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biomarcadores.

Indivíduos expostos a pesticidas apresentam alterações em diferentes biomarcadores, entre eles o ensaio cometa (SHAHAM et al.; 2001, GROVER et al.; 2003, SAILAJA et al.; 2006). Muitos são os fatores responsáveis pela modulação dos efeitos da exposição a pesticidas, entre eles, a utilização ou não de equipamentos de proteção individual, tempo e condições de exposição, como também variações individuais nos genes de metabolização de xenobióticos e de reparo de DNA, estes conhecidos como biomarcadores de susceptibilidade (BOLOGNESI, 2003; BULL et al.; 2006; HEUSER et al.; 2007).

Em nossa pesquisa, a análise estatística mostrou não haver significância (p>0,005) entre os danos no DNA em relação às variáveis: tempo de trabalho, não uso de EPI, hábito de fumar, consumo de álcool e não consumo de vegetais (Tabela 5). Os resultados do nosso estudo são semelhantes àqueles encontrados por Castillo-Cadena et al. (2006), que estudou danos no DNA em floricultores cronicamente expostos a pesticidas, mostrando não haver correlação significativa entre os danos no DNA e sexo, idade, hábito de fumar ou beber, uso de equipamentos de proteção, bem como de anos de exposição. Speit et al. (2003), investigou o efeito do cigarro em fumantes e não fumantes e não encontrou diferenças significativas entre os dois grupos.

Tabela 5: Correlações entre os fatores de risco não ocupacionais com os danos ao DNA de agricultores do Piauí expostos aos agrotóxicos, 2010.

Teste do cometa em linfócitos

Indice de Danos (ID) Frequencia de Danos (FD)

Fatores de risco não ocupacionais

Expostos Não expostos Expostos Não expostos

Idade* -0,017 0,332* 0,010 0,345*

Tabagismo* 0,012 -0,096 -0,044 -0,096

Etilismo* -0,110 0,196 -0,018 0,234

Não Consumo de

Vegetais* 0,039 0,030 -0,108 -0,003

*Coeficientes de correlações não paramétricas de Sperman (r); Significancia para p<0,05.

Considerando que não foram observadas correlações entre as variáveis, índice de dano e frequência de danos observados em cultura de linfócitos de trabalhadores expostos aos agrotóxicos com os fatores de riscos não ocupacionais, tais como idade, tabagismo, etilismo e não consumo de vegetais, o estudo sugere que há uma maior probabilidade do efeito genotóxico ser decorrente da exposição dos trabalhadores aos agrotóxicos, visto que, não foram encontradas correlação de variáveis extrínsecas em relação aos resultados do cometa, sugerindo que as alterações no DNA foram observadas, principalmente devido ao efeito dos agrotóxicos, mas, cabe enfatizar que os danos identificados são possíveis de serem reparados por inúmeros mecanismos de reparo. A maquinaria de reparo de DNA é importante na prevenção da acumulação de danos ao DNA e protege contra uma variedade de cânceres (GILLET; SCHAERER, 2006). Em estudos de biomonitoramento, o dano genético associado com pesticidas tem sido detectado para níveis de exposição alta, uso intensivo ou por causa do mau uso ou da falta de medidas de controle (GONZÁLEZ et al.; 1990; BOLOGNESI; MORASSO, 2000).

Os resultados do presente estudo estão em concordância com autores que utilizaram o ensaio do teste cometa como um excelente biomarcador e tem correlacionado aumento do dano ao DNA com exposição extensiva a pesticidas (PACHECO; HACKEL, 2002; MUNIZ et al.; 2008; RAMOS, 2009). Os testes para o

biomonitoramento de danos ao material genético são de importância para a avaliação de efeitos crônicos de agentes mutagênicos, que não são detectados em exames comumente usados para avaliação clinica, portanto devem ser implementados para uma maior segurança sobre os possíveis danos genéticos, como uma forma de prevenção para futuras doenças relacionadas à instabilidade do material genético, a exemplo das neoplasias malignas que normalmente acontecem após anos de exposição aos agentes mutagênicos e carcinogênicos, a exemplo dos agrotóxicos (SAFFI, 2003).

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A exposição aos agrotóxicos pode causar uma variedade de efeitos à saúde humana que se expressam de imediato ou levam anos para se manifestarem. A Secretaria de Estado da Saúde, preocupada com a saúde dos trabalhadores rurais piauienses, vem desenvolvendo pesquisas no intuito de prevenir agravos à saúde desses trabalhadores, apontando o biomonitoramento como a melhor forma de acompanhamento.

A faixa etária dos trabalhadores foi, em média, de 34 anos, de etnia negra, na maioria, com tempo de trabalho, em média de 13,55 anos e carga horária acima de 40 horas semanais, onde 50% dos trabalhadores utilizavam pelo menos um tipo de EPI.

Em relação aos fatores não ocupacionais, 41,7 % dos trabalhadores, relatou ter o hábito de fumar e 73,3% consumiam bebidas alcoólicas. Sobre o consumo de medicamentos, foi encontrado o consumo, tanto para medicamentos prescritos (33,3%), como os não prescritos (66,7%). Quanto aos hábitos alimentares, 66,7% dos entrevistados, informou não incluir vegetais na dieta.

Neste estudo constatou-se o uso de uma diversidade de agrotóxicos utilizados pelos agricultores, pertencentes, na sua maioria da classe toxicológica III e IV, sendo os mais utilizados os herbicidas (81%), seguido dos inseticidas (16,3%). Entre os herbicidas, o mais citado foi o glifosato (71,6%) e na classe inseticida, o grupo químico dos neonicotinoides (12,2%) e piretróides (4,1%).

Na avaliação dos marcadores bioquímicos, alterações significantes foram observadas nos individuos expostos para creatinina, TGO, TGP e fosfatase alcalina, enquanto para uréia, e Gama GT, não houve significância. Na butirilcolinesterase, também não foi observado significância, mas houve inibição em 5% do grupo exposto.

Não foram observadas alterações significantes na avaliação dos parâmetros hematológicos, embora 55% dos expostos tenham apresentado leucopenia quando comparados aos valores de referência.

Genotoxicidade em linfócitos de sangue periférico foi indicada pelos significantes (p<0,001) aumento dos índices e da frequência de danos em trabalhadores expostos a agrotóxicos, em relação aos não expostos com aplicação do ensaio cometa. Esses dados sugerem riscos de instabilidade genética, entretanto, os danos observados com o teste podem ser alterados devido aos inúmeros mecanismos de reparo.

Não foram evidenciadas correlações significativas entre os fatores de riscos não ocupacionais em relação aos resultados do cometa, sugerindo que as alterações no DNA foram observadas, principalmente devido aos efeitos dos agrotóxicos.

Os estudos de biomonitoramento de populações expostas a agrotóxicos são bastante específicos, na medida em que as populações têm diferentes estilos de vida, hábitos alimentares, condições climáticas e ambientais e estão expostos a diferentes misturas de produtos químicos. Talvez isto pudesse explicar porque alguns estudos têm encontrado aumento significante de danos genéticos em populações expostas a agrotóxicos e, em outros estudos, os resultados são negativos. Embora o nível de exposição possa ser considerado significativo e as informações disponíveis sobre a genotoxicidade de vários dos agrotóxicos utilizados, falta informações relativas aos efeitos genotóxicos das misturas complexas.

Torna-se necessário educar aqueles que trabalham com agrotóxicos sobre os riscos potenciais da exposição ocupacional e a importância da utilização de medidas de proteção, já que os pequenos agricultores, em seu cultivo não estão expostos a um único tipo de agrotóxico, mas sim a vários, havendo uma multiplicidade de exposições, normalmente constantes e de longo prazo.

7 CONCLUSÃO

Podemos concluir que os trabalhadores rurais dos municípios pesquisados apresentam riscos de toxicidade e danos genotóxicos devido à exposição ocupacional de misturas complexas de agrotóxicos.

8 RECOMENDAÇÕES

A constatação de que existe grande utilização de agrotóxicos nos municípios pesquisados, implica numa preocupação quanto à saúde dos trabalhadores e os impactos causados ao meio ambiente.

Deixar de utilizar os agrotóxicos nas lavouras, em curto prazo, pode ainda não ser uma condição real, pois as alternativas existentes necessitam de maior organização e maior apoio técnico, principalmente para os pequenos produtores, para que possam alcançar os níveis desejados de produção agrícola e viabilidade comercial. Até que se alcance esse objetivo, deve-se, portanto, adotar políticas que minimizem, consideravelmente, o impacto desse modelo tecnológico de produção na saúde e no ambiente. Neste sentido, sugere-se:

9 Maior fiscalização para o cumprimento da legislação vigente de maneira a preservar a saúde dos trabalhadores e da população; 9 Execução de ações integradas entre as diversas instituições, tais

como as Secretarias de Saúde e Educação dos municípios, Universidades, FETAG, Sindicatos, Superintendência Regional do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Estadual, dos diversos órgãos que atuam na proteção do meio ambiente, entidades de classe, que possam promover a melhoria da escolaridade das comunidades;

9 Participação dos trabalhadores rurais e da comunidade nas discussões informativas, avaliativas, decisórias e na elaboração e implementação de propostas que evitem o uso indiscriminado dos agrotóxicos, visando reduzir um grande problema, tanto agropecuário como de saúde pública nas suas comunidades;

9 Monitoramento dos mananciais de água para abastecimento que estão sob risco de contaminação por resíduos de agrotóxicos;

9 Incentivo ao produtor, através de políticas públicas, garantindo que antes do recebimento do crédito para aplicação na agricultura,

possam receber orientação técnica, com o objetivo da certificação das boas práticas agrícolas;

9 Formação e capacitação dos profissionais de saúde para a intervenção nos problemas de saúde e meio ambiente relacionados ao uso de agrotóxicos.

Novos estudos são necessários para avaliar os principais tipos de riscos que acometem os trabalhadores, através de estudos toxicológicos, clínicos e epidemiológicos, para uma melhor compreensão da saúde desses trabalhadores e dos riscos causados pelo uso indiscriminado por agrotóxicos, bem como a organização de serviços locais integrados de saúde do trabalhador para a vigilância e assistência à saúde, articulando os aspectos ambientais, epidemiológicos, clínicos e de educação, na promoção e proteção da saúde e do meio ambiente.

Espera-se que os resultados aqui apresentados possam somar a outros estudos relacionados aos danos produzidos pelos agrotóxicos à saúde dos trabalhadores rurais, contribuindo para evidenciar esses agravos à saúde visando à criação de uma consciência ética acerca do problema por parte de órgãos e instituições responsáveis.

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