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Custo é a parcela do gasto que é aplicada na produção ou em qualquer outra função. Em outras palavras, é o valor aceito pelo comprador para adquirir um bem ou a soma de todos os valores agregados ao bem desde a sua aquisição até que atinja o estágio de comercialização (DUTRA, 1938).

Segundo Koliver (2010, p. 31), “Custos: valor de mutação patrimonial qualitativa, ocorrida no ciclo operacional interno de uma entidade.”

Passarelli e Bomfim (2003) mostram que um sistema de controle de custos pode ser definido como o conjunto de técnicas e recursos aplicados por uma empresa no acompanhamento de seus gastos (custos e despesas). Com isso, pode-se compreender e analisar os dados gerados, bem como as ações de redução de custos e maximização do lucro.

Os referidos autores expressam ainda que:

A implantação de um sistema e análise de custos requer um completo entendimento, por parte do seu responsável ou responsáveis, da estrutura da organização, dos processos de produção e também do tipo de informação desejada pela administração. (PASSARELLI; BOMFIM, 2003, p. 25).

Com a implementação do sistema e a geração dos dados necessários e corretos, é possível realizar ações corretivas em deficiências apontadas, as quais auxiliam na determinação dos preços de venda e nas comparações com dados anteriores.

Este sistema é denominado de Contabilidade de Custos que, segundo Leone (2008), é uma atividade que se assemelha a um centro processador de informações, que recebe, acumula, organiza e analisa dados, produzindo informações para diversos níveis da empresa.

A Contabilidade de Custos utiliza dados internos e externos da organização, monetários e não monetários. Conforme Leone (2008, p. 23), “A combinação de um dado monetário comum com um dado não monetário faz surgir um terceiro dado, que chamamos de índice ou indicador, cuja natureza é diferente da natureza dos dois dados que o formaram.”

Os dados internos são provenientes dos próprios componentes administrativos e operacionais da empresa. A Contabilidade de Custos organiza, dimensiona e planeja a qualidade, a forma e as características dos dados de setores fundamentais. Já os dados externos são os dados dos concorrentes, do governo e do ambiente econômico social em geral.

A empresa é composta de vários sistemas e subsistemas que, ao trabalharem em conjunto, promovem informações importantes para o atendimento dos objetivos, tendo um mínimo de erros e de retrabalho.

2.3.1 Custos de produção

Os custos de produção podem ser divididos em diretos e indiretos. Conforme Martins (2008, p. 48), “custos diretos são os custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos, basta possuir uma mensuração de

consumo.” Enquanto isso, os custos indiretos não possuem a condição de medida objetiva e não oferecem condição de alocação do custo.

Para Passarelli e Bomfim (2003), “gastos diretos” são aqueles ligados à produção, a insumos utilizados na produção dos produtos finais, itens que são necessários para o resultado final. Já os gastos indiretos atuam dentro do processo de produção, mas para serem apropriados aos produtos precisam ser rateados, obedecendo a alguns padrões.

Segundo Casaroto (2000), tais custos podem ser assim caracterizados: – Custos diretos: são os que estão envolvidos com os fatores utilizados

diretamente na confecção dos bens e que variam de forma direta com a utilização da capacidade da produção. Estão relacionados estritamente à produção de determinado produto, como matéria prima, mão de obra direta e energia elétrica.

– Custos indiretos: não incidem diretamente sobre a produção ou a venda, mas são parte integrante da participação das atividades de apoio ou auxiliares no processo de transformação, produção e comercialização de um bem ou serviço (custos de administração).

Os custos de produção podem variar conforme o tipo de sistema produtivo e o seu nível técnico, ou seja: campo aberto, cultivo protegido e ou hidroponia.

2.3.2 Custos fixos

São custos que não têm alteração nas atividades, ou seja, não possuem vínculo com o aumento ou diminuição da produção. “Custo fixo se refere aos pagamentos realizados todo mês, independentemente da quantidade produzida.” (MARTINS, 2008, p. 48).

Segundo Passarelli e Bomfim (2003, p. 34), “Existem três tipos de gastos fixos: 1) gasto fixo da capacidade instalada (depreciação); 2) gastos operacionais fixos (seguros, impostos); 3) gastos fixos programados (propaganda de publicidade, melhoria de qualidade)”.

2.3.3 Custos variáveis

São custos determinados conforme a quantidade produzida e o tempo de produção, e variam de acordo com a necessidade de consumo de cada produto.

Conforme Martins (2008), o custo variável se refere à quantidade produzida, sendo que quanto maior a quantidade produzida, maior será o consumo e, consequentemente, o custo.

Nos custos variáveis, os valores injetados, cujo crescimento é agregado à quantidade de produção da empresa, são definidos pelos altos e baixos nas atividades da empresa, cujo valor oscila de acordo com a proporção direta do nível de atividades.

2.3.4 Custos de oportunidade

Custo de oportunidade é a contribuição máxima disponível de que a empresa abre mão mediante a utilização de recursos limitados para um determinado fim. O custo de oportunidade se relaciona com possíveis desembolsos ou embolsos que a empresa pode incorrer se decidir por determinada alternativa.

Segundo Koliver (2010, p. 45): “Custo de oportunidade que tem por centro de ideia de como chegar-se ao produto mais conveniente para fabricar-se, dentre diversas alternativas disponíveis.”

2.3.5 Margens de contribuição

A margem de contribuição é o montante das vendas sem os custos variáveis. A margem de contribuição unitária é o preço de venda menos os custos variáveis do produto, e representa a parcela do preço de venda que resta para a cobertura dos custos, despesas fixas e geração do lucro do produto vendido.

No entendimento de Martins (2008), margem de contribuição unitária é o valor de sobra entre a receita e o custo variável do produto que cada unidade traz à empresa. E a margem de contribuição total é a dedução dos custos fixos, chegando assim ao resultado final, que pode ser o lucro ou o prejuízo.

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