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CRIMES CONTRA A FLORA.

No documento PenalVTodaMatéria (páginas 30-42)

Floresta de preservação permanente é intocavel ou pode ser mexida?

Com autorização dos órgãos competentes pode-se tudo, inclusive mexer em área de preservação permanente, desde que atenda o interesse público e social.

1ª regra. Com autorização não há crime, nem sanção adminsitrativa.

2ª regra. Sem autorização: crime e sanção administrativa, ou só sanção administrativa. (decreto 6514/08). Jurisprudência:

Corte de árvore isolada e destruição de vegetação em área de reserva legal. Materialidade e autoria comprovadas. Compromisso de recuperação da área degradada. Efeitos meramente administrativos.

O tribunal entendeu que não houve o crime. Pois para a configuração do artigo 39 deve haver pelo menos duas árvores cortadas.

Cortar madeira de lei (mogno, jacarandá, cerejeira) é insignificante para a legislação ambiental? Aplica-se o princípio da insignificância ao meio ambiente?

Há 2 correntes. 1ª corrente.

Qualquer lesão ao meio ambiente é significante, pois desequilibra o meio ambiente. Assim, não se pode falar em princípio da insignificância.

É possível. A questão é saber se a conduta é causou ou não uma lesão significativa no meio ambiente. Há julgados tanto no STJ quanto no STF nesse sentido.

Art 38 - Destruição ou Danificação de floresta de preservação permanente.

Florestas = são grandes extensões de áreas encobertas por árvores de grande porte. Ficam excluídas as árvores de pequeno e médio porte e as plantas rasteiras.

Floresta de preservação permanente = Definida por atos normativos como portarias. Conduta típica = Destruir ou danificar.

obj jurídico = proteção do meio ambiente.

Obje material = sobre quem a conduta recai = floresta de preservação permanente. suj. Ativo = qq pessoa.

Suj passivo = titular do bem jurídico tutelado = a coletividade / Estado.

Consumação = com a destruição ou danificação da floresta de preservação permanente. Crime material pois exige resultao naturalístico e necessita de perícia.

É admissível a tentativa:

Pena: detenção de 1 a 3 anos, multa, ou ambos. modalidade culposa = a pena é reduzida pela metade. Elemento subj. = Dolo.

39 - Corte de árvores de preservação permanente.

Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente: Pena – detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Pelo menos 2 árvores (obs. madeira de lei).

obj jurídico = preserv do meio ambiente.

conduta típica = cortar = separar uma parte do todo. Só haverá o crime se a árvore estiver em floresta de preservação permanente.

suj ativo = qq pessoa.

Passivo = coletividade e o Estado.

obj material = sobre quem a conduta recai = árvores de florestas de preservação permanente. Consuma-se com o efetivo corte da árvores.

É possível a tentativa. crime material (perícia). Elemento subjetivo = dolo.

Se a árvore cortada está em área de preservação permanente o agente responde pelo 39. Mas, se ela não está em área de preservação permanente e é considerada madeira de lei, o agente respode pelo 45. Se não estiver protegida pelo 39 ou 45 vai depender: se for em decorrência de incêndio, responde pelo 41; se for por utilização de motosserra, é o 51. Se não for nada disso, não haverá crime e a sanção será apenas administrativa.

O artigo 45 trata do corte de madeira protegida por lei, independente de estar em floresta de preservação permanente. Ex. Pau Brasil, araucária, mogno, jacarandá. Basta o corte de apenas uma árvore.

Art 41. Provocar incêndio.

Provocar incêndio em mata ou floresta: Pena – reclusão, de dois a quatro anos, e multa. Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.

obj. Jurídico = preservação do meio ambiente. Conduta típica = provocar incêndio.

Suj ativo = qq pessoa.

Passivo = coletividade , Estado.

Obj material = sobrre quem a conduta recai = matas e qq florestas. Elem. Subjetivo = dolo e culpa.

Consumação e tentativa = consuma-se com a provocação do incêndio. É possível a tentativa. Não confundir "provocar incêndio" com "fazer fogo" do artigo 26 da LCP.

Se a queima for numa plantação de cana de açúcar sem autorização (decreto 2661/98), responderá pelo artigo 250 CP (na lavoura para viabilizar o replantio).

Se a queima for na mata visando plantio, incorrerá no artigo 41. Art. 51 - Comercialização ou utilização de motosserra.

Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade competente: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

Obj jurídico = proteção do meio ambiente.

Conduta típica = comercializar ou utilizar a motosserra. O Ibama, através das portarias 7803/90 e 1088/90 e 149/92, disciplina o registro, o comércio, o porte e o uso da motosserra.

suj ativo = qq pessoa.

Passivo = coletividade e Estado.

objeto material : as florestas e demais formas de comercialização. Elemento subjetivo= dolo.

consumação e tentativa: a comercialização ou utilização da motosserra, sem autorização. É possivel a tentativa.

Penal V 16 out Da Poluição

Poluição - art. 3ro, lei 6938/81.

Art. 54 - causar (gerar) poluição de qualquer natureza = atmosférica, hídrica, solo, sonora, (visual ?). Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:

Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1o Se o crime é culposo:

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

§ 3o Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

Se, houver mortandade da fauna aquática (peixes) em decorrência dos efluentes (esgotos, emissão de resíduos sólidos e líquidos) / poluição:

- se a poluição for pequena, artigo 33. - se a poluição for grande, artigo 54.

Se, houver destruição da flora, fauna ou risco ao homem decorrência dos efluentes (esgotos, emissão de resíduos sólidos e líquidos) / poluição: artigo 54.

"Níveis tais" = a poluição que caracteriza esse delito deve atingir a saúde humana ou provocar a mortandade de animais ou destruição significativa da flora.

Alguns entendem que a poluição visual dificilmente configurará o crime do artigo 54, pois não causa dano à saúde humana.

A poluição visual pode acarretar a configuração de outros crimes. Ex. Derrubada de árvores em florestas de preservação permanente para colocação de um out door. Há quem entenda que o out door luminoso pode configurar o artigo 54.

objeto jurídico = proteção ao meio ambiente.

Elemento normativo = em “tais níveis" ou seja, somente poluição em níveis elevados. Logo, indispensável o exame pericial.

Objeto material = sobre quem a conduta recai = pessoa ou a coisa atingida pela conduta praticada. Elem subj = dolo e culpa.

Consumação e tantativa = consuma-se com o perigo pr a saúde humana ou com a mortandade da fauna ou destruição significativa da flora.

Crime de perigo e crime de dano: É um crime de perigo, na primeira parte e crime de dano na segunda parte.

Crime não transeunte = deixa vestígios. Pena = doloso = reclusão, 1 a 4 anos ou multa. Culposo = detenção 6 meses a 1 ano e multa. Modalidades qualificadas:

§ 2o Se o crime:

I – tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

Aplica-se tanto para a área urbana quanto para a rural e com qualquer tipo de poluição.

II – causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;

E se o local estiver desabitado e a poluição foi em níveis tais que nunca mais morará alguém, lá? Aplica-se a qualificadora, sim.

Ou que cause danos diretos à saúde da população.

A doutrina fala que o caput já engloba essa parte do inciso. Desnecessário.

III – causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;

Somente se aplica essa qualificadora, se a poluição ocorrer em águas destinadas ao abastecimento público. IV – dificultar ou impedir o uso público das praias;

Não se trata de crime de dificultar ou impedir o uso de praia, mas sim conduta de poluir. O fato de fechar a praia para uso particular nada tem a ver com esse crime.

V – ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos:

Pena – reclusão, de um a cinco anos. Distinção de crimes

Se a Poluição sonora não for praticada em "tais níveis" configura a contravenção do artigo 42 LCP.

Se for emissão de gás e fumaça que não provoque dano à saúde humana. Configura contravenção do artigo 38 LCP.

Se a poluição for por envenenamento de água potável?

Configura o crime do artigo 270 do CP, não se falando em concurso, pois tanto o 54 quanto o 270 protegem a saúde pública.

Art 55 - Mineração.

Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida: Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão competente.

Obj jur = proteção do meio ambiente suj ativo = qq pessoa.

Suj passivo = coletividade e Estado.

Conduta típica = execução = realização de pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais, sem autorização.

Órgão competente para autorizar = Departamento Nacional de Produtos Minerais DNPM. Também haverá o crime se o agente, por exemplo, tiver obtido a autorização para “pesquisa” e estiver realizando a “extração”. Elem subj = dolo

Consum e tent = consuma-se com a atividade de pesquisa, lavra e extração. Crime permanente.

É possível a tentativa.

O amianto: pode causar várias doenças, entre elas câncer de pulmão. Por essa razão, a lei 9055/95 proibiu a extração do amianto marrom e azul permitindo tão somente a extração do amianto branco.

Crimes Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural. Art 65 = Pichação.

Pichar : escrever em muros ou paredes.

Grafitar : realizar desenhos em muros ou paredes. Conspurcar: sujar edificação ou monumentos.

O que a lei pune é o ato de sujar, não havendo crime na pichação ou grafitagem artística. Existem proprietários de edifícios que reservam espaço apropriado.

Elemento subjetivo = dolo.

Consumação e tent. = consuma-se com a efetiva pichação, grafitagem ou conspurcação. É um crime instantâneo, mas de efeitos permanentes.

Concurso de crimes é possível?

Sim, crime de ameaça. Ato obsceno. Apologia ao crime. Crimes contra a honra na modalidade de injúria. Penal V 22 out

Considerando os crimes em trânsito: marque a assertiva correta. a) são aqueles tipificados no CTB

b) são aqueles praticados no trânsito c)....

Crimes de Trânsito: são os crimes tipificados no CTB.

Crimes em trânsito: são aqueles que envolve mais de dois países.

Crimes no trânsito: são os crimes (os mais variados) que acontecem no trânsito, no dia a dia. CRIMES DE TRÂNSITO. Lei 9503 de 1997.

Homicídio Lesão corporal. Fuga.

Omissão de socorro.

Entrega de veículo a pessoa não habilitada. Embriaguêz no volante.

Dirigir sem permissão ou habilitação. Dirigir em velocidade incompatível.

Homicídio culposo no trânsito.

Ocorre quando o agente não observa um dever objetivo de cuidado e acaba matando alguém no trânsito. Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção do veículo automotor:

Penas – detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente:

I – não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; II – praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;

III – deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;

IV – no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros; Quando o CTB entrou em vigor, alguns autores alegaram a inconstitucionalidade do artigo 302, alegando que a pena de detenção de 2 a 4 anos quando comparada com a pena do homicídio culposo no CP (detenção de 1 a 3 anos) feria o princípio da isonomia.

Essa tese não prosperou nos tribunais em razão do princípio da especialidade e até mesmo por tutelar não apenas a vida, mas também a paz no trânsito.

Embriaguêz no volante + Excesso de Velocidade = Dolo eventual (essa é a posição dos tribunais). O agente vai para o tribunal do jurí para ser julgado.

Na culpa consciente o agente prevê o resultado mas acha que ele não vai acontecer. No dolo eventual, o agente prevê o resultado e assume o risco caso ele aconteça.

Suponhamos que uma família estivesse numa festa de casamento. O marido que havia tomado algumas doses de bebida alcoolica, não querendo perder o jogo de futebol que passaria na tv, imprime velocidade excessiva, colide o seu veículo e mata a família inteira.

Nesse caso, é possível que o agente seja enquadrado na culpa consciente, ou seja homicídio culposo. Mas, caberia o perdão judicial no CTB?

O artigo 300 do CTB, que tratava do perdão judicial foi vetado e somente cabe o perdão judicial se houver previsão legal.

O art 291 do CTB, que diz que se aplicam ao CTB as normas gerais do CP aos crimes de trânsito é analisado da seguinte forma:

O par 5to do art 121 do CP, que trata do perdão judicial, está na parte especial e não na parte geral do CP. Logo, não se aplica o perdão judicial.

2. Sim.

É possível. Corrente majoritária , pois existem normas gerais que também estão na parte especial do CP. Ex, conceito de funcionário público art 327.

E também, analogia em bonam partem.

Sendo homicídio culposo, a pena para esse crime também pode ser:

Suspensão ou proibição de se obter a permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor.

Há entendimento de doutrinadores de que a segunda parte do preceito secundário do artigo 302 é insconstitucional pois fere o artigo 5º, XIII da CR88. O TJMG (Alexandre de Carvalho AP 1.013.02.0467710- 3) e TJSC (AP 96001531-0 - Des. Nilton Macedo) – Motorista de taxi.

Não há que se falar em inconstitucionalidade, pois um dos objetivos do artigo 302 CTB é tirar de circulação os motoristas irresponsáveis.

Causas de Aumento de Pena.

I. Não possuir permissão para dirigir ou carteira de habilitação.

Não há que se falar em concurso entre o 302, I e o artigo 309 que trata de dirigir sem habilitação, sob pena de se violar o princípio do non bis in idem, uma vez que já existe a causa de aumento de pena para o tipo. Também não se fala no agravante do artigo 298 CTB, pois já existe a causa de aumento.

II. Praticá-lo em faixa de pedestre ou na calçada – por ser homicídio culposo do 302, já é causa do aumento de pena. Se o homicídio for doloso, usar-se-á a circunstância agravante do 298, VII.

III. Deixar de prestar socorro quando possível fazê-lo sem risco pessoal à vítima do acidente.

O artigo 304 tem como crime autônomo a omissão de socorro. Se, um agente atropela uma vítima e não presta socorro quando bem poderia fazê-lo. O agente responde pelo 302 em concurso com o 304, ou só o 302 com causa de aumento de pena do inciso III? Responde pelo 302 com aumento de pena.

O artigo 304 pressupõe que existe uma vítima apenas lesionada. E o 302 não há vítima pois morreu instantaneamente.

A hipótese do artigo 304, segundo doutrinadores só tem aplicabilidade para o caso do agente estar trafegando, com tudo certinho, velocide, pneus, cuidado e, no entanto, a vítima se joga em frente ao seu carro, e o agente se omite em prestar socorro à vítima. Nesse caso, o agente responde pelo 304 e os acompanhantes que estavam no veículo, que eventuamente ficaram olhando e não chamaram ajuda respondem pelo artigo 135 CP.

IV. No exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiro. É óbvia essa ausa de aumento, pois espera-se que um motorista profissional tenha um maior cuidado no trânsito.

art 303 - trata da lesão corporal culposa.

Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: Penas – detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior.

penal V 23 out

Art 304 - Omissão de socorro.

Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: Penas – detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.

Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.

É de pouca aplicabilidade pois se existe uma pessoa a ser socorrida, ela esta lesionada ou já morreu e será homiciídio culposo ou doloso.

Só se aplica este artigo quando houver culpa exclusiva da vítima, noutra situação ele não é praticado. Incorre em omissão de socorro.

- se a omissão for suprida por terceiro, - morte instantânea e

- lesão leve,

A doutrina diz que esse parágrafo único é inconstitucional devido o princípio da lesividade. Se a morte foi instantânea, o objeto jurídico não existe e nem pode ser lesado.

Essa norma deve ser analisada com bom senso.

Se o acidentado é de pronto atentido por uma equipe do corpo de bombeiros que estava passando no local ou que foi acionado por terceiros, será muito mais eficaz o atendimento do que o de um leigo.

No caso de morte instantânea, exemplo, vítima que estava com a cabeça decepada, não haveria como fazer o socorro. Por essas razões há quem entenda ser inconstitucional o parágrafo único em razão do princípio da lesividade.

Linchamento por populares:

Muitas vezes a população se revolta agitada com o fato e tenta linchar o condutor. Não é razoável exigir-se do motorista colocar em risco a própria vida para preservar a de terceiro (posicionamento do STF).

O artigo 304 tutela a integridade física do ofendido, o qual, se socorrido por equipe especializada, terá maiores chances em sua recuperação.

Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas – detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

O artigo 305 procura forçar o motorista a permanecer no local a fim de não dificultar a apuração dos fatos (produzir prova contra sí mesmo?)

Há uma crítica quanto à constitucionalidade desse artigo, pois ninguém é obrigado a fazer prova contra sí mesmo (pacto São José da Costa Rica, Artigo 8vo, II, g, se em um homicído doloso o sujeito não tem a obrigação de permanecer no local, por que teria nos crimes de trânsito?

Consuma-se com a fuga do motorista é possível a tentativa.

Há concurso de crimes = o crime anterior e a fuga posterior. 306 - Embriaguêz no volante.

Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue

igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: Penas – detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.

Antes da lei 11.705/08

art 306 antigo: era crime de perigo concreto, pois exigia comprovação real do perigo.

Não tem a quantidade de alcool mas tem a "exposição a risco de dano potencial à incolumidade de outrem". art 306 novo:

6 decigrama de alcool no sangue e não tem a espressão expondo a risco de dano potencial.

- O crime de perigo concreto exige a comprovação real do perigo (art 306 antigo). Exemplos: motorista que dirigia fazendo zigue zague, passou sinal vermelho, não conseguiu se manter na faixa de rolamento, desenvolver velocidade excessiva.

- Atualmente o crime é de perigo abstrato. Não precisa provar o risco.

Configuração da embriaguêz. Art 306 antigo:

1. As 6 decigramas por litro de sangue era apenas para a configuração da infração adminsitrativa do artigo 165.

2. As 6 decigramas por litro de sangue valia para o crime também que é o artigo 306. Artigo 306 novo:

Requisitos:

1. Condução de veículo automotor. 2. Via pública.

3. Motorista sob a influência de alcool de 6 decigrmas por litro de sangue ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.

Ocorre que em MG, o MP e o Judiciário vem entendendo que o Decreto regulador, o qual regulamentou o artigo 165 estipulando uma margem de tolerância de 2 decigramas de álcool (na concentração) no sangue. Penal V 5 nov

Crimes de Trânsito.

Art. 307 - Violar suspensão ou proibição de se obter permissão ou habilitação.

Para responder pelo crime tem q haver otrânsito em julgado, na forma administrativa ou judicia.

Tal crime restará configurado toda vez q o agente, embora proibido de conduzir veículo automotor por conta

No documento PenalVTodaMatéria (páginas 30-42)

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