5. PROJETO E SIMULAÇÃO DO CONVERSOR ZETA NO MCS
5.4. Modelo Computacional do Equacionamento do PFP
5.4.6. Corrente no capacitor de acoplamento C
O comportamento da corrente iC em baixa frequência, segundo a simulação,
através do MATLAB®, do modelo desenvolvido no capítulo 3, é apresentado na Figura 93. A forma de onda demonstrada por esta figura é determinada pelos valores máximos e mínimos assumidos pela corrente iC em alta frequência, os quais são proporcionais à
variação da onda senoidal retificada descrita pelos valores instantâneos da tensão vg em
baixa frequência. Observou-se que o valor de pico da corrente iC aproxima-se de 8 A e o
menor valor assumido pela corrente iC, no período Trede/2, é aproximadamente 3 A.
A forma de onda da corrente iC em baixa frequência gerada pela simulação no
MATLAB® apresentou um comportamento bastante similar ao observado na forma de onda desta variável na simulação no PSIM®, apresentada previamente na Figura 73. Porém, a corrente iC assume valores um pouco mais elevados na simulação no PSIM®,
ultrapassando os 8 A. Esta questão será explicada a seguir, através da análise do comportamento da corrente iC em alta frequência para ambas as formas de simulação.
Figura 93 – Forma de onda da corrente iC, em um período de baixa frequência.
Fonte: O autor (2014).
O comportamento da corrente iC em alta frequência, segundo a simulação,
através do MATLAB®, do modelo apresentado no capítulo 3, é apresentado na Figura 94. Através desta figura, observa-se que a corrente iC eleva-se, instantaneamente,
ao início de um período de comutação, até seu valor máximo, no qual permanece, até o término da primeira etapa, no qual a corrente iC decai, instantaneamente, anulando-se.
0.0417 0.00833 0.0125 0.0167 -2 0 2 4 6 8 t (s) iC ( A ) 0,00417 0,00833 0,0125 0,0167 t (s)
Então, a corrente iC permanece nula durante toda segunda etapa. O fim desta, provoca
uma queda instantânea na corrente iC que assume um valor negativo, no qual começa a
terceira etapa. Ao longo da terceira etapa, a corrente iC apresenta um crescimento não
linear.
A forma de onda da corrente iC apresentada pela Figura 94, é semelhante à
apresentada pela simulação do circuito estudado, no PSIM®,a qual foiapresentada na Figura 74. Porém, na primeira etapa, a corrente iC no PSIM® se eleva não linearmente a
partir do valor atingido instantaneamente no início do período de comutação, enquanto que no modelo equacionado a corrente iC permanece constante. Esta diferença ocorre
porque a corrente iLo, que circula pelo capacitor C na primeira etapa, foi considerada
constante para um período de alta frequência. Isto ocasiona as diferenças entre os resultados obtidos pelos simuladores utilizados em baixa frequência. Nas demais etapas, o comportamento descrito pela corrente iC na simulação do MATLAB® é compatível
com a forma de onda desta corrente apresentada na simulação no PSIM®.
Figura 94 – Forma de onda da corrente iC, em um período de baixa frequência.
Fonte: O autor (2014).
5.4.7. Tensão no capacitor de acoplamento C
O comportamento da tensão vC em baixa frequência, segundo a simulação no
MATLAB®, é demonstrado na Figura 95. O comportamento da tensão vC em alta
frequência, segundo a simulação, através do MATLAB®, é apresentado na Figura 96. Nesta figura, observa-se que a tensão inicia o período de comutação em seu valor
0.0417 -2 0 2 4 6 8 t (s) iC ( A ) 0,00417 t (s)
mínimo e, ao longo da primeira etapa, cresce até alcançar seu valor máximo, n vg. Uma vez que a tensão vC se iguala a este valor, inicia-se a segunda etapa, na qual esta tensão
não apresenta variação, mantendo-se equivalente a tensão n vg, até o final da segunda etapa. Ao longo da terceira etapa, a tensão vC decai não linearmente até atingir seu valor
mínimo, ao final do período de comutação. Este comportamento confere com o descrito para a tensão vC, em frequência, na simulação do circuito PSIM®, apresentada
previamente na Figura 77.
O comportamento da tensão vC em alta frequência, segundo a simulação, através
do MATLAB®, é apresentado na Figura 96. Nesta figura, observa-se que a tensão inicia o período de comutação em seu valor mínimo e, ao longo da primeira etapa, cresce até alcançar seu valor máximo, n vg. Uma vez que a tensão vC se iguala a este valor, inicia-
se a segunda etapa, na qual esta tensão não apresenta variação, mantendo-se equivalente a tensão n vg, até o final da segunda etapa. Ao longo da terceira etapa, a tensão vC decai
não linearmente até atingir seu valor mínimo, ao final do período de comutação. Este comportamento confere com o descrito para a tensão vC, em alta frequência, na
simulação do circuito estudado no PSIM®, apresentada previamente na Figura 77. Nesta figura, observa-se que os valores máximos e mínimos, em alta frequência, da tensão vC
variam de acordo com os valores instantâneos assumidos pela tensão de entrada retificada, vg. Deste modo, o valor de pico da tensão vC corresponde à 180 V, o mesmo
valor assumido pela tensão de pico da rede, Vg, enquanto que, o valor mínimo da tensão
vC em um período Trede/2 é cerca de -430 V.
O comportamento da tensão vC em alta frequência, segundo a simulação, através
do MATLAB®, é apresentado na Figura 96. Nesta figura, observa-se que a tensão inicia o período de comutação em seu valor mínimo e, ao longo da primeira etapa, cresce até alcançar seu valor máximo, n vg. Uma vez que a tensão vC se iguala a este valor, inicia-
se a segunda etapa, na qual esta tensão não apresenta variação, mantendo-se equivalente a tensão n vg, até o final da segunda etapa. Ao longo da terceira etapa, a tensão vC decai
não linearmente até atingir seu valor mínimo, ao final do período de comutação. Este comportamento confere com o descrito para a tensão vC, em alta frequência, na
Figura 95 – Forma de onda da tensão vC, em um período de baixa frequência.
Fonte: O autor (2014).
Figura 96 – Forma de onda da tensão vC, em um período de alta frequência.
Fonte: O autor (2014).