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A TIVIDADES COM CONSUMOS SIGNIFICATIVOS DE ÁGUA 1 Fornecimento de água a Navios

Perdas aparentes

CAPÍTULO 4 E NTIDADE DE A COLHIMENTO

4.6. APA COMO C ONSUMIDOR F INAL E P RESTADOR DE S ERVIÇOS Para além de uma Entidade Gestora a APA é também um consumidor de água do sistema

4.6.1. A TIVIDADES COM CONSUMOS SIGNIFICATIVOS DE ÁGUA 1 Fornecimento de água a Navios

O abastecimento de água a navios é um serviço prestado pela APA a terceiros, sendo uma atividade realizada nos Terminais Norte, RO-RO, de Granéis Líquidos e de Granéis Sólidos. Este serviço consiste no enchimento dos reservatórios de água dos navios com água para consumo humano. Para tal é efetuada uma ligação entre as tomadas de cais existentes nos locais de atracação dos navios e os reservatórios dos próprios navios, através do mecanismo apresentado na Figura 4.11.

O designado carrinho de abastecimento de água está equipado com um contador que efetua a medição da quantidade de água abastecida. O caudal médio debitado por hora é de 10m3, à pressão teórica de 2,5 bar. Esta atividade, apesar de se tratar de um volume de água fornecido a terceiros é na verdade uma atividade pertencente à APA, uma vez que todo o procedimento é da responsabilidade desta entidade. Ou seja, o estado de conservação dos carrinhos, das juntas e das mangueiras é da inteira responsabilidade da APA, a montante e jusante do medidor de caudal, até ao reservatório existente no navio.

Figura 4.11 – Carrinho para abastecimento de água a navios

A água abastecida a navios é uma componente do sistema com um peso bastante elevado para o Sistemas de Abastecimento de Água. No entanto, a quantidade de água fornecida ao navio, depende inteiramente da capacidade do reservatório do navio, assim como do volume de água por este requerido.

4.6.1.2.

Lavagem de Terraplenos e Equipamentos

A lavagem de cais, terraplenos e equipamentos está associada predominantemente à movimentação de granéis sólidos, tais como wood pellets, carbonato disódico, bagaço de colza, nefelina, sêmea de trigo, farinha de soja, leca, argila, bagaço de palmiste, entre outros.

A limpeza dos terraplenos processa-se em quatro fases. Primeiramente o resíduo é varrido pelo equipamento Varredora Cat que apenas o junta; de seguida o equipamento Pá Case recolhe o resíduo acumulado; o excedente é aspirado pela Varredora Dulevo. Por fim o cais é enxaguado, para retirar as partículas mais finas.

A água utilizada varia normalmente entre 10 m3h-1 ou 11 m3h-1, dependendo se a lavagem é efetuada manualmente ou por camião cisterna, respetivamente. O tempo médio das lavagens é de aproximadamente 4 h dia-1. Ressalva-se que a lavagem por camião cisterna ocorre quando a zona em questão apresenta uma grande extensão, ocorrendo essencialmente no Terminal Norte. Esta atividade pode ainda ser de dois tipos: um serviço prestado a terceiros, ou uma atividade interna da APA. Tal facto leva a que o modo de gestão seja diferente.

4.6.1.3.

Combate à poluição

Este processo é da responsabilidade da empresa cuja mercadoria possa libertar partículas passíveis de provocar dano no meio ambiente, como é o caso do carbonato disódico que, pela sua movimentação liberta partículas de forma difusa. Este é um serviço da APA prestado a terceiros, mas, à semelhança das atividades descritas anteriormente, é à APA que compete a sua gestão, embora o consumo seja faturado ao Operador Portuário.

4.6.1.4.

Rega de Zonas Verdes

A APA tem várias zonas verdes que carecem de rega, nomeadamente os jardins do edifício sede e da zona urbana do Forte da Barra, assim como das rotundas do Terminal Norte, Porto de Pesca Costeira, do reservatório EE1 e das rotundas do Terminal de Granéis Líquidos.

As formas de rega não são todas iguais, existindo zonas onde a rega é realizada manualmente, recorrendo a boca-de-incêndio ou torneiras existentes nos locais, ou de forma automática, através de aspersores.

Acresce que esta atividade de rega dos jardins da APA não está relacionada com a rega do Jardim Oudinot, uma vez que o sistema de rega deste jardim é da inteira responsabilidade do município de Ílhavo, sendo que a APA apenas fornece a água.

4.6.1.5.

Manutenção dos Sistemas de Combate a Incêndio

Esta atividade consiste na verificação a que deve ser submetido o sistema de combate a incêndio, por forma a garantir a preservação de todos os componentes da instalação, com o objetivo de minimizar as possibilidades de ocorrer qualquer falha dos componentes do sistema. Para tal as válvulas são abertas e fechadas na totalidade de modo manual garantindo assim o bom funcionamento do corpo da válvula, procedendo-se ainda à verificação da existência de vazamentos no corpo, castelo ou juntas que as compõem. As tubagens são ainda sujeitas a uma lavagem para a remoção de detritos. Esta atividade preventiva é da responsabilidade da APA, sendo levada a cabo periodicamente.

4.6.1.6.

Edifícios

Relativamente aos consumos de água nos edifícios da APA, estes ocorrem essencialmente nos Edifícios 9 (sede) e 11 (TN), oficinas, pavilhões e armazéns, sendo que estes consumos se prendem essencialmente com as instalações sanitárias e os serviços de bar e cantina. Estes consumos são díspares entre si, no entanto, nem sempre é possível diferenciá-los. Neste sentido a APA apresenta-se como um consumidor final que procura uma melhoria da sua eficiência hídrica.

CAPÍTULO 5 - METODOLOGIA

O estudo da Eficiência de Sistemas de Abastecimento de Água, como referido no capítulo 3 é composto por várias etapas, tornando-se, por isso em algo complexo, com uma diversidade enorme de variáveis a avaliar.

Segundo o disposto no artigo nº 8 do Decreto-Regulamentar nº 23/95, de 23 de agosto, na procura da melhoria da eficiência dos sistemas de abastecimento já existentes deve ser efetuado um estudo técnico-económico de modo a que não se dê origem a um impacte hidráulico ou estrutural negativo nos sistemas envolventes. Neste estudo devem ser considerados os dados relativos aos consumidores.

O diploma supra referido estabelece, de certo modo, as etapas que um estudo deste género deve cumprir. A acrescentar ao diploma, a ERSAR tem ao dispor no seu site, o Guia técnico para o “Controlo de Perdas de Água em Sistemas Públicos de Adução e Distribuição de Água”. Este estudo teve por base o diploma, o Guia da ERSAR e ainda a caracterização realizada pelo PNEUA.

5.1.

CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DA APA

5.1.1. L

EVANTAMENTO DE TODA A INFORMAÇÃO REFERENTE À

APA

COMO