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c 1545, Cristóvão Guedes Alcoforado, foi Capitão-mor na Vila e Concelho de Penaguião no tempo em que El Rei Filipe, o Prudente, entrou neste Reino (1583) e

CADERNOS BARÃO DE ARÊDE

2 FONTES SECUNDÁRIAS 2.1 Monografias

D. Isabel de Melo (Regimento da Torre do Tombo no primeiro Livro de Além Dou-

5. c 1545, Cristóvão Guedes Alcoforado, foi Capitão-mor na Vila e Concelho de Penaguião no tempo em que El Rei Filipe, o Prudente, entrou neste Reino (1583) e

seguiu as suas partes, porém não quis Deus que tivesse por isso remuneração alguma nem lograsse a Casa de seu pai, em que nem ele nem seus filhos entraram, nem tivesse paz com seu pai, nem muita vida. Por essa razão nunca desfrutou do título de MOR-

GADO DE SANTA COMBA embora, como se veio a verificar na demanda pelo Morga-

do que seu neto venceu, a ele tivesse legítimo direito.

Casou com D. Isabel Nunes de Andrade, f. André da Fonseca de Andrade e neta de Baltazar Pires de Andrade, e teve dela filhos. Já eram casados em 1565 quando o Mos- teiro de Alpendurada lhes emprazou o Casal da Ribeira, ou Quebrada de Jugueiros : “O prazo feito a Cristóvão Guedes e a sua mulher Isabel Nunes e filho ou filha da metade da que-

brada tirando duas leiras de toda ela está no livro 25, fol. 229 e foi feito no ano de 1565 aos 3 de Setembro, pensão de 150 Rz.” e no livro do recibo de 1575 confirma-se o pagamento da

dita pensão.

Cristóvão Guedes faleceu em S. Pedro de Loureiro, onde morou, a 6-12-1596 e teve filhos:

6. c. 1567, Leonor Guedes. Casada em 27-11-1588 em Loureiro com Francis- co Pinto, filho de António Pinto e Maria Borges (vid. Capítulo 10), dispensa- dos no 3º e 4º grau de consanguinidade. Foram moradores no lugar e Quinta da Portela, em São Pedro de Loureiro. Leonor Guedes faleceu em 1622 em Loureiro.

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Durante o tempo em que Gregório Guedes, tio de Cristóvão Guedes, pai des- ta Leonor, andou com as terras de Henrique Vaz Guedes, seu avô, Francisco Pinto teve emprazados dois terços da Quinta de Santa Comba que depois fi- caram para os seus filhos. Este prazo terá sido comprado (indevidamente) a Gregório Guedes na tentativa de recuperar as terras do Morgado que Cris- tóvão tinha perdido pela zanga com seu pai. E foi certamente por aqui que os Borges iniciaram os avanços para a posse do Morgado de Santa Comba. A proximidade com os Borges, nomeadamente o Abade de Jacente, é compro- vada pelo facto de Leonor Guedes e o dito abade Baltazar Borges serem pa- drinhos no baptismo de Álvaro de Carvalho em 1592, em Loureiro.

Foram seus filhos:

7. Manuel de Lousada. Baptizado em 1589 em Loureiro. Casado em 21-7-1620 com Maria de Mansilha, filha que ficou de Sebastião de Araújo e s.m. Jerónima de Mendonça, sendo recebidos na capela de Lourentim, de onde a desposada era natural, pelo reverendo abade Luís Rebelo de Carvalho (vid. Capítulo 7), neto de Gregório Vaz Guedes.

Nesta cerimónia celebrada em 1620, um casamento triplo entre 3 ir- mãos e 3 irmãs, todos eram parentes. Com efeito, os seus pais Sebas-

tião de Araújo e Francisco Pinto e ainda, Baltazar Borges, Aba- de de Jacente e Rui Borges eram todos primos co-irmãos, netos de Gaspar Borges Lousada (vid. Capítulo 10).

7. Ana Guedes. Baptizada em 1591 em Loureiro, c.c. Manuel Rodri- gues Homem, moraram na Portela de Loureiro onde tiveram seus fi- lhos: Francisco, Leonor, Manuel, António e Diogo.

7. Faustina. Baptizada em 1593 em Loureiro, s.m.n.

7. Domingos Borges. Baptizado em 1595 em Loureiro e aí crismado em 1603. Casou em S. Miguel de Lobrigos em 1620, na cerimónia tripla acima assinalada c. Jerónima de Mendonça, f. Sebastião de Ara- újo. Conjuntamente com seus irmãos adquiriram vários prazos e ter- ras de Lobrigos em 1621, alguns de forma pouco transparente como se vê abaixo o Casal da Ribeira ou Quebrada de Jugueiros, retirados dos prazos do Mosteiro de Alpendurada.

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“dizem Diogo Pinto de S. Comba tinha vendido a Bastião d’Araujo o lameiro da Ribeira que está no fundo das regadas de Bastião d’Araujo, sogro de Gaspar Lousada, saber-se-á se está metido no prazo novo que lhe fizemos pois dizem que Isabel Guedes mulher de Diogo Pinto estavam concertados para venderem e que a essa conta tinham recebido algum dinheiro mas que não tinham feito carta, está metido no prazo que fizemos a Gonçalo Borges Lousada e a seu irmão Domingos Borges com venda pró-rata mas dizem valia dobrado.”

7. Gonçalo Borges Lousada, s.m.n. para além das referências nos prazos acima ditos.

7. Gaspar Borges Lousada c.c. Juliana de Mendonça, a terceira das três irmãs que casaram em 1620, esta n. 1602, em Lourentim, S. Mi- guel de Lobrigos, aí crismada em 1606 e falecida em 1662 s.g. 7. Patrício Guedes Pinto. Baptizado em 1607 em Loureiro, foi mora- dor em Godim, no Hospital do Pinheiro.

6. c. 1570, Bartolomeu Guedes Alcoforado. Casado em primeiras núpcias em 24-2-1591 em São João de Lobrigos com Madalena Antónia, irmã do padre António Lopes, ambos filhos de Antão Alves e Catarina Alves, falecida a dita Madalena em 12-1-1596. Casado em segundas núpcias com Natália Teles, f. Simão Pinto e de s.m. Mécia Teles, e esta, provável filha de Isabel de Meireles e de Frei Francisco Teles, Balio de Leça. Foram moradores no lugar de Ger- vide, em São Pedro de Loureiro. Bartolomeu Guedes faleceu em 1625 em Loureiro. Natália Teles faleceu em 1645 em Loureiro, c.g.

7. Ana Guedes. Baptizada em 20-4-1593 em São João de Lobrigos. Crismada em 1603 em São João de Lobrigos. Faleceu em 13-11-1621 em São João de Lobrigos, referida como “sobrinha do padre António Lo-

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7. Simão. Baptizado em 16-4-1597 em Loureiro, 1º filho do 2º casa- mento.

7. Clara Teles Guedes. Baptizada em 5-8-1608 em Loureiro, teve por padrinho Luís Pinto de Sousa, f. António Pinto da Fonseca, Morgado de Balsemão e por madrinha a sua irmã, do dito Luís, pela metade da mãe, Maria de Queirós, f. Cecília de Queirós, de S. Miguel de Lobri- gos. Casada em 1-10-1631 em Loureiro com António Guedes (foram dispensados), f. Gonçalo Guedes e Maria de Queirós, das Asoreiras de Sedielos (vid. Capítulo 5). Moradores no lugar da Gervide e depois no de Paredes, em São Pedro de Loureiro onde tiveram seus filhos: Clara, Maria, João e Ana.

7. Maria. Baptizada em 28-1-1609 em Loureiro teve por padrinhos Gaspar Pinto, do Casal, Régua, e Maria de Osório, f. Bárbara Men- des, do Vale, ambos tratados neste estudo.

6. c. 1575, Domingas Guedes. Casada em 1597 em Loureiro com Francisco Correia, filho de Domingos de Brito e Maria Correia, da freguesia de São João de Lobrigos. Moradores no lugar de Gervide, em São Pedro de Loureiro. Francisco Correia faleceu em 1632 em Loureiro. Foram seus filhos:

7. Manuel. Baptizado em 1602 em Loureiro. 7. Francisco. Baptizado em 1605 em Loureiro.

7. João Correia. Baptizado em 1614 em Loureiro, teve por padrinhos ? Correia (seu tio), f. Domingos de Brito, de Vila Maior, S. João de Lobrigos e Clara Teles (sua prima), f. Bartolomeu Guedes, da Gervi- de. Casou c. Petronilha Brandão f. Manuel de Barros, de Matos, S. João de Lobrigos e falecida em 1648 e c. 2ª vez c. Maria de Figueire- do.

8. Manuel. Baptizado em 10-7-1641, n. Matos, S. João de Lobrigos.

8. João Correia Guedes, Baptizado em 30-9-1643, n. Matos, S. João de Lobrigos, teve por padrinhos Domingos Guedes, de Gervide (seu tio) e Leonor, f. Pedro Cardoso, do Bairro. Casou cerca de 1670 c. Catarina de Mesquita Borges, filha de André Borges de Mesquita e foi MORGADO DE SANTA

COMBA por matrimónio, s.g. (vid. Capítulo 12).

7. Domingos Correia (Guedes). Baptizado em 2-1-1621 em Loureiro, teve por padrinhos André Borges, f. Rui Borges e sua mãe Maria de Mesquita, este Rui Borges recém instituído Morgado de Santa

Comba pelo seu irmão, o abade de Jacente (vid. Capítulo 11). Casou

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brigos, já viúva de João Lemos, falecido em 1654 com quem esteve casada apenas 5 meses, e 2ª vez em 1666 com Filipa Rodrigues, f. Pe- dro Dias e s.m. Filipa Rodrigues, também em S. Miguel de Lobrigos. Teve filhos do 1º matrimónio: Manuel, Mariana, João e Domingos. Domingos Correia faleceu em Santa Comba a 21-12-1669, já viúvo. 6. c. 1575, Ana Guedes. Casada em 1598 em Loureiro com António Pinto, fi- lho de Brás Pinto e Maria Pinto, sendo o casamento anulado por impedimen- to de consanguinidade. Casaram novamente em 1603 em Loureiro, desta vez obtendo dispensa no 3º e 4º grau de consanguinidade. Moradores no lugar de Gervide, em São Pedro de Loureiro. António Pinto faleceu em 1612 e Ana Guedes em 1625, ambos em Loureiro. Tiveram dois filhos: Cristóvão Guedes e Isabel.

Esta Ana e sua irmã Isabel Guedes , abaixo, tiveram prazo de metade do Ca- sal da Ribeira ou Quebrada de Jugueiros, em Lobrigos, feito ao Mosteiro de Alpendurada:

“Segue-se a metade menos 2 leiras de toda a Quebrada. Isabel Guedes viúva por um quarto

(Isabel Guedes 2ª. Vida). António Pinto casado com Ana Guedes por outro quarto (Ana Guedes 1ª. Vida). Dois almudes de vinho maduro cozido. Estas mulheres sendo moças ou seu pai Cristóvão Guedes por elas pagavam dantes 140, não sei por se pagavam 140 se há- de ser 150. Pediram vedoria e foram-lha fazer e lhe puseram em lugar deste dinheiro o vi- nho acima conforme apegação que está no livro das vedorias do A. Há prazo no livro do F, fol.118, feito aos 15 de Janeiro de 1605 por Manuel Pinto em o qual cada uma delas é 1ª. Vida em cada seu f. dos maridos com que casarem 2ª. Vida, filhos ou filhas em 3ªas, outro tanto de luctuosa e de pena 200. E diz que pagarão por dia de S. Miguel. Este Prazo se fez mas não está assinado nem acabado mas por ele recebo a Renda em cada ano. António Pinto que veio requerer o prazo, se foi. Deixou assinatura ao Padre Reverendo que se deu a Manuel Pereira a conta do prazo que foram 300 que lhe deu o padre Frei Theodósio.”

6. c. 1575, Isabel Guedes, c. em 5-5-1608 c. Diogo Pinto, f. Gonçalo Louren- ço e Isabel Pinto, do Paço, S. Miguel de Lobrigos. Foram moradores em San- ta Comba, onde faleceram, ele ainda novo a 18-8-1611 e ela apenas em 16-1- 1660, sendo sepultada na sua Capela (dos Guedes). Esta Isabel foi a filha de Cristóvão Guedes que ficou a morar em Santa Comba e, após a sentença ga- nha em 1646 pelo seu irmão Pedro, residente em Lamego, quer ela quer seus filhos sepultaram-se todos na capela do Morgado que terá ficado a adminis- trar. Foi também esta Isabel e seu marido Diogo Pinto que tinham vendido a Sebastião de Araújo algumas terras (ver acima o documento do prazo em 6. Leonor Guedes) no período em que seu pai esteve privado do Morgado pela zanga com o avô Henrique Vaz Guedes.

7. c. 1608, Manuel Pinto da Fonseca, nascido provavelmente antes do casamento dos seus pais, foi crismado em S. Miguel de Lobrigos com

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sua irmã Ana em 31-10-1620. Casou c. Paula Rebelo e moraram nos Encambalados, S. Miguel de Lobrigos. Manuel faleceu em 4-9-1664 e Paula em 23-10-1669, ambos sepultados na Capela dos Guedes, bem como um dos seus filhos, o menino Luís, o Jerónimo ou o Pedro. 7. Ana Pinto Guedes, baptizada em 21-7-1609 em Santa Comba, c.c. Belchior Rebelo, de S. Pedro de Vila Real, onde faleceu em 18-7- 1650. Este Belchior Rebelo teve uma filha em Catarina de Barros, de Vila Real, chamada Joana de Mesquita que c. c. André Cardoso, em 1662 em Lobrigos. Ana faleceu na véspera de Natal do ano de 1660, meses depois da morte de sua mãe, e foi sepultada na Capela dos Guedes.

8. Matias Pinto Rebelo, baptizado em 24-3-1630 em Santa Comba, foi herdeiro de sua mãe, c. em 7-1-1663 c. Leonor Guedes de Mansilha, sua parente, f. Gaspar Guedes Alcofo- rado e s.m. Filipa de Gouveia de Figueiredo, de Lourentim. Apresenta-se a descendência deste casal no Capítulo 9, na li- nha que desce de Gregório Guedes, trisavô da dita Leonor. 7. Graciano, baptizado em 15-2-1611 em Santa Comba, teve padri- nhos Cristóvão Pinto, de Taboadelo, e Beatriz Mendes, sua tia, irmã de seu pai, de Santa Marta de Penaguião, mulher de João Monteiro. 6. Francisco Guedes Osório, foi padrinho em 1587, morador no lugar da Gervide, onde faleceu em 1595 e deixou viúva, s.g.

6. c. 1580, Maria Guedes, c. em 1601 c. Gaspar Monteiro, morador no Vale em São Pedro de Loureiro, onde ficaram a morar e tiveram os seus filhos: Lourenço, nascido passado um mês no casamento, Maria, Ana, Bernarda e Isabel. Gaspar Monteiro faleceu em 1630 e Maria Guedes em 1642 ambos em Loureiro.