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Custos e Despesas Operacionais

Comentários de desempenho – 1T17

5. Desempenho Econômico-Financeiro

5.3 Desempenho Econômico-Financeiro – CELPA

5.3.2. Custos e Despesas Operacionais

No 1T17, os custos e despesas operacionais, excluindo custos de construção e gastos com sistema isolado, totalizaram R$733 milhões, uma redução de 0,8% em relação ao 1T16.

Custos e despesas operacionais gerenciáveis

O PMSO (pessoal, material, serviço de terceiros e outros) reportado no 1T17 foi de R$137 milhões, apresentando um aumento de 29,8%, em relação ao 1T16. A inflação acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo IPCA foi de 4,6% e INPC de 4,6%.

As principais variações no PMSO do 1T17 vs 1T16 estão detalhadas a seguir.  Pessoal: redução de 10,6% ou R$4 milhões, devido a:

(i) redução de headcount (-R$ 5 milhões);

R$ MM 1T16 1T17 Var.

Pes soal 35 31 -10,6%

Participação nos resultados 4 4 -3,7%

Ma teri al 2 1 -62,5%

Servi ço de tercei ros 72 83 16,1%

Outros (3) 21 -710,6%

Compensações de indicadores de qualidade (8) 16 -284,8%

PMSO 105 137 29,8%

Pagamentos provisionados em duplicidade (7) - 100,0%

Bônus de compensações indicadores de qualidade 12 - 100,0%

PMSO líquido 110 137 23,9%

PCLD e perdas 35 85 141,6%

% Receita bruta (s/ receita de construção) 2,7% 6,7% 3,9 p.p.

Provisões para contingências 2 7 274,8%

Provisões 37 92 148,5%

Outras receitas/despesas operacionais 4 1 -79,2%

Depreciação e amortização 53 52 -1,2%

Custos e despesas gerenciáveis 199 282 41,8%

Energi a comprada e tra ns porte 491 414 -15,7%

Encargos us o rede e conexão 50 38 -24,0% Custos e despesas não-gerenciáveis 540 451 -16,4%

Custos de construção 143 200 40,3%

4T16

Comentários de desempenho – 1T17

 Serviço de terceiros: aumento de 16,1% ou R$12 milhões, devido a:

(i) intensificação das ações de cobrança de consumidores inadimplentes, como serviços de corte e religação, e combate a fraudes (+R$13,6 milhões);

 Outros: aumento de R$25 milhões, devido a:

(i) no 1T16, foi registrado bônus (receita) de R$12 milhões por redução nas compensações de 2015, classificado como não recorrente;

(ii) as despesas com compensações por descumprimento dos indicadores individuais de qualidade no 1T17 consideram as compensações de apuração anual de 2016, no valor de R$ 10 milhões. Entretanto, as despesas relativas às compensações anuais do ano de 2015 foram contabilizadas no 4T15, não havendo portanto impacto dessa natureza no 1T16;

No 1T17, a CELPA constituiu provisão para provisão para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) no valor de R$85 milhões, equivalente a 6,7% da receita operacional bruta do trimestre.

Conforme mencionado no Release de Resultados do 4T16, o aumento de inadimplência inerente a um cenário macroeconômico recessivo e à intensificação de ações de combate às perdas de energia (o que ocorreu a partir do segundo semestre de 2015), foi exacerbado pelos desafios enfrentados na implementação do novo sistema comercial da Companhia, a partir de março de 2016.

Diante do aumento verificado nos índices de inadimplência, ao final de 2016, a Companhia revisou a estrutura e a estratégia de cobrança da CELPA, de forma a aumentar a capacidade de atuação do time, bem como incrementar a produtividade e eficiência das ferramentas de cobrança (número de cortes, visitas de cobrança, reavisos de vencimento de conta, negociação de dívidas, entre outras).

Dada a natureza desta conta e o tempo necessário para que a intensificação das ações de cobrança surta efeito, a Companhia espera que os índices de inadimplência retornem gradualmente aos níveis históricos. Sendo assim, o nível de provisão para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) deve ainda permanecer acima da média durante o primeiro semestre de 2017, retornando gradativamente aos níveis históricos na segunda metade de 2017.

4T16

Comentários de desempenho – 1T17

Sistemas Isolados

A partir do 2T16, a Companhia passou a segregar o custo das usinas de geração dos sistemas isolados. Os sistemas isolados são regiões ou cidades não conectadas ao SIN (Sistema Interligado Nacional), que possuem usinas de geração térmica exclusivamente dedicadas ao seu abastecimento. O custo de operação dessas usinas na região da CELPA, no 1T17, foi de R$17 milhões.

No 1T17, passou a vigorar um novo modelo de operação para atendimento do mercado nos Sistemas Isolados. No novo modelo, o atendimento da demanda é feito através de contrato regulado de compra de energia e potência de Produtor Independente de Energia (PIE) e Contrato de Comercialização de Energia e Potência nos Sistemas Isolados (CCESI), conforme preconizado na Lei 12.111/2009 e regulamentos pertinentes, no qual a distribuidora repassa a gestão do combustível ao PIE.

Na comparação com o 1T16, verifica-se as seguintes variações:

(i) redução dos custos com Serviços de Terceiros, devido à mudança do modelo de operação. Os contratos de compra de energia antigos (lançados em serviços de terceiros) foram encerrados, dando início à operação das usinas no novo modelo, a partir de fev/17 (compra de energia e potência);

(ii) redução da subvenção CCC devido à queda do ACR médio de R$295,1 para R$204,8, conforme Despacho 2.796 de out/16, válido para o ano de 2017, bem como redução do fator de corte sobre a subvenção, considerando o Despacho 607 de mar/17;

(iii) redução do custo de compra de matéria prima para produção de energia devido ao início da operação das usinas no novo modelo de operação a partir de fev/17, onde a CELPA fica desobrigada a realizar a aquisição e gestão do combustível;

(iv) Inserção de nova conta contábil, Contratação de energia e potência – SI, devido ao início do novo modelo de operação das usinas, que agrega grande parte dos antigos custos de Serviços de Terceiros e combustível dos contratos antigos.

Gastos com geração própria 1T16 1T17 Var.

Servi ço de tercei ros 24 9 -62,6%

Outros 4 2 -58,5%

Subvençã o CCC (70) (98) -40,2%

Ma téri a pri ma p/ produçã o de energi a elétri ca 88 30 -65,6%

Contra ta ção de energi a e potênci a - SI - 74 N/A

4T16

Comentários de desempenho – 1T17

5.3.3 EBITDA

No 1T17, o EBITDA atingiu R$117 milhões, valor já impactado pela contabilização de ativos e passivos regulatórios líquidos.

Como impactos não-recorrentes neste trimestre, destacam-se:

(i) R$14 milhões em custos de compra de energia, incorridos no período sem o registro de CVA correspondente;

(ii) R$5 milhões por descasamento no repasse de PIS/COFINS.

A partir do 1T17, a atualização do ativo financeiro (VNR), passa a ser contabilizada na Receita Operacional em vez do Resultado Financeiro, passando a impactar o EBITDA. Para fins de comparação, o EBITDA do 1T16 também foi ajustado de acordo.

EBITDA (R$ milhões) 1T16 1T17 Var.

Res ul tado do s erviço 40 65 61,3% Depreci a çã o e amortiza çã o (53) (52) -1,2%

EBITDA societário (CVM)* 93 117 25,8%

Outra s recei ta s /des pes as opera ci ona i s (4) (1) -79,2%

EBITDA societário 96 117 21,9%

Des locamento PIS/COFINS (24) (5) -79,1% Atual i za ção ati vo fi nancei ro 40 - N/A Des pesa s s em CVA corres pondente - 14 N/A Bônus mul ta de qua li dade (12) - -100,0% Impactos na ROL 30 - -100,0% Redução de compens ações /provis ões 7 - -100,0% Sobrecontra ta ção (a cima de 105%) 9 - -100,0%

EBITDA societário ajustado 146 126 -13,3%

4T16

Comentários de desempenho – 1T17

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