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Cronologia relacionada com a fundação do Hospital dos Inocentes (e a reforma de Instituições de Assistência)

1291

- Instituição, pelo bispo de Lisboa, D. Domingos Jardo, do Hospital dos Santos Paulo, Elói e Clemente, na freguesia de S. Bartolomeu, determinando que se mantivessem seis estudantes, dois de direito e teologia e quatro de Gramática, Lógica, Filosofia Natural e Medicina (Lisboa em Abril).

1299

- Primeiro testamento de D. Dinis (Santarém em 8/Abril); 1302

- Carta de fundação do hospital de S. Lázaro, em Santarém, por D. Dinis (Santarém em 28/Dez);

- Carta pela qual o rei D. Dinis expressa a sua intenção de comprar um campo pertencente a Fernão Gomes de Alvarenga e um olival das donas de S. Domingos e do comendador de Santo Antoninho, situados ambos além de Santo Antoninho, termo de Santarém, para serem transferidos para esse local os gafos da dita vila (Santarém em 28/Dez).

1311 -1312

- Constituição conciliar sobre a reforma hospitalar (Viena). 1313

- Carta de D. Dinis determinando que a Albergaria do Gaião, de Santarém, seja mantida e administrada por um indivíduo da linhagem do fundador, preferencialmente o mais chegado por linha direita, de forma a evitar as acostumadas querelas e dissensões em torno deste assunto (Lisboa em 27/Julho).

1314

- Testamento da rainha Dona Isabel (Santarém em 19/Abril);

- Bula de João XXII, dada em Avinhão, a excomungar os que tramavam dissenções e guerras contra D. Dinis e o seu reino, se dentro de oito dias depois de publicada a Bula não emendassem o seu proceder.

1319

– Pelas bulas Ad ea quibus e Desiderantes ab intimus, João XXII autoriza a criação da Ordem de Cristo que recebe os bens da Ordem do Templo em Portugal. A nova Ordem passa a ter a Regra da Calatrava e fica sob a jurisdição espiritual de Alcobaça;

- O príncipe D. Afonso exige ao rei D. Dinis que lhe entregue as Justiças do Reino. Com esta exigência inicia- se a guerra civil de 1319/24;

- Criação da Ordem de Cristo (a bula é datada de 14 de Março) e eleição do primeiro Mestre. 1320

- Recontros entre as forças de D. Afonso e de D. Dinis no Entre Douro e Minho; - Primeiro Manifesto do rei contra o Infante D. Afonso (1/Julho);

- Nasce o Infante D. Pedro, futuro D. Pedro I de Portugal. 1321

- O Infante D. Afonso ocupa e perde a Alcáçova de Santarém;

- Manifesto de D. Dinis contra seu filho D. Afonso e seus próceres (15/Maio); - É fundado o hospital dos Inocentes em Santarém (12/Dez);

- D. Dinis ordena que o Hospital do Espírito Santo de Santarém possa escolher anualmente, dentre os confrades, mordomos e procuradores, um juiz que oiça os preitos e demandas da comunidade (01/Setembro). 1322

- Carta de João XXII ao rei D. Dinis, datada de Avinhão, a recomendar-lhe de novo que procure harmonizar os membros da família real (12/Fevereiro);

1324

- Último testamento de D. Dinis (Santarém em 31/Dezembro); 1328

- Codicilo ao testamento da rainha D. Isabel (Coimbra em 12/Março);

1331- Cortes de Santarém, capítulos especiais de Lisboa: sobre a interdição de se albergarem pessoas em hospitais e outros locais (10/Junho);

- Cortes de Santarém, capítulos gerais: sobre a concessão de cartas de graça a pobres, órfãos e viúvas (10/Junho);

- Cortes de Santarém, capítulos gerais: sobre a carta da “saca do pão” e os prejuízos que poderia causar a ricos e pobres (10/Junho).

1336

- Segundo testamento da rainha D. Isabel (Estremoz em 5/Julho); 1345

- Testamento de D. Afonso IV (Leiria em 13/Fevereiro); 1358

- Carta de mercê dada por D. Pedro à rainha D. Beatriz, sua mãe, autorizando que os provedores dos hospitais e capelas da dita rainha e de D. Afonso IV possam por seu porteiro mandar vender bens móveis e de raiz pelas dividas das ditas instituições, para os capelães e pobres poderem haver o seu mantimento (Óbidos em 21/Agosto);

- Novo testamento da rainha D. Beatriz, esposa de D. Afonso IV (Alenquer em 29/Dezembro);

- Carta de mercê de D. Pedro dirigida aos confrades, mordomos e procuradores do Hospital de santa Maria de Palhais da vila de Santarém, autorizando-os a escolherem anualmente, em cabido, um juiz para ouvir os feitos desse hospital (Tentúgal em 19/Outubro).

1365

- Carta de mercê de D. Pedro dirigida às justiças do reino, confirmando os privilégios concedidos por D. Afonso IV aos gafos andantes, segundo os quais eles ficavam autorizados a pedir esmolas para seu mantimento nas cidades e vilas do reino, por serem pobres e não terem outra forma de sustento (Santarém em 25/Maio). 1367

- Testamento de D. Pedro I (Estremoz em 29/Janeiro); 1369

- Carta de mercê de D. Fernando dirigida aos confrades, mordomos e procuradores do Hospital de Santa Maria de Palhais, da vila de Santarém, autorizando-os a eleger anualmente entre si um juiz privativo que ouvisse os feitos dos ditos confrades (Évora em 28/Fevereiro).

1371

- Cortes de Lisboa, capítulos gerais do povo: sobre a prisão de vagabundos para servirem nas galés (8/Agosto). 1372

- Cortes de Leiria, capítulos gerais: sobre os presos que ficam muito tempo encarcerados, pedindo-se para serem libertados quando não se provasse coisa alguma contra eles (13/Novembro)

1382

- D. Martinho, bispo de Évora, integra na Albergaria do Corpo de Deus, daquela cidade, parte do património de outras instituições assistenciais eborenses, a fim de que a dita albergaria pudesse continuar a praticar as “obras de misericórdia” para que fora instituída (Évora em 23/Agosto).

1397

- D. João I proíbe a certas pessoas de irem pousar à Albergaria de S. Silvestre, de Santarém, por causa dos danos causados aos pobres (Évora em 06/Fevereiro).

1410

- Carta de Sentença de D. João I pela qual determina que a Albergaria do Gaião, da vila de Santarém, abra mão de uma praia e lezíria do Tejo, uma vez que todos os rios e lezírias faziam parte do património da Coroa, para além de que Rui Velho, administrador da dita Albergaria, não conseguira fazer prova da posse legítima destes espaços (Lisboa em 16/Julho).

1416

- Carta de mercê dada por D. João I aos hospitais e albergarias de Santarém, pela qual proíbe que os infantes, ou quaisquer outros senhores e cavaleiros do reino pousem nas casas dos ditos hospitais e albergarias e tomem as suas roupas de cama.

Transcrição parcial de manuscritos do Cónego Duarte Dias, sobre os Hospitais de