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Em função da campanha salarial de 2014, e das consequentes conquistas de reajustes e dos benefícios, a Assembléia Geral Extraordinária da categoria, realizada com sócios e não sócios do Sindicato, aprovou o desconto para todos os administradores abrangidos por este Acordo, na forma do Precedente Normativo nº 119 do Tribunal Superior do Trabalho, de uma Contribuição Assistencial correspondente a 2% (um por cento) do salário base nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro de 2015, perfazendo um total de 8% (oito por cento) em favor do Sindicato, de todos os empregados associados ou não ao SINDICATO, independente da nomenclatura usada para estes cargos, desde que sejam formados nos cursos de Administração de Empresas e Tecnólogos da Área de Administração, a título de contribuição negocial/ assistencial/ confederativa, conforme Convenção Coletiva em tratativa entre o Sindicato das Empresas de Administração de São Paulo e o Sindicato dos Administradores do Município de Campinas - SINDAC.

Parágrafo 1º - fica assegurado o prazo de 10 (dez) dias, a contar da assinatura deste Acordo, para os empregados que não concordarem com o desconto manifestarem oposição através de requerimento escrito de próprio punho e individual, contendo sua qualificação, bem como o número da sua CTPS, devendo protocolar nas delegacias sindicais do Sindicato.

Parágrafo 2º - o recolhimento da contribuição será feito através de desconto diretamente em folha de pagamento dos empregados e repassado ao Sindicato, juntamente com relação nominal dos contribuintes, no prazo de 10 (dez) dias após o desconto.

Parágrafo 3º - o Sindicato fornecerá ao GRUPO CPFL ENERGIA a relação dos empregados que manifestaram oposição ao desconto, em até 05 (cinco) dias após o encerramento do prazo para manifestação.

Parágrafo 4º - O Sindicato assume a responsabilidade por qualquer pendência, judicial ou não, suscitada por empregado e decorrente desta cláusula.

Justificativa:

Trata-se de condição preexistente.

Quanto à sentença normativa 2014/2015, que se reporta a norma anterior -cláusula 41ª do ACT 2011/2012 -, limitou o desconto aos empregados associados com direito à oposição manifestado com antecedência de até 20 (vinte) dias, conformando-se, ao Precedente Normativo n. 119 do C. TST.

Revendo posicionamento anterior, esta relatoria passa a seguir o entendimento de que a contribuição assistencial, enquanto taxa de solidariedade dos integrantes da categoria da entidade sindical, associados e não-associados, visa cobrir despesas com a negociação salarial que beneficia, indistintamente, toda a categoria, e deste modo deve ser paga, também, pelos não-associados do sindicato, em respeito, ainda, ao princípio da isonomia, inclusive, para garantir a sobrevivência da entidade sindical que defende os interesses de toda a categoria, profissional, irrestritamente.

Respeitar-se-á, ainda, o direito de oposição, soberanamente deliberado pela assembleia da categoria.

O A. STF já placitou esse entendimento:

"Não contraria a Constituição cláusula, em dissídio coletivo, de desconto, a favor do sindicato, na folha de pagamento dos empregados, de percentagem do aumento referente ao primeiro mês, desde que não haja oposição do empregado, até certo prazo antes desse pagamento." (STF Pleno, RE 88.022-SP, Ac. TP, j. 16.11.77, Rel. Min. Moreira Alves, Revista Ltr, 43/1.146).

"Sentença normativa. Cláusula relativa à contribuição assistencial. Sua legitimidade, desde que interpretada no sentido de assegurar-se, previamente, ao empregado, a oportunidade de opor-se à efetivação do desconto respectivo". RE nº 220.700-1 RS. Rel. Min. Octávio Gallotti - DJ.13.11.98.

Também, deverá ser incluído um parágrafo, 6º, para adequar a cláusula ao Precedente Normativo nº 24, deste E. TRT.

Assim sendo, atento, pois, aos termos da reivindicação, a cláusula passa a ter a seguinte redação:

"A título de contribuição assistencial/negocial/confederativa será descontado o valor correspondente a 2% (dois por cento) do salário base dos empregados pertencentes à categoria profissional dos administradores, associados e não-associados, da entidade sindical correspondente, nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro de 2012 , perfazendo um total de 8% (oito por cento).

Parágrafo 1º - Fica assegurado o prazo de 20 (vinte) dias, a contar da data da publicação da presente sentença normativa, para os empregados que não concordarem com o desconto manifestarem oposição através de requerimento escrito de próprio punho e individual, contendo sua qualificação, bem como o número da sua CTPS, devendo protocolar nas delegacias sindicais do Sindicato.

Parágrafo 2º - O SINDICATO fornecerá ao GRUPO CPFL ENERGIA a relação dos empregados que manifestarem oposição ao desconto em até 05 (cinco) dias após o encerramento do prazo de manifestação, bem como daqueles que deverão sofrer o desconto.

Parágrafo 3º - O SINDICATO se compromete a enviar cópia das atas e outros documentos necessários para dar suporte legal para os referidos descontos.

desconto diretamente em folha de pagamento dos empregados e repassado ao Sindicato, juntamente com relação nominal dos contribuintes, no prazo de 10 (dez) dias após o desconto.

Parágrafo 5º - O Grupo CPFL entregará ao sindicato cópias das guias das contribuições sindical e assistencial, com a relação nominal dos respectivos contribuintes e indicação dos salários destes, no prazo de 30 dias, contados da data do desconto."

Parágrafo 6º - O SINDICATO assume a responsabilidade por qualquer pendência, judicial ou não, decorrente desta cláusula, suscitada por empregado ou imposta pelo Poder Público e decorrente desta cláusula."

51 - PENALIDADES

No caso de infração por qualquer das partes, por ação ou omissão de obrigações previstas no presente Acordo, incidirá multa equivalente a 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) do piso salarial do GRUPO CPFL ENERGIA, por empregado, devida pela parte infratora à inocente, desde que não exista multa já prevista como penalidade na legislação trabalhista.

Justificativa: A cláusula respeita as disposições mínimas legais de

proteção ao trabalho e o entendimento firmado nos precedentes normativos deste E. TRT da 15ª Região como do C. TST. Trata-se de condição preexistente, inclusive consta da sentença normativa do Processo n. 0005987-87.2014.5.15.0000 (DC) referente ao período imediatamente anterior 2014/2015, que se reporta à cláusula 38, do ACT 2011/2012 firmado entre as partes. Assim, nos termos do §2 do artigo 114, da Constituição Federal, baseando-se na sentença normativa 2014/2015 e ACT 2011/2012, a cláusula deverá ser deferida, com a seguinte redação:

"No caso de infração por qualquer das partes, por ação ou omissão de obrigações previstas no presente Acordo, incidirá multa equivalente a 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) do piso salarial do GRUPO CPFL ENERGIA, por empregado, devida pela parte ." infratora à inocente, desde que não exista multa já prevista como penalidade na legislação trabalhista

52 - FINALIZANDO

As demais cláusulas aqui não citadas permanecem inalteradas. Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: FRANCISCO ALBERTO DA MOTTA PEIXOTO GIORDANI

Justificativa: As cláusulas não citadas não serão julgadas por este E.

Tribunal, uma vez que não foram contempladas na pauta de reivindicações e não estão devidamente fundamentadas, nos termos do Precedente Normativo nº 37, do C. TST.

Dessa forma, após procedidas as adaptações, renumerações e exclusões necessárias, as cláusulas objeto da presente ação passam a ter as seguintes redações:

CLÁUSULA 01 - VIGÊNCIA DO ACORDO COLETIVO DE

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