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pós passar dezenove anos como discípulo de Platão na Academia, Aris- tóteles rompeu com os ensinamentos de seu mestre depois da morte deste, elaborando o seu próprio sistema filosófico a partir de uma crítica ao pensamento de Platão, sobretudo à Teoria das Idéias. Na verdade, o desenvolvimento da tradição filosófica clássica tem em Platão e em Aristóteles as suas duas vertentes principais, os seus dois grandes eixos, e principalmente na Idade Média, platonismo e aristotelismo inspiraram desenvolvimentos diferentes, e pode- se dizer mesmo rivais, no pensamento filosófico e teológico.

Aristóteles nasceu em 384 a.C., em Estagira (hoje Stravó), na Macedônia, filho de um médico da corte do rei Amintas II e ele próprio teve formação médica, o que explica seu interesse pela pesquisa empírica e por questões biológicas, sobre as quais escreveu vários tratados. Transferindo-se aos dezoito anos para Atenas para estudar, tornou-se membro da Academia de Platão e seu discípulo mais brilhante. Após a morte de Platão (c.348-7 a.C.), talvez em desacordo com os rumos que os ensinamentos da Academia tomaram sob a liderança de Espeusipo, que valorizava a matemática, seguiu o seu próprio caminho. Foi durante algum tempo (c.343-340 a.C.) preceptor de Alexandre, filho do rei Filipe da Macedônia e futuro conquistador

de um grande império. De volta a Atenas em 335 a.C., fundou a sua escola, o Liceu. Após a morte de Alexandre (323 a.C.), Aristóteles deixou Atenas devido ao senti- mento antimacedônio então dominante, vindo a falecer em Calchis, em 322 a.C.

O pensamento de Aristóteles desenvolveu-se sobretudo a partir de uma crí- tica tanto à filosofia dos pré-socráticos, quanto à filosofia platônica, como podemos ver no livro I da Metafísica, talvez sua principal e mais influente obra filosófica, através de um esforço de elaboração de uma concepção filosófica própria, que não se confundisse com a de seus antecessores e ao mesmo tempo superasse o que con- siderava suas principais falhas e limitações. Temos assim, em Aristóteles, uma re- definição da filosofia, de seu sentido e de seu projeto, e a construção de um grande sistema de saber, muito influente no desenvolvimento da ciência antiga.

A obra de Aristóteles, que conhecemos, é bem diferente da de Platão. Os tex- tos filosóficos gregos, muitas vezes registros por alunos e discípulos dos ensinamen- tos dos mestres, ou obras ditadas pelos mestres a seus discípulos, dividiam-se geral- mente em textos esotéricos ou acroamáticos, de caráter mais especializado e dirigido ao público interno da escola, a seus discípulos; e textos exotéricos, de caráter mais abrangente e de interesse mais amplo e dirigido ao grande público, aos interessados em geral. Os diálogos de Platão que chegaram até nós são textos exotéricos, o que explica em grande parte seu estilo literário e sua preocupação didática. Não temos textos esotéricos da tradição platônica, e talvez estes textos não tenham existido, o que deu origem a especulações sobre a assim chamada “doutrina não-escrita” de Platão. É provável que o ensino esotérico na Academia tenha sido estritamente oral. No caso de Aristóteles, ao contrário, os textos exotéricos, diálogos principalmente, do Liceu, não sobreviveram, chegando até nós apenas os textos esotéricos, notas de cursos, escritos re-elaborados por discípulos etc., o que pode explicar, em grande parte, o estilo mais árido destes textos, seu caráter repetitivo e até mesmo algumas inconsistências. Após a morte de Aristóteles, sua escola desenvolveu-se principal- mente em três grandes centros: Atenas, a ilha de Rodes e Alexandria. Os textos do filósofo, sua biblioteca inclusive, dispersaram-se por estes três centros, sendo que muitos se perderam já na Antigüidade. A edição do corpus aristotelicum, da obra de Aristóteles, que chegou até nós, foi elaborada por volta de 50 a.C. por Andrônico de Rodes, que reviveu a escola aristotélica em Roma, portanto mais de dois séculos após a morte do filósofo.

Aristóteles concebe a natureza como dotada de uma finalidade, um telos, con- siderando o ser humano como parte da natureza. Essa finalidade consiste em que cada coisa que pertence à natureza deve realizar o seu potencial; por exemplo, uma

semente se transforma em árvore, um ser humano busca realizar-se plenamente em sua vida e em suas atividades. O processo de realização do próprio potencial, no caso dos objetos naturais, é imanente a eles mesmos, está inscrito em sua própria natureza e, dadas as condições adequadas, isso ocorrerá. No caso do ser humano, isso dependerá das decisões corretas que este tomar, daí, para Aristóteles, a impor- tância da ética, enquanto racionalidade prática que nos leva a tomar as decisões corretas e a avaliar o que nos traz a felicidade, levando uma vida virtuosa. Essa vida virtuosa se define pela moderação ou equilíbrio em nossa forma de agir, evitando os excessos ou as deficiências. É nisso que consiste a doutrina aristotélica da justa medida, a mesótes.

A Ética Nicomaquéia, ou Ética a Nicômaco, de Aristóteles, foi o primeiro trata- do de Ética da tradição filosófica ocidental, tendo sido o primeiro a utilizar o termo “ética” no sentido em que o empregamos até hoje de um estudo sistemático sobre os valores e os princípios que regem a ação humana e com base nos quais esta ação é avaliada em relação a seus fins. O texto ficou conhecido como Ética a Nicômaco por ter sido dedicado a Nicômaco, o filho de Aristóteles. Sua influência foi imensa, tendo marcado profundamente a discussão sobre ética subseqüente, definindo as grandes linhas de discussão filosófica nesta área.

Enquanto que nos diálogos de Platão todas as grandes questões filosóficas se encontram fortemente relacionadas e passamos de uma discussão sobre a verdade e o conhecimento para questões de natureza ética, a filosofia de Aristóteles é de ca- ráter mais sistemático e analítico, dividindo a experiência humana em três grandes áreas: o saber teórico, ou campo do conhecimento sobre o mundo natural; o saber prático, ou campo da decisão e da ação; e o saber criativo ou produtivo, em que fazemos ou produzimos algo, desde uma escultura até um poema.

No sistema de Aristóteles, a Ética, juntamente com a Política, pertence ao domínio do saber prático, podendo ser contrastada com o saber teórico. Enquanto que no domínio do saber teórico, que inclui a metafísica, a matemática e as ciências naturais, sobretudo a física, o objetivo é o conhecimento da realidade em suas leis e princípios mais gerais, no domínio do saber prático trata-se de estabelecer sob que condições podemos agir da melhor forma possível, tendo em vista o nosso objetivo primordial, que é a felicidade (eudaimonia), ou a realização plena de nosso poten- cial. Esse saber prático é por vezes também denominado prudencial por ter como faculdade definidora a prudência, como por vezes se traduz o termo grego phronesis, podendo ser traduzido também como razão prática, ou capacidade de discernimen- to. No que consiste esta felicidade, e como é possível ao ser humano alcançá-la, são

as questões centrais da Ética a Nicômaco. Para chegar a isso Aristóteles examina a natureza humana e suas características definidoras do ponto de vista ético, as virtu- des. Grande parte da discussão do texto é dedicada, portanto, ao conceito de virtude moral (areté), ou excelência de caráter.

Aristóteles define seu objetivo como eminentemente prático e critica (Ética a

Nicômaco, I, 6) a concepção platônica de forma, ou idéia, do Bem pelo seu sentido

genérico, excessivamente amplo e distante da experiência humana.

Para Aristóteles, a felicidade (eudaimonia) é o objetivo visado por todo ser humano. O termo eudaimonia pode ser entendido como excelência, principalmente como excelência naquilo que se pretende realizar. Portanto, na concepção aristoté- lica, a felicidade está relacionada à realização humana e ao sucesso naquilo que se pretende obter e que só se obtém na medida em que aquilo que se faz é bem feito, ou seja, corresponde à excelência humana e depende de uma virtude (areté) ou qua- lidade de caráter que torna possível esta realização. No Livro I, da Ética a Nicômaco, a felicidade, ou bem-estar, é apresentada como aquilo que todos buscamos e como objetivo da Ética, em última análise, como um fim em si mesmo. No último livro, na conclusão da obra, portanto, Aristóteles retoma o conceito de felicidade, escla- recendo que não deve ser confundida com os prazeres, mas que a felicidade em seu sentido mais elevado deve ser entendida como a contemplação das verdades eternas, a atividade característica do sábio ou do filósofo.

A noção de felicidade é central à ética aristotélica que, por este motivo, é caracterizada como ética eudaimônica, caracterização esta que se estende às éticas influenciadas por Aristóteles em geral e que atribuem igualmente a centralidade ao conceito de felicidade.

Embora a filosofia grega não tenha se dedicado de modo especial à questão do meio ambiente, a concepção grega de integração do ser humano com o mundo natural é considerada um dos pontos de partida do pensamento ecológico contem- porâneo. É sobretudo o modo de pensar grego que, ao definir o ser humano como um microcosmo que é parte do macrocosmo, abre caminho para a visão do equi- líbrio necessário entre o ser humano e a natureza. Assim como as leis do Cosmo garantem o seu equilíbrio e harmonia, a ética corresponderia, no mundo humano, à busca de equilíbrio e harmonia equivalentes.

Aristóteles compartilha dessa concepção e considera sempre o ser humano como parte da natureza desde a Metafísica (I,), quando discute o conhecimento como tendo seu ponto de partida no prazer que as sensações nos causam até seus

tratados de biologia, em que apresenta as características de um organismo equilibra- do, baseando-se na tradição médica grega.

Há duas características do pensamento de Aristóteles relevantes para a dis- cussão de uma ética do meio ambiente. Em primeiro lugar, sua concepção de que o ser humano deve ser visto como integrado ao mundo natural, como parte da natureza. Em segundo lugar, sua concepção de que o saber técnico (téchne) ou ins- trumental, por meio do qual o ser humano intervém na natureza, ou seja, no meio ambiente, deve ser subordinado à decisão racional e ao saber prudencial (Ética a

Nicômaco, VI, 4 e 5).

O primeiro texto da Ética a Nicômaco que selecionamos ilustra a concepção aristotélica de virtude como resultado do hábito. Neste texto, contrariamente a Pla- tão no Ménon, Aristóteles afirma que a virtude (areté, aqui traduzida por “excelên- cia”) pode ser ensinada, sendo este ensinamento um dos objetivos centrais da filoso- fia. A virtude não é inata, mas resulta do hábito (ethos, raiz do próprio termo “ética”, como lembra Aristóteles) e do costume, ou seja, é necessário praticá-la, exercê-la efetivamente para nos tornarmos virtuosos. Selecionamos em seguida o capítulo 7 do Livro I em que encontramos a caracterização aristotélica de felicidade. O tercei- ro texto da Ética a Nicômaco que apresentamos contém a doutrina do meio termo ou justa medida (mesótes), um dos princípios fundamentais de sua ética. A ação correta de um ponto de vista ético deve evitar os extremos, tanto o excesso, quanto a falta, caracterizando-se assim pelo equilíbrio, ou justa medida. A sabedoria prática (phronesis) consiste na capacidade de discernir esta justa medida, cuja determinação poderá variar dependendo das circunstâncias e das situações envolvidas. Nesse texto Aristóteles apresenta um quadro das virtudes ou qualidades e dos vícios ou faltas, definindo a justa medida em cada caso. A moderação, ou temperança (sophrosyné), é a característica do indivíduo equilibrado no sentido ético. É importante notarmos como Aristóteles se preocupa em dar conselhos práticos. Concluímos com um texto da Política, em que Aristóteles enfatiza a especificidade da natureza humana e seu caráter político.

A virtude pode ser encarada sob dois pontos de vista: enquanto resultado da in- teligência, e enquanto produto dos costumes. No primeiro caso ela pode, na maior parte das vezes, ser ensinada, sendo, pode-se dizer, suscetível de geração e de crescimento; por esse motivo necessita de tempo e de experiência; mas, no segundo caso, nasce do ethos (costume, hábito), daí se deriva seu nome de ética. Isso nos permite perceber claramente que nenhuma virtude moral existe em nós enquanto produto imediato da natureza, por- que nada que provém da natureza pode ser alterado pelos costumes. Assim, a pedra, cuja tendência natural puxa sempre para baixo, nuca alterará esta direção, mesmo que nos es- forcemos para acostumá-la a uma direção contrária, lançando-a no ar seguidamente. Em suma, não há qualquer meio de, através dos costumes, alterar as inclinações e tendências impressas pela natureza. Portanto, as virtudes nunca são em nós fruto da natureza, nem evidentemente contrárias à natureza, mas a natureza simplesmente nos torna capazes de recebê-las, cabendo a nós aperfeiçoá-las através do hábito. Além do mais, trazemos em nós logo ao nascer as faculdades específicas daquilo que existe em nós como produto da natureza, mas só seguidamente é que vimos produzir os atos, tal como claramente ocorre com os sentidos. Não foi por ver ou ouvir repetidamente que adquirimos esses sentidos, ao contrário, já os tínhamos antes de usá-los e não passamos a tê-los por usá-los. No caso das virtudes, contudo, nós as adquirimos por tê-las praticado, tal como acontece com as artes. A prática é nosso principal meio de instrução no caso das coisas que só fazemos bem quando as sabemos fazer. Por exemplo, é construindo que nos tornamos pedreiros, tocando lira que nos tornamos músicos; do mesmo modo, é praticando a justiça que nos tornamos justos, agindo moderadamente que nos tornamos moderados e corajosa- mente que nos tornamos corajosos. Aquilo que se passa na sociedade é prova disso, pois os legisladores formam os bons cidadãos habituando-os a agir bem. [...] Se não fosse assim não seriam necessários os mestres, pois todos os homens teriam nascido, bem ou mal, dotados para as suas profissões. Logo, acontece o mesmo com as várias formas de excelência moral, na prática dos atos em que temos que nos engajar uns com os outros, tornamo-nos justos ou injustos; na prática de atos em situações perigosas e adquirindo o hábito de sentir receio ou confiança, tornamo-nos corajosos ou covardes. O mesmo se aplica aos desejos e à ira; algumas pessoas se tornam moderadas e amáveis, enquanto outras se tornam concupiscentes e irascíveis, por se comportarem de maneiras diferentes nas mesmas circunstâncias. Em outras palavras, nossas disposições morais correspondem às diferenças entre nossas atividades.

Ética a Nicômaco (II.)

É em nossa relação com os outros que agimos de modo justo e demonstramos coragem e outras virtudes, respeitando o direito dos outros em todos os contratos e ações mútuas de todo tipo, assim como em nossos sentimentos, pois todas essas são experiên- cias humanas. Algumas delas são mesmo consideradas como estando de vários modos intimamente relacionadas com sentimentos. A prudência está fortemente relacionada ao bem moral e o bem moral com a prudência, uma vez que os princípios fundamentais da prudência são dados pelas virtudes morais, e o padrão correto para as virtudes é estabe- lecido pela prudência.

A Felicidade (X. 8.)

A virtude moral é uma justa medida, um meio termo entre dois vícios, o excesso ou a falta, e consiste em encontrar o meio termo nos sentimentos e nas ações. Por esse motivo é difícil fazer o bem, porque em cada caso particular é difícil encontrar o meio termo.[...] É bem fácil sentir raiva, isso pode acontecer com qualquer algum, ou gastar dinheiro, mas ter bons sentimentos e agir corretamente em relação a outras pessoas no momento certo, por boas razões e de maneira certa é bastante raro, sendo um ato exce- lente e louvável. [...] Uma vez que é extremamente difícil conseguir o meio termo, de- vemos tentar o que for mais próximo, escolhendo o menor dos males e isso se consegue da maneira seguinte. Devemos prestar atenção aos erros em que temos mais tendência a incorrer (porque cada um de nós tem diferentes tendências e descobrimos isso pelo prazer ou a dor que algo nos causa), e devemos então nos esforçar para seguir a direção oposta, pois alcançaremos o meio termo forçando-nos a evitar o fracasso, assim como alguém que tentar endireitar um pedaço torto de madeira. Em todas as circunstâncias devemos estar especialmente atentos ao prazer e às coisas prazerosas, porque não somos juízes imparciais do prazer.[...] Resumindo, seguindo essas regras temos mais condições de alcançar o meio termo. Mas presume-se ser isso difícil, especialmente em casos par- ticulares, porque não é fácil determinar quando é justo sentir raiva e em relação a quem, ou durante quanto tempo. Com efeito, por vezes, louvamos aqueles que demonstram fraqueza e os chamamos de pacientes, e algumas vezes aqueles que demonstram força e os chamamos de corajosos. Contudo, aquele que se desvia, mesmo que apenas um pouco, da medida certa, seja para mais ou para menos, não é censurado, apenas aquele que se excede porque chama a atenção. Porém não é fácil definir a regra segundo a qual até que ponto alguém pode incorrer em erro sem ser censurado, assim como não é fácil definir qualquer outro objeto de percepção.

Nota do autor: Para uma leitura em português do conjunto desta obra, recomendo os textos de Aristóteles encontrados na edição da coleção Os pensadores (Ed. Abril/Nova Cultural, São Paulo, 2000), assim como a edição da Ética a Nicômaco da Ed. Martin Claret, São Paulo, 2003, tradução de Pietro Nassetti.

Está claro então que em toda a nossa conduta o mais recomendável é sempre o meio termo. Mas devemos nos inclinar por vezes para o excesso, por vezes para a falta, pois dessa maneira, com mais facilidade, alcançamos a justa medida, ou seja, o procedi- mento correto.

Ética a Nicômaco (II. 9)

É evidente que a cidade (polis) faz parte das coisas naturais e que o homem é por natureza um animal político (zoon politikón). E aquele que por natureza, e não simplesmente por acidente, se encontra fora da cidade ou é um ser degradado ou um ser acima dos homens, segundo Homero (Ilíada IX, 63) denuncia, tratando-se de alguém sem linhagem, sem lei, sem lar.

Aquele que é naturalmente um marginal ama a guerra e pode ser comparado a uma peça fora do jogo. Daí a evidência que o homem é um animal político, mais ainda que as abelhas ou que qualquer outro animal gregário. Como dizemos freqüentemente, a natureza não faz nada em vão; ora, o homem é o único dentre os animais a ter linguagem (logos). O simples som (phoné) é uma indicação do prazer e da dor, estando portanto presente em outros animais, pois a natureza destes consiste em sentir o prazer e a dor e em expressá-los. Mas a linguagem tem como objetivo a manifestação do vantajoso e do desvantajoso, e portanto do justo e do injusto. Trata-se de uma característica do homem ser ele o único que tem o senso do bom e do mau, do justo e do injusto, bem como de outras noções deste tipo. É a associação dos que têm em comum essas noções que cons- titui a família e o estado.

Política, I, 25a.

As citações de Aristóteles aqui apresentadas são traduções feitas pelo autor com base na obra Ética a Nicômaco, contemplando várias edições existentes, em português, inglês, francês e também no texto original grego.

Referências

BARNES, J. Aristóteles. São Paulo: Loyola, 200.

CAUQUELIN, A. Aristóteles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 995. CRESSON, A. Aristóteles. Lisboa: Edições 70, 98.

MILCH, R. Aristóteles: ética nicomaquéia. [Apontamentos Europa-América]. Sintra: Europa-América, 99.

MORRALL, J. Aristóteles. Brasília: UnB, 985.

PHILIPPE, Marie-Dominique. Introdução à Filosofia de Aristóteles. São Paulo: Paulus, 2002.

SIQUEIRA, J.C. Ética e meio ambiente. São Paulo: Loyola, 998.

Santo Agostinho