica e a eficácia dos processos de ensino e aprendizagem) e refletir também sobre a nossa responsabilidade e integração pedagógica.

Em seguida apresenta-se uma tabela com a apresentação das semanas de observação, de grupo e de implementação individual, bem como os temas de cada uma delas (Tabela 2). É importante salientar que as semanas onde desenvolvemos atividades relativas a este estudo são as três últimas semanas de intervenção individual (8.ª, 10.ª e 13.ª semanas).

Tabela 2 - Calendarização das semanas de prática supervisionada e temas

Semanas de

observação

  1.ª semana: 8 e 9 de outubro de 2014; 2.ª semana: 14, 15 e 16 de outubro de 2014.

Semanas

de grupo

 3.ª semana: 21, 22 e 23 de outubro de 2014 – “À Descoberta de si mesmo”;

 11.ª semana: 16 de dezembro de 2014 – “O Natal”.

Semanas

individuais

 4.ª semana: 28, 29 e 30 de outubro de 2014 – “À Descoberta dos Outros e das Instituições”;

 6.ª semana: 11, 12 e 13 de novembro de 2014 – “O Passado Nacional”;

 8.ª semana: 25, 26 e 27 de novembro de 2014 – “O Passado Nacional”;

 10.ª semana: 9, 10 e 11 de dezembro de 2014 – “O Passado Nacional”;

 13.ª semana: 13, 14 e 15 de janeiro de 2015 – “O Passado Nacional”.