A higiene consiste na prática do uso constante de elementos ou atos que causem benefícios para os seres humanos. No seu sentido mais comum, podemos dizer que significa limpeza acompanhada do asseio.
Mais amplo, compreende todos os hábitos e condutas que nos auxiliem a prevenir doenças e a manter a saúde e o nosso bem-estar, inclusive o coletivo. Para uma prestação adequada e segura é necessário ter em conta alguns aspetos relativos à higiene pessoal:
Qualquer tipo de odor será repelente para os colegas e clientes. Os banhos frequentes são aconselhados, contudo a utilização de produtos demasiado perfumados deve ser evitado.
Os dentes devem ser escovados com regularidade e cuidados através de observações médicas regulares. O mau hálito deve ser combatido com pastilhas ou sprays refrescantes.
Não usar adornos (anéis, brincos, relógio, pulseiras, colares, piercing, etc. –aliança)
Comunicar situação de doença
Promover Saúde Oral
Manter pés secos
Evitar falar, cantar, tossir ou espirrar sobre os outros ou alimentos
Não utilizar utensílios que foram colocados na boca
Não mascar pastilhas elásticas ou fumar durante o trabalho
Evitar passar as mãos no nariz, orelhas, cabeça, boca ou outra parte do corpo durante a prestação de cuidados
Assoar o nariz em lenços de papel e posteriormente rejeitar e lavar as mãos
Não manusear dinheiro
Utilizar equipamento de proteção individual
Não enxugar suor com as mãos, panos ou uniforme (mas sim em toalha descartável)
Evitar maquilhagem e perfumes com cor e/ou odor intenso (utilizar desodorizante sem cheiro ou com odor suave)
Colocar haveres pessoais e roupa civil em local adequado (cacifo, vestiário, etc.).Os profissionais de saúde estão expostos a diversos agentes biológicos nas suas atividades diárias, pelo que a proteção adquirida pela vacinação e a monitorização do estado vacinal é essencial.
Cabe ao empregador, o coordenador sub-regional/diretor da Unidade de Saúde, assegurar, através dos Serviços de Segurança e Saúde no Trabalho / Serviço de Saúde Ocupacional, dos Serviços de Saúde:
A vacinação gratuita dos trabalhadores, quando existam vacinas eficazes contra agentes biológicos a que os trabalhadores estão ou podem estar expostos no local de trabalho;
A informação dos trabalhadores sobre as vantagens da prevenção do risco profissional através da vacinação incluindo as potencialidades e os eventuais inconvenientes da mesma.
Mesmo quando se cumprem todas as medidas de proteção e de precaução universais, que fornecem uma proteção significativa contra a transmissão de agentes infeciosos, existem acidentes que não podem ser totalmente evitados, pelo que a vacinação dos profissionais de saúde representa claramente um requisito essencial e indispensável para a segurança e saúde do trabalhador. Atualmente as vacinas contra a hepatite B, tétano/difteria e gripe são as que revestem maior importância para os profissionais de saúde, pelo nível elevado de proteção, individual e de grupo, que asseguram.
O registo dos atos vacinais de cada profissional deverá ser efetuado em suporte informático que será disponibilizado a todas as Equipas de Saúde Ocupacional.
8.6.Fardamento
O uniforme é o espelho da instituição. Ele não apenas identifica a função do funcionário, mas também reflete a postura e a imagem da entidade. De maneira subjetiva, o uniforme transmite ao utente o conceito da instituição em relação à qualidade de seus serviços.
No dia-a-dia de trabalho nas Instituições, surge também a necessidade de utilização de farda/uniforme, nomeadamente para identificar e proteger os Profissionais e também para proteger os utentes.
Regras e cuidados a ter com o uniforme:
Bom estado de limpeza (diária/ SOS)
Bom estado de conservação
Confortável
Adequado à tarefa a desempenhar
Cores claras
Resistente a lavagens frequentes
Exclusivos para local de trabalho
Vestir/despir em local adequado
Calçado confortável, antiderrapante, resistente e fechado (com meias de preferência de algodão)
Apanhar primeiro o cabelo e só depois vestir o uniforme
Não utilizar panos ou sacos de plástico para proteção do uniforme
Não carregar os bolsos do uniforme de canetas, batons, cigarros, isqueiros, relógios, etc. (apenas o essencial)
Adaptar/trocar uniforme de acordo com a tarefa (limpeza, prestação de cuidados de higiene, etc.)
Evitar vestir roupa que não pertença ao uniforme, nomeadamente por baixo do mesmo. Se for necessário usar peças de algodão e de cor branca.
9.Tarefas que em relação a esta temática se
encontram no âmbito de intervenção do/a
Técnico/a Auxiliar de Saúde
9.1.Tarefas que, sob orientação de um profissional de
saúde, tem de executar sob sua supervisão direta
O papel da Enfermagem consiste na implementação de práticas para o controlo das infeções, nos cuidados ao doente.
O enfermeiro é responsável por:
Identificar infeções nosocomiais;
Investigar o tipo de infeção e o microrganismo causal;
Participar na formação dos profissionais;
Fazer a VE das infeções hospitalares;
Desenvolver políticas de controlo de infeção e rever, e aprovar, políticas para os cuidados dos doentes, que sejam relevantes para o controlo de infeção;
Assegurar o cumprimento dos regulamentos locais e nacionais;
Fazer a ligação com a saúde pública ou outras instituições, quando apropriado;
Fornecer consultadoria especializada a profissionais de saúde, ou a outros programas do hospital, em assuntos relacionados com a transmissão de infeções.
Sob a orientação do enfermeiro, cabe ao técnico auxiliar de saúde:
Classificar as diferentes áreas do hospital segundo as necessidades de limpeza;
Desenvolver políticas para a utilização das técnicas de limpeza adequadas: Procedimento, frequência, produtos a utilizar, etc., para cada tipo de sala, desde a mais contaminada à mais limpa, e assegurar o cumprimento das políticas;
Desenvolver políticas para a recolha, transporte e eliminação dos diferentes tipos de resíduos (p. ex., contentores, frequência);
Assegurar que os distribuidores de sabão líquido e de toalhetes de papel são enchidos regularmente;
Informar o Serviço de Instalação e Equipamentos sobre qualquer necessidade de reparação: fendas, defeitos no equipamento sanitário ou elétrico, etc.;
Cuidar das flores ou plantas das áreas públicas;
Controlar as infestações (insetos, roedores);
Fornecer formação apropriada a todos os novos funcionários e, periodicamente, a outros profissionais, e formação específica sempre que uma nova técnica é introduzida;
Estabelecer métodos para a limpeza e desinfeção das camas (incluindo colchões, almofadas);
Determinar a frequência, para a lavagem de cortinas das janelas, da cortina entre camas, etc.;
Comunicar aos Responsáveis de Serviço, sempre que identificam a necessidade de renovação, ou de aquisição, de mobiliário novo,
incluindo camas especiais para os doentes, para determinar a facilidade de limpeza.
9.2.Tarefas que, sob orientação e supervisão de um
profissional de saúde, pode executar sozinho/a
De acordo com o respetivo perfil profissional, cabem ao Técnico/a auxiliar de saúde as seguintes tarefas específicas, dentro desta temática:
Prevenção e controlo da infeção: princípios, medidas e recomendações
Aplicar as técnicas de higienização das mãos, de acordo com normas e procedimentos definidos.
Aplicar as técnicas de lavagem (manual e mecânica) e desinfeção aos equipamentos do serviço.
Aplicar as técnicas de lavagem (manual e mecânica) e desinfecão a mat erial
hoteleiro, material de apoio clínico e material clínico.
Aplicar as técnicas de lavagem higienização das instalações e mobiliário da unidade do utente/serviço.
Aplicar as técnicas de tratamento de resíduos: recepção, identificação, manipulação, triagem, transporte e acondicionamento.
Aplicar as técnicas de tratamento de roupa: recolha, triagem, transporte e
acondicionamento.
Aplicar as técnicas de tratamento, lavagem (manual e mecânica) e desin feção aos equipamentos e materiais utilizados na lavagem e higienizaçã o das
instalações/superfícies da unidade/serviço.
AA VV. Cadernos de saúde, Número especial: Infeção associada à prática de
cuidados de saúde, Ed. Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Católica,
2010
AA VV., Orientação de Boa Prática para a Higiene das Mãos nas Unidades de
Saúde: Circular Normativa, Ed. Direcção-Geral de Saúde
AA VV., Prevenção de infeções adquiridas no hospital: um guia prático, ED. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, 2002
Aleixo, Fernando, Manual de Enfermagem, Ed. Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio., EPE, 2007
Aleixo, Fernando, Manual do Assistente Operacional, Ed. Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio., EPE, 2008
Lima, Jorge, A utilização de equipamentos de proteção individual pelos
profissionais de Enfermagem – práticas relacionadas com o uso de luvas,
Dissertação de mestrado, Universidade do Minho, 2008
Sites Consultados
Ministério da saúde