• Nenhum resultado encontrado

a) Forma

A obra apresenta duas partes distintas e uma coda, sendo a primeira parte repetida antes de encadear a referida coda, pelo que se pode considerar que adopta a forma ternária. O modo como aparece a primeira frase sugere uma espécie de introdução donde se extrai o motivo da obra: duas colcheias e uma semínima. A primeira parte começa, no quinto compasso com uma frase de seis compassos, sendo os dois últimos uma preparação do período que se segue. Este, formado por oito compassos, faz uso da frase introdutória, mas ligeiramente alterada para o quinto grau. Os oito compassos resultam da sua repetição, primeiro no modo menor e depois no modo maior (com sol sustenido). Cada frase compõe- se de duas semifrases idênticas, só mudando a nota final. O período seguinte é uma

variação do primeiro com uma alteração na semifrase final de forma a preparar a parte B. Nesta parte distinguem-se dois períodos semelhantes de oito compassos cada e um período que realiza a transição para a parte inicial, formada por dez compassos. O primeiro período é semelhante ao que aparece na primeira parte, mas na tonalidade de Dó Maior. Compõe-se também de duas frases regulares. O período seguinte é uma espécie de variação segundo as mesmas características do anterior. No período final verifica-se o uso da semifrase introdutória repartida pelos dois pianos variando o final de forma a reiniciar a obra. Na coda existe um período que é repetido duas vezes embora em oitavas diferentes. É formado pela repetição da frase inicial da parte A, com leves alterações de forma a tornar-se conclusiva na tonalidade principal.

b) Harmonia

A harmonia desta obra centra-se na tonalidade de Lá menor. Não se verifica uma grande variedade harmónica nem modernismos muito acentuados. Mas desde o primeiro compasso dá para se aperceber que o autor faz uso de harmonias próprias do ambiente sonoro que tradicionalmente associamos aos ciganos. Normalmente caracteriza-se pelo uso do seguinte encadeamento harmónico no modo menor: I, VII sem sensível, VI e V, e também ocasionalmente pela consequente subida. É este o ambiente sonoro que se faz sentir desde o início e se prolonga pela primeira frase da primeira parte. Em seguida, o compositor detém-se no quinto grau mas alternando entre o modo maior e menor ficando a música um pouco estática, embora mantendo o interesse suscitado pela ambiguidade maior e menor. O período final da primeira parte oferece dois pontos de interesse: a continuação da ambiguidade maior/menor e também o recurso ao ambiente sonoro da frase inicial, que mascara a anterior oposição de modos onde o maior acabará por vencer. A parte B passa no entanto sem avisar para o relativo maior e para um momentâneo esbatimento da tensão

anterior. No primeiro período realiza modulações momentâneas e encadeamentos fora do comum e acordes de nona como sucede no penúltimo compasso. O período seguinte caracteriza-se por uma rarefacção da harmonia causada pela utilização de apenas duas notas em simultâneo a uma distância de segunda menor e de forma alternada entre as duas mãos causando uma ligeireza e sentido cómico a esta parte da música. O período que estabelece a transição é marcado pelo modalismo que advém da utilização alternada do IV e V grau, reforçado pelo facto de os acordes não conterem a terceira. No último compasso o autor decide estabelecer novamente um rumo tonal para a obra, com o emprego da dominante de lá menor. Na coda nada de importante a assinalar, a não ser a solidez da harmonia, marcada pela alternância do I e V grau e que afirma de vez a tonalidade acabando na tónica.

c) Aspectos Estilísticos - Segundo Piano

O segundo piano apresenta uma variedade de efeitos que não tem precedentes nas obras anteriores deste género. Primeiro utiliza um acompanhamento típico da dança, neste caso com harmonia típica da música cigana, como já foi referido. Em seguida, este padrão transforma-se e torna-se menos pesado, uma vez que o acompanhamento é realizado apenas pela mão esquerda e utilizando reminiscências do “baixo de Alberti”, enquanto que a direita realiza a melodia. Depois desta situação o acompanhamento detém-se, tornando- se mais pausado mas nem por isso menos pesado, já que a utilização das semínimas realça o carácter obstinado desta obra. Na secção seguinte a situação torna-se ainda mais insólita. O segundo piano abandona a tessitura grave e servindo-se de um intervalo harmónico de segunda menor (Fá#/Sol) em jeito de percussão alternada por ambas as mãos, tornando o ambiente mais cómico e ligeiro. Depois desta secção, o segundo piano age em forma de

eco, embora mais reforçado harmonicamente com movimentos paralelos. Na coda, volta a realizar acompanhamento na mão esquerda, melodia e nota pedal (Mi) na mão direita, enriquecendo o ambiente sonoro final.

- Primeiro Piano

O primeiro piano é o que está destinado à criança. As duas mãos realizam os mesmos movimentos melódicos à distância de uma oitava. O seu âmbito é bastante alargado, décima menor, e na coda salta uma oitava para cima em ambas as mãos, explorando a zona mais aguda do piano. Contudo, continua a utilizar valores rítmicos simples em algumas partes da obra, tais como mínimas, sem função melódica. No resto da obra é utilizada a célula rítmica de duas colcheias e semínima, como motivo unificador da obra e referência para o ambiente exótico da música. Mais uma vez não utiliza alterações cromáticas, utilizando a escala de Lá menor natural.

d) Características Pedagógicas - Aspectos Técnicos

Esta obra apresenta alguns aspectos técnicos interessantes para a criança. Primeiro existe no início e noutros pontos da obra a utilização de uma melodia sincopada, que a ajuda a criança a trabalhar as acentuações. Quando esta situação aparece, a melodia desenvolve-se num âmbito restrito, de modo que a criança consiga concentrar-se unicamente na superação desta tarefa sem elementos perturbadores. Depois existe a alternância em oitavas da nota mi, que também ajuda tecnicamente na aquisição desta competência, pois mais uma vez o compositor, para facilitar esta situação, utilizou mínimas que também funcionam como nota-pedal, mas na região aguda. No final, o salto de oitava e a exploração tímbrica da região mais aguda do piano também enriquecem a

experiência pianística da criança. O compositor só efectua esta transição no final do período, para se mudar com segurança e tempo.

- Aspectos Expressivos

Ao contrário das outras obras, esta faz uso de elementos alheios à nossa cultura musical. Já não é a utilização do nosso folclore o ponto de partida, como na Chula do Douro, ou as formas convencionais da Valsa ou a utilização de linguagem conservadora com aspectos modernos. Trata-se de uma abertura da criança no sentido de alargar os seus horizontes musicais e descobrir os valores que outras culturas diferentes da nossa possuem. O impulso rítmico que anima esta obra e a inclusão de alguns efeitos próprios da música contemporânea são factores decisivos para a motivação da criança e o seu gosto pelo instrumento.

5. Barcarola

a) Forma

A obra está estruturada em três partes, se não se tiver em conta as repetições, e uma pequena coda. A primeira parte contém 2 períodos de 9 compassos, sendo o segundo a repetição do primeiro, mas na oitava superior. É formado por duas frases, tendo a segunda mais um compasso, em virtude de o segundo piano realizar uma pequena descida cromática no interior dos acordes, e daí a necessidade de o primeiro piano sustentar a nota pelo espaço de dois compassos. A segunda parte desenvolve a melodia apresentada inicialmente. Podem-se distinguir dois momentos: o primeiro contém 18 compassos, e vai desenvolvendo fragmentos da melodia, distinguindo-se 4 frases regulares se exceptuarmos a segunda que é constituída por 6 compassos; o segundo momento caracteriza-se por

estabelecer uma ligação com a parte inicial, distinguindo-se 2 períodos, o primeiro com 8 compassos onde o factor harmónico é privilegiado em desfavor da melodia e o segundo com 10 compassos que desenvolve uma espécie de motivo, retirado do final das frases iniciais, e repercutido 5 vezes até se estabelecer o ambiente harmónico necessário para a ligação com a parte inicial. A coda utiliza as cinco primeiras notas da melodia inicial, mas alargadas quatro tempos, com alterações cromáticas e acompanhamento diferente, perfazendo um total de 11 compassos devido ao acorde final.

b) Harmonia

A obra encontra-se na tonalidade de Dó Maior. Porém, a harmonia é bastante variada e pouco convencional, isto é, utiliza notas acrescentadas nos acordes, sétimas sem preparação e resolução, progressões harmónicas fora do comum de forma a obter efeitos diferenciados e cativantes. Analisando mais em pormenor, no início da obra, o primeiro acorde é o de primeiro grau, mas com uma sexta menor adicionada que provoca uma indefinição harmónica desde o início. Esta nota mantém-se no acorde seguinte provocando um acorde de nona no quinto grau, que se resolve no primeiro grau, mas agora com uma sétima maior, e assim sucessivamente os acordes aparecem ou com notas estranhas ou com sétimas e nonas, havendo ainda mudança de acordes sobre ostinatos na mão esquerda do segundo piano. Apesar de os acordes aparecerem com este aspecto há uma tendência para uma organização tonal dependente do modelo tradicional de encadeamento tonal e o ouvinte apercebe-se de que os movimentos harmónicos se encontram mascarados mas não evitados de todo. Esta variedade harmónica continua na segunda parte onde existe uma mudança de modo e o discurso musical evolui por Dó menor e seu relativo. Todavia, no segundo período o encadeamento harmónico faz-se sem que os acordes tenham relação entre si, obtendo-se um efeito de paralelismo semelhante às harmonizações da música

tradicional, com as melodias desenvolvendo-se em terceiras e quintas relativamente à original. Esta novidade desfaz-se no período seguinte que apenas realiza uma progressão cromática descendente de forma convencional culminando num acorde de sexta aumentada, precedendo a preparação da reentrada da primeira parte que ocorre sobre um pedal da dominante enquanto a harmonia desce por graus conjuntos – Dó, Dó bemol, Si bemol, Lá, Lá bemol e finalmente Sol, tudo acordes maiores e outra vez, note-se, o efeito de paralelismo harmónico. Dois acordes, o primeiro sobre o segundo grau e com nona maior e o segundo sobre o quinto grau, mas com dois movimentos harmónicos – primeiro utiliza o sétimo grau com sétima menor e depois o quinto grau com sétima – preparam a reentrada de forma natural, pois a ambiguidade deste encadeamento está em concordância com a primeira parte da obra. Na coda existem também alguns aspectos inovadores: a alternância entre o acorde de sexta aumentada e o de quinto grau da sétima da dominante e finalmente a descida harmónica típica das danças ciganas que faz de cadência da obra que, realizada em uníssono, contrasta com as divergências de linhas melódicas encontradas ao longo da obra.

c) Aspectos Estilísticos - Segundo Piano

O segundo piano assume essencialmente a função de acompanhante. No primeiro período bate os acordes de forma alternada entre colcheias e tercinas para depois se desdobrar, no segundo período, em semicolcheias distribuídas pelas duas mãos em harpejos. Existe contudo cumplicidade entre os dois pianos, pois no final de cada período o segundo piano responde com uma descida cromática nos dois compassos em que o primeiro piano mantém a nota. Na segunda parte existem outros aspectos variados, o harpejo continua mas quando o primeiro piano acaba a sua primeira frase o segundo piano

responde com um harpejo tocado em uníssono pelas duas mãos, e na segunda vez realiza uma espécie de imitação na parte aguda da mão direita, enquanto que a partir do segundo período dobra na parte intermédia a melodia do primeiro piano. Na progressão o padrão é ligeiramente modificado, mas a nota da melodia continua no harpejo. No episódio que prepara a entrada da primeira parte, o segundo piano enuncia um breve motivo que passa para o primeiro piano, enquanto que o segundo piano realiza um pedal na dominante e tudo se torna menos agitado até acalmar totalmente. A coda traz algumas modificações para o acompanhamento pois, em primeiro lugar, esta realiza um harpejo extenso em quatro oitavas e em tercinas distribuídas pelas duas mãos, para depois ambas as mãos também o realizarem, mas com um âmbito reduzido e concluírem com o uníssono já descrito anteriormente.

- Primeiro Piano

O primeiro piano destina-se à criança. Na primeira parte as duas mãos evoluem à oitava e na repetição ambas passam para a oitava superior. Na segunda parte, a linha melódica distribui-se pelas duas mãos no primeiro período. No segundo retorna à oitava, porém esta segunda parte está cheia de alterações cromáticas – sustenidos, bemóis e bequadros – não utilizando as notas naturais da escala de Dó Maior. No último momento desta parte os acordes são distribuídos pelas duas mãos com notas diferentes, cabendo uma linha melódica à mão direita e duas à esquerda, para depois retornar à tradicional oitava. Na Coda, as duas mãos também tocam à distância de uma oitava desdobrando-se no final para um acorde dissonante.

d) Características Pedagógicas - Aspectos Técnicos

Esta obra apresenta um âmbito melódico amplo, devido ao contraste que o compositor utiliza entre as diferentes secções, uma vez que cada frase não ultrapassa a oitava e no caso do período inicial utiliza um âmbito de quinta perfeita. Quanto à independência das mãos, apenas aparece em dois momentos: no início da segunda parte, onde a linha se distribui pelas duas mãos e no final desta parte, mas somente porque o acorde está distribuído também pelas duas mãos, já que o ritmo é igual. No resto da obra observa-se a habitual progressão por oitavas, normalmente por graus conjuntos, ou alguns saltos, mas sem recorrer à passagem do polegar. Esta obra apresenta uma grande diversidade de acidentes, sendo muitas das notas alteradas em função da harmonia que, como se verificou na segunda parte, é mais instável e por isso o executante tem que ter em atenção estas mudanças de tonalidade.

- Aspectos Expressivos

No campo da expressão esta obra vai mais longe que as precedentes. A sua linguagem é bastante mais moderna. A tonalidade existe, mas está muito esbatida e, na parte que antecede a reentrada, quase desaparece. Além disso, é evidente uma espécie de descritivismo, procurando reproduzir a ondulação da água através dos diferentes padrões de acompanhamento no segundo piano que põe em relevo a melodia. Estas características induzem a criança à descoberta de um novo ambiente sonoro mais próximo da sua época, mesmo assim atenuado pelos vínculos com o passado para que o contacto seja progressivo e mais compreensível.

6. Toadilha

a) Forma

A obra está em forma ternária com partes estruturalmente equilibradas. Assim, na primeira existe um período que se repete textualmente, composto por duas frases de 4 compassos diferentes mas sem efectuar nenhum contraste entre si. As duas semifrases que compõem cada frase também são sempre diferentes, mantendo porém a mesma unidade que caracteriza todo o período. Na parte intermédia, também existe apenas um período que se repete exactamente duas vezes. Compõe-se de duas frases de quatro compassos. Na primeira frase as semifrases são idênticas, embora exista uma inversão de funções; a segunda frase começa de forma semelhante à primeira, mas noutro ambiente harmónico e a semifrase final continua com o esquema da anterior embora com notáveis modificações para se preparar tanto para a repetição como para o encadeamento da parte inicial. Esta primeira parte é quase totalmente repetida, mas como havia necessidade de acabar a música, o compositor optou por tirar os dois compassos finais da primeira e substituí-los pelo compasso final na tónica, acelerando harmonicamente o penúltimo compasso para estabelecer a relação de V-I.

b) Harmonia

A tonalidade desta obra é Dó Maior. Na primeira parte não existe nenhuma modulação. Quanto a alterações cromáticas, apenas há duas: o emprego do quarto grau menor e o quinto grau com a quinta alterada ascendentemente. Na segunda parte, a harmonia passa para o relativo menor, mantendo-se estática na primeira frase, enquanto que na segunda frase se assiste à definição da tonalidade, que parece um bocado forçada porque na restante secção a música parece algo vaga em virtude das sétimas menores da

primeira frase. Na repetição da parte inicial apenas há a referir a semifrase final que modula ao V grau embora antes de o atingir passe pelo II grau do modo menor para estabelecer finalmente a cadência.

c) Aspectos Estilísticos - Segundo Piano

Quanto à relação entre os dois pianos verifica-se que na parte A, a primazia melódica cabe ao primeiro piano, ficando o segundo com um acompanhamento de acordes batidos enquanto o baixo esboça um leve fundo melódico que contrapõe à melodia. Na parte intermédia a melodia passa para o segundo piano, onde existe uma espécie de transferência de funções, pois em cada repetição da semifrase a melodia passa para a mão esquerda enquanto que a direita mantém a base harmónica. O primeiro piano realiza uma espécie de nota pedal no agudo, repetindo na primeira frase a nota dó e na segunda a nota mi. A sensação de contínuo movimento, transmitida pelo acompanhamento na primeira parte, desvanece-se quer pela progressão harmónica mais lenta quer pelo uso de bordões e notas pedais, portanto, um contraste nítido e que renova o interesse auditivo da obra.

- Primeiro Piano

A parte destinada à criança é o primeiro piano, que manifesta as características apontadas em obras anteriores: evolução melódica à distância de oitava entre as duas mãos, âmbito melódico reduzido, de quinta perfeita, neste caso, ritmo lento, mínimas e semibreves. Não existe passagem do polegar e a melodia está sempre ao alcance da mão de uma criança sem ser necessário alargar os dedos; contudo, esta aparente simplicidade pode servir os propósitos da obra, uma vez que se trata de uma espécie de canção tradicional que o compositor estiliza e adequa ao ensino do piano. Desta forma, pode resultar a leveza

melódica do primeiro piano que o acompanhamento delicado do segundo piano realça e aprofunda.

d) Características Pedagógicas - Aspectos Técnicos

A dificuldade evidente desta obra é a sustentação dos valores longos. O seu andamento é de certa forma lento (Andante), e serve-se apenas de mínimas e semibreves. É um bom exemplo para se trabalhar a contagem mental e sentir a métrica do movimento, o seu âmbito reduzido ajuda a desenvolver esta tarefa assim como o acompanhamento que enriquece e estimula o seu estudo. Também se pode trabalhar a alternância de dedos na repetição das notas, embora não esteja assinalado no manuscrito do autor, mas como se trata de valores longos e constantes não constitui grandes problemas.

- Aspectos Expressivos

A música nacional marca mais uma vez o ponto de partida do autor para a criação das suas obras. A utilização de um andamento lento é também uma novidade e permite às crianças aperceber-se dos efeitos que os diversos andamentos provocam na expressão musical.

7. Rondino

a) Forma

Quanto à forma, a obra adopta a forma ternária, desta vez com as partes claramente delimitadas. Assim a parte A, é constituída por dois períodos semelhantes, só se modificando o final, pois a primeira vez acaba na dominante, de forma a permitir nova

repetição do período que termina na tónica. Cada período é composto por duas frases, cujas diferenças se encontram no acompanhamento diferenciado para cada uma das frases, e pela curva melódica ascendente da primeira e descendente da segunda. As frases, por sua vez, podem-se dividir em duas semifrases, delimitadas por duas mínimas ligadas, com excepção para a terceira que faz ligação directa com a quarta, de forma a preparar o elo de ligação com o período seguinte. Uma vez que o segundo período é a repetição do anterior, a divisão anterior mantém-se, existindo apenas uma diferença no final, pois a última semifrase é modificada nos dois pianos para finalizar na tónica. Também nesta obra, os valores das semifrases, frases e períodos foram modificados para o dobro, para permitir uma análise mais coerente de acordo com o que se apreende auditivamente. Na parte B, há um abrandamento da pulsação pela indicação de Meno mosso, contribuindo para uma maior diferenciação das partes. Seguindo o método anterior contém apenas um período de

Documentos relacionados