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Duailibe (2017) diz que para analisar a viabilidade para o Ambiente de Contratação Livre, tem como principal custo para ser analisado mensalmente que é sua fatura de energia elétrica, que está dividida em três partes como mostrado abaixo:

Fatura da distribuidora caberá a cobrança da utilização do sistema de distribuição da distribuidora local, a Tarifa de Utilização do Sistema de Distribuição (TUSD).

Fatura da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) faz a cobrança dos encargos voltados ao órgão.

Fatura de fornecimento implicara com os custos voltados a todo consumo de energia e também as perdas também são contabilizadas, mas com um valor reduzido.

Somando essas três faturas citadas acima, forma-se então o custo mensal de energia elétrica no ambiente de contratação Livre mostrado pela equação a 7.

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝐴𝐶𝐿 = 𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐶𝐶𝐸𝐸 + 𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 + 𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝐷𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 (7)

Como citado no processo natural de migração para o Mercado Livre de Energia é necessário fazer a adequação no Sistema de Medição e Faturamento (SMF), essa adequação acontece porque o medidor utilizado no Mercado Cativo é diferente do utilizado no Mercado

Livre, muitos casos poder ser necessário alterações em sua estrutura e equipamentos, tendo a obrigatoriedade de atender todos requisitos exigidos pelo processo de migração.

Um custo médio referente a essa adequação é de R$ 30.000,00 no qual será utilizado para base de cálculos (ENERGIA, 2019).

4.5.1 Do custo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE

Assmann (2013) diz que os mesmos encargos setoriais que o consumidor pagava no Ambiente de Contratação Regulada também irá pagar no Ambiente de Contratação Livre, porém de uma forma evidenciada e diretamente a CCEE, abaixo segue a tabela 4 com a representação dos encargos.

Tabela 4 - Encargos a CCEE.

DESCRIÇÃO SIGLA

Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica PROINFA

Carta de Desenvolvimento Energético CDE

Taxa de Fiscalização dos Serviços do Sistema TFSEE

Pesquisa e Desenvolvimento P&D

Contribuição ao Operador Nacional do Sistema NOS

Encargos de Serviços do Sistema ESS

Encargos de Energia Reserva EER

Programa de Eficiência Energética PEE

Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos CFURH Fonte: Assmann, 2013.

Conforme Assmann (2013), tem em convergência com a Tarifa do Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) os encargos PROINFA, CFURH, CDE, NOS e TFSEE, já na Tarifa de Energia (TE) os encargos são EER e ESS.

Mesmo pago todos esses encargos, tem um outro custo de transação relacionado a CCEE voltado a manutenção da Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE), que será utilizado para base de cálculo do estudo uma tarifa de R$ 10,00/MWh, que compõe os custos totais com a Câmara, expressada na equação 8.

4.5.2 Do custo com o fornecimento de Energia

Após a realizar a migração ao Ambiente de Contratação Livre (ACL), o consumidor vai obter o compromisso do pagamento diretamente ao vendedor, seja ela negociada via um comercializador ou diretamente com o agente gerador, obedecendo as regras conforme anexadas no contrato entra ambas as partes (CHAVES, 2017).

Para cada consumidor possui o tipo de energia a ser comprada, a energia convencional não traz vantagens econômicas quando se fala referente as tarifas TUSD e TUST, já no modelo de energia incentivada especial o desconto está dividido em dois níveis de descontos, 50% e 100%. O incentivo final sobre as tarifas do fio poderá variar entre os dois extremos (0% e 100%), dependendo do portfólio do consumidor (CHAVES, 2017).

Todas estas condições são estabelecidas pela Resolução Normativa nº 77, de 18 de agosto de 2004, e está sendo apresentada abaixo os artigos que representam os respectivos percentuais de descontos estabelecidos.

Art. 1º Estabelecer, na forma desta Resolução, os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição, TUST e TUSD, aplicáveis aos empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW, e àqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 300.000 (trezentos mil) kW. (Redação dada pela REN ANEEL 745 de 22.11.2016)

Art. 2º Fica estipulado o percentual de redução de 50% (cinquenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada ou destinada à autoprodução, para: (Redação dada pela REN ANEEL 745 de 22.11.2016)

I.- empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 5.000 (cinco mil) kW, ou superior a 5.000 (cinco mil) kW e igual ou inferior a 30.000 (trinta mil) kW, mantidas as características de Pequena Central Hidrelétrica - PCH, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja, igual ou inferior a 30.000 (trinta mil) kW; (Incluído pela REN ANEEL 745 de 22.11.2016).

II.- empreendimentos com base em fonte solar, eólica, de biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja igual ou inferior a 30.000 (trinta mil) kW; (Incluído pela REN ANEEL 745 de 22.11.2016) III.- empreendimentos com base em fonte solar, eólica, de biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja superior a 30.000 (trinta mil) kW e igual ou inferior a 300.000 (trezentos mil) kW que

sejam vencedores de leilão de energia nova realizado a partir de 1º de janeiro de 2016; (Incluído pela REN ANEEL 745 de 22.11.2016) IV.- empreendimentos com base em fonte solar, eólica, de biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja superior a 30.000 (trinta mil) kW e igual ou inferior a 300.000 (trezentos mil) kW que sejam autorizados a partir de 1º de janeiro de 2016; (Incluído pela REN ANEEL 745 de 22.11.2016).

Art. 3º Fica assegurado o direito a 100% (cem por cento) de redução, a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada pelos empreendimentos a que se refere o art. 1º desta Resolução, desde que atenda a uma das seguintes condições: (Redação dada pela REN ANEEL 271 de 03.07.2007.)

Para a realização da análise é necessário a comparação dos modelos possíveis com seus respectivos preços de energia e descontos que cada uma fornece.

A fatura concedida pelo fornecedor tem como conteúdo todo consumo de energia consumida Ponta e Fora Ponta, multiplicando-se pelo valor da tarifa.

O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), tem como cumprimento aos consumidores um direito de crédito de energia em média de 2,5% do consumo com base de dados anteriores pela utilização de fontes alternativas. Nessa mesma fatura de fornecimento de energia o consumidor pagará uma tarifa voltadas as perdas de energia, que para essa análise será considerado um valor de 3% de toda energia consumida para base de cálculos, considerando o crédito proveniente ao PROINFA as perdas resultaram no valor de 0,5% (CHAVES, 2017).

As equações abaixo estão direcionadas aos cálculos de custos no Ambiente de Contratação Livre (ACL), na equação 9 trata-se do cálculo relacionado ao consumo de energia separadamente das perdas que pode ser calculado através da equação 10, e por fim na equação 11 obtém-se o custo total para o fornecimento da energia.

𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒 = 𝑡𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 ∗ (𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎 + 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎) (9)

𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒 = 𝑡𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 ∗ (𝑐𝑜𝑛𝑠. 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎 + 𝑐𝑜𝑛𝑠. 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎) (10)

4.5.3 Do custo com a Distribuidora de Energia

Após a migração para o Ambiente de Contratação Livre o consumidor ainda terá de pagar a distribuidora local a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) e na demanda, mas possui descontos nos encargos na Ponta, conforme a CCEE informa para a distribuidora o direito ao desconto equivalente na modalidade horossazonal verde (Energia, 2019).

4.5.4 Do custo com a Comercializadora

A fim de ter uma boa gestão e uma migração para o Ambiente de Contratação Livre tranquila, recomenda-se contratar uma empresa gestora de energia para secretariar todo processo que além disso tem como responsabilidade representar o consumidor junto a CCEE, gerir mensalmente as sobras e déficits, gestão estratégica envolvendo monitoramento de mercado em busca de oportunidades para eventuais contratações adicionais e recontratação de energia no Mercado Livre, relatórios gerencias como boletim mensal e comunicados relevantes. Um custo médio para esse tipo de serviço está na faixa de R$ 2800,00 mensais por unidade consumidora e só é cobrado quando acontece efetivamente a migração para o Ambiente de Contratação Livre, no qual será considerado para fins de cálculos (Energia, 2019).

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