• Nenhum resultado encontrado

A DAPTAÇÃO DO B ALANÇO H ÍDRICO AO CASO DE ESTUDO

ABASTECIMENTO DE ÁGUA FB

5.2.1. A DAPTAÇÃO DO B ALANÇO H ÍDRICO AO CASO DE ESTUDO

Tendo em conta o descrito no Capitulo 3 referente aos Sistemas de Abastecimento de Água, mais concretamente ao ponto 3.5.1 que diz respeito ao cálculo do BH, procedeu-se à adaptação do quadro para as características da entidade em estudo.

Assim sendo, a adaptação da metodologia para o cálculo do Balanço Hídrico passou numa primeira fase pelo levantamento e caracterização de todas as atividades da entidade que carecem de água para a sua concretização. Para a execução desta tarefa procedeu-se à recolha e processamento de informação complementar obtida através das campanhas de medição de consumos de água e dos respetivos caudais. As atividades em questão foram descritas no capítulo anterior. Devido às características díspares de cada uma das atividades, a obtenção de dados foi também distinta, sendo que cada uma destas atividades tem um peso diferente no cálculo do Balanço Hídrico.

De forma a sistematizar o estudo e facilitar o cálculo do Balanço Hídrico, procedeu-se à classificação das diferentes atividades segundo a terminologia do Balanço Hídrico, e consequentemente, à determinação dos valores de cada parcela.

5.2.1.1.

Consumos faturados e medidos (D1)

Primeiramente efetuou-se o levantamento de todos os consumidores e atividades que se encontram abrangidas pelo Sistema do Forte da Barra (FB). Os consumos faturados medidos desta entidade são de dois tipos: os consumos efetuados por terceiros através de rede predial e pelo serviço de fornecimento de água a navios. Estes serviços são faturados de forma distinta. O primeiro é de acordo com o contrato, sendo emitida uma fatura mensal, enquanto o segundo é faturado como um serviço prestado ao navio, tratando-se de um serviço pontual. As bases de dados onde são registados estes consumos são distintas:

 A base de dados utilizada para o consumo de terceiros obteve-se através do sistema de faturação deste serviço. Nesta base de dados, encontram-se também os consumos medidos mas não faturados. Procedeu-se então à seleção dos volumes cuja faturação é diferente de 0€.

 Para o levantamento dos volumes de água fornecidos a navios, procedeu-se à análise dos livros de registo dos serviços de fornecimento de água a navios e posteriormente selecionaram-se os volumes de água fornecidos apenas no Terminal Norte, descartando os consumos associados às outras redes de abastecimento.

5.2.1.2.

Consumo não medido faturado (D2)

Neste contexto incluem-se os volumes gastos nas Lavagem de Terraplenos e equipamentos e no combate à poluição. Os volumes consumidos na realização destas atividades são faturados conjuntamente.

No que concerne à Lavagem, este volume é considerado como não medido uma vez que o volume faturado é sempre 10 m3 de água, mesmo que o volume consumido seja inferior. No caso de ser necessário um volume superior serão faturados mais 10 m3. O mesmo acontece com o camião cisterna, mas com o volume fixo de 11 m3. Deste modo não é possível determinar exatamente qual o volume de água consumido nesta parcela.

Por outro lado, como o serviço de combate à poluição é faturado em conjunto com a lavagem não é possível determinar com exatidão o volume consumido nesta tarefa.

Para a determinação destas parcelas procedeu-se à análise dos livros de registo dos serviços prestados a navios.

5.2.1.3.

Consumos não faturados mas medidos (D3)

Para a determinação deste fator recorreu-se à mesma tabela dos consumos faturados onde o valor de faturação é igual a 0€, sendo que estes consumos pertencem à atividade da APA como consumidor final e ao abastecimento do Jardim Oudinot.

5.2.1.4.

Consumo não faturado não medido

Esta parcela é composta pelas atividades:

 Manutenção do Sistema de Combate a Incêndios – não havendo uma base de dados sobre este consumo, nem sendo possível assistir à execução desta atividade assumiu- se um valor de 1000 m3, tendo este valor sido validado pelo Chefe de Serviço de Manutenção de Equipamentos, responsável pela execução desta tarefa.

 Rega de Espaços Verdes – os espaços verdes pertencentes a este Sistema de Abastecimento de Água encontram-se assinalados na Figura 5.1, sendo que nos espaços A) a rega é realizada manualmente, enquanto nos espaços B) a rega é automática. Para a estimativa desta parcela procedeu-se ao levantamento no terreno das características da mesma, assim como se efetuou o levantamento dos procedimentos e práticas utilizadas na rega de espaços verdes, estando as características descritas no Quadro 5.2.

Nota: o Jardim Oudinot apesar de identificado na imagem não pertence a esta parcela, como já referido.

Quadro 5.2 – Características dos Sistemas de Rega da APA

Local Área regada [m2] Tipo de Rega Tem. [h] Freq. [ano] nº asper. Marca Pres

[bar] bocal raio Q [m3/h/asp] Rotunda Frente Terminal Norte 792,00 Automá tica 1 182 9 Rain Bird 5000Plus Series Rotor 2,00 3,00 11,2 0,55 Rotunda Terminal Norte 586,00 não é regada 0 --- --- --- --- --- --- Rotunda Furo RA2 2775,00 Automá tica 1 182 15 Rain Bird 5000 Plus Series Rotor 2,00 3,00 11,2 0,55 Rotunda Porto de Pesca Costeira 1478,00 Automá tica 1 182 10 Rain Bird 5000 Series Rotor 2,00 3,00 10,8 0,68 Jardim Trás Sede 3013,00 Manual 8,00 320 2 --- --- --- --- 1,80 Jardim Forte da Barra 929,00 Manual 8,00 320 3 --- --- --- --- 0,72 Área Total 8987,00

 Lavagem de Terraplenos e equipamentos – como referido anteriormente aquando da caracterização das atividades da APA, para além da lavagem que é faturada às entidades responsáveis pela carga é, ainda realizada a lavagem do cais por parte da APA. Para a estimativa desta parcela foi pedido aos trabalhadores responsáveis por esta atividade que durante um dia efetuassem o registo horário desta tarefa, ou seja que indicassem a hora de início e de fim, de forma a poder obter-se um valor médio de horas de lavagem num dia típico, tendo-se obtido o valor médio de 4 h.d-1 de lavagem. Posteriormente analisou-se a base de dados referente às mercadorias transacionadas no ano de 2013, passiveis de requerer a lavagem do cais (Anexo D). Assim ao total obtido de mercadorias com essas características (93) subtraiu-se o número de lavagens faturadas (49). Deste modo no ano de 2013 ocorrem no mínimo 44 lavagens de terraplenos no Terminal Norte, da responsabilidade da Administração Portuária.

5.2.2. B

ALANÇO

H

ÍDRICO