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A Tabela 5 apresenta a decomposição da diferença no custo da internação hospitalar entre 2000 e 2010 para todas as regiões.

40.560.209 3.396.924 12.580.718 2.084.886 71,87% 63,50% 56,51% 97,14% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 28,13% 36,50% 43,49% 2,86% 51.795.311 -121.556.259 -151.268.143 3.022.634 77,80% 105,03% 107,37% 81,07% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 22,20% -5,03% -7,37% 18,93%

Fonte: AIH, 2000 E 2010. IBGE, 2000 e 2010.

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Diferença do Gasto Total Efeito Preço (%)

Efeito Taxa (%) Efeito Composição (%)

Total Neoplasia Circulatório Infecciosas

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Diferença do Gasto Total Efeito Preço (%)

Efeito Taxa (%) Efeito Composição (%)

Tabela 5 – Decomposição para regiões do Brasil entre 2000 e 2010. Total de internações, neoplasias, circulatórias e infecciosas

Considerando o total das internações, nota-se que, em todas as regiões, houve um aumento dos custos com internação hospitalar durante a década analisada. A maior diferença é observada no Sudeste. Nessa região, os custos com internação hospitalar sofreram um aumento da ordem de R$53.889.458 durante esse período. Esse aumento é explicado, principalmente, pelas mudanças na composição etária da população (72,5%), seguido pelo efeito preço (29,8%). O efeito taxa apresenta uma contribuição negativa, igual a - 2,3%.

Nas demais regiões, o efeito preço se destacou com o principal componente para explicar as diferenças nos custos de internação entre os dois anos analisados. No entanto, observa-se uma importante contribuição do efeito composição. A contribuição do efeito taxa foi negativa em todas as regiões, especialmente no Nordeste e Centro-Oeste. Esse resultado se explica pela redução nas taxas de internação observada para a maioria dos grupos etários quinquenais entre os anos de 2000 e 2010. A queda das taxas de internação

13.546.008,03 2.869.490,44 6.537.765,40 13.546.008,03 148,4% 17,2% 72,8% 127,9% -80,0% 47,2% -17,6% -13,5% 31,6% 35,6% 44,8% -14,4% 21.777.355,39 18.562.417,07 16.641.805,35 7.551.489,65 302,6% 43,1% 79,8% 90,5% -320,4% 33,7% -53,0% 13,3% 117,9% 23,2% 73,2% -3,9% 10.318.826,33 3.529.477,56 5.065.485,45 3.213.930,80 194,9% 10,3% 143,6% 62,3% -234,9% 37,6% -214,3% 29,1% 139,9% 52,1% 170,7% 8,6% 53.889.458,09 8.590.006,23 22.650.849,48 19.438.992,97 29,8% 36,0% 59,2% 64,1% -2,3% -1,3% -67,2% 28,1% 72,5% 65,3% 108,1% 7,9% 18.511.814,94 2.155.787,57 10.635.273,60 2.799.746,00 128,5% 14,8% 92,7% 86,7% -98,4% 13,8% -70,4% 8,2% 70,0% 71,4% 77,8% 5,2%

Fonte: AIH, 2000 E 2010. IBGE, 2000 e 2010.

Total Neoplasia Circulatório Infecciosas

N

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Diferença do Gasto Total Efeito Preço (%)

Efeito Taxa (%) Efeito Composição (%) Diferença do Gasto Total Efeito Preço (%) Efeito Taxa (%) Efeito Composição (%) C e n tr o - O e s te

Diferença do Gasto Total Efeito Preço (%) Efeito Taxa (%) Efeito Composição (%) N o rd e s te

Diferença do Gasto Total Efeito Preço (%) Efeito Taxa (%) Efeito Composição (%) S u l

Diferença do Gasto Total Efeito Preço (%) Efeito Taxa (%) Efeito Composição (%) S u d e s te

durante o período analisado pode ser por dois fatores: mudanças institucionais e melhorias na saúde da população. Em resposta à restrição orçamentária, em 1994, o país adotou cotas de internação hospitalar que são calculadas com base no tamanho populacional. Ao longo dos anos houve reduções no limite máximo das cotas da AIH. Em 1994, a quantidade de AIHs autorizadas foi de 10% da população, passando para 9% em 1995 e 8,77% da população em 2002 (Neto et al., 2008; Rodrigues, 2010). Além disso, diversos estudos (Perpétuo e Wong, 2006; Oliveira, 2007; Alfradique et al., 2009) verificam a importância da ampliação e consolidação do Programa Saúde da Família como forma de reduzir as internações hospitalares, especialmente as internações que poderiam ser evitadas através de medidas preventivas e cuidado ambulatorial de qualidade.

A contribuição de cada componente para explicar as diferenças no custo com internação hospitalar depende do grupo de doença analisado. No caso de neoplasias, o maior responsável para explicar a diferença nos custos entre os dois anos foi o efeito composição, variando de 23,2% na região Nordeste a 71,4% na região Sul. A contribuição do efeito preço é menor para explicar as diferenças nos custos para esse grupo de doença. Para as regiões Centro- Oeste e Sul, esse efeito apresentou uma pequena contribuição, igual a 10,3% e 14,8% respectivamente. No caso do efeito taxa, a contribuição foi maior na região Nordeste (43,1%) e Sudeste (36%).

A decomposição dos custos de internação por doenças do aparelho circulatório demonstra uma contribuição significativa do efeito composição em todas as regiões. De acordo com a Tabela 5, o efeito composição contribuiu entre 44,8% na região Norte a 170,8% na região Centro-Oeste. A análise para doenças circulatórias evidencia uma contribuição negativa do efeito taxa para explicar as diferenças nos custos de internação hospitalar entre os dois anos. Esse comportamento é resultado da queda das taxas de internação entre 2000 e 2010, como pode ser verificado na Figura 16. O aumento do custo médio, retratado pelo efeito preço, apresentam uma contribuição importante para explicar o aumento nos custos com internação hospitalar por esse grupo de doença, explicando 59,2% desse aumento na região Sudeste até 143,6% na região Centro-Oeste.

A análise de decomposição para as doenças infecciosas e parasitárias demonstra a importância do efeito preço, resultado da diferença do custo médio entre os dois anos analisados. O efeito preço contribuiu por grande parte do crescimento dos gastos em saúde para esse grupo de doença em todas as regiões do país. Por outro lado, o efeito composição foi responsável por um pequeno aumento desse crescimento, chegando a ser negativo nas regiões Norte (-14,4%) e Nordeste (-3,9%).

A Tabela 6 mostra os resultados da análise contra-factual da decomposição dos custos totais, onde as taxas de internação por grupo etário quinquenal em 2000 são supostas iguais as de 2010. O efeito preço é o principal responsável pela diferença do custo total de todas as internações, exceto para a região Sudeste, onde o efeito composição contribui para explicar a maior parte das diferenças dos custos de internação entre os dois anos (63,5%). Analisando por grupos de doenças, observa-se uma maior contribuição do efeito composição para explicar as diferenças dos custos com internação por neoplasias. No caso das doenças circulatórias, o efeito composição se destaca como o principal responsável pelo aumento dos custos nos dois anos de análise, exceto para a região Nordeste cuja contribuição foi da ordem de 47,6%. A análise de decomposição para as internações por doenças infecciosas e parasitárias revela a maior participação do efeito preço no crescimento dos gastos com internação do SUS.

Tabela 6 – Decomposição contra-factual para regiões do Brasil entre 2000 e 2010. Total de internações, neoplasias, circulatórias e infecciosas

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