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A CULPA É DO NORDESTE? AS ELEIÇÕES DE 2014 E A REPERCUSSÃO DE MATÉRIAS

JORNALÍSTICAS NAS REDES SOCIAIS

HOLANDA, André Fabrício da Cunha

2016

BASE DE DADOS GOOGLE ACADÊMICO

pensamentos e posições, pode tornar-se ao mesmo tempo alvo da intolerância, discriminação, da ofensa e do abuso na tratativa com pessoas conhecidas ou desconhecidas” (SILVA, 2016). Trata-se de uma pesquisa exploratória sobre a intolerância nas Redes Sociais, mais especificamente no Facebook, Twitter e Instagram. Como procedimento preliminar foi realizada pesquisa documental sobre virtualidade, redes sociais, intolerância, além de um breve questionário aplicado online com 475 respondentes.

Como principal resultado, segundo Silva (2016), constatou-se “que a utilização das redes sociais traz, muitas vezes, a sensação de poder expressar o que se pensa, porém, sem a responsabilidade das consequências que determinado posicionamento pode trazer”.

No artigo O ÓDIO, O MAL RADICAL E A MÍDIA: O AZUL, O VERMELHO E A INTOLERÂNCIA CONSTANTE NAS REDES SOCIAIS (DUGNANI, 2016), são averiguadas as expressões de ódio crescente, através do uso dos meios digitais, principalmente pelas redes sociais digitais. O estudo foi focado no discurso do ódio e intolerância crescente, no Facebook, a partir das eleições presidenciais de 2014. Como base teórica o estudo utiliza as questões do poder, do totalitarismo, do esquecimento, e do mal radical de Hannah Arendt, além do conceito de naturalização da ideologia, de Roland Barthes.

Santos Júnior (2014) realiza um conjunto de ações, mapeando, cartografando e analisando a Rede de Oposição Radical (ROR) no Facebook. No artigo intitulado A REDE DE OPOSIÇÃO RADICAL NO FACEBOOK, o autor procura compreender a formação de grupos de mídia social opositores ao governo do Partido dos Trabalhadores e a constituição da blogosfera progressista. Tendo como espaço de observação a comunidade ROR, o estudo foca os conteúdos gerados pelos usuários da página. Nestas observou-se um comportamento que se assemelha à cultura fã. Como resultado constatou-se que o canal promove “o engajamento afetivo dos seguidores por meio da retórica da intransigência e da intolerância dirigidas aos agentes petistas, como um comportamento hater político”(SANTOS Jr. 2014).

Numa linha próxima, também focado na Rede de Oposição Radical (ROR) , o estudo de caráter exploratório, ENTRE INSULTOS E FALSAS HARMONIAS: A CONSTRUÇÃO DOS EFEITOS DE AGRESSIVIDADE NO DISCURSO POLÍTICO ELEITORAL NA CAMPANHA DE 2014 de Chiari (2014), aborda o surgimento desta rede, que aciona “a retórica antipetista e antiesquerdista no Facebook” (CHIARI, 2014). Neste estudo foram investigadas e analisadas as relações entre um conjunto de páginas, não oficiais,

como um movimento ideológico reacionário neoconservador. Para isto recorreu-se a mineração de dados e de análise de sites de redes sociais. O mapeamento indicou “a articulação difusa de canais antipetistas em seis subgrupos: militarista, fontes de informação, anticorrupção, anticomunismo, direitista e humorista. A divisão representa as disputas simbólicas de um discurso neoconservador que relembra traços ideológicos integralistas, nacionalistas e anticomunistas, mas que se reconfigura na contemporaneidade pela contraposição à alteridade política identificada como petista, esquerdista e bolivariana” (CHIARI, 2014).

O artigo O DISCURSO INTOLERANTE NA INTERNET: ENUNCIAÇÃO E INTERAÇÃO (BARROS, 2014), introduz incialmente as três características principais dos discursos intolerantes, como: do ponto de vista narrativo, são discursos de sanção aos sujeitos considerados como maus cumpridores de certos contratos sociais; Também são discursos passionais, nos quais prevalecem as paixões do ódio e do medo em relação ao “diferente” e por final são discursos nos quais se desenvolvem temas e figuras a partir da oposição semântica fundamental entre a identidade e a diferença. Com base nestes critérios, o objetivo foi “apontar, a partir dos traços gerais dos discursos preconceituosos e intolerantes, algumas particularidades desses discursos na internet, principalmente em relação a três características principais: a definição desses discursos quanto às modalidades falada e escrita, e a seus efeitos de sentido na interação entre os sujeitos envolvidos na comunicação; a organização enunciativa dos discursos na internet, sobretudo nas redes sociais; os percursos temáticos e figurativos neles construídos” (BARROS, 2014, p. 02). Por final abre-se as possibilidades para pesquisa acerca da autoria, da liberdade de pensamento e de expressão.

Com o intuito de analisar a presença dos fascismos no Brasil no período entre os anos de 1990 e 2010, o artigo intitulado MÚSICA, NEOFASCISMOS E A NOVA HISTÓRIA POLÍTICA: UMA ANÁLISE SOBRE A PRESENÇA DO HATE ROCK NO BRASIL, observou como neste período de 20 anos, “alguns discursos representativos dos fascismos atuais se adaptaram ao cenário brasileiro e suas transformações.” (OLIVEIRA, 2014). Como objeto de análise foi selecionado o Hate Rock , haja vista, tratar-se de um gênero musical que difunde discursos fascistas na atualidade, constituindo-se em um mecanismo de ação política entre os movimentos adeptos destas ideologias. A técnica para a pesquisa incluiu a leitura e analise das letras de quatro diferentes bandas: “Brigada NS” (São

Paulo) e “Defesa Armada” (São Paulo), “Comando Blindado” (Rio Grande do Sul) e “Bandeira de Combate” (Bahia).

Também com foco no fascismo, o estudo intitulado O FENÔMENO SHITSTORM: INTERNET, INTOLERÂNCIA E VIOLAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS (PEREIRA, 2017) examina a ação e o discurso intolerante como expressão do fascismo potencial, em específico no fenômeno digital denominado shitstorm. Sao diversas as formas como o autoritarismo e o fascismo potencial se apresentam. Como característica comum, a ação antidemocrática de ataques de preconceito e discriminação contra grupos historicamente desprotegidos. De acordo com Pereira (2017), “o papel da tolerância, de forma contrária, tende a proteger o diferente, o outro, para produzir justiça social” e desta forma justifica-se a compreensão e as implicações do fenômeno shtistorm, principalmente por conta das dificuldades jurídicas e institucionais para sua contenção.

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