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CONTRIBUIÇÕES DA EXPERIÊNCIA DE MEDIAÇÃO À FORMAÇÃO INICIAL DOS LICENCIANDOS

VISITANTE CONHECIMENTO CIENTÍFICO MEDIADOR

IV) CONTRIBUIÇÕES DA EXPERIÊNCIA DE MEDIAÇÃO À FORMAÇÃO INICIAL DOS LICENCIANDOS

Bejarano e Carvalho (2005) afirmam que não é simples aprender a ensinar sendo que, muitas vezes, os professores se vêem diante de um conflito ao observarem suas realidades, daí a importância de utilizarem estratégias que possibilitem a resolução de alguns desses conflitos. Uma delas pode ser a preparação do professor, durante os cursos de graduação, para que possam ministrar aulas segundo diferentes modalidades didáticas, que incluam espaços não- formais como exposições de ciências. De modo a mapear as contribuições oferecidas pelos espaços aqui estudados à formação docente em ciências, incluiu- se nesta categoria os apontamentos dos licenciandos-mediadores sobre as formas pelas quais as instituições museológicas contribuíram para sua formação inicial, o que foi aprendido nessa experiência e que pode ser levado para a sala de aula bem como os limites e possibilidades da mediação nesses espaços para a formação e atuação do professor de ciências.

A possibilidade de ter contato com os públicos no centro de ciências, em especial aquele vinculado à Educação Básica, apresenta-se como oportunidade de vivenciar aquilo que a graduação pode não oferecer, pelo menos em um primeiro momento.

(... ) aqui [no museu] o públ ico-al vo são os al unos, ent ão acho que isso que f al t a na graduação, um t r abal ho com f oco vol t ado pr o al uno, um t r abal ho mais al i na comunidade, mas que eu acho que não é f eit o na graduação. (M4)

Sendo o CDCC um órgão vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), uma de suas missões é estreitar o vínculo com a comunidade na qual se insere. Da mesma forma, sendo o Espaço Interativo do CBME vinculado à Coordenadoria de Educação e Difusão Científica desse CEPID sua missão também reside na divulgação científica. Defende-se, portanto, que as contribuições trazidas pela experiência de mediação nesses espaços pode caracterizar-se como ricamente formativa aos professores em formação inicial, que ali vêem uma possibilidade de aproximar-se da comunidade em geral e da Educação Básica. A esse respeito, Jacobucci (2008c) afirma que é reduzido o número de

investigações que têm sido realizadas visando ao entendimento de como centros e museus de ciências contribuem para a formação docente.

Inicialmente os mediadores justificam sua opção pelas atividades de mediação argumentando que seriam uma possibilidade de ter contato com o público, tendo em vista sua futura inserção em atividades que demandariam relacionamento

interpessoal, a exemplo de M1:

Aqui o CDCC f oi uma maneir a de eu t er acesso ao públ ico, não f icar só l á na t eor ia, né? Pra quando chegasse r eal ment e a dar aula (...) não ser uma coisa est ranha. (M1)

A mediadora M3 relata que antes de sua atividade como mediadora no CDCC, atuava como monitora do setor de computação da instituição e optou por mudar de setor para complementar o curso de graduação em licenciatura. Menciona, também, algumas contribuições formativas da experiência:

Por achar que ser ia um inst r ument o que iri a compl ement ar minha

graduação mesmo. Porque lá [na graduação em licenciatura] nós não t emos

uma prát ica, al iás eu não t inha t ido at é ent ão... mas eu achei que ia me aj udar nisso. Na f or ma de fal ar com o públ ico... incl usi ve eu t r abal hava lá em ci ma, na Comput ação e quis passar pr o museu j ust ament e por causa disso, pr a apr ender mais, pra compl et ar meu cur so de l icenciat ura, exat ament e com esse obj et ivo, não f oi só por causa da bol sa não, porque eu j á t inha l á na comput ação e quis passar pr o museu exat ament e pr a t er essa vivência dif er ent e, pra aprender , pr a compl ement ar o cur so e com esse obj et ivo r eal ment e. E t á corr espondendo, eu t enho apr endido muit o aqui no museu, muit o! (M3)

Situação similar é relatada por M4 que anteriormente se dedicava ao trabalho na Experimentoteca da instituição. Aproximar-se da realidade do ensino público por meio da mediação das exposições de ciências apresenta-se como uma forma de desenvolver competências que a orientem quando em sua futura atuação na educação científica na Educação Básica:

Por que às vezes as condi ções que a gent e t em l á nos l abor at ór ios de Física e de Química são muit o dif er ent es das real idades das escol as, daí pela dif er ença de f oco. Ent ão acho que isso mudou um pouco a minha visão e me f ez t ambém pensar em compl ement ar a minha f or mação e o CDCC eu acho que é uma possibil idade disso, el e vai desenvol ver conheciment os que são mais apl icáveis à r eal idade de uma escola. (M4)

M4 também reitera a possibilidade de aproximação do licenciando com os alunos da Educação Básica, bem como seu protagonismo ao assumir situações no museu em que, por vezes, se vê como professor.

[a mediação no museu] Possibil it a pr eparar a gent e pra pergunt as que sur gem em sal a de aula por que os al unos que vem aqui com prof essor es são al unos de sala de aula, l ógico que não t em aul a com a gent e mas... t r azem dúvi das de um out r o pr of essor , que não f or am esclarecidas pel o out r o prof essor ou que não t eve oport unidade pra t er out r o mét odo e t al , mas o museu aqui possibi l it a isso acho que muit o bem... de int egrar a gent e, deixar a gent e mais pr óximo dos al unos, dessa t r ansmissão de... t ant o t r ansmissão de cul t ura cient íf ica, de r epent e el es vem pr a saber conceit o mesmo, t ransmi ssão de inf or mação em geral...

Há, portanto, o reconhecimento do CDCC como um espaço formativo quando questionados sobre a opção pela mediação nos museus. Os participantes também relatam a opção por esse estágio tendo em vista a aproximação do mesmo com situações a serem por eles vivenciadas futuramente nas salas de aula da Educação Básica.

(... ) a par t i r do moment o que como monit or você consegue conquist ar uma t ur ma na sua exposição, acho que j á é assim. .. f ica mais f áci l ver como você conquist a um al uno em sala de aula. Aqui é muit o mais aber t o. Se você conseguir conquist ar el e aqui , a at enção pr a você j á é um pont o. (M1)

A mesma mediadora traz uma percepção no trabalho com adolescentes, dizendo que “Se você [o mediador] f or sério demai s você não consegue a at enção del es”. Em uma situação de interação com crianças, M4 diz:

(...) quando você t rabal ha com cr ianças, vêm as r espost as mais i nesperadas possíveis do que com adul t os. Quando você pr epara uma visit a nor mal ment e você ensaia, você pr epar a um diál ogo que é adapt ável , é l ógico, mas que você pressupõe algumas r espost as ou pressupõe algumas inf or mações que par t am do visit ant e. Quando isso não acont ece, você t em que dar uma out ra vol t a, você t em mudar esse caminho pr a t ent ar, pra f al ar ... de repent e el e t e dá uma respost a que não é a que você espera, você f ica sem. .. mui t as vezes sem saber como pr osseguir o diál ogo daquel e pont o, você acaba t endo que buscar out r o cami nho pra chegar no mesmo pont o e cont inuar dal i.

No que tange à formação de professores, há que se considerar que a dimensão reflexiva apresenta-se nas situações imprevisíveis e na necessidade de

procurar encaminhamentos para situações inesperadas, como expõe M4. Pérez Gómez (1992), partilhando das idéias de Schön, descreve a realidade do professor como aquele que intervém em um meio ecológico complexo, em um contexto vivo e mutável. Diz o autor que nessa realidade o professor enfrenta problemas singulares; o êxito do profissional depende de sua capacidade de lidar com a complexidade e resolver situações práticas, integrando de forma inteligente e criativa conhecimentos e técnicas (PÉREZ GÓMEZ, 1992), que também são questões pertinentes àquelas protagonizadas por mediadores em museus de ciências. M6, ao citar as contribuições do CDCC para sua formação inicial, relata:

Como eu t r abal ho como monit ora, principal ment e na par t e de como me expressar, perceber se a pessoa real ment e est á ent endendo, t er um j ogo de cint ura pra t ent ar sair . Vej o se a pessoa não est á ent endendo, t ent o arranj ar out r os meios para expl icar de um j eit o que a pessoa ent enda o que eu quer o passar . (M6)

Tardif (2002) afirma que os saberes são delineados pela competência do docente em agir de acordo com contextos de ação de grande complexidade, situação que também acontece em ambiente extra-escolar, como apontado por M4 e M6, quando relatam o que aprenderam na prática de mediação:

Acho que ser ia isso esse j ogo de cint ura, essa capacidade de t er mais de uma opção pr a se chegar no mesmo pont o. Se uma não deu cert o ent ão vamos t ent ar out ra, out ros exempl os e t al pr a f acil it ar esse ent endiment o. (M4)

Al ém um pouquinho desses conceit os que a gent e t rat a, eu acho que um pouco desse j ogo de cint ura que a gent e t em que t er , (...) cri ar al gumas saídas. (M6)

Marandino e colaboradores (2008, p. 29) diz que durante a atuação do mediador são comuns momentos em que ocorrem diferentes situações-problema, “como conflitos, dúvidas, desinteresse do grupo ou de algum visitante específico, entre outras. Para solucioná-las ele reflete sobre as vivências e experiências adquiridas e, na própria ação, toma uma decisão (nem precisando verbalizá-la)”. A esse respeito, diz M2:

Um monit or el e t em que ser muit o ecl ét i co, t er uma per cepção muit o ampl a. Por quê? Por que a gent e t em que saber ol har pr o visit ant e e saber o

per f il del e, saber se ele é uma pessoa que gost a só de l er , gost a del e descobr ir as coi sas, ent ão você t em que t er a sensi bil idade de f alar “ Não vou nem f icar per t o por que senão vou at rapal har !” Ou ent ão “ Não, el e é um visi t ant e que quer que eu f ique f alando e most r ando e l endo, l evando el e at é as at i vidades” , ent ão acho que o per f il do monit or, o principal , é que o moni t or hoj e t em que t er sensibil idade de você ol har o visi t ant e e saber o que el e quer. (M2)

Ainda sobre o perfil e saberes do mediador, M5 relata aproximações entre o professor e o mediador:

Todas as qual idades do pr of essor, como eu t inha di t o, né? Car isma, saber os cont eúdos, saber como abordar os cont eúdos, mot ivar os al unos, que t ambém t á no car isma, saber l idar com sit uações di f erent es, por que nós não somos i guais, dif er enciar, enf im... ser ia mais essas caract eríst icas, né? Est ar sempr e animado né, o prof essor não pode ser aquel e que... “ Ah, eu vou dar aquela aula...” . Não, t em que est ar animado, “ Vou dar essa aula, vai ser l egal !” , t em que gost ar (...) (M5)

A motivação pessoal é também uma componente de fundamental importância para o desempenho de ambas as funções (professor e mediador), como expõe M5:

(... ) é t ot al ment e dif er ent e, por exempl o, quando você expõe com uma cara f eia, com... meio que com ar de desanimado. Já not ei isso: quando você t á meio desanimado, você f az nor malment e, mas você não sorri, não dá um sor r iso, t á l á expl icando e t al , a pessoa f ica mesmo meio... mai s cont raída, agora se você t á empenhado, a pessoa se sent e mais mot ivada, ent ão com mais int eresse, no caso, pr a conhecer...

Dessa forma, uma visita monitorada também se constitui como um processo formativo tanto para o visitante como para o próprio mediador, pois se configura fundamentalmente por escolhas e decisões, ainda que para o mediador possam não ser claras e conscientes (MARANDINO et al., 2008). Em virtude das imprevisibilidades da prática, o mediador de museus trabalha na perspectiva da reflexão-na-ação (SCHÖN, 1992) ao lidar com tais situações por meio da inteligência e da improvisação.

Ao se considerar o museu ou centro de ciências um espaço formativo, tanto para aprendizagem das Ciências da Natureza como também da docência, é possível caracterizá-lo como lócus de grande importância para a formação docente

desde a sua fase inicial, avançando nas formas pelas quais a instituição museal tem sido tradicionalmente utilizada. Mediante parcerias com a universidade, torna-se possível uma reconstrução reflexiva dos pressupostos didáticos trazidos pelos futuros professores (MARANDINO, 2003). Frente a esse panorama, os mediadores destacaram o desenvolvimento de saberes e práticas que poderão auxiliar-lhes futuramente em sua atuação na Educação Básica.

Essa sensibil idade de conhecer as pessoas e saber como eu posso f alar o mesmo cont eúdo de vár ias f or mas, eu só consegui aqui, se eu não t ivesse passado por aqui , se eu não t ivesse t rabal hado (...) ser á que eu sei expl i car? Eu f al o, será que as pessoas ent endem o que eu f al o? (...) Ser á que eu sei cont eúdo suf ici ent e pra poder expl i car pra uma pessoa? Ent ão acho que essa experiência só consegui porque eu t ava t r abal hando aqui (... ) São coisas que eu acho que eu t ô um pouco mais t r anqüil a. (M2)

Assim como M2, M4 afirma que a maneira pela qual desenvolveria uma aula na Educação Básica provavelmente seria diferente caso não tivesse passado pela experiência de mediação no centro de ciências. Sua fala leva em consideração diversos elementos que considera necessários à condução de uma aula pelo professor:

(... ) eu acho que mudou bast ant e a f or ma como eu desenvol veria uma aula se eu não t ivesse t r abalhado aqui e t rabal hado aqui. Isso de t er esse j ogo de cint ur a, de saber que nem t odos aprendem do mesmo j eit o, que cont eúdo é impor t ant e, mas que é pr eciso essa assimil ação, que é pr eciso associar... é l ógico que quando você quer ser pr of essor você sabe da import ância disso, você sabe de t udo i sso, mas t r abal har aqui no CDCC f avor ece o desenvol viment o dessas habil idades né, ent ão isso t udo f oi graças a t rabal har aqui. (M4)

As habilidades comunicativas puderam ser desenvolvidas em grande medida segundo M5, que também ressalta a importância da experiência para sua futura atuação como docente:

Eu achei muit o bom por que me deu grande exper iência e eu vej o que a primeir a aula minha... eu nem quer o pensar sem t er essa monit or ia aqui né? Eu vej o que f oi de gr ande import ância, mesmo por que eu er a bast ant e t ímido, sou bast ant e t ímido mas... eu era muit o mais. .. a dicção, t udo mel hor ou muit o... embor a eu t enha que mel hor ar ainda mais... f al ar em públ ico não era muit o o meu f or t e mas hoj e eu mel hor ei bem mais essa par t e. (M5)

De certa forma os licenciandos-mediadores reconhecem, na atividade de mediação em visitas escolares, um papel importante e, por vezes, até semelhante à prática de ensino, que pode ser vivenciada não apenas em sala de aula. Standerski (2007, p. 23) afirma que se um profissional consegue definir dificuldades e desafios em sua prática, isso já é um indício de que alguma reflexão ele está realizando. Sendo o centro de ciências um espaço formativo que também contempla o paradigma reflexivo, faz-se necessário ressignificá-lo como um local de relevância na formação inicial docente, instrumentalizando o futuro professor nas vertentes racionais, estéticas, técnicas e emocionais, dada a imprevisibilidade do fenômeno educativo, também ocorrente em espaço extra-escolar.

Acho que i sso é f undament al , acho que t odos os prof essor es deveri am pensar “ Poxa, será que eu t ô dando uma boa aula?” Eu sou muit o cr ít ico, t oda vez que a gent e t em apr esent ação no museu eu penso “ Será que eu apr esent ei bem?” , “ Será que gost aram da apresent ação?” f ico naquel a, t em dias que eu f al o “ Put z, hoj e apr esent ei mal !” eu acho, e às vezes eu at é me abal o, mas assim.. . depois f al o vou t ent ar mel horar né? Acho que isso é o mai s impor t ant e, você sempr e est ar t ent ando mel hor ar. Incl usive as pr imeir as apr esent ações que eu t ive no museu f or am... sempr e f ui t ímido, não f oram t ão l egais, mas f oi mui t o bom, t á sendo muit o boa essa exper iência. (M5)

É nesse sentido que o estágio nesses espaços configura-se como uma ferramenta formativa diferenciada e que mantém relações com a função que o licenciando vai desempenhar futuramente. A esse respeito M6, assim como M5, relata ter visto na mediação uma possibilidade de desenvolver suas habilidades comunicativas tendo em vista futuras ações que terá que desenvolver na Educação Básica:

Nossa vou t er que f i car lá na f r ent e f alando... mas eu vou f azer , eu quer o ir j ust ament e pr a isso, pr a me l i vr ar desse meu medo de f al ar l á na f rent e por que com cer t eza isso vai me aj udar se um dia eu ent rar em uma sala de aula: você t em um pouco mais do domínio da l inguagem, do j eit o de conversar com os al unos. (M6)

M4 afirma que a experiência de mediação potencializa o desenvolvimento de habilidades necessárias ao futuro professor. Na ausência da experiência, M4 acredita que o tempo para desenvolver tais habilidades seria maior.

Desenvol vendo essas habil idades de comunicação, de achar que você pode mel hor ar a vida das pessoas se elas (...) você most r ar que educação é import ant e, que t á l igado ao nosso di a-a-di a, t udo isso a gent e desenvol ve aqui e possibi l it a mel hor ar no f ut ur o a nossa prát ica docent e. Eu acho que se não exi st isse esse est ágio demor aria um t empo maior depoi s que começasse a dar aula pr a consegui r desenvol ver t odas as compet ências e habil i dades que a gent e desenvol ve aqui. Acho que isso f acil it a muit o, principal ment e comunicação e ver di f er ent es f or mas de abor dagem e t udo isso. (M4)

Há que se ressaltar a componente afetiva envolvida no trabalho dos mediadores, em sua interação com os visitantes e com as situações vivenciadas. De acordo com Tardif e Lessard (2007) também “a relação de inúmeros professores com os alunos e a profissão é, antes de tudo, uma relação afetiva” (p. 151), de natureza interpessoal das relações professor/alunos. Esses autores afirmam que “dificilmente os professores podem ensinar se os alunos não “gostarem” deles ou, pelo menos, não os respeitarem”. (p 159). Enquanto trabalho interativo, a docência possui características que permitem diferenciá-la de outras formas de trabalho humano, notadamente o trabalho com objetos materiais e a técnica, o conhecimento e a informação. Esse trabalho com e sobre outrem pode ser chamado interativo. Os autores afirmam também que essa relação está em conformidade com as diversas nuances que marcam um trabalho “inevitavelmente centrado no humano” (p. 160).

(... ) t em visit as em que el es são mui t o par t icipat ivos, parece que o t empo passa e você nem sent e. (...) não l embro o nome da escol a agora, mas era uma t ur ma de adol escent es, t ant o que pediram Or kut , me adicionar am, não f icou aquel a coisa monit or/ escol a, f oi embora, acabou. Parece que f oi ... el es i nt er agiram mesmo, vir am o monit or como pessoa, não alguém que est á al i só pr a responder as pergunt as e acabou. (M1)

Tais práticas poderiam trazer enriquecimento pessoal e profissional para todos os envolvidos nas visitas, em especial para o licenciando-mediador podendo haver, inclusive, algum impacto sobre a gestão de situações em sua sala de aula no futuro. Os mediadores relatam diferentes experiências que lhes possibilitaram aproximações com alunos da Educação Básica, como é o caso de M2, que auxiliou posteriormente alguns estudantes na elaboração de uma feira de ciências.

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