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Os resultados evidenciaram que os grupos OAJ (OAJQ e OAJSQ) apresentaram maior

deslocamento do COPap do que o GC, em ambas as condições. Estes resultados estão de acordo

com os encontrados por alguns autores (HAIBACH 2008; OSTROWSKA 2008; Oliveira , 2007b;

MAURER , 2003; NORRIS , 2005; GRAVELLE , 2002; HASSAN , 2001) que ao avaliarem

o comportamento do COP em sujeitos com OAJ verificaram maior deslocamento do COP em ambas as direções do que os sujeitos sem OAJ. Estes achados sugerem que esta população

apresenta alterações no equilíbrio postural. Além disso, Haibach +2008), Ostrowska

(2008), Maurer (2003), Norris (2005), Gravelle , (2002) e Hassan (2001)

mostraram que sujeitos com alteração de equilíbrio apresentam maior deslocamento do COP, sendo mais suscetíveis a sofrerem quedas do que aqueles que apresentam menor variação do COP na postura quase-estática.

Os resultados encontrados por Olveira (2007b), por meio da platafomar Chattecx Balance

System, evidenciou maior deslocamento do COPap nos portadores de OAJ. Hinman (2002),

sem plataforma de força, e Hassan (2001), por meio do Balance Performance Monitor

(SMSTechnologies, Harlow, Essex CM19 5TL), demonstraram que os portadores de OAJ possuem déficit da instabilidade postural na postura quase-estática em superfície firme em ambas direções de deslocamento (AP e ML), tanto na condição do olhos abertos e fechados. Kul-Panza e

Berker (2006), por meio da pedobarografia (9$ 6, ,/ ), indicaram que os portadores de

OAJ tiveram maior deslocamento COPml. Entretanto, Hurley (1997) e Masui (2006),

por meio da plataforma, não detectaram déficit do equilíbrio postural em sujeitos com OAJ, apesar do grupo OAJ apresenta maior deslocamento do COP do que o grupo controle. Uma plausível explixação para esta divergência nos resultados talvez seja diferença da metodologia aplicada nos estudos.

Estes autores verificaram que o grau de OAJ foi um fator significativo para o aumento da oscilação postural, sendo que para homens foi somente na condição de olhos fechados para as variáveis área da elipse e velocidade do COP; e para mulheres, nas condições olhos abertos e fechados, para a mesma variáveis.

Os resultados deste estudo não indicaram diferença significativa nas variáveis de

deslocamento do COPAP entre o grupo OAJQ e o OAJSQ, indicando que ambos os grupos

apresentaram similar alteração do equilíbrio postural, favorecendo o risco de queda nestes indivíduos.

Laughton (2003) que não encontraram diferenças no máximo deslocamento do COP

entre idosos caidores e não caíradores e entre idosos caidores e adultos jovens saudáveis.

Entretanto, Norris (2005) verificaram valores significativamente maiores de deslocamento

máximo do COP em AP e ML para indivíduos idosos com alto risco de queda quando

comparados com idosos saudáveis e indivíduos jovens. Bergland . (2003 e 2004) Stel

(2003), Maki al.(1994) e Lord (1999) evidenciaram o aumento do COPml em caidores. Os

autores concluíram que o aumento do deslocamento máximo do COP indica pior condição do equilíbrio postural, aumentando probabilidade de risco de queda, sendo de acordo com os achados deste estudo.

Em relação à velocidade de deslocamento do COPap, os sujeitos com OAJ (OAJQ e

OAJSQ), na condição de olhos fechados, apresentaram maiores valores do que os sujeitos do

grupo controle. Além disso, sujeitos caidores com OAJ, também, apresentaram maior velocidade

do COPml do que os sujeitos do GC. Entretanto, os resultados não indicaram diferenças entres os

grupos OAJQ e OAJSQ, uma explicação plausível de não evidenciar diferenças entre estes grupos

pode ser pelo fato que eles apresentaram homogeneidade do quadro clínico.

Na literatura atual, somente dois estudos (MASUI @ 2006 e OLIVEIRA, 2007)

analisaram a velocidade do COP em sujeitos com OAJ. MASUI (2006) detectaram nos

homens com OAJ maior velocidade média do COPtotal, na condição de olhos fechados, e nas

mulheres com OAJ, em ambas as condições, do que os sujeitos sem OAJ. Oliveira (2007b)

verificou maior velocidade do COPml nos sujeitos com OAJ, na condição olhos abertos. Os

autores concluinram que os portadores de OAJ têm tendência a ter maior velocidade de oscilação

(MASUI @ 2006; OLIVEIRA, 2007).

Norris . (2005) também observaram velocidades do COP significativamente mais

altas para idosos com alto risco de queda quando comparada com idosos e adultos jovens

saudáveis. Pajala (2008) averiguaram que os idosos caidores apresentaram maior

velocidade média do COPap do que os idosos dos que não sofreram queda. Os autores relatam que

Karlsson e Fryberg (2000) relataram que entre as variáveis do COP, a velocidade média de

deslocamento do COPap apresentou melhor correlação com testes de equilíbrio clínico, sendo um

bom indicador de déficit do equilíbrio postural.

Os resultados indicaram que a área da elipse de deslocamento do COP foi maior para os

grupos OAJ (OAJQ e OAJSQ) do que para o grupo controle. Entretanto, esta diferença só foi

significativa na condição de olhos fechados. Estes resultados vêm de encontro aos achados de

outros estudos (WEGENER , 1997; HINMAN , 2002; MASUI , 2006), que

também relataram o aumento da área da elipse do COP em indivíduos com OAJ. Entretanto,

Wegener (1997), como neste estudo, também, utilizou-se a plataforma de força Balance

System, verificaram que os sujeitos com OAJ apresentam maior da área de elipse do COP do que

os sujeitos sem OAJ, tanto nas condições de olhos abertos como fechados. Masui (2006),

por meio da plataforma de força GS-30 (Anima, Tokyo, Japan), detectaram maior área nos homens com OAJ na condição de olhos fechados; e nas mulheres com OAJ em ambas as

condições, do que os sujeitos sem OAJ. Himann (2002), avaliando sem plataforma de força,

relataram que os portadores de OAJ tiveram maior área somente na condição de olhos abertos. O

mesmo foi verificado por Hurley (1997) ao utilizar a plataforma de força. Arokoski

(2006) não detectaram déficits do equilíbrio postural em portadores de AO de quadril, apesar destes apresentarem maior área de oscilação do que os sujeitos sem AO de quadril. Apesar da discordância entre os autores, todos afirmam que os sujeitos com OAJ possuem maior área de deslocamento do COP do que os sujeitos saudáveis, indicando piora do equilíbrio postural.

Estas divergências nos resultados podem ser explicadas pela diversidade encontrada na metodologia empregada nos estudos, pelo grau da patologia e o quadro clínico dos sujeitos que participaram dos estudos. Além disso, este estudo desprezou os primeiros quinze segundos do equilíbrio quase-estático, com a finalidade de eliminar o comportamento transitório do COP –

sugerido por Capenter ., 2000; Danion @ 1999; Mochizuki ,1999 e Vieira

(2008)–, o que não foi realizado nos outros estúdos.

Os estudos relatam uma maior área de elipse do deslocamento do COP em idosos caidores

(PAJALA , 2008; HAIBACH , 2008; MELZER @ 2004; TOOPER @1993; THABA , 1996).

Tooper . (1993), Haibach (2008) e Thaba (1996) evidenciaram que à área da

elipse do COP é maior em caidores do que não caidores, na condição de olhos abertos. Pajala (2008) relataram que os idosos caidores apresentaram maior área do COP na condição de olhos

fechados do que os não-caidores. Melzer (2004) evidenciaram que a área do COP foi maior em idosos caidores do que o não-caidores nas condições olhos fechados em superfície firme e olhos abertos na superfície instável, com base de suporte estreita. Os autores colocam que o aumento da movimentação do COP indica pior condição do equilíbrio postural, aumentando a risco de queda.

O controle postural é um processo complexo. A estabilidade postural requer integração adequada dos sistemas sensoriais periféricos, vestibular e visual, assim como adequada resposta

do controle motor para manutenção do equilíbrio (HORAK , 1989; STELMACH , 1989;

SHUMWAY-COOK , 1997 e 2000; JONES , 2000). Estudos prévios relatam que o estado visual, a propriocepção periférica e a força muscular dos membros inferiores parecem ser importantes

fatores determinantes do equilíbrio dos idosos (HURLEY @1997; KOLLEGGER , 1992; LORD,

1991a; BARRETT , 1991; McALINDON ,1993). Entretanto, os estudos de equilíbrio em sujeitos com OAJ ainda têm de estabelecer a relação entre estes fatores. Como já mencionado no item anterior, vários autores relatam que diversidades de fatores mecânicos e suas associações podem ser responsáveis pelo déficit de equilíbrio observados nos grupos OAJ, entre eles: déficit da propriocepção do membro inferior (principalmente da articulação do joelho), déficit da força

muscular – essencialmente da musculatura do quadríceps (MASUI @ 2006; ALENCAR , 2007;

HURLEY @1997; PAI , 1997; BARRETT , 1991; McALINDON ,1993; HAYES; FALCONER, 1992; FISHER , 1991), aumento do tempo de reação (HURLEY @1997); podendo serem considerados os mais importantes fatores preditores do desequilíbrio postural (HARRISON, 2004); influenciando nos resultados destes estudo, pois essencialmente a propriocepção e a força muscular dos membros inferiores, estão constantemente influenciando a sua capacidade funcional que consequentemente interfere na confiança dos portadores de OAJ na realização de sua ADV’s.

Entre os fatores responsáveis pela diminuição da capacidade funcional dos sujeitos com

OAJ, a fraqueza do quadríceps é uns dos preditores primordiais (ALENCAR , 2007;

HURLEY @1997, McALINDON ,1993). Considerando que o músculo quadríceps é um

preditor importante para estabilidade funcional do joelho (JOHANSSON, 1991), seu déficit poderá gerar sensação de fraqueza ao individuo, instabilidade, e diminuição da sua confiança ao realizar sua ADV’s. Como conseqüência poderá acarretar o aumento do desequilíbrio postural, prejudicando na sua mobilidade e desempenho durante a realização de suas ADV’s, conduzindo a

diminuição da sua independência funcional. Desta forma, tem-se a necessidade de desenvolver futuros estudos para esclarecer a influência destes fatores no risco à queda.

5.7 CORRELAÇÃO DAS VARIÁVEIS CLINICA COM O TESTE DE EQUILIBRIO