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ELÉCTRODOS SELECTIVOS DE PROMETAZINA

CP3 Potássio 1,0x10-"

5,0x10-" 1,0x10-3 5,0xl0-3 -2,55 ±0,12 -3,27 ±0,12 -3,57 ±0,12 -4,29 ±0,13 Lítio 1,0x10-" 5,0x10-" l.OxlO-3 5,0xl0-3 -2,04 ± 0,03 -2,74 ± 0,04 -3,04 ± 0,04 -3,179±0,05 Amónio 1,0x10" 5,0x10" l.OxlO-3 5,0xl0-3 -2,22 ± 0,09 -2,94 ± 0,10 -3,24 ±0,10 -3,97 ±0,11 Clorfeniramina 1,0x10-" 5,0x10-" l,0xl0-3 5,0xl0-3 -0,99 ±0,16 -1,05 ±0,16 -1,09 ±0,15 -0,81 ±0,07 Difenidramina 1,0x10" 5,0x10" 1,0x10-3 5,0xl0-3 -0,58 ± 0,08 -0,62 ± 0,02 -0,63 ± 0,02 -0,45 ±0,01 Tripelenamina 1,0x10" 5,0x10" 1,0x10-3 5,0x10-3 -0,01 ±0,04 -0,01 ± 0,03 -0,01 ± 0,08 -0,17 ±0,13 IV 34

IV. 3.3 ANÁLISE DE FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS

As análises potenciométricas de formulações farmacêuticas foram efectuadas tanto com os eléctrodos de configuração convencional, como com os detectores tubulares, ambos com membranas tipo CP3.

As análises de soluções diluídas das amostras, preparadas de acordo com o descrito em IV.2.4, p. V13, foram realizadas após calibração da célula de eléctrodo selectivo de ião. Cada calibração foi efectuada n u m a gama de concentrações compreendida entre 8 , 0 x l 05 e l , 0 x l O3 mol Lr1. Os resultados das análises

potenciométricas foram indicados na tabela IV. 14, representando-se na Figura IV.7 u m exemplo típico de u m a análise, e da calibração precedente, realizada com os detectores tubulares.

tabela IV. 14 Resultados da determinação de PRO em formulações farmacêuticas obtidos com os eléctrodos tipo CP3, em condições discretas e de fluxo, e com um método de comparação, e os desvios relativos correspondentes.

Condições analíticas Formulações farmacêuticas Discretas FIA COMP (%, m/m) Condições analíticas Formulações farmacêuticas c (%, m/m) recuperação (%) : c (%, m/m) recuperação ( % ) . . . . ■ COMP (%, m/m) Fenergan®, injectável, 2,5 % 3,2 ±0,1 100,8 ± 1,6 2,8 ±0,3 100,3 ±0,6 2,8 ±0,1^ Fenergan®, comp., 16,0 % 17,5 ± 0,4 101,0 ±0,8 16,8 ± 1,5 99,8 ±0,5 17,0 ± 0,3 1 Fenergan®, xarope, 0,08 % 0,18 ±0,02 107,7 ±3,7 0,06 ± 0,02 99,2 ± 1,0 0,06 ±0,01 ') Fenergan®, creme, 2,0 % 3,3 ±0,4 100,2 ±7,0 1,9 ±0,1 100,7 ± 1,1 2,2 ± 0,2 »>

"> metodologias propostas pela USP, 1990;

b> adaptação do método utilizado no controlo analítico da formulação comercial.

Os r e s u l t a d o s d a s a n á l i s e s potenciométricas i n d i c a r a m a b o a precisão d a

metodologia estabelecida, c o n s i d e r a n d o os baixos desvios p a d r ã o g e n e r i c a m e n t e

registados. Os valores m é d i o s d o s índices de r e c u p e r a ç ã o s u g e r i r a m a i n d a a

exactidão d a s l e i t u r a s potenciométricas, e m b o r a com excepções.

Figura IV.7 Registo de uma calibração da célula de eléctrodo selectivo de PRO tipo CP3 de configuração tubular, recorrendo a soluções padrão de HC1.PRO com valores de concentração:

A: 8,0x10-5 molL-i B: 2,0xl0-4 mol L1 C: 4,0x10-4 mol L-1 D: l.OxIO-3 mol L1;

determinação de PRO numa solução diluída de Fenergan®, xarope, com um valor de concentração previsto em:

E: 2,0xl0-4molL-i,

e o ensaio de recuperação, para o qual se esperava uma concentração de:

F: 7,0xl0-4 mol L1.

Os r e s u l t a d o s fornecidos com os eléctrodos convencionais a p r e s e n t a r a m desvios

relativos a n o r m a i s , d e s t a c a n d o - s e a q u i u m valor de + 2 0 0 % p a r a a s a n á l i s e s do

xarope. Os valores igualmente a n o r m a i s de c o n c e n t r a ç ã o e de índice de r e c u p e r a ç ã o

e n c o n t r a d o s p a r a e s t a a m o s t r a poderão e s t a r relacionados com a elevada viscosidade

d a matriz e com a p r e s e n ç a de espécies cuja interferência se t o r n o u m a i s evidente

pela baixa c o n c e n t r a ç ã o de HC1.PRO n a formulação.

Aqueles problemas foram contudo obviados através da adaptação dos procedimentos analíticos, estabelecidos para o xarope, aos sistemas FIA com os detectores tubulares. Efectivamente, ficaram aqui atenuados tanto os efeitos da viscosidade da matriz, dado o pequeno volume de amostra injectada e a sua diluição no interior da montagem, como os problemas da deficiente selectividade para o ião principal, devido ao baixo tempo de contacto da amostra com a membrana sensora nas condições de fluxo seleccionadas.

Esta situação foi confirmada por valores de t calculados iguais a 0,733; 0,593; 0,689 e 0,213, para os injectáveis, os comprimidos, o xarope e o creme, respectivamente, quando as análises decorreram em FIA. Estes valores, calculados para um nível de confiança de 95% e um número de ensaios, n, igual a 10, foram sempre inferiores ao valor de í tabelado (2,262). Os desvios relativos destes ensaios apresentaram também um valor máximo de +5% para o creme.

Além dos resultados exactos fornecidos pelos procedimentos extabelecidos em condições de fluxo, a frequência analítica obtida com os detectores tubulares inseridos em sistema FIA foi também elevada, de cerca de 130 amostras por hora (tabela IV. 12).

IVA CONCLUSÕES

A utilização de duas membranas sensoras na construção de eléctrodos selectivos de PRO com configuração convencional, distintas pela presença de dois solventes mediadores com características físico-químicas diferentes, conduziu a unidades potenciométricas com características gerais de funcionamento semelhantes, excepto no que diz respeito a selectividade. As unidades preparadas com o solvente mediador de maior polaridade eram mais selectivas para as espécies inorgânicas, enquanto que aquelas preparadas com o solvente mediador de menor polaridade indicaram melhores características de selectividade face às espécies orgânicas.

Com a membrana sensora que conduziu a eléctrodos de maior selectividade perante espécies orgânicas, preparada com base num sensor iónico de tetrafenilborato dissolvido em foEHS, procedeu-se à construção de detectores tubulares. Uma vez incorporados nos sistemas FIA, estes detectores apresentaram melhores características gerais de funcionamento do que aquelas registadas para os eléctrodos convencionais correspondentes, construídos com base na mesma membrana selectiva. Salientam-se aqui o declive, o LIRL e a selectividade.

A aplicação do sistema discreto na análise de quatro formas farmacêuticas distintas originou, genericamente, bons resultados. A qualidade destes resultados analíticos foi contudo melhorada quando estes eram obtidos a partir dos detectores tubulares inseridos em montagens de FIA. Estes procedimentos em fluxo permitiram, ainda, uma economia substancial de tempo e de reagentes, fornecendo ainda frequências analíticas próximas de 130 amostras por hora.

Pelas razões indicadas, os detectores tubulares selectivos de PRO propostos constituem uma importante alternativa aos métodos descritos na literatura, sobretudo no que se refere a procedimentos analíticos de rotina, não apenas pela sua simplicidade e baixo custo, mas também pela rapidez de resposta. Embora com

limitações, nos casos em que a frequência analítica não constitui um factor preponderante, os eléctrodos convencionais permitem também a execução de uma análise com baixo custo e num período de tempo relativamente curto.

IV. 5REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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