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Cronograma da experimentação e do tratamento dos dados estudos 1, 2 e

92 A partir do instrumento com várias escalas relativas à preferência de entre os cincos

5.8 Cronograma da experimentação e do tratamento dos dados estudos 1, 2 e

A Figura 5.10 mostra o resumo da sequência de acontecimentos relativos à experimentação realizada no âmbito da avaliação da usabilidade. Os três estudos experimentais estão interligados. Os testes experimentais realizados no âmbito do estudo 1 contemplaram a colheita de dados de avaliação subjetiva e objetiva dos artefactos sob avaliação, tal como foi relatado ao longo do presente capítulo. Os testes experimentais realizados por uma nova amostra de participantes no estudo 2, orientados para a avaliação da atividade muscular, complementam e expandem no que toca à avaliação da usabilidade os dados recolhidos no estudo 1. Finalmente, a experimentação de campo levada a cabo no estudo 3 permitiu determinar os valores dos coeficientes de ponderação do IE (novo indicador de eficiência para os dispositivos apontadores), não apenas a partir do estudo de observação da atividade natural como também a partir dos resultados apurados nos estudos 1 e 2. A Figura 5.10 apresenta, ainda que resumidamente, as variáveis globais sob interesse em cada fase da experimentação e o período temporal em que cada fase decorreu, bem como o número de dias ocupados com a realização de testes experimentais, não incluindo qualquer fase preparatória de operacionalização da colheita de dados.

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Após a colheita dos dados procedeu-se ao seu tratamento prévio, nomeadamente ao cálculo dos valores da eficácia e da eficiência através do recurso a folhas de cálculo utilizando o Microsoft Excel®, a partir dos ficheiros de tempos, falhas e desvios, gerados pelo software de

implementação das tarefas. De igual modo, todas as respostas de avaliação subjetiva patentes nos impressos foram tratadas previamente com recurso a folhas de cálculo. Após o tratamento prévio dos dados procedeu-se à sua análise recorrendo a técnicas estatísticas. Os dados foram analisados utilizando o software estatístico SPSS, versão SPSS 22 (IBM). Foram realizadas diversas análises de variância de medições repetidas do tipo RM-ANOVA com nível de significância 0.05 para as variáveis de avaliação objetiva, nomeadamente a eficiência do dispositivo em cada tarefa, no estudo 1 e no estudo 2. Relativamente às variáveis de avaliação subjetiva, no que toca à preferência procedeu-se a uma análise de concordância de Kendall para as 10 escalas da preferência em ambos os estudos 1 e 2. No estudo 1 foram conduzidas ainda diversas análises de correlação, nomeadamente de Spearman para estabelecer o comportamento em termos de associação entre variáveis subjetivas, da preferência, e a eficácia e a eficiência calculadas. Foi ainda estudada a associação entre as variáveis da preferência e as restantes escalas de avaliação subjetiva do desconforto, da dificuldade de utilização e do esforço. Com o propósito de estudar a possível associação entre o ângulo caraterístico dos dispositivos e outras variáveis, foi também aplicada a análise de correlação de Spearman entre o ângulo característico do dispositivo e as diversas variáveis relativas à preferência. No estudo 1 foi aplicada a análise de correlação de Pearson entre a variável ângulo característico do dispositivo e cada uma das variáveis de avaliação objetiva calculadas, a eficácia e a eficiência. As escalas compostas de vários itens, nomeadamente a de facilidade de utilização, a de esforço e a de desconforto foram ainda objeto de análise de fiabilidade no tocante à consistência interna, com recurso ao alfa de Cronbach.

Relativamente ao tratamento estatístico conduzido no âmbito do estudo experimental 2, para além das análises estatísticas referidas no parágrafo anterior aplicadas a este mesmo estudo, foi realizada uma análise de concordância de Kendall no sentido de estabelecer o comportamento em termos de convergência ou divergência entre os participantes relativamente às suas preferências (10 escalas) ‘pontuadas’ no estudo 1. Ainda com o propósito de estabelecer associações estre os resultados do estudo 1 e os resultados do estudo 2 foi conduzida uma análise de semelhança, considerando os valores de eficiência obtidos para cada um dos 5 dispositivos, para cada uma das 7 tarefas, recorrendo a testes paramétricos, test t e a testes não paramétricos, nomeadamente o teste U de Mann-Whitney para amostras independentes (para variáveis que não passaram no teste de normalidade). Considerando a união dos dados relativos às duas amostras (estudo 1 e estudo 2 reunidos) procedeu-se a nova análise de concordância de Kendall, bem como, a nova análise de variância de medições repetidas RM-ANOVA, com nível de significância 0.05, para a eficiência do dispositivo em cada tarefa. Através de uma análise do coeficiente de determinação da regressão polinomial cúbica procurou-se estabelecer o comportamento em termos de

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associação entre a eficiência registada por tarefa com cada tipo de dispositivo (através do seu ângulo característico) e a categoria do tamanho da mão (duas categorias, uma inferior à média da amostra e a outra superior à média da amostra).

Quanto aos dados obtidos com a realização do estudo 3, relativamente ao novo indicador de eficiência das tarefas ponderadas, após o seu cálculo para atividades de CAD com recurso ao Autodesk Inventor®, pretendeu-se averiguar as condições de interação entre as categorias do tamanho da mão e o tipo de dispositivo (através do seu ângulo característico). Neste sentido, implementou-se o teste da ANOVA para medidas repetidas misto (RM-ANOVA Mixed). Considerou-se a categoria do tamanho da mão como o fator intersujeitos (dois grupos), e o tipo de dispositivo como o fator intrasujeitos, para distinguir as cinco medidas do indicador de eficiência registadas para cada um dos sujeitos. Neste processo, a variável dependente toma os valores de IE obtidos com cada um dos 5 dispositivos por cada um dos 40 participantes.

Os desenvolvimentos analíticos relativos aos resultados obtidos, bem como as diversas representações gráficas, são abordados no capítulo 7 – Análise de resultados. O cálculo dos coeficientes de ponderação que integram o IE, caracterizado no presente capítulo, na secção 5.4.3, é, também, apresentado no capítulo relativo à análise de resultados.