• Nenhum resultado encontrado

Contributos para a intervenção do Serviço Social em Acolhimento

Os contributos para a intervenção do Serviço Social em contexto institucional que pretendemos apresentar surgem, por um lado, como consequência dos resultados desta investigação, e, por outro, tendo em conta os conceitos constantes no título desta Dissertação, nomeadamente, o de ‘lugar do Eu’ e o de ‘escuta ativa’.

Como já foi referido, com o termo ‘lugar do Eu’ queremos designar a importância que tem a criança/jovem que se encontra em contexto institucional na elaboração do seu próprio Projeto de Vida e do respetivo PSEI. Trata-se da diferença entre fazer o Projeto de Vida para e fazê-lo com cada uma delas. O conceito tem uma relação direta com o de ‘escuta ativa’ pois a criança/jovem apenas tem participação no seu Projeto de Vida se a sua voz for escutada de forma ativa, ou seja, se ela for colocada no centro. É esta atitude que permite ao técnico de Serviço Social ir ao encontro do outro sem preconceitos, sem juízos de valor e sem distâncias culturais, o que não lhe permitiria ir ao lugar de onde vem a criança/jovem e onde está a sua família, e mostrar-lhe que há outros lugares possíveis: sem violência, sem maus tratos, com respeito pelo outro, em suma, de maior responsabilidade. Esta escuta ativa implica ainda dar conta do dito e do não dito, pelo que se constitui como uma atitude técnica, educativa e humana.

Portanto, o que propomos é uma intervenção pautada pela escuta ativa constante, por um lado, e por uma maior responsabilização da criança/jovem e da sua família, por outro, implicando este último aspeto uma maior participação e envolvimento do jovem e da família naquilo que é o seu Projeto de Vida.

Com o início do Plano DOM, no ano de 2007, um dos modelos apresentados para a intervenção dos técnicos em contexto de LIJ seria o do trabalho em rede, nomeadamente, com as equipas locais, tendo como objeto as famílias das crianças/jovens, cujo Projeto de Vida previsse a Reintegração Familiar. Esta intervenção implica a prevenção, a reparação e a capacitação:

reforçando as competências parentais através da identificação de fatores de risco e de fatores protetores (…), trabalhando com as famílias, as competências e recursos próprios, potenciando os fatores protetores e valorizando as redes de suporte formais e

116

informais. Ao longo do processo vai-se efetuando um trabalho que é simultaneamente de prevenção e de reparação. (Gomes, 2010, p. 59)

Assim, a prevenção é fundamental, o que implica intervir atempadamente para evitar resultados destrutivos quando a criança/jovem é reintegrada na sua família sem que esta seja previamente preparada e responsabilizada. Também é necessário apostar “na capacitação, na responsabilização e no direito que os pais têm de poder vir a operar as mudanças necessárias” (Gomes, 2010, p. 171).

Acerca da responsabilização das crianças/jovens sobre si e sobre a Instituição, é fundamental o aumento da participação nas decisões sobre a sua vida, não só as decisões sobre o seu Projeto de Vida e sobre o seu PSEI, mas também aquelas relacionadas com vida diária, como a escolha da escola, do curso a seguir, das atividades extracurriculares preferidas, em que para tudo poderá dar uma explicação acerca das suas escolhas e assumir as consequências que daí possam advir. De acordo com o referido, também o cumprimento das regras da Instituição não deveriam ocorrer apenas por estarem no Regulamento Interno, mas também porque a criança/jovem se tornou responsável pela sua vida, pelo colega que está ao seu lado e pela própria Instituição, o que a levará a uma cidadania ativa e plena.

A educação para a responsabilização perante a família permite à criança/jovem em Instituição sair de si e ir ao encontro do Outro/família, de tal forma que permanecerá numa distância possível de examinar e criticar os comportamentos menos positivos existentes na família, assumindo comportamentos alternativos e uma atitude ética. Mas, do lado da família, a intervenção poderá caminhar no sentido de a empoderar, por forma a permitir adquirir uma atitude responsável perante os filhos. Isto pode ser conseguido, não só pelo acompanhamento da família pelo técnico de Serviço Social, mas também através da participação nas decisões que dizem respeito aos filhos em contexto institucional, nomeadamente na definição dos seus Projetos de Vida e respetivos PSEI’s, através do interesse pelos resultados escolares e pelas atividades desenvolvidas na Instituição. Esta educação para a responsabilização significa enfrentar aquilo que é da sua responsabilidade e foi deixado para trás.

Perante os resultados desta investigação, em que, por um lado, prevalece a figura materna, e, por outro, a opção pela reintegração familiar, a nossa proposta passa pela intervenção junto das famílias destas crianças/jovens para que estejam preparadas para receberem os seus filhos. Por outro lado, seguindo a Tese da ‘Identificação e Desidentificação’, este acompanhamento familiar exige o fator proteção, o que significaria o

117

afastamento dos elementos poluidores, porque maltratantes, violadores e perturbadores da ordem familiar. Assim como se registou a vontade das entrevistadas de voltarem para junto dos elementos identificadores da família, assim também ficou assinalada a intenção de manterem distância com os elementos perturbadores. Deste modo, o aumento da responsabilidade parental pode passar pelo afastamento dos elementos maltratantes e perturbadores. Afinal,

cada Projeto de Vida que se concretiza com êxito, cada criança que parte para viver em família, onde sabemos que pode crescer e ser amada, conquistando, a pouco e pouco, o seu espaço com o simples gesto de um beijo, aprendendo a construir a sua própria família e, através dela, encontrando modelos, referências e valores, representa o renascer constante da confiança no futuro. (Gomes, 2010, p. 234)

No entanto, esta intervenção junto destas famílias não é possível sem técnicos sociais e sem recursos suficientes, sendo que algumas Instituições tentam colmatar esta necessidade recorrendo a Projetos levadas a concurso por diversas entidades não governamentais. Porém, estes Projetos são temporários, e as famílias e estas crianças e jovens não o são, não podem esperar, nem funcionam a prazo.

119

| CONSIDERAÇÕES FINAIS

A criança/jovem que se encontra em acolhimento institucional está inserida na conjuntura da Infância contemporânea, que, por sua vez, se apresenta situada numa sociedade designada de ‘sociedade de risco’. O risco e a incerteza inerentes a esta sociedade são agravados pela situação particularmente traumática de ter sido retirada do seio familiar e colocada num ambiente estranho, como é o do LIJ onde foi acolhida. Nesta resposta institucional, os técnicos sociais decidem e delineiam o Projeto de Vida e o respetivo PSEI de cada criança/jovem, segundo os quais orientam a sua intervenção. Neste contexto, pretendeu- se nesta investigação averiguar o lugar que ocupa o ‘Eu’ neste processo, ou seja, procurámos perceber se estas crianças/jovens são realmente escutadas e se são colocadas no centro das decisões sobre a sua vida e a da respetiva família de origem.

Para procedermos à recolha dos dados para esta investigação, recorremos ao Lar de Infância e Juventude ‘Casa da Criança’, que acolhe crianças e jovens do género feminino. Participaram nesta pesquisa 8 jovens entre os 15 e os 18 anos de idade, que responderam às Entrevistas semi-diretas e preencheram, posteriormente, um instrumento designado de ‘Roteiros de Vida’, que se destina a averiguar a sua perceção acerca dos momentos mais relevantes da sua vida, para se poder fazer a triangulação com as Entrevistas. Além destes dois instrumentos, também analisámos os Projetos de Vida e os PSEI’s elaborados no LIJ, com a colaboração das técnicas institucionais. Para tratar e apresentar os dados recolhidos recorremos ao Método Biográfico, por permitir captar as subjetividades e as construções de sentido de cada jovem, sendo apresentadas as suas Histórias de Vida de forma temática.

Da análise dos dados, foram três os resultados relevantes a considerar:

1.º) Verificado o grau de correspondência entre as vontades das oito jovens em estudo e o Projeto de Vida e o respetivo PSEI delineado na Instituição, chegámos à conclusão que a percentagem relativa a tal correspondência se situa em cerca dos 56 por cento. Este resultado designa a percentagem em que as oito jovens são escutadas e são colocadas no centro do processo das decisões acerca da sua vida.

2.º) A totalidade das jovens entrevistadas demonstraram pretender como Projeto de Vida a Reintegração Familiar (embora em um caso o termo mais adequado seja a

120

Reaproximação Familiar), apesar de, no conjunto, apresentarem um historial de maus tratos, de abusos sexuais, negligência e de desestruturação familiar.

3.º) As jovens entrevistadas manifestaram atitudes diferentes em relação à figura paterna e à figura materna. Enquanto o primeiro é, maioritariamente, maltratante, ausente e transmissor de sentimentos de medo, já a figura materna é mais presente, carinhosa, compreensiva e afetiva, acrescentando neste grupo a figura da avó que desempenha, em 6 casos, o papel de mãe, contendo as mesmas caraterísticas desta.

Em função do primeiro resultado, consideramos que a Instituição em estudo escuta as suas crianças/jovens de forma positiva, embora a percentagem favorável seja reduzida. Assim, concluímos que ainda há caminho a trilhar para que as crianças/jovens que se encontram em contexto institucional sejam efetivamente escutadas. Faz falta encontrar estratégias para valorizar mais as subjetividades e as singularidades, faz falta deixar de lado um possível ‘adultocentrismo’ impregnado na nossa cultura e, por conseguinte, no nosso modo de agir perante as nossas crianças/jovens que têm que estar em Instituição. Afinal, decide-se a todo o momento sobre as suas vidas e as da sua família, tendo neles verdadeiro impacto.

A opção pelo Projeto de Vida de Reintegração Familiar, patente no segundo resultado apresentado, ocorre nas oito Entrevistadas, embora notando-se que uma delas pretende a Reconciliação Familiar, o que significa que tem também em vista a família. Para este resultado, o quadro explicativo que apresentámos nesta Dissertação é constituído a partir do Modelo Ecossistémico e da Teoria da Vinculação. A primeira esclarece que a família foi para estas crianças/jovens o meio mais proximal, e, embora se possa apresentar como um ambiente poluente devido sobretudo ao abandono, aos maus tratos e à negligência, apesar disso, não deixa de ser o meio com o qual a criança/jovem se identifica e onde se movimenta de forma habitual. A Instituição constitui, depois da admissão em LIJ, um novo ecossistema. No entanto, apesar da criança/jovem aceitar este novo ecossistema e de se adaptar a ele, mesmo assim, é para o meio ecossistémico da família de origem que pretende voltar. Por conseguinte, o caminho poderá ser duplo: ou a substituição do ecossistema original por outro que seja suficientemente representativo; ou então a intervenção do técnico de Serviço Social junto da família de origem de modo a potenciar as suas competências parentais, para assim poder receber os seus filhos de volta de forma segura e permanente.

Quanto à explicação do ponto de vista da Teoria do Vínculo, esta esclarece que, apesar do modelo de vinculação existente na família de origem ser inseguro, não deixa de ser aquele

121

(e o único) que as crianças/jovens em Instituição conhecem. O LIJ não chega a constituir uma vinculação segura que se sobreponha à anterior, sobretudo devido à imagem mítica e não matizada dos pais, além da falta de resiliência suficiente por parte da criança/jovem para se afastar do passado.

Apresentámos ainda outro modelo explicativo baseado na ‘Tese da Relação

Interfenomenal’, apresentada por S. Amaro (2003), e que nomeámos de ‘Tese da Identificação e Desidentificação’. Com esta nova orientação explicativa, analisámos os sinais

de ‘identificação’ e de ‘desidentificação’ provenientes das jovens entrevistadas para com a sua família de origem, presentes nos instrumentos de investigação. Assim, de acordo com esta Tese, as jovens em estudo não optam por voltar para todo o agregado familiar, mas o que pretendem é regressar para junto das figuras de identificação, que são a mãe e a avó, por transmitirem carinho, afeto e segurança, e por representarem a esperança de voltarem a ter uma família. Os sinais desidentificadores voltam-se sobretudo para o pai, identificado maioritariamente como maltratante, distante e ausente, e, portanto, o poluente da ordem familiar.

Em consequência dos resultados apresentados e das respetivas linhas de compreensão, apresentámos alguns contributos para a melhoria da intervenção do técnico de Serviço Social em contexto institucional, nomeadamente: a escuta ativa para que o ‘Eu’ (as crianças/jovens que estão em LIJ e os respetivos membros da sua família de origem) ocupe o lugar central nas decisões que dizem respeito à sua vida; educar para a responsabilização, pois todas decisões têm consequências concretas que é preciso enfrentar; e o afastamento dos elementos perturbadores da ordem familiar, ou seja, os familiares ‘desidentificadores’. Sugere-se que este afastamento seja feito através do empoderamento, de uma maior responsabilização e autonomia dos familiares com sinais ‘identificadores’, para que a criança/jovem possa regressar à sua família de origem em segurança e, assim, quebrar a trajetória da ‘Dinâmica da

Vitimização’ (S. Amaro, 2003), direcionando a sua vida por um caminho alternativo, onde

123

| REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aguado, O.V. (1988). A Epistemologia do Trabalho Social: Alternativas. Cadernos de

Trabalho Social, 6, 269-290.

Amaro, M.I. (2008). Os Campos Paradigmáticos do Serviço Social: Proposta para uma Categorização das Teorias em Presença. Locus SOCI@L,1/2008, 65-80.

Amaro, S. (2003). Crianças Vítimas de Violência: das Sombras do Sofrimento à Genealogia

da Resistência. Uma Nova Teoria Científica. Porto Alegre: AGE/EDIPUCRS.

Arteaga, A.B., & Del Valle, J.F. (2001). Evaluación de la integración social en acogimiento residencial. Psicothema, 2 (13), 197-204.

Arteaga, A.B., & Valle, J.F. del (Org.) (2009). Intervención Socioeducativa en Acogimiento

Residencial. Cantabria: Dirección General de Politicas Sociales e Centro de Estudios de la

Administración Pública Regional de Cantabria.

Beck, U. (2010). A Política na Sociedade de Risco. Idéias, 1 (2), 229-253.

Becker, H. (1996). A Escola de Chicago (V. Oereira, Trad.). Mana, 2 (2), 177-188.

Berger, P.L., & Luckmann, T. (2004). A Construção Social da Realidade: um Livro sobre a

Sociologia do Conhecimento (2.ª ed.) (E. de Carvalho, Trad.). Lisboa: Dinalivro. (Obra

original publicada em 1966).

Bolívar, A. (2002). ¿De Nobis Ipsis Silemus?: Epistemología de la Investigación Biográfico- Narrativa en Educación. Revista Electrónica de Investigación Educativa, 1 (4), 1-26. Consultado em 04-05-2012, disponível em: http://redie.uabc.uabc.mx/vol4no1/contenido- bolivar.html.

Born, M. (2005). Psicologia da Delinquência (M. Paiva Boléo, Trad.). Lisboa: Climepsi Editores. (Obra original publicada em 2003).

Bowlby, J. (1952). Maternal Care and Mental Health (2.ª ed.). Geneva: World Health Organization.

Bronfenbrenner, U. (2011). Bioecologia do Desenvolvimento Humano: Tornando os Seres

Humanos mais Humanos (A. de Carvalho-Barreto, Trad.). Porto Alegre: Artmed. (Obra

124

Caeiro, J.C. (2008). Políticas Públicas, Política Social e Estado Providência. Lisboa: Universidade Lusíada Editora.

Calheiros, M.M., Garrido, M.V., & Santos, S.V. (2011). Crianças em Risco e Perigo.

Contextos, Investigação e Intervenção. Lisboa: Edições Sílabo.

Cañellas, A.J.C. (2004). Preâmbulo. In: Ernesto Candeias Martins, O Projeto Educativo do

Padre Américo: o Ambiente na Educação do Rapaz. Lisboa: Edições Sílabo.

Carapinheiro, G. (2002). A Globalização do Risco Social. In: Boaventura de Sousa Santos (Org.), A Globalização e as Ciências Sociais. São Paulo: Cortez.

Carvalho, I.C.M. (2007). Biografia e Identidade: aportes para uma Análise Narrativa.

Ambientalmentesustentable, 3 (1), 19-31.

Cavaco, C. (2001). Processo de Formação de Adultos não Escolarizados. A Educação Inicial

e a Formação Experiencial. Tese de Mestrado em Ciências da Educação, Universidade de

Lisboa.

Corsaro, W.A. (2002). A Reprodução Interpretativa no Brincar ao ‘Faz-de-conta’. Educação,

Sociedade & Cultura, 17, 113-134.

Cunha, S. (2008). Representações e Expetativas sobre a Família e a Adoção em Crianças e

Jovens Institucionalizados. Artigo apresentado no VI Congresso Português de Sociologia

sobre ‘Mundos Sociais: Saberes e Prática’ (pp. 2-14), na Universidade Nova de Lisboa. Delgado, P. (2009). O Acolhimento Familiar numa Perspetiva Ecológico-Social. Revista

Lusófona de Educação, 14, 157-168.

Delory-Momberguer, C. (2012). Abordagens Metodológicas na Pesquisa Biográfica. Revista

Brasileira de Educação, 51 (17), 523-740.

Dias, I.M.V., & Santos, R.S. (2005). Método, História de Vida e sua Aplicabilidade no Campo da Enfermagem. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 2 (9), 278-286.

Ferrarotti, F. (1976). Vite di Baraccati. Nápoles: Ligouri.

Ferrarotti, F. (1991). Sobre a Autonomia do Método Biográfico. Sociologia-Problemas e

Práticas, 9, 171-177.

125

Fraser, M.T.D., & Gondim, S.M.G. (2004). Da Fala do Outro ao Texto Negociado: Discussões sobre a Entrevista na Pesquisa Qualitativa. Paidéia, 14, (28), 139-152.

Freitas, E.P., Maciel, F.C.C., Moreira, M.C.R., & Lima, N.M. (Org.) (2007). Dicionário de

Termos Técnicos da Assistência Social. Belo Horizonte: Prefeitura BH.

Germano, I.M.P. (s.d.). Aplicações e Implicações do Método Biográfico de Fritz Schütze em

Psicologia Social. Universidade Federal do Ceará. Consultado em 07-05-2012, disponível

em: http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/147.

%20aplica%C7%D5es%20e%20implica%C7%D5es%20do%20m%C9todo%20biogr%C1f ico%20de%20fritz%20sch%DCtze%20em%20psicologia%20social.pdf.

Giddens, A. (1997). Para além da Esquerda e da Direita: o Futuro da Política Radical (T. Curvelo, Trad.). Oeiras: Celta Editora. (Obra original publicada em 1994).

Giddens, A. (2007). Sociologia (5.ª ed.) (A. Figueiredo, A. Baltazar, C. Lorga da Silva, P. Matos, & V. Gil, Trad.). Lisboa: Edição da Fundação Calouste Gulbenkian. (Obra original publicada em 2001).

Goffman, E. (2002). A Representação do Eu na Vida Cotidiana (10.ª ed.) (M. Raposo, Trad.). Petrópolis: Editora Vozes. (Obra original publicada em 1975).

Gomes, I. (2010). Acreditar no Futuro. Alfragide: Texto.

Gomes, M.P. (Org.) (2005). Percursos de vida dos jovens após a saída dos Lares de Infância

e Juventude. Instituto da Segurança Social, I.P.: ISCTE.

Hespanha, P. (2002). Mal-Estar e Risco Social num Mundo Globalizado: Novos Problemas e Novos Desafios para a Teoria Social. In: Boaventura de Sousa Santos (Org.), A

Globalização e as Ciências Sociais. São Paulo: Cortez.

Instituto da Segurança Social, I.P. (2012). Casa 2011: Relatório de Caraterização Anual da

Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens.

Instituto da Segurança Social, I.P. (s.d.). Gestão da Qualidade das Respostas Sociais. Lar de

Infância e Juventude.

Iturra, R. (2002). A Epistemologia da Infância: Ensaio de Antropologia da Educação.

126

Jameson, F. (2002). A cultura do Dinheiro: Ensaios sobre a Globalização. Petrópolis: Editora Vozes.

Jenks, C. (2002). Constituindo a Criança. Educação, Sociedade & Cultura, 17, 185-216 Levinas, E. (2000). Ética e Infinito (J. Gama, Trad.). Lisboa: Edições 70. (Obra original

publicada em 1982).

López, M.L., Boada, C.M., Arteaga, A.B., & Valle, J.F. del (2010). Niños que Esperan:

Estudio sobre Casos de Larga Estancia en Acogimiento Residencial. Madrid: Ministerio de

Sanidad y Política Social.

Lozares, C., & Verd, J.M. (2008). La Entrevista Biográfico-Narrativa como Expresión Contextualizada, Situacional y Dinámica de la Red Socio-Personal. Redes, 6 (15), 95-125. Matos, P.M., & Costa, M.E. (1996). Vinculação e Processos Desenvolvimentais nos Jovens e

Adultos. Cadernos de Consulta Psicológica, 12, 45-54.

Olivares, S.I. (2001). Perspectivas Teóricas de las Famílias. In: Conflictos Familiares. Como

Resolverlos?. CED, Universidad Católica del Norte.

Pacheco, P.J.C. (2010). Lares de Infância e Juventude: contributos para um Modelo de

Acolhimento e Integração Social. Dissertação de mestrado não-publicada, Universidade

Fernando Pessoa, Porto, Portugal.

Payne, M. (1997). Teoria do Trabalho Social Moderno. Coimbra: Quarteto.

Peña, L.E. (Org.) (2011). Salud Mental de Menores en Acogimiento Residencial: Guía para la

Prevención e Intervención en Hogares y Centros de Protección de la Comunidad Autónoma de Extremadura. Junta de Extremadura: Servicio Extremenho de Salud (SES).

Pereira, P.M., & Santos, S.V. (2011). Conceptualização de Situações de Mau Trato: da Lei de Proteção à Avaliação Psicossocial. In: M.M. Calheiros, M.V. Garrido & S.V. Santos (Ed.),

Crianças em Risco e Perigo: Contextos, Investigação e Intervenção. Lisboa: Sílabo.

Pinhel, J., Torres, N., & Maia, J. (2009). Crianças Institucionalizadas e Crianças em meio Familiar de Vida: Representações de Vinculação e Problemas de Comportamento Associado. Análise Psicológica, 4 (27), 509-521.

127

Poiares, C.A. (2010). Nota Introdutória. A República e a Proteção da infância: em busca de um novo Paradigma. In: Instituto da Segurança Social, I.P, Edição Comemorativa da Lei

de Proteção da Infância, 27 de Maio de 1911. Lisboa: Instituto da Segurança Social, I.P.

Poirier, J., Clapier-Valladon, S., & Raybaut, P. (1995). Histórias de Vida: Teoria e Prática (J. Quintela, Trad.). Oeiras: Celta Editora. (Obra original publicada em 1983).

Reis, V. & Castro, P. (2011). Aceitação e Resistência face à Inovação Legislativa: um Estudo com Técnicos das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens e Lares de Infância e Juventude. In M.M. Calheiros, M. V. Garrido & S. V. Santos (Eds.), Crianças em Risco e

Perigo: Contextos, Investigação e Intervenção. Lisboa: Edições Sílabo.

Ricouer, P. (1997). Tempo e Narrativa. São Paulo: Papirus.

Rocha, E.A.C. (2002). Infância e Educação: delimitações de um Campo de Pesquisa.

Educação, Sociedade & Cultura, 17, 67-88.

Rocha, C., Ferreira, M., Neves, T. (2002). O que as Estatísticas nos ‘Contam’ quando as Crianças são Contadas ou… As crianças nas Estatísticas Oficiais e a Infância como Construção Social (Portugal, 1875-1925). Educação, Sociedade & Cultura, 17, 33-65. Rocha, M. (s.d.). O Desenvolvimento das Relações de Vinculação na Adolescência:

Associações entre Contextos Relacionais com Pais, Pares e Par Amoroso. Dissertação de

Doutoramento não-publicada, Universidade do Porto.

Santos, A. dos (2002). Antropologia Geral: Etnografia, Etnologia, Antropologia Social. Lisboa: Universidade Aberta.

Santos, A.S.C.S. (2009). (In)Sucesso Escolar de Crianças e Jovens Institucionalizadas. Dissertação de Mestrado não-publicada, Universidade Técnica de Lisboa (ISCSP), Portugal.

Sarmento, M.J. (2002). Infância, Exclusão Social e Educação como Utopia Realizável.

Educação, Sociedade & Cultura, 17, 13-32

Schwandt, T.A. (2006). Três Posturas Epistemológicas para a Investigação Qualitativa: Interpretativismo, Hermenêutica e Construcionismo Social. In N.K. Denzin & Y.S. Lincoln, O Planejamento da Pesquisa Qualitativa: Teorias e Abordagens. S. Paulo: Artmed.

128

Strecht, P. (2005). Vontade de Ser. Textos sobre Adolescência. Lisboa: Assírio & Alvim. Tinoco, R. (2004). Histórias de Vida: um Método Qualitativo de Investigação. Consultado em

03 de maio de 2012. Disponível em: http://www.psicologia.com.pt.

Documentos relacionados