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CAPÍTULO III ANÁLISE DE DECISÕES JUDICIAIS

3.3 Do caso do médium João de Deus

3.3.4 Da vítima acometida por síndrome de pânico

3.3.4.1 Das decisões judiciais

Insta salientar que o acesso às decisões judiciais desse caso, a princípio, foi obstado pelo segredo de justiça decretado, não estando disponíveis nas plataformas de jurisprudência, tampouco na do Tribunal de Justiça de Goiás, onde tramitou o processo.

Dessa forma, a fim de realizar uma análise da íntegra dos pronunciamentos judiciais, foi contatada à vítima através das redes sociais, explicitando o objetivo do presente trabalho monográfico em defesa das mulheres, ocasião em que se mostrou muito receptiva e interessada em colaborar, encaminhando tanto a sentença absolutória de 1ª instância (ANEXO A), quanto o acórdão proferido em 2ª instância (ANEXO B).

O caso foi julgado, em 1ª instância, pela juíza Rosângela Rodrigues dos Santos que entendeu, na época, que o médium não enganou a vítima e que o pai estava lá para ampará-la e poderia ter reagido, como se observa no trecho da sentença a seguir.

Como se vê, no que se refere ao agir mediante fraude, estão bem assentadas as possíveis hipóteses de incidência, de forma que o caso dos autos não se enquadra em nenhuma delas, tendo em vista que a vontade

da vítima não se encontrava viciada no momento do fato, ainda que o acusado estivesse prometendo falsamente ou artificiosamente uma cura. Pelos relatos, tem-se que a vítima chorava compulsivamente durante

o período em que permaneceu na sala sendo atendida, o que significa dizer que não estava confortável com a situação, embora pudesse

perfeitamente exprimir sua vontade, mesmo porque seu genitor ali esteve durante todo o tempo para ampará-la. Embora se reconheça a

fragilidade da vítima que, na ocasião, estava acometida pela síndrome do

inconformismo com a atitude nefasta do acusado, porque não estava a sós com ele. (grifos nossos)

O primeiro ponto demonstra que a magistrada não reconheceu a violação sexual mediante fraude, sob o argumento de que o médium não teria enganado a vítima.

Ora, depara-se com uma situação em que a vítima está doente, apresentando-se para ser curada, valendo-se da sua fé - o que movimenta ações e reações de milhares de pessoas, principalmente em um país como o Brasil em que o esteio na fé é marca registrada, sendo um dos povos mais espiritualizados do mundo. Assim, a vítima está em uma posição de fragilidade em confiança absoluta de um todo poderoso médium.

Sobre o caso dessa vítima em específico, manifestou-se Guilherme de Souza Nucci, que enxerga além:

Evidencia-se o controle absoluto que isto causa, quando se pode acompanhar um caso triste de uma mulher vitimada, em tese, pelo médium, tendo seu pai a poucos metros de distância, virado de costas, por ordem do algoz, rezando. Enquanto o genitor ora a Deus, o que faz o médium? Estupra sua filha, vulnerável e entregue à própria sorte. Não há fraude; há redução à incapacidade de resistência.120

Nucci defende que o uso da fé das pessoas para satisfazer sua lascívia, enquanto ocupa a posição de autoridade decorrente da liderança religiosa, não é sinônimo de fraude, mas de grave ameaça. Na situação, as mulheres não expressam resistência, deixando que o médium as toquem, porque estão sendo coagidas por alguém considerado enviado de Deus, em nome de um bem maior - a sua saúde.

Dessa maneira, defende o enquadramento da conduta típica como estupro de vulnerável, com base no art. 217-A, §1º do Código Penal, que prevê a mesma pena de quem tem conjunção carnal ou pratica outro ato libidinoso com menor de 14 anos, a quem pratica essas ações com alguém que, pode qualquer motivo, não possa oferecer resistência - como assevera:

A ameaça presumida, constante hoje do tipo do artigo 217-A, envolve qualquer espécie de subjugação. Ora, quem vai a esse médium

120

NUCCI, Guilherme de Souza. João de Deus - estupro ou violação sexual mediante fraude? [s.l..]: Revista Consultor Jurídico, 2018. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2018-dez- 24/nucci-joao-deus-estupro-ou-violacao-sexual-mediante-fraude>. Acesso em: 03 nov. 2019.

glorificado internacionalmente não é pessoa saudável, que possa se defender de uma eventual fraude; muito mais que isso, significa a procura de salvação (vida em risco) em direção a um médium — que não age por si, mas por Espíritos Superiores — concretizando uma forma de envolvimento ameaçador, que retira a capacidade de resistência da vítima. Esta mulher, infeliz e fraca, não está sendo enganada pelo médium,

quando este tem qualquer tipo de relacionamento sexual com ela; está

rendida ao médium, pois que, se o procurou, é porque acredita em seus poderes transcendentais. A forma de uma ameaça é variável na vida

das pessoas. Usar a fé para fins libidinosos tolhe a manifestação livre de vontade da vítima. Mas esta não está sendo ludibriada. De jeito nenhum.

Está sendo estuprada e sente que nada pode fazer, pois seu algoz é uma entidade poderosa.121 (grifos nossos)

Com a sentença absolutória, o Ministério Público de Goiás interpôs o recurso de apelação, ocasião em que o relatou entendeu que houve fraude, diferentemente da magistrada de 1º grau.

Em que pese o brilhantismo da ilustre Juíza ad quo, verifico haver laborado em equívoco, posto que, presente a elementar fraude, elemento essencial para configuração do delito.

[...]

Na violação mediante fraude a vontade da vítima não é vencida por violência ou grave ameaça, como no estupro, mas é viciada por engodo. Tem-se assim que por meio da fraude, o agente induz ou mantém a vítima em erro, fazendo com que tenha um conhecimento equivocado da realidade. Logo, para estar caracterizada deve o réu ter usado de subterfúgio capaz de convencer a prática dos atos que pretendia, o que se verifica no caso, já que a vítima acreditava estar buscando a cura.

Apesar de ter reconhecido a fraude no caso, o relator manteve a sentença absolutória, devendo-se atentar ao argumento de que a vítima era portadora de síndrome de pânico, descredibilizando seus relatos.

[...] há que se atentar que a mesma, na época, era portadora do transtorno de pânico. Na literatura médica a síndrome em questão se revela por crises súbitas, sem aparente fator desencadeante. Os ataques deixam o indivíduo incapacitado, levando-o, inclusive, a temer situações em que não há perigo concreto. Os sintomas sugerem, assim, que a pessoa está sob ameaça de algo terrível, do qual precisa fugir, gerando, uma condição mental em que não é possível distinguir a fantasia e a realidade.122 (grifos nossos)

Em contrapartida, a psiquiatria indica que o portador de síndrome de pânico não apresenta delírios, a ponto de criar um fato objetivo, como é o abuso sexual, se

121

NUCCI, Guilherme de Souza. João de Deus - estupro ou violação sexual mediante fraude? [s.l..]: Revista Consultor Jurídico, 2018. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2018-dez- 24/nucci-joao-deus-estupro-ou-violacao-sexual-mediante-fraude>. Acesso em: 03 nov. 2019.

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ele não condissesse com a realidade. Na verdade, na síndrome de pânico, são apenas desenvolvidas sensações subjetivas de medo, em que o corpo reage como se estivesse frente ao perigo iminente de morte.

É o que ressalta Alexandre Valença, ao dizer que existem três características que descrevem esse transtorno: a ansiedade súbita, que se refere ao intenso medo de morrer; a ansiedade antecipatória, que ocorre entre os intervalos de ataques de pânico; e a evitação fóbica, em que o portador passa a evitar estar em lugares ou situações onde seja difícil obter ajuda, caso o ataque de pânico volte. Na prática, significa uma ansiedade excessiva que causa taquicardia, falta de ar e sudorese abundante. Nada se fala sobre devaneios, como sustentado pelo desembargador.123 Nessa argumentação, há, portanto, nítida interdição do discurso da vítima, buscando descredibilizar seus relatos a partir da acusação de instabilidade emocional - recurso utilizado pelo próprio médium quando indagado sobre as denúncias, como abordado no tópico anterior.

Esse caso por si só é capaz de denunciar a negligência do Judiciário em relação às vítimas de homens que ocupam posições de poder, especificamente, nessa situação, representando um líder religioso de grande influência. João de Deus desconstrói o perfil único de homem estuprador que o Judiciário reconhece: não é pobre, não é negro, não cometeu os abusos em locais públicos e não fez uso de uma violência física extrema. Desse modo, encontrava-se totalmente protegido pelo estereótipo do senso comum que permeia o Judiciário.

O não reconhecimento dos crimes sexuais como resultado das estruturas de poder estabelecidas entre homens e mulheres – no âmbito doméstico, nas figuras de autoridade como a policial e, também, como a dos líderes religiosos – mantém a condição feminina em situação de violência e vulnerabilidade. De modo que, mesmo o médium tendo sido denunciado desde 2008, seu caso só veio a repercutir na esfera jurídica e, talvez apenas por pressão midiática, foi tratado com seriedade 10 anos depois – período em que perpetuou a violência contra muitas outras mulheres. Todos esses aspectos tornam iniludível o reflexo que a cultura machista tem nas

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VALENÇA, Alexandre Martins apud FIEGENBAUM, Eneida Maria. Pânico: nas perspectivas da

psicanálise e da psiquiatria. Ijuí: 2015, p. 13. Monografia (Curso de Graduação em Psicologia) -

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decisões judiciais que envolvem crimes de natureza sexual, colocando em segundo plano a imparcialidade jurisdicional que se espera ao apresentar ao Estado principalmente demandas femininas de caráter sensível.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante de tudo exposto, resta evidente que a cultura do estupro, reflexo do machismo presente em uma sociedade patriarcal, coloca a mulher em uma situação de vulnerabilidade, ficando suscetível às mais diversas formas de violência.

Os aspectos que demonstram a existência de uma cultura tolerante aos atos de agressão sexual à mulher envolvem a ideia defasada de que o estupro é provocado por impulsos sexuais masculinos incontroláveis, gerando a culpabilização da vítima por algum comportamento considerado desvirtuado, pelo simples fato de não atender ao estereótipo feminino imposto socialmente. Isso evidencia o controle social sobre o corpo, comportamento e sexualidade da mulher, mesmo quando ela é a vítima em questão.

Dessa forma, diferentes formas de agressão foram naturalizadas e toleradas, inclusive, pelo Estado, até que os movimentos sociais feministas posicionaram-se como uma frente de pressão para a incorporação das demandas de maior proteção à mulher, como demonstrado com a edição da Lei Maria da Penha, com a alteração dos crimes contra os costumes para crimes contra a dignidade sexual, com a tipificação da qualificadora do feminicídio e a recente lei de importunação sexual.

Com o objetivo de demonstrar que, apesar dos avanços legislativos e supressão de normas discriminatórias, essa cultura ainda se perpetua, tanto na vida pessoal quanto na vida pública dos indivíduos, o primeiro capítulo abordou o estupro como fruto das questões socioculturais, desconstruindo a falácia dos impulsos sexuais masculinos incontroláveis – o que corrobora para o raciocínio de que a violência de gênero decorre das estruturas de poder entre os sexos.

Restringindo-se à análise dos crimes de natureza sexual, as condições socioculturais que envolvem o estupro foram destrinchadas, demonstrando que, em essência, a violação sexual exprime as relações de poder entre os gêneros.

Assim, foi abordada a representação feminina no mundo masculino, principalmente no âmbito da sexualidade, em que se baseia em apresentar os corpos femininos como oferendas para sua satisfação sexual. Como consequência, os relatos femininos de abusos têm sua relação de causalidade atribuída a comportamentos desvirtuados da vítima, em dissonância do estereótipo feminino, ao

passo em que mitifica os comportamentos agressivos masculinos, legitimando a violência perpetrada.

O conservadorismo do Judiciário foi abordado no segundo capítulo, em que é explicitada a representação de segmentos sociais específicos no quadro de magistrados, que são responsáveis por expressar a intolerância estatal a condutas praticadas pelos indivíduos na seara da justiça criminal. A ausência de representação de grupos minoritários sociais, como é o caso das mulheres, mantém as estruturas de poder denunciadas pelos movimentos em defesa das mulheres e, por conseguinte, o julgamento das demandas apresentadas têm como reflexo essa dominação.

As decisões judiciais em crimes de natureza sexual funcionam como um mecanismo disciplinar para as mulheres que não internalizam as práticas da autocorreção e da auto supervisão, em atendimento das expectativas morais estabelecidas socialmente. Evidencia-se, ainda, uma inversão lógica jurídica dos processos criminais, em que se concede maior importância ao comportamento social e sexual da vítima do que ao próprio fato delituoso.

Esses fatores demonstram que o Judiciário ainda representa um instrumento de controle do comportamento social e da sexualidade feminina, demonstrando a problemática que é o acesso de fato à justiça por parte das mulheres vítimas de crimes sexuais.

Os casos abordados no terceiro capítulo apontam para a existência de uma justiça de perspectiva androcêntrica, promovendo, ao invés de compensar com medidas corretivas, as desigualdades entre homens e mulheres.

Os desafios que as mulheres encontram na expressão do machismo no Judiciário atentam para a necessidade de criação de uma cultura jurídico-social com perspectiva de gênero, mormente nos tribunais superiores, responsáveis por uniformizar os entendimentos jurisprudenciais que servirão como referencial para outros juízes e juízas.

Para isso, é imprescindível que o sistema da Justiça garanta modernização dos órgãos judiciais com o objetivo de habilitá-los a identificar os pequenos traços de violência de gênero, bem como os empecilhos ao acesso à justiça pelas mulheres. Sobretudo, é necessário adotar o entendimento de que a violência de gênero não representa interesses femininos, mas uma causa de violação de direitos humanos,

razão pela qual se deve combater as estruturas de poder e dominação que provocam a iniquidade nas relações de gênero.

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