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CORRELAÇÃO DAS VARIÁVEIS CLINICA COM O TESTE DE EQUILIBRIO FUNCIONAL

Os resultados evidenciaram que os testes de equilíbrio funcional e a EEB

apresentaram moderada correlação com o nível de grau de OAJ e o escore de WOMAC, indicando que quando maior o comprometimento do grau de OAJ e a incapacidade funcional do sujeito, maior é sua predisposição a queda. Neste contexto, estudos que avaliaram o equilíbrio por

meio de testes clínicos (BENNELL; HIMMAN, 2005; HARRISON, 2004; BENNELL , 2003; HASSAM

, 2001; WENEGER @ 1997, HURLEY , 1997) relataram que processos degenerativos do sistema musculoesquelético são causadores de incapacidade funcional, podendo provocar distúrbios na manutenção do equilíbrio postural, por conseqüência da queixa álgica, diminuição de força muscular e alterações da propriocepção que invariavelmente acompanham esta patologia. Estes fatores interferem na realização de diversas atividades de vida diária, entre elas a mobilidade e as transferências.

Harrison (2004) detectaram moderada correlação inversa entre o escorre de

WOMAC e o teste equilíbrio funcional de alcance anterior (FRT) e com os tempo de execução dos testes de mobilidade funcional (caminhada de 20m, subida e descida de 9 degraus, e sentar e

levantar da cadeira). Hurley (1997) relataram que o índice do questionário de Lequesne

apresenta moderada correlação com a performance funcional, demonstrando que a avaliação objetiva da capacidade funcional reflete na investigação subjetiva da capacidade funcional do

sujeito. Foley (2006) relataram que o escore de WOMAC apresentou fraca associação com

o risco de queda entre homens e mulheres de 50 a 60 anos.

Hurley (1997) concluíram que os portadores de OAJ apresentam moderada

correlação entre sua capacidade de contração máxima voluntária da musculatura do quadríceps e o tempo de desempenho funcional e fraca correlação com o índice de Lesquene – questionário de capacidade funcional para OAJ. Os autores constataram que o desempenho funcional e a força do quadríceps, associados, exercem uma influência de 45% no índice de Lequesne, ou seja, na

avaliação subjetiva da capacidade funcional do joelho. Os mesmos autores enfatizam que a fraqueza do quadríceps é determinante para incapacidade funcional em sujeitos com OAJ. O grupo muscular do quadríceps é essencial para a estabilização da articulação do joelho, assim o prejuízo da função sensoriomotora do quadríceps pode ocasionar no portador de OAJ sensação de fraqueza, instabilidade e, consequentemente, diminuição da sua confiança ao realizar as AVD’s

(JOHANSSON , 1991). Desta maneira, redução da mobilidade funcional, aumenta a

dificuldade para realizar ADV’s, afetando negativamente a independência funcional.

No entanto, Harrison (2004) não evidenciaram correlação do grau de OAJ com os

desempenhos dos testes de FRT e mobilidade funcional. Foley (2006), também, não

observaram correlação significativa entre o grau de OAJ com o equilíbrio por meio da bateria de

teste 92/ * 9 5 (PPA), indicando que o grau de OAJ não é fator preditor

ao risco de queda.

Em relação ao nível de dor relatado pelos grupos OAJ, os resultados mostraram fraca

correlação com os testes de equilíbrio funcional. O mesmo foi averiguado por Foley . (2006)

e Leveille (2001) que, também, mostraram fraca correlação associação com o risco de

queda nesta população. Harrison (2004) não evidenciou correlação entre o nível de dor em sujeitos com OAJ e o teste de equilíbrio FRT. Adicionalmente, Bennell e Hinman (2004) relataram que a dor causada no joelho, por meio de injeção intra-articular de solução de salina em

indivíduos saudáveis, não mostrou correlação com o , . Com base nos resultados destes

estudos e de outros, fica claro que o quadro álgico não é indicador para o desequilíbrio postural funcional e o risco de queda.

Os resultados evidenciaram que a EEB apresenta moderada correlação inversa com o nível de grau de OAJ (r= -0.61) e o escore de WOMAC (r= -0.53), indicando que quando maior o comprometimento do grau de OAJ e a incapacidade funcional do sujeito, maior é sua predisposição a queda. Neste contexto, Lin e Woollacott (2005) referem que na população idosa a EEB apresenta boa correlação com a força muscular dos flexores e extensores das articulações do quadril, joelho e tornozelo; e como teste de sensação de vibração. Os mesmos autores comentam que na regressão a idade teve uma pequena contribuição (r²=0.25). Mas, quando a força dos planteflexores do tornozelo foi adicionada resultou uma melhora do r² (r²=0.63), tornando o fator idade insignificante. Ao adicionar a força dos dorsiflexores do tornozelo junto com a força dos planteflexores na regressão, houve uma pequena melhorar do r² (r²=0.81). Demonstrando que a

relação entre EEB e idade tornou-se insignificante quando a força muscular do tornozelo (planteflexores e dorsiflexores) foi incluída na regressão. O mesmo foi observado por Daubney e Culham (1999) que concluiu que força muscular da articulação do tornozelo foi melhor preditor do escore na EEB do que a força muscular dos extensores e flexores do quadril e joelho; abdutores e adutores do quadril. Para os mesmos autores, o músculo dorsiflexor e eversor subtalar do tornozelo foram preditores no escore na EEB em 58%. O grupo planteflexores e

inversores subtalar foram preditores do desempenho no em 48.4%. Além disto, a força do

grupo planteflexores foram os únicos preditores contribuinte no desempenho do FRT em 13%; e os dorsiflexores foram para o estado de queda em 17%. (DAUBNEY; CULHAM, 1999). Em

outro estudo, Lord . (1991a), em indivíduos com idade entre 50 e 97 anos, relatou que a força

muscular dos dorsiflexores do tornozelo foi fator preditor para identificação dos indivíduos com relato de quedas múltiplas e não-caidores. Os autores concluíram que a força muscular do tornozelo é melhor preditor da capacidade funcional do equilíbrio postural do que a idade.

Os testes de equilíbrios funcionais envolvem força muscular, agilidade, coordenação motora, propriocepção, amplitude de movimentos, entre outros. Considerando que estas circunstâncias se encontram prejudicados nos portadores de OAJ que geralmente apresentam, principalmente, comprometimento da força e da ativação das fibras musculares do quadríceps e

da propriocepção da articulação do joelho (HURLEY , 1997; PAI , 1997; WESSEL,

1996), além da queixa álgica, poderá ocorrer desempenho negativo nestes testes. Estas alterações, em combinação com o processo de envelhecimento, podem ocasionar seriedade maior do desequilíbrio na população idoso com OAJ, comparado com idosos saudáveis da mesma faixa etária. Desta maneira, o próximo item a ser discutido é a correlação do quadro clinico com as variáveis da posturografia tradicional do COP nos sujeitos com OAJ.

5.8 CORRELAÇÃO DAS VARIÁVEIS CLÍNICAS COM AS VARIAVEIS COP