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Capítulo 4 - Cristão em transformação

Conta-se a história de dois vizinhos, um era Cristão e outro não. E o que era Cristão convidava sempre o outro para que fossem a Igreja cultuar, mas o outro negava e dizia não adiantar porque cada um é livre de decidir o quer na vida. E num belo dia o Cristão estava em troca de palavras com o seu irmão mais velho a porta de casa, e o seu vizinho observava. E no dia seguinte o vizinho comentava com o outro dizendo: até ele que vai cultuar disparata, não adianta ir na Igreja porque somos todos pecadores e farinha do mesmo saco, se ele ir no Céu eu também irei, ou então Deus é injusto.

Vejo uma visão errada deste homem, pelo facto de dizer que somos todos pecadores e farinha do mesmo saco, porque uma coisa é viver no pecado e outra é pecar em algum momento. Quem vive no pecado aceita a sua condição implícita, mas o que não vive no pecado não o aceite porque não é seu estilo de vida. Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus (Romanos 8:5-8).

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A mente do cristão está ciente de que, ele está separado das coisas da carne que rompem a sua intimidade com Deus, que compromete o seu crescimento espiritual e o seu crédito dentro da comunidade cristã. Mas a mente do ímpio não, porque para ele, tudo é normal ferindo princípios ou não, agradando á Deus ou não, o foco é ele mesmo não se importando com Deus. Essa é a diferença entre ambos, que um vive no pecado e outro peca quando há um desequilíbrio na sua alma.

Para o mundo o cristão não pode pecar ou não deve pecar, eu diria que sim! Eu também diria que o Cristão seria perfeito e, portanto, a terra já não seria o nosso lugar, como não é.

Apóstolo João escreve dizendo: Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo (João 2:1-2).

O apóstolo João demostra o desejo de ninguém pecar mais, e acredito que lembrou-se que estamos num mundo de pecado, em que há uma grande luta entre a carne e o espírito (Mateus 26:41), e que em algum momento pode haver desequilíbrio da alma em pecar, daí declara se alguém pecar volte para Jesus o único para nos defender do Pai e perdoar o nosso pecado.

Não estou a dizer-te que somos livres para pecar, porque um cristão que provou o amor verdadeiro de Cristo já não tem

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prazer pelo pecado (I João 2:15), mas sim estou a dizer entre permanecer no pecado e recomeçar, vale apena recomeçar porque ainda nos encontramos em transformação e o reino nos espera.

O cristão deve perceber que nós estamos em constante transformação em Deus, por meio do ensino da palavra, pregações, meditação e leitura da palavra.

Apóstolo Paulo escreve dizendo, e não vos conformeis com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus (Romanos 12:2).

Essa palavra não foi dita para os descrentes, mas sim para os cristãos romanos daquela época, vejo apóstolo Paulo preocupado com o povo, querendo dizer que quem rejeitar o processo da transformação que é por meio da renovação do entendimento da palavra, esse crente poderá facilmente se conformar com o mundo ou mesmo envolver-se com o mundo. Ou seja, para viver do melhor de Deus teríamos que renovar a cada dia nossa maneira de pensar e confrontar-nos com as nossas atitudes ou acções.

Conta-nos a Bíblia, e disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo, para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, estando em

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pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim porque sou pecador! (Lucas 18:9-13). Uma parábola interessante e contada por mestre, eu vejo dois homens que conheciam a Deus, porém com posições diferentes na presença de Deus, um como um cristão perfeito ou acabado e outro como um cristão em transformação. O publicano como cristão em transformação saiu justificado em relação o outro, porque a obra é contínua. E a justificação vem de Deus para o homem e não de nós mesmos.

Por isso apóstolo João disse: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado`` se em algum momento não pecamos`` fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós (I João 2:10).

Quando nos esquecemos que estamos em constante transformação em Deus, corremos riscos de nos colocarmos no lugar de Fariseu, como cristão perfeito e quando isso acontece nós só conseguimos ver os erros dos outros, aponto de julgá-

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los e não abrir as mãos para ajudá-los como cristo nos orienta, que nos amemos uns ao outro e quem ama não deseja o mal como não desejaria o mesmo para ele ou ela, mas sim ajudaria como desejaria que o ajudassem.

Para de ser um cristão perfeito! Estamos sim todos em direcção ao varão perfeito. Olhemos para os nossos irmãos como pessoas que estão em transformação e que nos precisamos uns aos outros, o mais forte deve suportar o mais fraco e não tendo como motivo para desprezá-lo (Romanos 15:1).

Isso não nos tira o direito como igreja que quando um irmão cometeu de não ser repreendido, porque a repreensão nos encaminha para Cristo, de volta para verdade (Pv 19:25; 311- 12; 15:32; Gálatas 6:1). Seria um desastre se a Igreja não tivesse esse dever, porque individualmente somos Dele como em comunidade tendo delegado um Anjo para dirigir as suas ovelhas sobre base da verdade (I Pedro 5:1-5).

Precisamos compreender sobre essa verdade, que entender que nos encontramos ainda em transformação nos levará a compreender, que a cada dia Deus nos dá oportunidade de corrigirmos o que está de errado em nós e abrirmos o coração para a mudança.

Apóstolo Paulo aos Filipenses vai dizendo: Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo (Filipenses 1:6).

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Apóstolo Paulo estava a dizer que aquele que veio e Dele mesmo ouviste o evangelho e dos seus discípulos, Ele se encarregará de tornar-vos perfeito até que Ele venha de novo! Como? Por meio da ministração da palavra, meditação e Leitura da mesma (II Timóteo 3:16-17).

E esse processo não só depende de Deus mas sim, muito mais de nós, porque existem cristãos depois de terem falhado quando são repreendidos mesmo com espírito de mansidão ainda dizem eu sou mesmo assim e não vai mudar em nada, o que acha dessa atitude? Será que você também é assim? Conheces um irmão em cristo assim? É lógico que é errado, porque quando declaramos assim, você fecha a porta para mudança ou transformação, e quando Deus realmente habita em ti Ele mesmo te mostrará que estás errado ou vai usar alguém para te reprender e que precisa de mudar e que está contigo para te ajudar, portanto deixa o orgulho, porque para nada te valerá para tua vida cristã. E o nosso alvo é como disse apóstolo Paulo que já não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim (Gálatas 2:20).

Atitudes de Cristão que se encontra em transformação: 1. Reconhece sempre quando peca (I João 1:8). 2. Confessa os seus pecados (Provérbios 28:13). 3. Abandona os seus pecados. (Provérbios 28:13). 4. Procura ter paz com todos (Hebreus. 12:14).

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5. Disposto em ajudar os outros (Romanos 15:1). 6. É humilde em aprender (I Pedro. 5:5).

Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação (Salmos 24:3-5).

Queres subir ao monte ou entrar no lugar Santo onde Deus está? Deves desviar a sua mão de praticar a maldade, roubo, homicídio, derramar sangue do outro; deves desviar o teu coração á inveja, ódio, orgulho, mentira, falso testemunho e que a tua alma tenha prazer na palavra do Senhor. Isso é cristianismo. Como é possível desejar ver a Deus, mas não estar disposto a aceita-lo como Senhor de sua vida e obedecer a sua palavra?? O cristianismo não é como você quer, mas sim como Deus quer. Você precisa entenderes que quem se encontra com Cristo não permanece mesma pessoa, alguma coisa acontece e continuará acontecendo. Olha para tua vida, e faça uma análise de quem eras antes e quem você é agora e o que tens lutado para superar ainda! Se vires uma diferença, graças á Deus, mas senão veres alguma coisa não está bem e precisas rever a sua caminhada com Cristo. Ora o importante de tudo é quando há uma diferença e tens lutado a superar cada vez mais.

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É engraçado que esse desejo de superar cada vez mais a sua vida crist, não surge direitamente de ti, mas é a consequência da palavra pregada e meditada. A nossa vida cristã ela é comparada quando você vai ao espelho e consegues dar conta que o cabelo já não está bom, a roupa que usei não está engomada e preciso mudar para ter uma boa imagem, assim também o cristão na medida que a pregação vai decorrendo Deus vai falando usando o Ministrante da palavra e você vai dar conta, onde tens falhado e corrigir as falhas continuamente! Quando você decide corrigir-se, estás no caminho da transformação e, mas quando ignoramos, fechamos a porta da possibilidade de ser transformado a imagem e semelhança de Cristo. Ainda estamos em edificação por Cristo (I Pedro 2:5). Todo cristão em transformação, entende que é chamado a vivermos em santidade, porquanto o nosso Deus o é (I Pedro 1:15). A santidade é nós nos separarmos do pecado e aproximarmos de Deus. A santidade é um estilo de vida, onde somos chamados todos os dias a dizer não ao pecado.

Quem deseja ver Deus tem esse desafio diário, de saber quem agora ele é, o tipo de vida que agora tem e o Deus que ele serve. E quando tornarmos a perceber o que realmente somos e a palavra que vem é a santidade, porque sem a santidade ninguém o verá. E essa é a vida do cristão em transformação. E fica bem patente em nossos corações que:

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• O cristão em transformação não tem prazer do pecado;

• O cristão em transformação não condena o outro, mas sim o ajuda;

• O Cristão em transformação percebe quando peca e pede perdão;

• O Cristão em transformação, não é auto-suficiente; • O cristão em transformação está sujeito ao espírito Santo;

• O cristão em transformação anda em santidade;

• O cristão em transformação quando peca, reconhece e volta-se de novo para Deus.

Na oração sacerdotal de Jesus, Ele disse: Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou (João 17:15-16).

Lembra-te que Deus nos livrará do mal, quando nós desejarmos nos livrar do mal, e que não somos deste mundo, mas sim peregrinos. Deus é contigo, comigo e com todos que desejam caminhar com Ele. Deus abençoe você!

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Capítulo 5 - Transformado para

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