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de Agosto de 1988 Autoriza o Poder Executivo

No documento DIREITO DO PATRIMÔNIO CULTURAL (páginas 176-184)

ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL

de 22 de Agosto de 1988 Autoriza o Poder Executivo

a constituir a Fundação Cultural Palmares – FCP e dá outras providências. Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a constituir a Fundação Cultural Palmares – FCP, vinculada ao Ministério da Cultura, com sede e foro no Distrito Federal, com a fina- lidade de promover a preservação dos va- lores culturais, sociais e econômicos decor- rentes da influência negra na formação da sociedade brasileira.

Art. 2º A Fundação Cultural Palmares – FCP poderá atuar, em todo o território nacio- nal, diretamente ou mediante convênios ou contrato com estados, municípios e en- tidades públicas ou privadas, cabendo-lhe: I – promover e apoiar eventos relaciona- dos com os seus objetivos, inclusive visan- do à interação cultural, social, econômica e política do negro no contexto social do país;

II – promover e apoiar o intercâmbio com outros países e com entidades internacio- nais, através do Ministério das Relações Ex- teriores, para a realização de pesquisas, es-

tudos e eventos relativos à história e à cul- tura dos povos negros;

III – realizar a identificação dos remanes- centes das comunidades dos quilombos, proceder ao reconhecimento, à delimita- ção e à demarcação das terras por eles ocu- padas e conferir-lhes a correspondente titulação.

Parágrafo único. A Fundação Cultural Palmares – FCP é também parte legítima para promover o registro dos títulos de propriedade nos respectivos cartórios imo- biliários.

Art. 3º A Fundação Cultural Palmares – FCP terá um conselho curador, que valerá pela fundação, seu patrimônio e cumprimento dos seus objetivos, compostos de doze membros, sendo seus membros natos o ministro de Estado da Cultura, que o presi- dirá, e o presidente da Fundação. Parágrafo único. Observando o disposto neste artigo, os membros do conselho curador serão nomeados pelo ministro de Estado da Cultura, para mandato de três anos, renovável uma vez.

Art. 4º A administração da Fundação Cul-

tural Palmares – FCP será exercida por uma O D

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Lei nº 7.668,

de 22 de Agosto de 1988

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diretoria, composta de 1 (um) presidente e mais dois diretores, nomeados pelo pre- sidente da República, por proposta do mi- nistro de Estado da Cultura.

Art. 5º Os servidores da Fundação Cul- tural Palmares – FCP serão contratados sob o regime da legislação trabalhista, conforme quadros de cargos e salários, elaborados com observância das normas da Administração Pública Federal e apro- vados por decreto do presidente da Re- pública.

Art. 6º O patrimônio da Fundação Cultu- ral Palmares – FCP constituir-se-á dos bens e direitos que adquirir, com recursos de dotações, subvenções ou doações que, para esse fim, lhe fizerem a União, estado, municípios ou outras entidades públicas ou privadas, nacionais, estrangeiras ou in- ternacionais.

Art. 7º Observado o disposto no artigo an- terior, constituirão recursos da Fundação Cultural Palmares – FCP, destinados à sua manutenção e custeio, os provenientes: I – de dotações consignadas no Orçamen- to da União;

II – de subvenções e doações dos estados, municípios e entidades públicas ou priva- das, nacionais, estrangeiras e internacionais; III – de convênios e contratos de presta- ção de serviços;

IV – da aplicação de seus bens e direitos. Art. 8º A Fundação Cultural Palmares – FCP adquirirá personalidade jurídica com a ins- crição, no Registro Civil das Pessoas Jurídi- cas, do seu estatuto, que será aprovado por decreto do presidente da República. Art. 9º No caso de extinção, os bens e di- reitos da Fundação Cultural Palmares – FCP serão incorporados ao patrimônio da União.

Art. 10º Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito especial em favor da Funda- ção Cultural Palmares – FCP, à conta de en- cargos gerais da União, no valor de CZ$ 5.000.000,00 (cinco milhões de cruzados), para a constituição inicial do patrimônio da Fundação e para as despesas iniciais de instalação e funcionamento.

Parágrafo único. Do crédito especial aber- to na forma deste artigo, a quantia de CZ$ 2.000.000,00 (dois milhões de cruzados) destinar-se-á ao patrimônio da Fundação Cultural Palmares – FCP, nos termos do art. 6º desta lei, e será aplicada conforme ins- truções do ministro de Estado da Cultura, ouvida a Secretaria do Tesouro Nacional. Art. 11 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 12 Revogam-se as disposições em contrário.

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Lei nº 9.008,

de 21 de Março de 1995

Cria, na estrutura organizacional do Ministério da Justiça, o Conselho Federal de que trata o art. 13 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, altera os arts. 4º, 39, 82, 91 e 98 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, e dá outras providências. Art. 1º Fica criado, no âmbito da estrutura organizacional do Ministério da Justiça, o Conselho Federal Gestor do Fundo de De- fesa de Direitos Difusos (CFDD).

§ 1º O Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), criado pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, tem por finalidade a re- paração dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e di- reitos de valor artístico, estético, his- tórico, turístico, paisagístico, por infra- ção à ordem econômica e a outros in- teresses difusos e coletivos.

§ 2º Constituem recursos do FDD o produ- to da arrecadação:

I - das condenações judiciais de que tra- tam os arts. 11 e 13 da Lei nº 7.347, de 1985; II - das multas e indenizações decorrentes da aplicação da Lei nº 7.853, de 24 de outu- bro de 1989, desde que não destinadas à

reparação de danos a interesses individu- ais;

III - dos valores destinados à União em vir- tude da aplicação da multa prevista no art. 57 e seu parágrafo único e do produto da indenização prevista no art. 100, parágrafo único, da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990;

IV - das condenações judiciais de que trata o § 2º do art. 2º da Lei nº 7.913, de 7 de dezembro de 1989;

V - das multas referidas no art. 84 da Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994;

VI - dos rendimentos auferidos com a apli- cação dos recursos do Fundo;

VII - de outras receitas que vierem a ser destinadas ao Fundo;

VIII - de doações de pessoas físicas ou jurí- dicas, nacionais ou estrangeiras.

§ 3º Os recursos arrecadados pelo FDD se- rão aplicados na recuperação de bens, na promoção de eventos educativos, científicos e na edição de material in- formativo especificamente relaciona- dos com a natureza da infração ou do dano causado, bem como na moder- nização administrativa dos órgãos públicos responsáveis pela execução das políticas relativas às áreas menci- onadas no § 1º deste artigo.

Art. 2º O CFDD, com sede em Brasília, será

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integrado pelos seguintes membros: I - um representante da Secretaria de Direi- to Econômico do Ministério da Justiça, que o presidirá;

II - um representante do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Ama- zônia Legal;

III - um representante do Ministério da Cul- tura;

IV - um representante do Ministério da Saú- de, vinculado à área de vigilância sanitária; V - um representante do Ministério da Fa- zenda;

VI - um representante do Conselho Admi- nistrativo de Defesa Econômica - CADE; VII - um representante do Ministério Públi- co Federal;

VIII - três representantes de entidades civis que atendam aos pressupostos dos incisos I e II do art. 5º da Lei nº 7.347, de 1985. Art. 3º Compete ao CFDD:

I - zelar pela aplicação dos recursos na con- secução dos objetivos previstos nas Leis nºs 7.347, de 1985, 7.853, de 1989, 7.913, de 1989, 8.078, de 1990, e 8.884, de 1994, no âmbito do disposto no § 1º do art. 1º desta Lei;

II - aprovar e firmar convênios e contratos

objetivando atender ao disposto no inciso I deste artigo;

III - examinar e aprovar projetos de reconstituição de bens lesados, inclusive os de caráter científico e de pesquisa; IV - promover, por meio de órgãos da ad- ministração pública e de entidades civis in- teressadas, eventos educativos ou científi- cos;

V - fazer editar, inclusive em colaboração com órgãos oficiais, material informativo sobre as matérias mencionadas no § 1º do art. 1º desta Lei;

VI - promover atividades e eventos que con- tribuam para a difusão da cultura, da pro- teção ao meio ambiente, do consumidor, da livre concorrência, do patrimônio histó- rico, artístico, estético, turístico, paisagístico e de outros interesses difusos e coletivos; VII - examinar e aprovar os projetos de mo- dernização administrativa a que se refere o § 3º do art. 1º desta Lei.

Art. 4º Fica o Poder Executivo autorizado a regulamentar o funcionamento do CFDD. Art. 5º Para a primeira composição do CFDD, o Ministro da Justiça disporá sobre os critérios de escolha das entidades a que se refere o inciso VIII do art. 2º desta Lei, observando, dentre outros, a representa- tividade e a efetiva atuação na tutela do

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interesse estatutariamente previsto. Art. 6º O § 2º do art. 2º da Lei nº 7.913, de 1989, passa a vigorar com a seguinte reda- ção:

“§ 2º Decairá do direito à habilitação o in- vestidor que não o exercer no prazo de dois anos, contado da data da pu- blicação do edital a que alude o pará- grafo anterior, devendo a quantia cor- respondente ser recolhida ao Fundo a que se refere o art. 13 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.”

Art. 7º Os arts. 4º, 39, 82, 91 e 98 da Lei nº 8.078, de 1990, que “Dispõe sobre a prote- ção do consumidor e dá outras providên- cias”, passam a vigorar com a seguinte re- dação:

“Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segu- rança, a proteção de seus interesses eco- nômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmo- nia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:

“Art.39 (...)

XII - deixar de estipular prazo para o cum- primento de sua obrigação ou deixar a fi- xação de seu termo inicial a seu exclusivo critério.”

“Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo

único, são legitimados concorrentemente”: (...)

“Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pe- los danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguin- tes.”

“Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de liquidação, sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções. (...)

Art. 8º Ficam convalidados os atos pratica- dos com base na Medida Provisória nº 854, de 26 de janeiro de 1995.

Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Decreto nº 6.844,

de 7 de Maio de 2009

Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, e dá outras providências.

(...)

ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL

Decreto nº 6.844, de 7 de Maio de 2009

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SEÇÃO II

DO CONSELHO CONSULTIVO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Art. 7º O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural será presidido pelo Presidente do IPHAN, que o integra como membro nato, e composto pelos seguin- tes membros:

I - um representante, e respectivo suplen- te, de cada uma das seguintes entidades, que serão indicados pelos respectivos diri- gentes:

a) Instituto dos Arquitetos do Brasil - IAB; b) Conselho Internacional de Monumen- tos e Sítios - ICOMOS/BRASIL;

c) Sociedade de Arqueologia Brasileira - SAB;

d) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; e) Ministério da Educação;

f) Ministério das Cidades; g) Ministério do Turismo;

h) Instituto Brasileiro dos Museus - IBRAM; e

i) Associação Brasileira de Antropologia - ABA;

II - treze representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do IPHAN.

§ 1º Os membros do Conselho serão indi- cados pelo Presidente do IPHAN e de- signados pelo Ministro de Estado da Cultura, para mandato de quatro anos, permitida a recondução.

§ 2º A participação no Conselho, na quali- dade de membro, não será remunera- da, sendo considerada prestação de serviço público relevante.

Art. 8º O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural reunir-se-á e deliberará conforme previsto em seu regimento interno.

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No documento DIREITO DO PATRIMÔNIO CULTURAL (páginas 176-184)