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DAS ROTINAS DA ATIVIDADE-FIM

No documento MANUAL DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA (páginas 49-54)

DAS ROTINAS DA ATIVIDADE-FIM

Art. 2º Todos os feitos judiciais, pré-processuais e extrajudiciais, inclusive as notícias de fato, serão distribuídos por titularidade e registrados no Sistema de Controle Processual, sendo classificados por classe e assunto, de acordo com a matéria, natureza e tema discutidos no feito.

§ 1º O assunto pertinente, sempre que cabível, deverá ser especificado em relação a cada envolvido, especialmente nos feitos criminais.

§ 2º A notícia de fato será registrada no Sistema de Controle Processual e poderá ser gerada mediante entrega de documento ou outro meio físico ou eletrônico.

§ 3º O atendimento ao público realizado nas Promotorias de Justiça da Capital e Interior deverá ser registrado no sistema de controle processual com o tipo de feito “Extrajudicial” e a classe “Atendimento”.

§ 5º A conversão do atendimento em Notícia de Fato deverá ser precedida de decisão fundamentada do Promotor de Justiça a quem houver sido distribuído o feito.

§ 6º As simples correspondências ou documentos que não sejam capazes de gerar procedimentos extrajudiciais ou judiciais deverão ser registradas no sistema PROTOCOLO MALOTE.

§ 7º Em todos os feitos externos deverá ser lançado no Sistema de Controle Processual, na aba numeração, o número de distribuição do feito no órgão de origem, por meio do qual também será possível a consulta do feito.

§ 8º Sempre que forem recebidas peças de informação relatando fatos que já estejam sendo objeto de apuração, ou em duplicidade, e, existindo prévio registro no Sistema de Controle Processual, as novas peças ou cópias serão arquivadas nas respectivas Promotorias de Justiça, certificando-se nessas o número do procedimento já existente, evitando-se, assim, duplicidade de lançamentos. Nos casos de tais peças virem acompanhadas de documentos novos, deverá ser providenciada a juntada destes no procedimento ou processo judicial preexistente.

§ 9º Mediante convênio, poderão ser aproveitados todos os dados relativos a Numeração, Classe, Assuntos e Movimentos lançados nos processos pelo Poder Judiciário, por simples leitura do código de barras correspondente, devendo, para tanto, ser providenciados pelo Departamento de Desenvolvimento de Sistemas – DESIS os mecanismos necessários à coleta dessas informações.

§ 10. Nos feitos externos e procedimentos extrajudiciais, as peças produzidas pelos membros serão anexadas no Sistema de Controle Processual por servidores do gabinete ou designados especialmente para este fim.

Art. 3º As notícias de fato e demais procedimentos extrajudiciais, que apurem violação de direito coletivo ou individual, serão autuados na Capital pelo Cartório Judiciário ou órgão interno que houver recebido o documento e no interior por servidores designados pelo Promotor de Justiça Coordenador ou pela Chefia de Cartório da respectiva Promotoria de Justiça.

§ 1º Para controle das visitas periódicas às unidades policiais, de internação e de abrigamento, bem como aos estabelecimentos prisionais e outras que venham a ser determinadas ou regulamentadas pela administração superior, deverão ser instaurados, no primeiro dia útil de cada ano, procedimentos próprios (PAs), cujo encerramento ocorrerá ao final de cada exercício.

§ 2º O feito concluído no ano anterior deverá ser apensado ao procedimento de acompanhamento em curso.

§ 3º As Notícias de Fato que apurem violação a direito individual deverão ser encerradas no prazo máximo de 90 (noventa) dias.

§ 4º Ultrapassado esse período, a Notícia de Fato que apure violação a direito individual deverá ser convertida em Procedimento administrativo (PA- 910005) nos casos de acompanhamento (infância, idoso, etc) e procedimento preparatório ou Inquérito Civil nos demais casos.

Art. 4º Nos casos em que o feito venha a gerar outro, seu histórico será preservado no novo feito.

Parágrafo único. A alteração da classe de um feito não implicará nova autuação, devendo ser apenas atualizado o registro com a nova classe, mantendo-se o respectivo histórico.

Art. 5º A distribuição dos feitos será realizada de forma equitativa entre as titularidades com a mesma atribuição, excetuando-se os casos de prevenção, conexão e continência, bem como as hipóteses de distribuição direcionada, estabelecidas em portaria do Procurador-Geral, nos casos em que a decisão de arquivamento for rejeitada pelo Conselho Superior do Ministério Público, providenciando-se oportuna compensação.

§ 1º Nos afastamentos superiores a 5 (cinco) dias, todos os feitos (judiciais e extrajudiciais) serão automática e obrigatoriamente encaminhados ao substituto, mantendo- se a vinculação com a titularidade à qual foi distribuído, alterando-se a apenas o membro responsável.

§ 2º Nos afastamentos iguais ou inferiores a 5 (cinco) dias, os feitos serão encaminhados ao membro substituto, com exceção dos inquéritos policiais de réus soltos e procedimentos extrajudiciais sem medida urgente, mantendo-se a vinculação com a titularidade à qual foi distribuído, alterando-se a apenas o membro responsável.

§ 3º Imediatamente após o encaminhamento dos feitos ao substituto, as chefias de cartório no interior e secretárias na capital encaminharão relação àquele para conferência.

§ 4º A distribuição de feitos aos membros será suspensa 1 (um) dia antes do início dos afastamentos inferiores a 20 (vinte) dias e 2 (dois) dias antes dos afastamentos iguais ou superiores a 20 (vinte) dias.

§ 5º Nos feitos extrajudiciais, a compensação, entre titularidades com a mesma atribuição, somente poderá ocorrer na distribuição de Notícia de Fato. Os procedimentos instaurados de ofício serão insuscetíveis de redistribuição motivada por compensação, salvo nos casos de decisão de arquivamento rejeitada pelo Conselho Superior do Ministério Público ou de mudança de atribuição da titularidade.

Art. 6º A entrega dos feitos pelas unidades de registro e controle processual às titularidades das Procuradorias ou Promotorias de Justiça deverá ser realizada imediatamente após o seu recebimento e devido registro no Sistema de Controle Processual, não podendo ultrapassar o prazo de 24 horas.

§ 1º á ser priorizada a distribuição e registro dos feitos considerados urgentes. § 2º São considerados feitos urgentes:

I – feitos com indiciado ou réu preso; II – processos judiciais sujeitos a recurso; III – pedidos de habeas corpus;

IV – pedidos de prisão preventiva e temporária;

V – pedidos de busca e apreensão de instrumentos e produtos de crime; VI – comunicações de prisão em flagrante;

VII – pedidos de relaxamento de prisão;

VIII – pedidos de liberdade provisória ou de revogação de prisão temporária; IX – pedidos de liberdade, em caso de prisão civil;

X – pedidos de quebra de sigilos telefônico, bancário ou fiscal;

XI – pedidos de interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática;

XII – outras medidas urgentes em causas de natureza penal;

XIII – outras medidas urgentes em causas de natureza cível, estritamente nos casos de perecimento de direito ou lesão grave e de difícil reparação;

XIV – medidas urgentes nas áreas cível e infracional de atribuição das Promotorias da Infância e da Juventude;

XV – medidas protetivas de urgência nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.

§ 3º O feito ou peça de informação encaminhado ao substituto automático continuará vinculado à Titularidade da Procuradoria ou Promotoria de Justiça a que foi distribuído.

Art. 7º A redistribuição de feitos ou requerimentos será realizada entre titularidades das Procuradorias ou Promotorias de Justiça, com mesma atribuição ou não, mediante decisão devidamente fundamentada.

§ 1º A redistribuição seguirá a mesma regra estabelecida no art. 5°, excluindo a titularidade da Procuradoria ou Promotoria de Justiça para a qual o feito ou requerimento foi distribuído originalmente.

§ 2º A redistribuição de feitos ou requerimentos decorrente da criação, extinção ou transformação de titularidades de Procuradorias ou Promotorias de Justiça será feita de forma equitativa entre todas as unidades de mesma atribuição e circunscrição.

Art. 8º Toda tramitação do feito, interna ou externa, será registrada no Sistema de Controle Processual, devendo ser adotadas, no que couberem, as regras prescritas na Ordem de Serviço Nº 004/SG/MP/2009.

§ 1º A tramitação interna será registrada apenas por meio eletrônico, no Sistema de Controle Processual, sem emissão de guias, que serão utilizadas apenas nas tramitações externas, podendo os feitos serem recebidos, mediante autorização expressa do membro, pela secretária, assessor ou assistente de Promotoria vinculado à titularidade.

§ 2º Os cartórios da Capital e Interior somente poderão proceder à entrega de feitos físicos externos e extrajudiciais às respectivas titularidades quando houver o imediato recebimento destes pelos servidores dos gabinetes.

§ 3º Os feitos, nos casos de apuração de responsabilidades, serão considerados entregues ao destinatário interno somente após serem recebidos formalmente no sistema de controle processual.

§ 4º Unicamente nos casos em que o sistema de controle processual estiver inoperante poderá ser realizada a movimentação dos feitos através de guia física.

§ 5º Os casos de recusa de imediato recebimento dos feitos pelos servidores dos gabinetes deverão ser comunicados por meio eletrônico à Corregedoria-Geral.

§ 6º Ao proceder à remessa de feitos a órgãos externos, os servidores dos gabinetes deverão emitir duas guias de remessa, utilizando uma delas como contrafé da entrega destes aos servidores do cartório.

§ 7º Após receber os feitos do gabinete, o cartório os remeterá ao Judiciário, utilizando-se da outra via da guia de remessa.

§ 8º Nos feitos extrajudiciais que apurem violação de direito coletivo ou individual, todos os atos instrutórios relevantes, como Portarias, arquivamentos, TACs, elaboração de perícias e requisição de documentos, deverão ser lançados no Sistema de Controle Processual, no menu movimentos.

§ 9º Os feitos apensados não serão tramitados no sistema, seguindo sempre a tramitação do feito principal.

§ 10. Por ocasião do retorno de um feito externo o cartório deverá verificar se eventual apenso foi arquivado na origem, providenciando seu arquivamento no Sistema de Controle Processual, se for o caso.

§ 11. Nos casos em que houver mais de um procedimento, tratando do mesmo fato, em tramitação em titularidades de Promotorias de Justiça distintas, o procedimento mais recente será redistribuído ao titular que preside o mais antigo, para apensamento, registrando-se a informação no Sistema de Controle Processual e procedendo-se ao arquivamento daquele.

§ 12. Havendo mais de um procedimento, tratando de um mesmo fato, em tramitação na mesma titularidade, o procedimento mais recente será apensado ao mais antigo, registrando-se a informação no Sistema de Controle Processual e procedendo-se ao arquivamento daquele.

§ 13. Nas hipóteses de apensamento de feitos judiciais originalmente distribuídos para Titularidades de Procuradorias ou Promotorias com atribuições diversas, deverá ser registrada no Sistema de Controle Processual a redistribuição do feito apensado para aquela vinculada ao processo principal, promovendo, se for o caso, seu arquivamento.

§ 14. Havendo conflito positivo ou negativo de atribuição, encaminhar-se-ão os autos ao Procurador-Geral de Justiça, para deliberação.

§ 15. Todos os dados relativos às atividades não procedimentais deverão ser lançados no Sistema de Controle Processual até o 5º dia útil do mês subsequente àquele em que foram realizadas.

Art. 9º Da instauração do Inquérito Civil (IC), Procedimento Preparatório (PP) ou Procedimento Investigatório Criminal (PIC) far-se-á comunicação expressa ao Conselho Superior do Ministério Público, exclusivamente por meio digital.

§ 1º Com exceção dos casos que exijam sigilo ou cuja divulgação possa acarretar prejuízo às investigações, a publicidade da portaria de instauração de inquérito civil ou procedimento preliminar, assim como da promoção de seu arquivamento, far-se-á mediante publicação no Diário da Justiça, por extrato ou ementa, identificando-se as partes e o processo.

§ 2° O extrato ou ementa será enviado(a), por meio digital, à Procuradoria-Geral de Justiça, que providenciará o encaminhamento ao órgão oficial de publicação.

Art. 10. O IC, PP ou PIC será instaurado somente por meio de portaria, sendo obrigatória sua anexação ao Sistema de Controle Processual por ocasião do registro.

§ 1° Nos casos de conversão de Notícia de Fato em Procedimento Preparatório ou Inquérito Civil, o Chefe de Cartório deverá providenciar apenas a alteração da classe do feito, mantendo-se todo o histórico anterior.

§ 2º O mesmo procedimento deverá ser adotado no caso de conversão de PP em IC.

Art. 11. Tratando-se de Notícia de Fato, PP ou IC e, em matéria de interesses difusos e coletivos, a decisão de arquivamento deverá ser lançada no Sistema de Controle Processual e encaminhado o feito ao Conselho Superior do Ministério Público para apreciação, dando- se ciência ao(s) interessado(s).

Parágrafo único. Nos casos de arquivamento de Notícia de Fato ou PP e, tratando-se de matéria de interesse individual, o procedimento será arquivado na própria Promotoria de Justiça, lançando-se no menu movimento/arquivamento do Sistema de Controle Processual a informação relativa ao arquivamento e procedendo-se à baixa.

Art. 12. Os relatórios de Interceptações Telefônicas serão registrados por titularidade, em sistema eletrônico próprio, e disponibilizados ao CNMP também por meio eletrônico.

Art. 13. As visitas a estabelecimentos destinados ao cumprimento de medidas socioeducativas, abrigos e Conselhos Tutelares, relativas ao controle externo da atividade

policial, serão registradas no Sistema de Controle Processual no menu Atividades Não Procedimentais, e seus respectivos relatórios serão obrigatoriamente anexados.

Parágrafo único. As reuniões, palestras e outras atividades extrajudiciais de interação com a sociedade deverão, igualmente, ser registradas no Sistema de Controle Processual, no menu Atividades Não Procedimentais, com a anexação obrigatória das respectivas atas ou relatórios.

No documento MANUAL DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA (páginas 49-54)

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