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Art. 517. Os portadores de diabetes receberão, gratuitamente, do SUS, os medicamentos necessários para o tratamento de sua con- dição e os materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar.

§ 1º O Poder Executivo, por meio do Ministério da Saúde, selecionará os medicamentos e materiais de que trata o caput, com vistas a orientar sua aquisição pelos gestores do SUS.

§ 2º A seleção a que se refere o § 1º deverá ser revista e republicada anualmente ou sempre que se fizer necessário, para se adequar ao conhecimento científico atualizado e à disponibilidade de novos medicamentos, tecnologias e produtos no mercado.

§ 3º É condição, para o recebimento dos medicamentos e materiais citados no caput, estar inscrito em programa de educação especial para diabéticos.

Art. 518. É assegurado ao diabético o direito de requerer, em caso de atraso na dispensação dos medicamentos e materiais citados no art. 517, informações acerca do fato à autoridade sanitária mu- nicipal.

LIVRO VI

DA ATENÇÃO À SAÚDE TÍTULO I

DOS TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS, TECIDOS E PAR- TES DO CORPO

CAPÍTULO I Disposições Gerais

Art. 519. A disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou post mortem, para fins de transplante e tratamento, é permitida na forma deste Título.

Parágrafo único. Para os efeitos deste Título, não estão com- preendidos entre os tecidos a que se refere este artigo o sangue, o esperma e o óvulo.

Art. 520. Transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano só poderão ser realizados por estabeleci- mento de saúde, público ou privado, e por equipes médico-cirúrgicas de remoção e transplante previamente autorizados pelo órgão de ges- tão nacional do Sistema Único de Saúde (SUS).

Parágrafo único. A realização de transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos e partes do corpo humano só poderá ser autorizada após a realização, no doador, de todos os testes de triagem para diagnóstico de infecção e infestação exigidos em normas regula- mentares expedidas pelo Ministério da Saúde.

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Art. 521. O transplante ou enxerto só se fará com o con- sentimento expresso do receptor, assim inscrito em lista única de espera, após aconselhamento sobre a excepcionalidade e os riscos do procedimento.

§ 1º Nos casos em que o receptor seja juridicamente incapaz ou cujas condições de saúde impeçam ou comprometam a mani- festação válida da sua vontade, o consentimento de que trata o caput será dado por um de seus pais ou responsáveis legais.

§ 2º A inscrição em lista única de espera não confere ao pretenso receptor ou à sua família direito subjetivo a indenização, se o transplante não se realizar em decorrência de alteração do estado de órgãos, tecidos e partes que lhe seriam destinados, provocada por acidente ou incidente em seu transporte.

Art. 522. É proibida a veiculação, por qualquer meio de comunicação social, de anúncio que configure:

I - publicidade de estabelecimentos autorizados a realizar transplantes e enxertos, relativa a essas atividades;

II - apelo público no sentido da doação de tecido, órgão ou parte do corpo humano para pessoa determinada, identificada ou não, ressalvado o disposto no parágrafo único;

III - apelo público para a arrecadação de fundos para o financiamento de transplante ou enxerto em beneficio de particu- lares.

Parágrafo único. Os órgãos de gestão nacional, regional e local do SUS realizarão periodicamente, pelos meios adequados de comunicação social, campanhas de esclarecimento público dos be- nefícios esperados do disposto neste Título e de estímulo à doação de ó rg ã o s .

CAPÍTULO II

Da Disposição Post Mortem de Tecidos, Órgãos e Partes do Corpo Humano Para Fins de Transplante

Art. 523. A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e trans- plante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos de- finidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.

§ 1º Os prontuários médicos com os resultados ou os laudos dos exames referentes aos diagnósticos de morte encefálica e com as cópias dos documentos de que tratam os arts. 520, parágrafo único, 521, 524, 525, 527 e 530, §§ 2º, 4º e 6º, quando couber, e com a descrição dos atos cirúrgicos relativos aos transplantes e enxertos serão mantidos nos arquivos das instituições referidas no art. 520 por um período mínimo de cinco anos.

§ 2º As instituições referidas no art. 520 enviarão anual- mente um relatório com os nomes dos pacientes receptores ao órgão gestor estadual do SUS.

§ 3º Será admitida a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte encefálica.

Art. 524. A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas, para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte.

Art. 525. A remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa juridicamente incapaz poderá ser feita, desde que permitida expressamente por ambos os pais ou pelos res- ponsáveis legais.

Art. 526. É vedada a remoção post mortem de tecidos, ór- gãos ou partes do corpo de pessoas não identificadas.

Art. 527. No caso de morte sem assistência médica, de óbito em decorrência de causa mal definida ou de outras situações nas quais houver indicação de verificação da causa médica da morte, a remoção de tecidos, órgãos ou partes de cadáver para fins de trans- plante ou terapêutica só poderá ser realizada após a autorização do patologista do serviço de verificação de óbito responsável pela in- vestigação e citada em relatório de necropsia.

Art. 528. Após a retirada de tecidos, órgãos e partes, o cadáver será imediatamente necropsiado, se verificada a hipótese do art. 527, e, em qualquer caso, condignamente recomposto para ser entregue, em seguida, aos parentes do morto ou seus responsáveis legais para sepultamento.

Art. 529. É obrigatório, para todos os estabelecimentos de saúde, notificar às centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos da unidade da Federação onde ocorrer, o diagnóstico de morte encefálica feito em pacientes por eles atendidos.

Parágrafo único. Após a notificação prevista no caput deste artigo, os estabelecimentos de saúde não autorizados a retirar tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tra- tamento deverão permitir a imediata remoção do paciente ou fran- quear suas instalações e fornecer o apoio operacional necessário às equipes médico-cirúrgicas de remoção e transplante, hipótese em que serão ressarcidos na forma da lei.

CAPÍTULO III

Da Disposição de Tecidos, Órgãos e Partes do Corpo Hu- mano Vivo Para Fins de Transplante ou Tratamento

Art. 530. É permitido à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes con- sangüíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do § 2º, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea.

§ 1º Só é permitida a doação referida neste artigo quando se tratar de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo sem risco para a sua integridade, não represente grave com- prometimento de suas aptidões vitais e saúde mental, não cause mu- tilação ou deformação inaceitável e corresponda a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora.

§ 2º O doador deverá autorizar, preferencialmente por escrito e diante de testemunhas, especificamente o tecido, órgão ou parte do corpo objeto da retirada.

§ 3º A doação poderá ser revogada pelo doador ou pelos responsáveis legais a qualquer momento antes de sua concretização. § 4º O indivíduo juridicamente incapaz, com compatibilidade imunológica comprovada, poderá fazer doação nos casos de trans- plante de medula óssea, desde que haja consentimento de ambos os pais ou dos responsáveis legais e autorização judicial, e o ato não ofereça risco para a sua saúde.

§ 5º É vedado à gestante dispor de tecidos, órgãos ou partes de seu corpo vivo, exceto quando se tratar de doação de tecido para ser utilizado em transplante de medula óssea e o ato não oferecer risco à sua saúde ou ao feto.

§ 6º O autotransplante depende apenas do consentimento do próprio indivíduo, registrado em seu prontuário médico, ou, se ele for juridicamente incapaz, de um de seus pais ou responsáveis legais.

Art. 531. É garantido a toda mulher o acesso a informações sobre as possibilidades e os benefícios da doação voluntária de san- gue do cordão umbilical e placentário durante o período de consultas pré-natais e no momento da realização do parto.

TÍTULO II

DA SAÚDE MENTAL CAPÍTULO I

Dos Direitos e da Proteção das Pessoas Acometidas de Transtorno Mental

Art. 532. Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental de que trata este Título são assegurados sem qual- quer forma de discriminação quanto a raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.

Art. 533. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:

I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;

II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, com vistas a alcançar sua re- cuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;

III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e ex- ploração;

IV - ter garantia de sigilo das informações prestadas; V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;

VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponí- veis;

VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;

VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios me- nos invasivos possíveis;

IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.

Parágrafo único. Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no caput.

CAPÍTULO II

Do Modelo Assistencial em Saúde Mental

Art. 534. É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida parti- cipação da sociedade e da família, prestadas em estabelecimentos de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofe- reçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.

Art. 535. A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.

§ 1º O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção do paciente em seu meio social.

§ 2º O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de trans- tornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psi- cológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.

§ 3º É vedada a internação de pacientes portadores de trans- tornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2º e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no art. 533.

Art. 536. O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação de grave dependência institucional, de- corrente de seu quadro clínico ou de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e de reabilitação psi- cossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária com- petente e supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade do tratamento, quando necessário.

Art. 537. A internação psiquiátrica só será realizada me- diante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus mo- tivos.

Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de in- ternação psiquiátrica:

I - internação voluntária: aquela que se dá com o consen- timento do usuário;

II - internação involuntária: aquela que se dá sem o con- sentimento do usuário e a pedido de terceiro;

III - internação compulsória: aquela determinada pela Jus- tiça.

Art. 538. A pessoa que solicita voluntariamente sua inter- nação, ou que a consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.

Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.

Art. 539. A internação voluntária ou involuntária só será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado onde se localize o estabelecimento.

§ 1º A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Es- tadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.

§ 2º O término da internação involuntária dar-se-á por so- licitação escrita do familiar ou responsável legal, ou quando es- tabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento.

Art. 540. A internação compulsória é determinada pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do es- tabelecimento quanto à salvaguarda do paciente, dos demais inter- nados e dos funcionários.

Art. 541. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clí- nica grave e falecimento serão comunicados pela direção do es- tabelecimento de saúde mental aos familiares ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.

Art. 542. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou te- rapêuticos não poderão ser realizadas sem o consentimento expresso do paciente ou de seu representante legal e sem a devida comu- nicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Na- cional de Saúde (CNS).

Art. 543. O CNS, no âmbito de sua atuação, criará comissão nacional para acompanhar a implementação do disposto nos Capítulos I e II deste Título.

CAPÍTULO III

Do Auxílio-Reabilitação Psicossocial

Art. 544. Fica instituído o auxílio-reabilitação psicossocial para assistência, acompanhamento e integração social, fora de uni- dade hospitalar, de pacientes acometidos por transtornos mentais, internados em hospitais ou unidades psiquiátricas, nos termos deste Capítulo.

§ 1º O auxílio é parte integrante de um programa de res- socialização de pacientes internados em hospitais ou unidades psi- quiátricas denominado "De volta para casa", sob coordenação do Ministério da Saúde.

Art. 545. O benefício consistirá em pagamento mensal de auxílio pecuniário destinado aos pacientes egressos de internações, segundo critérios definidos por este Capítulo.

§ 1º É fixado o valor do benefício em duzentos e quarenta reais, que poderá ser reajustado pelo Poder Executivo de acordo com a disponibilidade orçamentária.

§ 2º Os valores serão pagos diretamente aos beneficiários, mediante convênio com instituição financeira oficial, salvo na hi- pótese de incapacidade de exercer pessoalmente os atos da vida civil, quando serão pagos ao representante legal do paciente.

§ 3º O benefício terá a duração de um ano e poderá ser renovado quando necessário aos propósitos da reintegração social do paciente.

Art. 546. São requisitos cumulativos para a obtenção do benefício criado por este Capítulo:

I - que o paciente seja egresso de internação psiquiátrica cuja duração tenha sido, comprovadamente, por um período igual ou su- perior a dois anos;

II - que a situação clínica e social do paciente não justifique a permanência em ambiente hospitalar e indique tecnicamente a pos- sibilidade de inclusão em programa de reintegração social e a ne- cessidade de auxílio financeiro;

III - que haja expresso consentimento do paciente ou de seu representante legal em se submeter às regras do programa;

IV - que seja garantida ao beneficiado a atenção continuada em saúde mental, na rede de saúde local ou regional.

§ 1º O tempo de permanência em serviços residenciais te- rapêuticos será considerado para a exigência temporal do inciso I.

§ 2º Para fins do inciso I, não poderão ser considerados períodos de internação os de permanência em orfanatos ou outras instituições para menores, asilos, albergues ou outras instituições de amparo social, ou internações em hospitais psiquiátricos que não tenham sido custeados pelo SUS ou por órgãos que o antecederam e que hoje o compõem.

§ 3º Egressos de hospital de custódia e tratamento psiquiá- trico poderão ser igualmente beneficiados, procedendo-se, nesses ca- sos, em conformidade com a decisão judicial.

Art. 547. O pagamento do auxílio-reabilitação psicossocial será suspenso:

I - quando o beneficiário for reinternado em hospital psi- quiátrico;

II - quando forem alcançados os objetivos de reintegração social e autonomia do paciente.

Art. 548. O pagamento do auxílio-reabilitação psicossocial será interrompido, em caso de óbito, no mês seguinte ao do fa- lecimento do beneficiado.

Art. 549. Os recursos para a continuidade do programa serão assegurados no orçamento do Ministério da Saúde.

Parágrafo único. O aumento de despesa obrigatória de ca- ráter continuado resultante da criação deste benefício será compen- sado dentro do volume de recursos mínimos destinados às ações e serviços públicos de saúde, conforme disposto no art. 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Art. 550. O controle social e a fiscalização da execução do programa serão realizados pelas instâncias do SUS.

TÍTULO III

DO PLANEJAMENTO FAMILIAR

Art. 551. O planejamento familiar é direito de todo cidadão, observado o disposto neste Título.

Art. 552. Para fins deste Título, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal.

Parágrafo único. É proibida a utilização das ações a que se refere o caput para qualquer tipo de controle demográfico.

Art. 553. O planejamento familiar é parte integrante do con- junto de ações de atenção à mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma visão de atendimento global e integral à saúde.

Parágrafo único. As instâncias gestoras do SUS, em todos os seus níveis, na prestação das ações previstas no caput, obrigam-se a garantir, em toda a sua rede de serviços, no que diz respeito à atenção à mulher, ao homem ou ao casal, programa de atenção integral à saúde, em todos os seus ciclos vitais, que inclua, como atividades básicas, entre outras:

I - a assistência à concepção e contracepção; II - o atendimento pré-natal;

III - a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato; IV - o controle das doenças sexualmente transmissíveis; V - o controle e prevenção do câncer cérvico-uterino, do câncer de mama e do câncer de pênis.

Art. 554. O planejamento familiar orienta-se por ações pre- ventivas e educativas e pela garantia de acesso igualitário a infor- mações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade.

Parágrafo único. O SUS promoverá o treinamento de re- cursos humanos, com ênfase na capacitação do pessoal técnico, vi- sando à promoção de ações de atendimento à saúde reprodutiva.

Art. 555. É dever do Estado, por meio do SUS, em as- sociação, no que couber, com as instâncias componentes do sistema educacional, promover condições e oferecer recursos informativos, educacionais, técnicos e científicos que assegurem o livre exercício do planejamento familiar.

Art. 556. As ações de planejamento familiar serão exercidas pelas instituições públicas e privadas, filantrópicas ou não, nos termos deste Título e das normas de funcionamento e de mecanismos de fiscalização estabelecidos pelas instâncias gestoras do SUS.

Parágrafo único. Compete à direção nacional do SUS definir as normas gerais de planejamento familiar.

Art. 557. É permitida a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros nas ações e pesquisas de plane-