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Academic year: 2021

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Penal V 6 ago Bruno Tasca Cabral.

Direito Penal V - Legislação Especial. É a legislação que foje ao código penal. o nosso CP é de 1940.

O CP é um conjunto de normas e princípios que visam regular o poder punitivo do Estado. lei 6368/76 - Art. 12 - Tráfico de Drogas.

Art 16 Uso de drogas. Lei 10409/02 tráfico e uso de drogas Lei 11343/06 tráfico de drogas. Lei 9503/97 - Crimes de Trânsito. Lei 8137/90 Consumidores.

Lei 10826/90 Estatuto do desarmamento. Lei 9605/98 - Lei ambiental.

Lei Maria da Penha.

Lei de interceptações telefônicas - lei 9296/96. Crimes cibernéticos. (não existe projeto de lei ainda). Tipicidade = adequação da conduta à norma.

Tipo legal = é a norma – é a definição de crime feita pelo legislador.

Fato Típico = é a conduta omissiva ou comissiva, o nexo causal entre a aconduta e o resultado, o resultado, e a tipicidade.

Penal V 7 ago

Princípio da Fragmentariedade. Princípio da Intervenção Mínima. Lei de Tóxicos.

Histórico: - lei 6368/76 -

Artigo 12 - Tráfico de drogas - reclusão de 3 a 15 anos. Artigo 16 - Uso de dorgas - det. 6 meses a 2 anos.

- Lei 10409/02 - mateve o anterior e inovou em questões processuais.

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a) dá um tratamento diferenciado ao usuário

b) dá uma proporcionalidade às penas. (pr cada conduta uma pena). c) aumenta de forma significativa os dias-multa.

d) substitui a expressão "Substâncias Entorpecentes" por "Drogas", por orientação da OMS. Sob o fundamento de que a expressão drogas abrange a dependência e nem toda substância entorpecente produz a dependência química.

É uma norma penal em branco pois precisa de uma lei que a complemente conforme portaria SVS/MS de 1998 do ministério da saúde. É uma norma heterogênea pois sua complementação é emitida por um órgão diferente da lei principal.

Abolitio Criminis - se a lei nova diz que o que era crime não é mais.

A norma penal em branco retroage quando o que era crime no complemento não é mais. Mas nem toda norma penal retroage no tempo como a lei do tabelamento de preço. e) A lei anterior determinava de 6 meses a 2 anos

A lei de Introdução ao CP diz que é crime os delitos sujeitos a reclusão ou detenção, e Contravenção tem a prisão simples ou multa.

A lei nova não diz no artigo 28 que é crime conforme a LICP.

Para a 6ta Câmara do TJSP, a lei 11.343 trouxe a Descriminalização do uso de drogas, devido os seguintes motivos:

- De acordo com o Artigo 1ro da LICP, que define o que é crime.

- Princípio da ofensividade que diz que a conduta deve afetar os bens jurídicos de terceiros. - Princípio da alteridade diz que é a ofensa a bem jurídico próprio.

Para o STF, houve uma Despenalização, pois:

- Na lei anterior existia pena de prisão e com o surgimento do juizado especial penal pela lei 9099/95, - A lei 9714/98 que previu a substituição da pena privativa de liverdade por pena restritiva de direitos. - argumento do artigo 103 do ECA.

É o entendimento do STF. E é o que temos de adotar.

MEDIDAS POLÍTICAS REFERENTES AOS USUÁRIOS DE DROGAS.

Modelos políticos relacionados ao usuário de drogas:

1. Modelo Político da reparação ou mitigação de dano: política que repara e reduz os danos dos usuários de droga definindo locais específicos para uso, distribuição de seringas, etc. É adotado pela Europa.

2. Modelo da Tolerância Zero : o usuário tem que ir para a cadeia. Adotado pelos EUA e ONU. O argumento é de que onde há a oferta há a procura.

Hoje, é impossível o usuário de drogas ir para a cadeia no Brasil pois, adotamos o Modelo Político de Mitigação de Danos, usado na Europa.

penal V 13 ago

prova 25 ptos = 18 set. Prova 25 ptos = 22 out prova 20 ptos = global = 19 out.

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especial = 26 nov.

Alexandre de Moraes = legislação especial penal. Guilherme Nucci = legislação especial penal.

Lei 11.343/06 (Drogas).

Esta lei trouxe algumas características específicas porque:

1. Mudou a expressão “Substância Entorpecente” pelo termo “Drogas”, isso por determinação da OMC que entendeu que “droga” é uma terminologia mais adequada na medida em que causa dependência

2. Deu uma proporcionalidade às penas, uma vez que cada conduta tipificada tem uma pena adequada. 3. Deu tratamento diferenciado ao usuário (a mais importante mudança) porque não mais previu pena privativa de liberdade para o usuário de drogas.

Aí vem a pergunta: Se a lei nova 11.343, em seu preceito secundário, não mais traz a pena privativa de liberdade, o uso de droga deixou de ser crime ou não?

O entendimento é que o uso de drogas continua sendo crime e essa interpretação é do STF que diz que o uso continua sendo crime e o que houve foi a Despenalização da conduta. Essa despenalização vem ocorrendo desde 1995 com a lei dos juizados especiais, lei 9099/95, que deu tratamento diferenciado aos crimes de menor potencial ofensivo, com penas de até dois anos, com substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos para penas de até 4 anos. Essa despenalização vem ocorrendo desde 1995.

Se o uso de dorgas é crime, então vamos estudar o artigo 28 da lei 11.343:

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

I – advertência sobre os efeitos das drogas; II – prestação de serviços à comunidade;

III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

É um crime plurinuclear ou de Ação Múltipla, ou seja, praticada uma conduta apenas configura um crime e praticadas todas, configura apenas um crime.

- Adquirir é obter como dono por compra e venda, doação, troca, substituição, dinheiro ou cheque. - Guardar dá idéia de clandestinidade (dentro do fogão à lenha), fundo de armário, parede, teto. - Transportar é mudar de um lugar para outro.

- Ter em depósito é colocar a droga em um lugar organizado e de fácil acesso.

- Trazer consigo é a posse. Trazer junto de sí não importando a forma. Dentro de mochila, dentro de cueca, na mão.

Definição de Usuário:

Usuário é quem pratica a quisição, o transporte, a guarda, o depósito ou traz consigo drogas, conforme descrito em portaria da vigilância sanitária, vinculada ao Ministério da Saúde, com a intenção, sem autorização.

COM A INTENÇÃO DE USO PESSOAL. Como saber se é para uso pessoal ou para tráfico? A tão somente quantidade de droga indica o tráfico? Depende. Pode indicar.

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a) sistema legal = a própria lei determina, adota uma quantidade aceitável para uso diário. Até tantas gramas diárias é para uso diário. Este sistema não é usado no Brasil.

b) sistema judicial ou policial = é o sistema utilizado no Brasil, no qual o juiz ou o delegado decide se é para uso ou tráfico. É uma situação muito delicada porque as consequências da decisão são completamente diferentes porque se a decisão for tráfico, o delegado vai ter de fazer o Auto de Prisão em Flagrante Delito (APFD) que é uma das entradas de um inquérito policial, ou seja, o conduzido será recolhido ao cárcere. Se for uso o delegado vai lavrar um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) que é um procedimento mais simples, mais célere, pautado na rapidez do juizado especial e o conduzido será liberado. Em hipótese nehuma o usuário será colocado em cárcere privado. (lei 11.343)

Casos em que a quantidade não é relevante para caracterizar o usuário e o traficante: 1. Pequena quantidade de droga mas a droga é para tráfico.

2. Grande quantidade de droga mas é para uso. Exemplo, 80 gr de maconha.

Portanto, a tão somente quantidade de droga pode ou não configurar tráfico. Abaixo os critérios: CRITÉRIOS PARA DETERMINAR USO OU TRÁFICO: Art. 28, 2do.

§ 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.

a) Natureza da Droga (objeto material). Dependendo da droga, e da quantidade é para uso ou tráfico. b) Quantidade da droga (objeto material).

c) Local e condições em que se desenvolveu o fato (desvalor da ação). Apreensão próximo à cracolândia. d) Circunstâncias sociais, pessoais e antecedentes (próprio agente). Caso do engenheiro que mantinha pr consumo.

SEM AUTORIZAÇÃO. Tem pessoas que têm autorização para se drogar em função de doença. Exemplo, o porte de morfina para tratamento de câncer. Se a autorização é de 100 ml de morfina para tratamento de um câncer e vc adquire 200 ml é desvio de autorização. Desvio de autorização equivale à ausência de autorização. Portanto equipara-se ao crime de porte de drogas.

CRIME DE PORTE DE DROGA:

Sujeito ativo = qualquer pessoa = crime comum.

Sujeito passivo = Estado, saúde pública, pois o bem jurídico é a saúde pública. Objeto material = droga pela lei 11.343 porque gera dependência.

Consumação = quando o sujeito ativo pratica os verbos para consumo pessoal, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

A doutrina majoritária diz que não cabe tentativa no uso de drogas e a justificativa é a de que se admitir a tentativa estaria punindo a pura intenção de adquirir a droga. Se o sujeito tentou adquirir e não conseguiu quer dizer que ele não teve a posse da droga. Como será possível a tentativa se nem se sabe se era droga mesmo pois não foi periciada, vai que seja outra erva e não maconha. Portanto punir a tentativa é punir a intenção.

Elemento normativo do tipo ( o juiz tem que valorar): é a autorização.

Elemento subjetivo é o dolo, vontade e consciência de praticar os verbos. Finalidade específica que é o uso pessoal.

penal V 14 ago

De acordo com o artigo 28 da lei 11.343, Uso é adquirir, guardar, ter em depósito, transportar e trazer consigo.

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Teorias do dolo:

Teoria da vontade: sujeito quer o resultado de forma direta = dolo direto. Teoria do Assentimento: assume o risco de produzí-lo = dolo eventual. Teoria da Representação: consiste em prever o resultado possível.

Conforme o artigo 18 do CP, crime doloso é quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzí-lo. O CP, portanto, adotou as teorias da vontade e do Assentimento. Se o CP seguisse a teoria da representação não seria possível distinguir dolo eventual de culpa consciente.

Culpa é falta do dever objetivo de cuidado. Falta de previsibilidade.

Na culpa inconsciente o agente não prevê o resultado embora o resultado fosse possível. Na culpa consciente o agente prevê o resultado mas acredita que este não ocorrerá.

A teoria da representação não consegue diferenciar o dolo eventual da culpa consciente; porque no dolo eventual, embora o agente tenha previsto o resultado, ele assume o risco de sua ocorrência.

PENAS PREVISTAS NA LEI 11.343 PARA USO DE DROGAS: Ainda é crime, mas houve medidas despenalizadoras.

a) advertência : Tudo se processa no Juizado Especial onde o juiz adverte sobre os efeitos nocivos da droga ao usuário, os efeitos nocivos da droga na família, efeitos nocivos da droga no meio social, etc.

b) Prestação de serviço à comunidade - O juiz não pode fixar uma prestação que não condiz com os conhecimentos e habilidades do usuário (princípio da dignidade da pena). Tem prazo máximo de 5 meses Art 46 CP, II; art 28, 5to lei 11.343. – a ser cumprida em entidades assitenciais, hospitais, escolas, orfanato e estabelecimentos congêneres, programas comunitários ou estatais que se ocupem na prevenção do uso de drogas.

c) Medida Sócio educativa: comparecimento em programa de curso educativo. O juiz deverá fixar com precisão o programa ou o curso que o agente deverá frequentar. O lugar, hora, dia, frequência.

Prazo das penas:

Tem prazo máximo de 5 meses para Prestação de serviço e medida sócio educativa.

Para reincidente o prazo máximo é de 10 meses tanto na prestação de serviços quanto na medida sócio educativa.

Se o usuário não cumpre essas penas, o juiz o submete admoestação verbal (sermão ou CR) e multa. Art. 30 (11.343) : prazo prescricional : de 2 anos para exigir o cumprimento da pena.

Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos artigos. 107 e seguintes do Código Penal.

É possivel aplicar o princípio da Insignificância ao Uso de Droga?

O sujeito chega na delegacia porque foi pego com um restinho de cigarro de maconha. O delegado pode deixar pra lá, por ser pouca coisa, em razão do princípio da insignificância?

Onde o princípio da insignificância entra no conceito do crime? O crime é um fato típico, antijurídico e culpável.

O tipo legal é a definição do crime feita pelo legislador.

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O fato típico é um dos elementos do crime que se compõe de uma conduta dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva, cujo nexo causal leva a uma resultado, considerando-se a tipicidade.

Ausentes a conduta, o resultado, o nexo causal, ou a tipicidade não há fato típico e então não tem crime. O princípio da insignificância entra adequação da conduta, na tipicidade do fato típico.

A partir do momento que eu falo que se pode aplicar o princípio da insignificância ao uso de drogas ,eu digo que não vai ter a tipicidade, e assim não vai ter fato típico e assim não vai haver crime.

Tipicidade:

Tipicidade formal é adequação da conduta ao tipo legal. (definição clássica). Para os clássicos, a tipicidade era uma adequação meramente formal. Se a conduta se adequasse ao tipo penal (no código) há a tipidicadade penal. Para a doutrina moderna não basta falar de tipicidade formal, daí falar-se em tipicidade conglobante.

Tipicidade Conglobante: (Eugênio Zafaroni): é uma concepção moderna da tipicidade penal

Tipicidade Penal = Tipicidade Formal (mera adequação da conduta ao fato típico) + Tipicidade Conglobante (conduta anti normativa + relevância do bem jurídico).

Para que se possa falar em Tipicidade Conglobante é necessário que haja uma conduta anti normativa e tipicidade material.

Conduta Antinormativa é uma conduta contrária à norma. Aquilo que é proibido pela norma e ao mesmo tempo fomentado pela norma não é anti normativo, ou seja, se a norma proibe e ao mesmo tempo incentiva não pode ser anti normativo. Por exemplo, no art 121 CP, em tempo de guerra, o carrasco tem de executar o condenado. Ele não pode ter praticado um crime de homicídio pois sua conduta não é anti normativa. Portanto, todos que praticam crime de homicídio respondem pelo artigo 121, menos o carrasco. O que a lei incentiva e o que a lei proibe não pode ser anti normativo.

Tipicidade Material: refere-se à relevância do bem jurídico. É onde entra o princípio da insignificância. Exemplo, uma ré no carro e este arranha o braço do pedestre. É um crime irrisório pois foi apenas um arranhãozinho e não uma lesão corporal. Mas será que para o DP esse arranhão é relevante?

Furar a orelha de um bebê é lesão corporal sim pois a lei não manda furar orelha de bebê. Então é uma conduta anti normativa; Mas as mães furam por uma questão de adequação social, furam pois é um irrelevante penal.

É aí que entra o princípio da irrelevância.o qual vai se ocupar apenas com bens jurídicos elevantes. Aquilo que for insignificante não há de se falar em tipicidade conglobal.

Aplicar o princípio da insignificância ao uso de drogas significa perguntar se o Estado se preocupa com qualquer baseadinho?

A corrente majoritária diz que sim. O Estado se preocupa e assim não se aplica este princípio da insignificância ao uso de drogas, entretanto há julgado a favor.

Julgado:

"Penal. Entorpecentes. Princípio da Insignificância. Sendo ínfimo a pequena quantidade de droga encontrada em poder do réu. O fato não tem repercussão na seara penal." (STJ - HC 17956 - SP - Relator Ministro Vicente Leal).

Na prática o delegado não pode se manifestar sobre o princípio da insignificância. Ele tem que lavrar o TCO e encaminhar ao juizado e lá o juiz vai adotar ou não o princípio da insignificância.

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§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

semear = espalhar as sementes. cultivar = Tratar as sementes.

colher = é a colheita do produto da semente.

Pequena quantidade = depende da avaliação do juiz .

Na lei de 1976 não existia esse parágrafo que previa o plantio para consumo pessoal pequena quantidade. Mas tinha no artigo 12 o palntar entorpecentes e era enquadrado como tráfico.

Como se enquadrava o sujeito que plantava para uso próprio na lei 6368/76? As dicussões jurícas eram acirradíssimas:

1ª posição: responde pelo art. 12, Par. 1ro, II. (plantio da semente, mas era tráfico)

2ª posição: usa-se o preceito primário do art. 12 (plantio) com o preceito secundário do art. 16 (uso). Ou seja, como não previa o plantio para uso pessoal, só para tráfico, resolveu-se usar o preceito primário do 12 que falava de plantio, com o preceito secundário do 16 do uso.

3ª posição. Como a lei não definiu, não há crime.

Veio a lei 11.343, 28, 1ro. Que tipificou a conduta do plantio para uso. Mas será que ela retroage para as posições acima? Depende.

Para a 1ª retroage pois é mais benéfica (era considerado tráfico). Para a 2ª retroage pois trouxe penas mais brandas.

Para a 3ª não retorage pois prejudica o réu. penal V 20 ago

TRÁFICO DE DROGAS. - Lei 11.343 – artigo 33. Trata da destinação da droga para terceiro. Pode ser um tráfico de:

- maior petencial ofensivo (caput e 1º, tráfico de drogas, tráfico de matéria prima + cultivo + uso de bem ou locla para tráfico – pena de 5 a 15 anos).

- Médio Potencial Ofensivo (par. 2º - induzir, instigar, auxiliar o uso – 1 a 3 anos).

- Pequeno potencial ofensivo (par. 3º, oferece sem lucro para consumirem juntos – 6 meses a 1 ano).. para cada potencial tem uma pena.

Art 33 - 1ro. Maior 2do - Medio. 3ro. - pequeno Ações:

- envio de substâncias entorpecentes caracteriza tráfico. - Importar - Receber drogas de fora do pa´si.

- Exportar enviar drogas para fora do país - transnacionalidade.

Por via aérea marítima, terrestre. - Incide causa de aumento de pena do art. 40

- Remeter - enviar drogas dentro do território nacional (aumento de pena art. 40-tráfico entre estados). - Preparar - combinar substâncias não entorepecentes formando uma entorpecente.

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- Fabricar - caráter de meio industrial, manufaturar. - Adquirir - obter a propriedade não importando a forma. - Vender - negociar a troca de valor.

- Expor à venda - exibir a droga pr venda.

- Oferecer - abordar eventuais compradores e fazê-los saber que possui a droga. - Ter em depósito - ter a droga de forma organizada.

- Guardar - ter de forma clandestina. - Prescrever - receitar.

- Ministrar - aplicar, introduzir a droga no organismo da vítima (oral, injeção, etc.). - Entregar a consumo - ceder, dar.

- Fornecer - abastecer, pressupõe intenção continuada.

É um crime plurinuclear, de ação múltiplo, tipo variado, misto alternativo (tudo sinônimo) se praticar uma ação ou todas pratica um único crime.

suj. Ativo = qualquer pessoa (crime comum).

Com uma exceção : prescrever: é médico, dentista, veterinário. Com relação ao verbo prescrever o crime é próprio de médico. Suj. Passivo = sociedade, coletividade.

Objeto material = droga. Objeto jurídico = saúde pública.

Elemento normativo do tipo = sem autorização. O desvio também equivale à ausência de autorização. O que vai definir se é tráfico ou uso é o artigo 28.

CONSUMAÇÃO E TENTATIVA DO TRÁFICO DE DROGAS

Consuma-se com a prática dos verbos acima, sem autorização, ainda que gratuitamente. Tentativa : a corrente majoritária diz que não. Pois qualquer um dos verbos sugere aquisição .

É um crime de mera conduta pois não prevê resultado naturalistico. Narra tão somente o comportamento. Não exige resultado material.

FLAGRANTE PREPARADO (Súmula 145 STF) diz que é um crime de impossível consumação.

Mas no trafico é perfeitamente possivel por ser um crime de ação multipla e quando do flagrante já havia ocorrido outros verbos.

CONCURSO DE CRIMES É POSSVEL?

Sim, associação para o tráfico, pessoa que entra em um hospital e furta drogas para prática do tráfico -responde por furto e tráfico.

Traficante que entrega a droga e recebe como forma de pagto produto oriundo de crime = tráfico + receptação.

É POSSIVEL ALEGAR ESTADO DE NECESSIDADE NO TRÁFICO? Não.

É possível alegar inexigibilidade de conduta diversa no tráfico? é sim e exclui a culpabilidade. Significa que o agente, dentro da razoabilidade, não pôde agir de modo diverso, seguindo as regras impostas pelo direito, motivo pelo qual não pode sofrer juizo de sensura.

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PENA = 5 A 15 ANOS.

Art 33 par. 1ro - Nas mesmas penas incorre quem ...matéria prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas.

Ingredientes: - recipientes

- folhas secas de coca 750 Kg par afazer 1 kg de pasta básica. - querosene. - ácido sulfúrico. - decantador. - carbonato de amônia. - acetona. - eter. - cimento branco - talco - pó de vidro.

Matéria Prima = substância principal utilizada no fabrico da droga. (folhas de coca) Insumo = elemento utilizado no fabrico mas não essencial. (cimento, talco, pó de vidro)

Produto Químico = substância oriunda de elaboração (pasta de coca, substâncias químicas) química. inciso II - semear, cultivar ou colher para a preparação de drogas. As terras de cultivo serão expropriadas. inciso III - utilizar ou conceder uso local ou bem de qualquer natureza para tráfico = incorre nas mesmas penas.

penal V 21 ago

TRAFICO DE MÉDIO POTENCIAL OFENSIVO (art 33, par. 2do).- Pena de 1 a 3 anos. Induzir, instigar, auxiliar alguém ao uso indevido de drogas.

Induzir = fazer nascer a idéia.

Instigar = reforçar, fomentar uma idéia já existente.

Auxiliar = ajudar, colaborar materialmente, mas não entregando a droga. Pode ser entregando a "seda"=papel, o cachimbo, espelho, lâmina, todo o material para o uso.

suj ativo: qualquer pessoa = crime comum suj passivo = coletividade.

Elemento subjetivo = dolo. Consumação: prática dos verbos. Tentativa : é possível por carta.

PENA : Reclusão de 1 a 3 anos e multa de 100 a 300 dias multa.

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- Qualificadora = o legislador fixa um patamar mínimo e máximo da pena em abstrato. Exemplo: homicídio qualificado a pena é de 12 a 30 anos.

- Causa de aumento / diminuição = legislador fixa percentual (1/6, 2/3). - Circunstâncias Agravantes e atenuantes = fica a critério do juiz.

O primeiro ato do juiz é calcular a pena base e fixá-la de acordo com o artigo 59 CP (conduta social, antecedentes...)depois vai para as causas de aumento de pena e depois os agravantes onde ele pode aumentar a pena

MENOR POTENCIAL OFENSIVO (art 33, par. 3ro). 6 meses a 1 ano.

Oferecer eventualmente sem lucro a pessoa de seu relacionamento para juntos consumirem. 1. conduta em que ser Eventual.

2. sem objetivo de obter lucro.

3. a pessoa de seu relacionamento (amigo, parente, colega, namorado). 4. Para juntos consumirem.

Os 4 itens tem de restar comprovados.

Se a destinação for para um futuro consumidor é tráfico.

Para que o usuário seja enquadrado no artigo 28 tem que ser apreendida a droga para que haja a perícia. Se o usuário tiver todos os sintomas e não houver droga não há crime.

Oferece 33, 3ro.menor potencial ofensivo. 6 meses a 1 ano sem prejuizo das penas do 28. Quem recebe : 28 usuário (advertência+prestação de serviço+programa educacional)

Exemplo, o sujeito não tem braço mas o colega cologa o cigarro de maconha na boca dele, configura o “trazer consigo”, e incorre no 33, 3º..

par. 4to. TRÁFICO PRIVILEGIADO (apenas para o tráfico de maior potencial ofensivo art.33, caput – 5 a 15 anos).

Penas poderão ser reduzidas de 1/6 a 2/3 se o agente: 1. For primário.

2. bons antecedentes.

3. Não se dedique às atividades criminosas e nem integre organização criminosa. Devem ser considerados cumulativamente.

É direito subjetivo do réu e não discricionariedade do juiz a redução da pena. Defensoria Pública e Advogados.

Vão bater na tecla da dedicação às atividades criminosas pois não há definição do que são estas na lei.

De acordo com a Ciência Criminológica: A Organização criminosa requer: Baseado nesses itens é que será baseada a defesa do agente.

1. Hierarquia estrutural 2. Planejamento empresarial

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3. Meios tecnológicos. 4. Recrutamento de pessoas 5. Divisão das atividades 6. Poder de intimidação.

7. Conexão local, regional, nacional ou internacional.

ARTIGO 34. PUNE O TRÁFICO DE MAQUINÁRIO (os instrumentos destinados à criação da droga). criação é fabricar, preparar, produzir, transformar.

Elemento Subjetivo é o dolo.

Se houver droga no local onde está o maquinário, responde pelo tráfico e não pelo 34. Penal V 27 ago

ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO Art. 35.

Art 288 CP = formação de quadrilha ou bando, mais de 3 pessoas, qualquer crime que não seja tráfico de drogas.

É uma associação permanente.

Art. 35 LEI 11.343 = associação de pessoas, duas ou mais pessoas, para tráfico de droga. É uam associação estável, permanente.

Diferenças: artigo 288 CP – Formação de quadrilha e artigo 35 da lei 11.343 – Associação para o Tráfico. 1ª distinção é o número de pessoas: 4 / 2.

2ª distinção é o objeto do crime: qualquer crime que não seja tráfico de droga / tráfico de drogas. Semelhanças: caráter duradouro e permanente.

O delegado pode indiciar por formaão de quadrilha e o MP pode não denunciar por entender que o inquérito não demonstrou a “associação estável”.

Se duas pessoas se associarem para praticar tráfico de drogas eventual, ocasional, será concurso de pessoas, artigo 29 CP.

Objeto Jurídico = saúde pública.

Suj. Ativo = qualquer pessoa. Crime comum. Suj. Passivo = coletividade.

Consumação = Animus de se associar para a prática do 33, par. 1ro e 34. Elemento subjetivo = dolo.

pena = reclusão de 3 a 10 anos e multas de 700 a 1200 dias multa.

ART 36 - FINANCIAMENTO PARA O TRÁFICO.

- Se o financiamento for duradouro e permanente, por interpretação jurisprudencial e doutrinária, o agente incorre no 36 com pena de 8 a 20 anos.

- Se o financiamento for eventual incorre no 33 caput, 1º, e 34, tráfico com causa de aumento de pena do 40, VII.

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- Não é qualquer valor. Tem de ser um valor tão significativo que inviabilize o próprio tráfico. Exemplo, agente financiar a compra completa de um carregamento de drogas porque o traficante não tem o dinheiro e perderá a oportunidade se não comprar.

- Se houver associação para o tráfico incorre no artigo 36 e 35, único, portanto concurso de crimes. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes (previsto no 33 caput, 1º, e 34) .

financiar = sustentar os gastos.

custear = abastecer no que for necessário com valor ou bens. Tem que ter o caráter duradouro e estável do financiamento. pena de 8 a20 anos.

Se o financiamento for eventual é causa de aumento de pena do art. 40, VII, sobre a pena do tráfico. ART 37 - PUNE A CONDUTA DO INFORMANTE.

Tem caráter eventual, pois se for permanente, duradouro é associação para o tráficoé associação (art. 35). O policial que informa eventualmente sobre operações policiais na boca de fumo incorre no 37 com causa de aumento de pena do 40, II.

Suj. Ativo = qq pessoa. pode ser informante. Crime comum.

Ex. "papagaio", "fogueteiro", "policial que liga para o traficante e informa que haverá diligência". o policial tem causa de aumento de pena.

Pena = reclusão de 2 a 6 anos e dias multa de 300 a 700. Art 38 - Prescrever e ministrar culposamente.

suj. Ativo.

prescrever = médico, dentista.

Minstrar = médico, farmacêutico, enfermeira. É um crime próprio.

O médico, de forma negligente e descuidada prescreve ao paciente: Droga Certa - Dose errada.

droga Errada - Dose certa.

Droga Certa - Dose errada - Peesoa Errada.

Se, ao fazer uso resultar ao paciente lesão corporal, será concurso.

Se resultar homicídio será concurso, responde pelos dois. O médico responde por crime culposo pois era responsável pelo paciente.

Art. 39 - Condução de embarcação ou aeronave após o consumo de droga. Perigo concreto.

Embarcação = navio, submarino, lancha, jet ski. aeronave = avião

Se for carro, responde pelo Código de trânsito Brasileiro. CAUSAS DE AUMENTO DE PENA (art 40, aplica ao 33 ao 37)

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- Agente do crime

* Função Pública (policial, juiz em decorrência da função) * Missão Educação. (professor que cede droga aos alunos) * Poder familiar. (Pai)

* Guarda ou Vigilância. (de estabelecimentos autorizados a produzir ou guardar drogas, como vigilante de hospital).

penal V 28 ago

Causas de Aumento - art 40 (incidem sobre os artigos 33 a 37).

I - aumenta pena se for por questões de transnacionalidade - a lei anterior falava de internacionalidade. Transnacionalidade dá idéia de que inicia num pais e termina em outro. Fora da fronteira de um país. Compro droga de um brasileiro que mora na Bolívia l´a na Bolívia e volto pr o Brasil.

Internacionais envolve relação entre nacionais e estrangeiros.

A transnacionalidade é mais ampla que a internacionalidade e por isso é causa de aumento de pena. II - Função Pública, Educação, Poder Familiar, Guarda ou Vigilância.

III - crime praticado nas imediações de estabelecimentos prisionais (cadeias, penitenciárias). Hospitalares - hospitais, postos de saúde, manicômio, etc.

Sede de entidades estudantis = sede da UNE

Entidades Sociais, Culturais = museus, exposições, etc. Recreativas = Clubes e parques.

Beneficentes = asilos, casa de caridade.

locais de trabalho coletivo = empresas em geral.

Recintos de espetáculos ou diversões = cinema, teatro, shows.

Locais de tratamento de dependentes de drogas = casas de recuperação. Unidades militares = batalhão, Companhia.

Recintos Policiais = delegacias.

Transportes Públicos = rodoviária, ponto de taxi.

IV : Praticado com violência ou grave ameaça ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva. Ex. Ministrar droga em terceiro com uso de violência.

Traficante que ameaçe moradores do bairro.

Difuso = número indeterminado de pessoas interligadas por uma circunstância de fato.

Coletivo = Grupo de pessoas que guardam entre sí vínculo jurídico decorrente de uma relação jurídica base. V : Tráfico entre estados da Federação.

VI : Envolver criança, adolescente ou pessoa que tenha capacidade diminuida. ex. Pessoa embreagada. VII : o agente financiar ou custear a prática do crime. (caráter eventual, ocasional) pois se for habitual incide no artigo 36 .

PROCESSO PENAL.

Processo é o instrumento da jurisdição (dizer o direito). Caminho é o procedimento.

O caminho da lei de drogas é um caminho especial. Se for uso de drogas é um caminho e se for tráfico é outro.

(14)

Juizado Especial – para crimes de menor potencial ofensivo com pena máxima de até 2 anos. Uso de Drogas ( art. 28,)

33, 3ro, crimes de menor potencial ofensivo = 6 meses a 1 ano – oferecer droga eventualemente, sem objetivar lucro.

art. 38 = seis meses a 2 anos – prescrever ou ministrar, culposamente, drogas. fase preliminar :

promotor propõe transação penal e reparação dos danos. Se aceitar tudo bem, o processo pára e se não aceitar vai para a fase processual.

Fase processual = Rito sumaríssimo. Tráfico:

Inquérito : tem duas formas de entrada. por portaria (entrada)

ou

APFD – Auto de Prisão em Flagrante Delito (entrada)

saída: Relatório final retirado do indiciamento que é o ato pelo qual a autoridade policial aponta o principal suspeito.

- Denúncia (é a peça acusatória oferecida pelo promotor). MP se dá por satisfeito com frelatório final e oferece denúncia.

MP não se dá por satisfeito e devolve os autos requisitando diligências, aponyando qual diligência é imprescindível para a dunúncia.

MP acha que não tem justa causa e sugere arquivamento.

Na lei das drogas, antes do juiz receber a denúncia é oferecido ao denunciado a defesa preliminar que é o momento que ele vai ter de abordar questões processuais e dizer que a denúncia é inepta, o que o delegado não denunciou no prazo, que a situação é nítida de usuário, que a situação foi mal avaliada. Ou seja, o réu vai convencer o juiz a não receber a denúncia.

- Citação

- Defesa Preliminar.

- Recebimento da Denúncia (inaugural)

- Designa audiência de Instrução e Julgamento e foram ouvidas testemunhas de : acusação, de defesa, denunciado (ouvido por último).

- Memoriais - Sentença. - apelação - Acórdão.

A prisão provisória cautelar é toda e qualquer prisão que ocorra antes do trânsito em julgado. prisão provisória é gênero.

Espécies de Prisão Provisória - prisão em flagrante.

- temporária. - preventiva.

(15)

- senteça de pronúncia.

Princípio da presunção de culpabilidade (é que o CP é da época do fascismo) é devido esse princípio que é concedida a liberdade provisória. Partia-se da premissa que o investigado seria condenado

E concede-se a liberdade provisória.

Hoje, a prisão é que é provisória e vale a CR88 e o Pricípio da Presunção de Inocência, onde ninguém será considerado culpado até a sentença penal condenatória.

A Liberdade Provisória é uma decorrência da prisão em flagrante. Só se fala em liberdade provisória, se houver prisão em flagrante.

a liberdade provisória se aplica ao tráfico de drogas? Art 44 - a lei veda a liberdade provisória.

Mas a lei o equipara a crime hediondo e é prevista a liberdade rpovisória aos crimes hediondos. O STF acha que prevalece a liberdade rpovisória.

Progressão de Regime agora pode progredir.

Substituição Privativa de Liberdade por restritiva de direito.

A lei veda, no art 44 mas o STF está revendo achando que este artigo vai contra os princípios da pena. penal V 3 set

ESTATUTO DO DESARMAMENTO (lei 10.826/03) Histórico

- Decreto Lei 3688/91 (era apenas contravenção penal, em que apena é de prisão simples e multa - Art. 18 e 19).

- Lei 9437/97 (definiu como crime o porte de armas)

- Lei 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento e revoga a lei 9437/97) Escopo de proibir comercialização de armas de fogo no Brasil (artigo 35 nunca entrou em vigor).

A doutrina diz que o Estat. Do Desarmamento só dispõe sobre armas de fogo e o Decreto é só pr armas brancas e portanto não foi revogado.

Arma Branca, vem do Inglês "shining Weapon" pois brilha na luz do sol. Outros paises usam "cold weapon": exemplos: faca, machado, ponta delança, punhal, canivete, espadas.

art 18 e 19 estão em vigor mas só será usado para um dia se liberarem pr determinadas armas brancas. Mas hoje, na prática não tem nenhuma aplicação.

A lei 9437 instituiu:

- o SIsnarm = Sisitema Nacional de Armas de fogo).

- Obrigatoriedade do refistro de armas (Federal) e o porte de armas pode ser Federal ou Estadual. Artigo 35 do Estatuto do Desarmamento = nunca entrou em vigor.

(16)

Referendo = Manifestação popular acerca de um instrumento normativo. Plebicito = manifestação popular sobre fato ou evento.

O artigo 35 ficou condicionado ao referendo que não aprovou o artigo. Lei 10.826/03 = Tornou a compra de arma mais difícil

Tornou mais difícil a obtenção do porte de armas de fogo. Sisnarm = art. 1 . Funções.

- Identificar as características das armas de fogo.

- Cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no apis.

- Cadastar as tranferências de titularidade das armas e o extravio (perda, roubo, furto) - Cadastar as apreenções.

- Cadastrar os armeiros.

- Cadastar as autorizações de porte e renovação.

- Cadastar os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores. Cadastra :

- Armas Institucionais (polícia federal, rodoviária, ferroviária, civil, da Câmara dos Deputados, Senado, Gurdas prisionais, Municipais.

- Armas de fogo de uso permitido dos integrantes: Polícia Federal, Rodoviária Fed., Ferrov. fed. Civis, Militares e Bombeiros.

- armas do cidadão comum

- empresas de segurança e transporte de valores.

Sigma = Sistema de Gerenciamento Militar de Armas. (cadastra outros tipos de arma). - armas Institucionais.

cadastra: Forças Armadas, Polícia MILItar, Bombeiros, Abin, Gabinete de Segurança do Presidente da República.

- Armas de uso permitido dos integrantes das : forças armadas, Abin, Gab Segurança da Presidência. - Armas obsoletas

- Armas de fogo de colecionadores, atiradores, caçadores e de representações diplomáticas.

REGISTRO: é uma autorização para que o proprietário possa ter uma arma de fogo, exclusivamente no interior de sua residência, dependências ou no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal.

As armas de fogo, em regra, serão registradas na Polícia Federal. Portanto ela registra: - armas de uso permitido do cidadão comum.

- armas dos integrantes das polícias Federal, Rodoviária, ferroviária, civil, militar e bombeiros. Policia Federal (expede o registro)

Cisnar (autoriza a expedição). Do Registro. (art 4to).

- Declarar necessidade (em decorrência de profissão de risco, ameaças) - Apresentar comprovação de idoneidade.

- Comprovar que tem ocupação lícita e residência fixa. - Comprovar capacidade Técnica e aptidão psicológica. - Ter mais de 25 anos.

(17)

Do Porte:

É a autorização legal para carregar uma arma de fogo. Regra: O PORTE É PRIBIDO.

Exceções: artigo 6to.

- Integrantes das Forças rmadas

- Integrantes Polic, Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federa. civil, Militar, Bombeiros, Integrantes Guarda Minicipal (município de mais de 500 mil habitantes, ou municípios de 50 mil a 500 mil habitantes quando e, serviço, ou municípios que integram região metropolitana podem ter menos de 50 mil habitantes). - Integrantes da Abin,

- Integrantes depto Gabinete do Pres da Rep. - Integrantes da Câmara e do sEando

- Integr. Guardas prisionais

- Integr. Empres privada de segurança. - Integrantes de entidades desportivas. - Auditor Receita Federal.

- Auditor do Trabalho. - Analista Tributário. penal V 4 set

ESTATUTO DO DESARMAMENTO

- mantidos os art 18 e 19 da lei velha sem aplicação prática nenhuma.

O objetivo do estatuto era proibir o comércio de armas no pais, mas a população votou contra. Art. 12. POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO.

temos que ver antes os artigos 30 e 32 -

- 180 dias após a vigência do estatuto para entregar as armas.

lei 10784/04 que esticou o prazo até 24 de Junho de 2004 poderiam regularizar a situação. Lei 11.118/05 estica o prazo para 23 junho de 2005

Lei 11.191/ 05 estica o prazo pata 23 outubro de 2005 Lei 11.706/08 dilatou pata *1 dez 2008

Lei 11.922/09 esticou para 31 dez 2009 e parou aqui. Estas leis concederam anistia.

As pessoas que foram processadas, condenadas na vigncia da lei 9437/97^, as lei acima retroagem para beneficiar o réu? Seria abolitio criminis?

O que aconteceu é que a abolitio criminis temporária. O governo concedeu apenas anistia para regularizar as armas no pais e quem foi preso continuou preso.

STF HC 94213/MG e HC 90995/SP dizendo que não retroage. Art 12 :

Objeto Jurídico = Incolumidade Pública, ou seja, a segurança das pessoas.

Núcleos do tipo : Possuir ou Manter sob guarda portanto é um crime de ação mUltipla, plurinuclear. Sujeito ativo: qualquer pessoa.

(18)

Exceto na segunda parte (local de trabalho, desde que seja o titular ou responsável pelo estabelecimento) o caixa do supermercado responde então pelo art 12. O dono so supermercado não.

Suj passivo: a coletividade: crime vago. Objeto Material : Arma, Munição e Acessório.

É uma norma penal em branco pois é necessário um complemento para designar o que é cada objeto material. (regulamento do exército: R 105.

Arma: art 10 Dec 5123/04 - "Arma de fogo de uso permitido é aquela cuja utilização é autorizada a pessoas físicas, bem como pessoas jurídicas, de acordo com as normas do comando do exército (R- 105 - arma de fogo é aquela que arremessa projéteis empregando a força expansiva dos gases pela combustão de um proprlente confinado em uma câmara que normalmente está solitária a um cano que tem a função de propiciar continuidade à combustão do propelente, além de direção e estabilidade do projétil.

Arma de Chumbinho:

Não é arma de fogo mas sim arma de pressão. É permitido a a rma de chumbinho de até 6mm. Arma desmuniciada:

STJ diz que sim. É arma. Basta pensar que a arma pode ser a qualquer tempo municiada e utilizada. HC 17.561/DF e HC 17.747/ SP

Helen Grace diz que:

1. Se o agente traz consigo arma desmuniciada mas tem a munição adequada à mão, de mod a viabilizar o municiante, haverá crime.

2. Ao contrário, se ele não tem a munição, não se realiza a figura típica. Se a arma for absolutamente imprestável para a realização de disparos:

Art. 17, CP objeto impróprio, não configura o crime. Se for relativamente imprestável configura o crime. Se a arma estiver desmontada:

Doutrina majoritária: se arma puder ser rapidamente montada e pronta para a realização de disparos, configura-se o crime.

MUNIÇÃO:

É o artefato completo pronto para o disparo.

Uma ùnica munição? Sim pois o art. 12 está no singular.

Acessório: acessório que acoplado a uma arma possibilita a melhoria de desempenho do atirador.

---Elemento subjetivo: dolo (vontade e consciência de possuir a arma de fogo em desacordo com a lei). Perícoa é fundamental para definir se a arma e a munição são aptos para serem usados.

Elemento Normativo do Tipo: "em desacordo com determinação legal ou regulamentar" ou seja falta o registro.

(19)

Pena : detenção de 1 a 3 anos Ação Penal Pública Incondicionada. Liberdade Provisória é possível?

art.21 - a lei diz que não mas o STF declarou iconstitucionalidade através da Adin 3112-1. Portanto é poss~ivel a liberdade provisória.

Penal V 10 set

Art 13 - Omissão de Cautela.

Objeto jurídico - Incolumidade pública. Sujeito ativo - qq pessoa. Crime comum.

Sujeito passivo - coletividade, a criança, o adolecente de forma secundária.

Conduta Típica: Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que uma pessoa menor de 18 anos ou que seaj portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo. (até 12 anos é criança e adolecente de 16 a 18 anos).

Crime de perigo: o dano é iminente. Abstrato.

Elemento normativo: é o elemento que tem que ser valorado: deixar de observar as cautelas necessárias. Objeto material: arma de fogo de uso permitido e de uso restrito.

Elemento subjetivo: Só culpa.

Fica nitidamente demonstrado pela leitura do art. 16, V. Crime Omissivo: Deixar de Observar as cautelas.

Consumação e tentativa: Consuma-se com o apoderamento da arma pelo menor ou pelo deficiente mental. Não cabe tentativa pois é culposo.

Objeto jurcidico: Incolumidade pública e a Veracidade dos dados registrados no SINARM. Parágrafo Unico:

Crime a prazo: só vai ocorrer o crime decorrridas as 24 horas previsto na lei.

Conduta típica: deixar o proprietário ou diretor da empresa de registra a ocorrência policial e comunicar à polícia federal a perda, roubo, furto, extravio de arma, munição, acessório nas primeiras 24 horas.

Somente haverá o crime se o sujeito ativo deixar de adotar as duas posturas.

Sujeito ativo: diretor ou responsável pela empresa de transporte de valores ou de segurança. Crime próprio. Prazo de 24 horas do extravio, fundamento no próprio artigo (24 horas do fato).

Elemento subjetivo: dolo ou culpa.

Consumação e tentativa: consuma-se uma vez decorriso o prazo de 24 horas do extravio. A doutrina diz não ser possível a tentativa.

(20)

Concurso de crime é possível? Sim, por exemplo, art. 12 e 13.

Artigo 14 - PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO. Portar: levar a arma consigo e não importa a forma.

Deter: conservar o objeto de forma momentânea, sem que seja proprietário ou possuidor.

Ceder: passar a outerem a arma sem que haja a transferência. Ex. Pessoa que passa a arma à outra para entrar no banco. Nesse caso as duas pessoas respondem nesse artigo.

Empregar: é usar o objeto material para praticar outro crime. Armas de uso permitido

Norma penal em branco e o complemento está no R 105 do exército.

Se a arma de uso permitido estiver com numeração, marca, sinal identificador suprimido, raspado ou alterado o agente incorrerá no crime previsto no artigo 16, inciso IV.

Elemento normativo do tipo: sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. E se o agente tiver o porte e for abordado pela polícia, mas sem o porte? Responde pelo crime? Sim, responde.

Elemento subjetivo - dolo

Consumação: exemplo, portar: vai consumar quando o agente estiver levando arma consigo. Tentativa: é possível mas difícil de ocorrer por ser um crime de ação múltipla.

Penal V 11 set

CONCURSO DE CRIME

art 14 (porte ilegal de arma de fog uso permitido) com 157 (roubo) não há pois o crime fim absorve o crime meio. Princípio da subsunção.

Desígnios autônomos é possível concurso.

Ex. Arma na perna e roubo praticado com um canivete e pratica o roubo. Art. 14 e furto = arma é o produto do crime e porte de arma.

1ra. Posição: o furto absorve o porte ilegal de arma de fogo pois seria impossível furtar sem trazer consigo. 2da. Posição: o porte absorve o furto por ser crime mais grave (ao menos na pena mínima). A incolumidade pública seria mais grave do que a simples proteção do patrimônio.

3ra. Posição: Concurso de crimes, art. 155 e 14. É o que tem prevalecido. Art. 15 - DISPARO DE ARMA DE FOGO.

- Disparar = fazer com que a arma arremesse um ou mais projéteis.

(21)

Neste crime não importa a existência de registro da arma e autorização para porte. Elementos Objetivos:

Critério espacial:

- lugar habitado ou em suas adjacências.

Lugar habitado é onde possui pessoa morando. Ex. Casa, fazenda, etc. Adjacência é o lugar próximo ao habitado.

- Via Pública ou em direção à ela. É aquela pertencente à União, Estados e Municípios. E se o disparo ocorrer em via de condomínio fechado? Há crime? Sim pois é lugar habitado. Disparo em Sítio ou Fazenda:

Doutrina: se forem tomadas as cautelas necessárias visando testar a arma, não há crime. Exemplo, o inidivíduo que efetua disparo em um gato que está passando na rua.

Disparo em praia mesmo que durane a madrugada.

Elemento subjetivo: dolo. Não havendo previsão para modalidade culposa. Crime subsidiário (expressa)

Concurso de Crimes:

- se a arma for de uso permitido, com numeração intacta, o disparo (art 15) absorve o porte ilegal (art 14), pois ambos são apenados de forma idêntica, sendo o artigo 15 o crime fim.

- se a arma estiver raspadaou for de uso restrito, prevalece o artigo 16 pois a pena é mais severa. Mas há divergências.

ARTIGO 16 – POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO É um misto do artigo 12 (posse) com o 14 (porte) com arma de uso restrito

I. Dispositivo de difícil aplicação porque na maioria dos casos numa abordagem, a supressão já foi efetuada. É absorvido pelo inciso IV.

De qualquer forma, a alteração pode ser feita em arma de uso permitido ou restrito, pois a lei não faz distinção, pouco importando se a armatem registro.

II. Objeto jurídico: Incolumdade pública Suj. ativo: qualquer pessoa.

Suj. passivo coletividade.

Conduta típica: Modificar: tornar a arma equivalente a uma arma de uso restrito, ou modificar no sentido de enganar delegado, perito ou juiz.

Exemplo, revolver de calibre 38 modificado para receber minição de calibre 357. O agente troca o cano da arma para impossibilitar o exame balístico.

Elemento subjetivo: dolo com especial fim de agir ( enganar as autoridades e tornar a arma de uso permitido para uso restrito)

Consumação: com a modificação da arma. III. Explosivo (não será visto)

(22)

IV. Correlato ao inciso I Elemento subjetivo: dolo V. Eventual incide neste inciso. Habitual incide no 17.

Objeto jurídico: Incolumdade pública. Suj. ativo : qualquer pessoa.

Suj. passivo : coletividade e mediato: crianaça (até 12 anos) / adolescente (12 a 18 anos). Conduta típica: Vender, entregar ou fornecer.

Venda ou fornecimento em atividade comercial será hipótese do artigo 17. Consumação: com a venda, a entrega ou o fornecimento e é possível a tentativa. Elemento subjetivo: dolo. A culpa está na omissão de cautela, artigo 13.

VI. explosivo: Não será visto. penal V 18 set

Art 17 - Comércio Ilegal de armas de fogo. objeto jurídico = incolumidade pública. Conduta Típica = 13 verbos.

sujeito Ativo = aquele que exerce atividade comercial ou industrial ainda que informalmente, inclusive comércio em residência. Logo, crime é próprio.

Suj. Passivo = coletividade.

Objeto Material = Arma de fogo, acessório, munição de uso permitido ou não, com adulteração de sinais identificadores ou não.

O agente incorre na causa de aumento do artigo 19. É exigida a habitualidade na atividade comercial?

A corrente majoritária diz que sim. É bastante diferente a conduta do comerciante habitual daquela pessoa que vende sua arma de fogo de forma eventual, isolada.

Se for de forma eventual incorre ou no artigo 14 (uso permitido) ou 16 (uso restrito). A segunda corrente é minoritária e diz que não é necessária a habitualidade. Elemento subjetivo é o dolo.

Consumação e tentativa vai depender da ação que está sendo praticada. Tentativa é possível porém de difícil ocorrência por ser crime de ação multipla. Pena: reclusão de 4 a 8 anos e a ção é pública incondicionada.

Art 18 - TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO.

Competência jurisdicional é da justiça federal. (definido no art 109 da CR88, IV e V. Objeto jurídico = incolumidade pública.

Conduta típica = Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída. importar = trazer de fora.

exportar = mandar para fora.

favorecer = qualquer ação que favoreça. Ex: funcionário da alfândega que faz vista grossa. Elemento normativo = "sem autorização".

(23)

Contrabando é mercadoria proibida que entre.

Descaminho a mercadoria pode entrar mas os tributos deixam de ser pagos. Suponhamos que o agente tenha autorização a

para importar a arma de fogo mas ingressa no país sem recolher os tributos, e aí? É descaminho, artigo 334 do CP.

Sujeito ativo = qq pessoa. Suj passivo = coletividade. Elemento subjetivo = dolo.

Consumação e tentativa = consuma-se com a entrada ou saída da arma de fogo no país ou o favorecimento. Tentativa é possível.

CRIMES AMBIENTAIS.

Fundamento constitucional CR88 art 225.

Fundamento infraconstitucional lei 9605/98, teve a virtude de unificar em um só diploma legal os crimes ambientais.

Há críticas à essa lei em razão das penas desproporcionais. Ex:

1. Destruir floresta de preservação permanente (art 38) tem a mesma pena da pessoa que solta um balão (art 42) - detenção de 1 a 3 anos.

2. Exercer atividade poluidora (art 60) tem a mesma pena do agente q maltrata uma planta de jardim (art 49). Detenção de 1 a 6 meses.

3. Destruir florestas fixadoras de dunas ou mangues (art 50) mesma pena daquele que destroi uma planta do jardim (art 49).

4. Exportar peles, couros em bruto de répteis (art 30), tem a mesma pena daquele que exporta a pele ou couro manufaturado ou industrializado, como bolsa, sapato. Detenção art. 29, 1ro, III, de 6 meses a 1 ano. A pessoa jurídica comete crime ambiental?

A controvérsia tem início com a CR88 em função do art 225, 3ro. 1ra. Corrente

A CR88 NÃO CRIOU A RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA E SIM A SANÇÃO ADMINISTRATIVA.

Argumento: "as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Mas quem tem vontade é a pessoa física e a atividade é a pessoa juridica. Pessoa física sofre sanção penal, a sanção administrativa é para pessoa jurídica.

2da. Corrente:

"A PESSOA JURÍDICA NÃO PODE COMETER CRIMES" amplamente majoritária na doutrina.

Ex: luiz fLávio gomes, Luiz Regis Prado, Mirabetti, Demanto, Rogério Grecco, Cesar Roberto Bitencourt, Zafaroni.

(24)

a) Teoria da ficção jurídica: As pessoas jurídicas são abstrações, irreais, desprovidas de consciência, vontade e finalidade.

b) as penas somente podem ser aplicadas às pessoas físicas. Princípio da pessoalidade da pena. c) As finalidades da pena são prevenir crimes e reeducar o infrator o que não alcança a pessoa jurídica. 3ra. Corrente:

"A PESSOA JURÍDICA PODE COMETER CRIMES E SOFRER PENAS" Ada Pelegrini Grinover, Damásio de Jesusu, dentre outros.

Argumentos:

a) Teoria da Realidade. A pessoa jurídica não é uma mera abstração mas ente real, com capacidade e vontade própria.

b) A CR88 / 225, 3ro e a lei ambiental no art. 3ro. Diz que é possível e se sujeita à penas. c) O direito penal deve coibir as empresas destruidoras do meio ambiente.

d) As penas privativas de liberdade não são, atualmente, o objetivo principal do direito penal, as quais são substituidas cada vez mais por penas alternativas.

STF: recentemente 1ra turma admitiu a possibilidade de apenação à pessoa jurídica. STJ: admite a responsabilização penal à pessoa jurídica.

TRFs: admitem a responsabilização.

penal V 25 set

Pessoa Jurídica comete crime?

para a PJ cometer crime deve atender a certos requisitos que são: Art. 3 da lei 9605/1998.

1. Deve haver uma decisão de seu representante legal, diretor, órgão colegiado. 2. Essa decisão deve se reverter no interesse ou benefício da entidade.

Exemplos:

1.O funcionário que corta árvore de uma área de proteção, por conta própria, responde subjetivamente e não a empresa.

2. Diretor que quer ser mandado embora da empresa, autoriza descarte de líquido poluente em rio. Fato que foge da esfera de previsibilidade do dano da empresa. O diretor responde criminalmente, subjetivamente, pois a empresa não se beneficiou com isso e pelo contrário, pagará multa.

O STJ fala de:

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Não é possível punir apenas a pessoa jurídica pois deve-se indicar a decisão do representante legal. Sempre haverá uma pessoa física corresponsável. Daí falar-se em delitos plurissubjetivos, concurso necessário ou crimes de encontro.

A denúncia do MP tem que indicar qual foi a decisão tomada pelo representante legal da empresa e também qual foi o benefício auferido pela pj para que haja o concurso necessário e cada agente (pessoa física e pj) tenha a sua pena.

Penas da Pessoa Física: - Privativa de liberdade.

- Restritivas de direito (art 7 e 8vo)

1. prestação de serviço à comunidade (art 9). 2. interdição temporária de direitos (art 10)

3. Suspensão parcial ou total de atividades (art 11)- empresário individual que é PF. 4. multa.

5. prestação pecuniári ( art 12) 6. recolhimento domiciliar (art 13).

Penas da Pessoa Jurídica: - Restritivas de direito (art 21 a 23)

1. prestação de serviço à comunidade. (art 23)

2. interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade. 3. suspensão parcial ou total das atividades

4. Multa.

5. proibição de contratar com o Poder Público, receber subsídios e doações.

Art 24 - Se a pj for criada para lesar o meio ambiente terá sua liquidação forçada.

A substituição das penas privativas de liberdade pelas penas de prestação de serviço à comunidade, na lei Ambiental é diferente da substituição no CP:

Requisitos:

- pena inferior a 4 anos e se o crime for doloso ou culposo.

- circunstâncias judiciais favoráveis da lei ambiental iguais às do CP.

- O CP exige, para haver a substituição, que o crime seja cometido sem violência ou grave ameaça. A lei ambiental não exige que o crime seja cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa, porque esses crimes são praticados contra a fauna e a flora e não contra pessoas.

A exceção à essa regra é o Art. 69 – “Obstar ou dificultar ação fiscalizadora do poder público no trato de questões ambientais”. Mesmo nesse caso será possivel a substituição.

A lei ambiental não traz a exigência do réu não ser reincidente em crime doloso, podendo ocorrer a substituição.

Lei ambiental (9605/1998).

Seção I Crimes contra Fauna (art 29 a 37). seção II Crimes contra Flora (art 38 ao 53) Seção III Crimes da poluição (art 54 ao 61)

Seção IV Crimes contra o Patrimônio Público S art 62 ao 65). seção V Crimes contra Adminsitração ambiental (art 66 ao 69). DOS CRIMES CONTRA A FAUNA

(26)

O que é fauna? É o conjunto de animais que vivem num determinado país ou região, em uma determinada época.

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa.

§ 1o Incorre nas mesmas penas:

I – quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida; II – quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;

III – quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadores não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.

§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.

§ 3º São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.

§ 4º pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:

I – contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração; II – com período proibido à caça;

III – durante a noite; IV – com abuso de licença; V – em unidade de conservação;

VI – com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa. § 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional. § 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.

Art 29, 3ro. - Animais silvestres: são aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias, aquáticas, terrestres que tenham sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos limites do território brasileiro e suas águas jurisdicionais.

Exemplo: Mico, morcego, quatí, onça, tamanduá, Ema, papagaio, arara, canário da terra, jibóia, jacaré, tartaruga da amazônia.

Animais Exóticos: São aqueles cuja distribuição geográfica não inclui o território brasileiro. Exemplos: Leão, zebra, elefante, urso, crocodilo, naja, piton, arara da patagônia.

Animais domésticos: são aqueles que através de processos tradicionais tornaram-se domésticos, possuindo extrema dependência com o homem.

Exemplos: cachorro, gato, cavalo, vaca, porco, galinha, etc. Objeto Jurídico : Meio Ambiente.

Suj ativo: qualquer pessoa. Crime comum.

Suj passivo: é o titular do bem jurídico tutelado = Estado e a coletividade. Objeto Material: é quem sofre a ação = animal silvestre.

Conduta típica: matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar.

Elemento normativo: é o elemento que tem que ser valorado = sem autorização ou em desacordo. A título de exemplo, o Ibama pode emitir autorização para:

- Criador conservacionista (recuperação de animais) - portaria 139/93,

- Criador amadorista (participação em torneio) exemplo, competição de canto de pássaro, Instrução 01/03; - Criador comercial, exemplo, venda de filhotes - portaria 118/97.

(27)

Elemento Subjetivo : dolo.

Norma penal em branco: "Ibama define quais são os animal da fauna silvestre".

A apanha de animais silvestres é crime. Logo, não é crime a apanha de um canário belga. Consumação e tentativa: Consuma-se com a realização dos verbos reitores.

É possível a tentativa?

Maioria: Não pois, por ser crime de ação múltipla ou conteúdo variável, antes de matar ou apanhar já estava em perseguição ao animal.

Minoria: É possível, ex. Você não está em perseguição e o animal passa perto de você e vc não mata ou apanha o mesmo por circunstâncias alheias à sua vontade.

Penal V 2 out

O artigo 29 dispõe sobre a fauna silvestre e não sobre a fauna exótica. Veremos que o artigo 32 se preocupa com animais tanto da fauna silvestre quando da fauna exótica, mas relativo a maus tratos. Mas, e se eu mato um animal exótico?

Art. 29, Par. 2º. No caso de guarda doméstica, o juiz pode deixar de aplicar a pena.

Art. 30 – Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental competente: Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.

Exportar pele e couro em bruto, ou in natura.

Se a pele ou couro for manufaturado, incorre no artigo 29, 1ro, III. Pena de detenção, 6 meses a 1 ano. Se a pele ou couro em bruto incorre no artigo 30, pena reclusão de 1 a 3 anos

objeto jurídico = meio ambiente. Suj ativo = qq pessoa . Crime comum.

Suj passivo = titular do bem jurídico tutelado = coletividade, Estado. Conduta típica = exportar, enviar para fora.

As condutas de importar e tráfico interno não estão descritas no tipo penal. Há quem entenda que tais comportamentos se subsumem (amolda) no artigo 29, III e também há quem entenda que na ação importar, o agente poderia incorrer no artigo 31.

Objeto material = é quem sofre a ação = répteis ou anfíbios.

Elemento normativo = que exige valoração = sem autorização da autoridade competente. Elemento subjetivo = dolo. Não é prevista mod. Culposa.

É necessária a intenção de lucro? Não é necessária. É punido aquele que envia, por exemplo, peles de anfíbios a um amigo nos EUA com o fim de produzir sapatos.

Consumação = momento em que as peles ou couros saem do território nacional não importando pela via alfandegária ou clandestina.

Se o agente exporta a pele manufaturada ou industrializada incorrerá no artigo 29, 1ro, III - detenção de 6 meses a 1 ano. Enquanto, no art 30 (a pele em bruto), a pena é de reclusão de 1 a 3 anos. Desproporcional. Art. 31. Introdução de espécime animal no país.

Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

- evitar a disseminação exagerada. Ex. Coelho na Austrália e sapo num pais da Europa. - pode não haver predador para o animal.

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- pode introduzir risco à população, exemplo, vaca louca e gripe aviária. objeto jurídico = equilíbrio ambiental e a incolumidade pública

Suj ativo = qq pessoa.

Suj passivo = titular do bem jurídico tutelado = coletividade, Estado.

Objeto material = é quem sofre a ação = qualquer animal da fauna ou silvestre ou exótico.

Elemento normativo = sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente. Elemento subjetivo = dolo. Não há previsão culposa.

Consumação = momento em que o animal ingressa no território nacional. Tentativa: é possível.

Há concurso entre o art 30 (9605) e o artigo 334 (contrabando) do CP? Não, devido o princípio da especialidade.

Haverá concurso se ele não tiver o parecer e a autorização e introduzir o animal no pais sem recolhimento dos tributos (art. 334). Se o agente introduzir sem autorização, artigo 31 - lei 9605 - princípio da especialidade.

Art. 32 - Maus Tratos.

Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 1o Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

§ 2o A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. abuso, maus tratos, ferir qq animal.

objeto material = quem sofre a ação = qq animal. objeto jurídico= integridade física dos animais. Suj ativo = qq pessoa. Crime comum

suj passivo = titular do bem jurídico tutelado = coletividade e o Estado. Conduta típica = abuso (impor trabalho excessivo e transporte inadequado). Maus tratos = causar sofrimento ao animal.

Ferir = machucar.

Mutilar = cortar membros ou parte do corpo.

E se o agente matar animal exótico? A doutrina entende que o agente incorrerá no crime do artigo 32 (maus tratos) pois antes do animal morrer ele foi ferido, sendo que a ação de ferir é elementar do tipo. Observação: é um absurdo.

Brigas de galo (rinhas), vaquejadas, farra do boi, rodeio.

Há quem entenda não se tratar de maus tratos, mas sim manifestação de cultura. Todos tem direito ao acesso à cultura. Fundamento constitucional, art. 215 CR88, e par. 1ro.

É claro que essas manifestações causam sofrimento ao animal, seja pela exposição ao barulho, confinamento e multidão de pessoas.

Existem várias leis estaduais e municipais que permitem a briga de galo. E ai? O STF vem declarando inconstitucionalidade de todas elas.

Rodeio: existe a lei 10.519/02 que permite o rodeio, desde que respeitados determinados procedimentos com o animal.

Atualmente é permitido e não configura o crime de maus tratos. Penal V 8 out

(29)

Pesca.

Art. 34 – Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: Pena – detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

I – pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; II – pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;

III – transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.

Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.

O bem jurídico tutelado é a fauna aquática. Pescar é permitido. 1. Período de pesca. (pescar no período em que a pesca é proibida) 2. Àrea interditada. (pescar em lugares interditados pelo órgão competente) Objeto jurídico: Equilíbrio ecológico e a fauna aquática.

Suj ativo: qualquer pessoa – crime comum.

Suj passivo: é o titular do bem jurídico tutelado = coletividade e o Estado.

Conduta típica: qualquer ato tendente a tentar tirar o peixe. (artigo 36) crime formal.

Norma penal em branco: é completada por atos normativos. Geralmente por portarias do Ibama. As quais estabelecem o período proibido e a área interditada.

A Cemig interditou parte do rio S. Francisco para pesca. Quem pescar lá responde pelo 34?

O STJ disse que é ato atípico pois Cemig não é órgão que integra o Sisnama, logo, não tem competência para interditar áreas. O tipo penal exige área interditada mas quem interdita tem que ter legitimidade.

objeto material: quem sofre a ação = fauna aquática. (Nela compreendida peixes, crustáceos, moluscos) . No caso de cetáceos (baleias) existe lei específica.

Consumação e tentativa: consuma-se com a prática de qualquer ato que objetive a apreensão de espécies da fauna aquática. Consuma-se independentemente da captura do animal. É possível a tentativa.

Pena: detenção de 1 a 3 anos com multa ou ambos.

Não é Termo Circunstanciado de Ocorrência, pois o tco é para crimes de menor potencial ofensivo e pena de até 2 anos.

Figuras equiparadas:

Se o local é permitido e período é permitido. O agente responde pelo crime quando:

I. Pesca espécies que devem ser preservadas. E pesca espécies com tamanhos inferiores ao permitido. II. Quantidade superior ou instrumentos proibidos.

Referências

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