• Nenhum resultado encontrado

4. RESULTADOS

4.4 Deleção de 18kb no locus DFNA2B

Em estudo anterior (CEP: 196/2006), utilizando-se da técnica do CytoScan™ HD Array (Affymetrix), identificou-se uma deleção de 18kb envolvendo o gene PATJ, no paciente 396 OT, o qual também possuía a variante 35delG em heterozigose no gene GJB2 (figura 16).

Figura 18 – Imagem mostrando a deleção de 18 kb do gene PATJ identificada pela técnica de CytoScan, gerada pelo programa ChAS. Seta em vermelho apontando a deleção.

Como resultado da técnica de PCR multiplex, utilizada para se confirmar a deleção no gene PATJ, foi observado que somente a região interna na deleção amplificou, e os primers das extremidades não foram amplificados, como mostra a figura 18.

Figura 19 – Resultado da PCR Multiplex mostrando que somente região interna da deleção (600 pb) foi amplificada.

Em uma mudança de estratégia, ainda com o intuito de confirmar a deleção encontrada pela técnica de CytoScan, foi realizado um PCR em tempo real com uma sonda que se encontrava no meio da deleção. Foram feitos quatro experimentos em triplicatas. Entretanto, os resultados gerados pelos softwares 7500 Fast Software v2.3 e CopyCaller v2.0 mostraram que a deleção não estava presente (figura 19).

Figura 20 - Imagem mostrando o resultado dos ensaios gerado pelo software CopyCaller v2.0, a amostra 3 corresponde ao paciente 396 OT que possui a deleção no gene PATJ segundo os resultados do CytoScan.

5. DISCUSSÃO 5.1 Gene GJB3

O gene GJB3, que codifica a proteína conexina 31 (Cx31), é membro de uma família amplamente expressa de um grupo de proteínas que formam canais transmembranas intercelular ou junções comunicantes (gap junctions) (Mathre et al. 2003).

Sabe-se que variantes na Cx31 têm sido associadas a deficiência auditiva hereditária, assim como ocorre na Cx26 (GJB2), Cx30 (GJB6), Cx32 (GJB1) e Cx43 (GJA1) (Kelsell et al., 1997; Green et al., 1999). Liu e colaboradores (2009) já demostraram a interação entre Cx31e Cx26; entretanto, um exame completo das variantes no gene GJB3 e sua relação com a perda auditiva ainda permanece inconclusivo.

Uma vez que a variante p. R32W afeta um resíduo altamente conservado ao longo da evolução, Kelsell e colaboradores supuseram que a alta frequência de perda auditiva observada em seus pacientes era devido a formação deficiente de canais Cx31 / Cx26 causada por mutações aditivas em ambos os genes. Em contraste, Lopes-Bigas e colaboradores demonstraram que p. R32W no GJB3 não segregou com a perda auditiva e/ou doença de pele em seus pacientes espanhóis. Para confirmar esse achado, os autores apresentaram a mãe de um paciente que era heterozigota para a c.35delG (GJB2) em combinação com p. R32W (GJB3) que apresentava audição normal e ausência de doença de pele. Concluiram que a p. R32W provavelmente representava um polimorfismo com uma frequência de 7,5% na população espanhola. Rouan e colaboradores posteriormente mostraram que o acoplamento intracelular de células HeLa transfectadas com R32W-Cx31 era comparável a Cx31 do tipo selvagem, o que é consistente com a visão de que R32W é um polimorfismo de Cx31.

A variante c.*53G>A presente na região UTR, encontrada neste estudo a partir do sequenciamento do exon codificante do gene GJB3, ainda permanece com sua patogenicidade inconclusiva, pois informações sobre essa variante são escassos na literatura. Entretanto, vários estudos sugerem que alterações na região UTR podem causar alterações na região de splicing do pré-RNAm (Spurdle et al.,2008; Houdayer et al., 2011). Diante disso, é de grande importância mais análises a cerca dessa variante para verificar se a mesma possui alguma relação com a perda auditiva dos pacientes.

Outra variante encontrada neste estudo foi a p.N119N. Tóth e colaboradores (2007) identificaram essa mesma variante em 15% dos pacientes com perda auditiva e 6% dos

indivíduos do grupo controle, corroborando dados encontrados em outros estudos (Chu et al., 2001; Mhatre et al., 2003; Lu et al., 2011). As análises de predição in silico revelaram que essa variante é benigna e não causa alteração no fenótipo, o que também corrobora estudos anteriores e nos indica que a mesma é um polimorfismo.

A variante p.H124H encontrada no estudo de Yuan e colaboradores (2019), tanto no grupo dos pacientes quanto no grupo controle, também foi achada neste estudo. Ao realizar a predição in silico para essa variante, houve uma divergência entre as plataformas. Pelo SIFT essa variante é tolerada, mas em contrapartida o Mutation Taster demonstrou que pode causar alteração no fenótipo. Para mutações sinônimas não é esperado qualquer efeito fenotípico; entretanto, em algumas ocasiões o nucleotídeo alterado é parte de um acentuador ou supressor de splicing, de modo que essa mudança altera o splicing. Estudos já sugerem que mesmo mutações silenciosas que não alteram o splicing, podem não ser completamente neutras (Strachan, 2013). Diante disso, não se sabe ao certo a relação que essa variante somada a variante c.35delG tem em relação ao fenótipo do indivíduo, necessitando mais estudos funcionais, uma vez que houve divergência entre as predições in silico.

Um estudo realizado por Tóth e colaboradores (2007) encontrou a variante p.N266N em 6% dos pacientes e 15% dos controles (Tóth et al., 2007), de modo semelhante ao observado por Chu e colaboradores (2011). Estudos in silico demostraram que essa variante é benigna e não causa alteração do fenótipo. Um estudo realizado em uma família tunisiana cujos membros possuíam variantes em homozigose e heterozigose no gene GJB2 (c.109G>A) e GBJ3 (c.798C>T) ou a combinação de ambas, em indivíduos com deficiência auditiva e audição normal, indicaram que essas variantes não eram um modificador do fenótipo de perda auditiva nessa família (Mkaouar-Rebai et al., 2006).

A variante p.V167M, na qual ocorre a troca do aminoácido valina por metionina, foi encontrada pela primeira vez neste estudo. Ao realizar as predições in silico, observou-se que essa é uma variante neutra. Porém, não se sabe ao certo qual o seu significado clínico ou a relação desta com outras variantes em heterozigose, como por exemplo a 35delG, e se a adição dessas duas variantes pode alterar a formação dos canais heterotípicos das gap junctions, por isso, faz-se necessário mais estudos moleculares a fim de caracterizar melhor essa variante.

5.2 Gene GJB6

A alteração p.F191S foi analisada quanto à sua patogenicidade utilizando alguns programas de predição. Pela possibilidade desta ser patogênica foi realizada a análise de segregação na família. Observou-se que a alteração estava presente também no pai em heterozigose. No entanto, até o momento não foi possível contatar a família a fim de realizar análises audiométricas para determinar se esta variante está relacionada a perda auditiva com um padrão dominante de herança. A princípio o paciente foi encaminhado com a descrição que os pais seriam ouvintes. No entanto, algumas vezes pode haver uma perda leve ainda não diagnosticada. Também é importante lembrar que uma mesma alteração pode resultar em diferentes graus de perda em indivíduos, a depender do background genético de cada pessoa. Dessa forma, ainda não é possível afirmar qual a relevância deste achado.

5.3 Gene PATJ

Em associação com a análise de enriquecimento funcional (WebGestalt), inferiu-se a possibilidade de haver uma nova deleção no gene PATJ a ser confirmada. Esta poderia envolver a via das interações Tight junction, em um paciente heterozigoto para a variante 35delG no gene GJB2, podendo assim, estar relacionada à causa da perda auditiva nesse paciente. Seria, portanto, a primeira vez em que uma possível associação entre os genes PATJ e GJB2 seria identificado como causa da perda auditiva sensorioneural não sindrômica autossômica recessiva (SNSAR).

Entretanto, o uso das técnicas de PCR-Multiplex e PCR em Tempo Real não confirmaram a deleção. É possível que tenha se tratado de um artefato do kit Cytoscan HD Array, uma vez que a deleção encontrada estava abaixo do limite de confiabilidade que a mesma assegura. Desta forma, foi afastada possibilidade de haver a relação entre essa deleção e a perda auditiva nesses casos.

6. CONCLUSÃO

1 - Nenhum indivíduo apresentou a variante R32W no gene GJB3. Na região exonica desse gene foram encontrados somente variantes benignas.

2 - No gene GJB6 foi encontrada a variante p.F191S em heterozigose, possivelmente patogênica, também observada no pai cujo fenótipo audiológico não é confirmado no momento.

3 - A deleção previamente encontrada no gene PATJ pela técnica de CytoScan não foi validada utilizando outras técnicas, e é possível que se deva a artefato da técnica.

4 - Ainda é indefinido o diagnóstico etiológico de muitos pacientes heterozigotos para o locus DFNB1. A hipótese de associação com variantes em de outros genes de conexinas não pode ser confirmada pelas técnicas utilizadas nesse trabalho. As alterações inicialmente encontradas podem ser meramente casuais e a causa pode estar associada a outros genes ou pode haver deleções maiores envolvendo genes de conexina. Dessa forma, a indicação para uma tentativa de diagnóstico seria a realização do sequenciamento do genoma completo nesses pacientes.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Abe S, Katagiri T, Saito-Hisaminato A, Usami S, Inoue Y, Tsunoda T, et al. Identification of CRYM as a candidate responsible for nonsyndromic deafness, through cDNA microarray analysis of human cochlear and vestibular tissues. Am J Hum Genet. 2003; 72(1):73-82. Abreu-Silva RS, Lezirovitz K, Braga MC, Spinelli M, Pirana S, Della-Rosa VA, et al. Prevalence of the A1555G (12S rRNA) and tRNASer(UCN) mitochondrial mutations in hearing impaired Brazilian patients. Braz J Med Biol Res. 2006; 39(2):219-226.

Ahmad S, Chen S, Sun J, Lin X. Connexins 26 and 30 are co-assembled to form gap junctions in the cochlea of mice. Biochem Biophys Res Commun. 2003; 307(2):362–8.

Ahmed ZM, Riazuddin S, Friedman TB, Riazuddin S, Wilcox ER, Griffith AJ. Clinical manifestations of DFNB29 deafness. Adv Otorhinolaryngol. 2002; 61:156-60.

Ahmed ZM, Yousaf R, Lee BC, Khan SN, Lee S, Lee K, et al. Functional null mutations of MSRB3 encoding methionine sulfoxide reductase are associated with human deafness DFNB74. Am J Hum Genet. 2011; 88(1):19-29.

Ahmed ZM, Masmoudi S, Kalay E, Belyantseva IA, Mosrati MA, Collin RW, et al. Mutations of LRTOMT, a fusion gene with alternative reading frames, cause nonsyndromic deafness in humans. Nat Genet. 2008; 40(11):1335-40.

Ahmed ZM, Morell RJ, Riazuddin S, Gropman A, Shaukat S, Ahmad MM, et al. Mutations of MYO6 are associated with recessive deafness, DFNB37. Am J Hum Genet. 2003; 72(5):1315- 22.

Ahmed ZM, Smith TN, Riazuddin S, Makishima T, Ghosh M, Bokhari S, et al. Nonsyndromic recessive deafness DFNB18 and Usher syndrome type IC are allelic mutations of USHIC. Hum Genet. 2002; 110(6):527-31.

Ahmed ZM, Riazuddin S, Ahmad J, Bernstein SL, Guo Y, Sabar MF, et al. PCDH15 is expressed in the neurosensory epithelium of the eye and ear and mutant alleles are responsible for both USH1F and DFNB23. Hum Mol Genet. 2003; 12(24):3215-23.

Ain Q, Nazli S, Riazuddin S, Jaleel AU, Riazuddin SA, Zafar AU, et al. The autosomal recessive nonsyndromic deafness locus DFNB72 is located on chromosome 19p13.3. Hum Genet. 2007; 122(5):445-50.

Alberts B, Johnson A, Lewis J, Morgan D, Raff M, Roberts K, et al. Molecular Biology of the Cell. 5th ed. New York: Garland Science; 2007.

Alexandrino F, de Oliveira CA, Magalhães RF, Florence ME, de Souza EM, Sartorato EL. Connexin mutations in Brazilian patients with skin disorders with or without hearing loss. Am J Med Genet A. 2009; 149A(4):681-4.

Azaiez H, Decker AR, Booth KT, Simpson AC, Shearer AE, Huygen PL, et al. HOMER2, a stereociliary scaffolding protein, is essential for normal hearing in humans and mice. PLoS Genet. 2015; 11(3):e1005137.

Azaiez H, Booth KT, Bu F, Huygen P, Shibata SB, Shearer AE, et al. TBC1D24 mutation causes autosomal-dominant nonsyndromic hearing loss. Hum Mutat. 2014; 35(7):819-23. Behlouli A, Bonnet C, Abdi S, Bouaita A, Lelli A, Hardelin JP, et al. EPS8, encoding an actin- binding protein of cochlear hair cell stereocilia, is a new causal gene for autosomal recessive profound deafness. Orphanet J Rare Dis. 2014; 9:55.

Ben Said M, Grati M, Ishimoto T, Zou B, Chakchouk I, Ma Q, et al. A mutation in SLC22A4 encoding an organic cation transporter expressed in the cochlea strial endothelium causes human recessive non-syndromic hearing loss DFNB60. Hum Genet. 2016; 135(5):513-524. Bennett PB, Valenzuela C, Chen LQ, Kallen RG. On the molecular nature of the lidocaine receptor of cardiac Na+ channels. Modification of block by alterations in the alpha-subunit III- IV interdomain. Circ Res. 1995 Sep; 77(3):584-92.

Berger AC, Kelly JJ, Lajoie P, Shao Q, Laird DW. Mutations in Cx30 that are linked to skin disease and non-syndromic hearing loss exhibit several distinct cellular pathologies. J Cell Sci. 2014; 127(Pt 8):1751-64.

Bespalova IN, Van Camp G, Bom SJ, Brown DJ, Cryns K, DeWan AT, et al. Mutations in the Wolfram syndrome 1 gene (WFS1) are a common cause of low frequency sensorineural hearing loss. Hum Mol Genet. 2001 Oct 15;10(22):2501-8.

Bitner-Glindzicz, M. Hereditary deafness and phenotyping in humans. British Medical Bulletin. 2002; 63:73–94.

Borck G, Ur Rehman A, Lee K, Pogoda HM, Kakar N, von Ameln S, et al. Loss-of-function mutations of ILDR1 cause autosomal-recessive hearing impairment DFNB42. Am J Hum Genet. 2011; 88(2):127-37.

Bork JM, Peters LM, Riazuddin S, Bernstein SL, Ahmed ZM, Ness SL, et al. Usher syndrome 1D and nonsyndromic autosomal recessive deafness DFNB12 are caused by allelic mutations of the novel cadherin-like gene CDH23. Am J Hum Genet. 2001; 68(1):26-37.

Brownstein Z, Bhonker Y, Avraham KB. High-throughput sequencing to decipher the genetic heterogeneity of deafness. Genome Biol. 2012; 13(5):245

Buniello A, Ingham NJ, Lewis MA, Huma AC, Martinez-Vega R, Varela-Nieto I, et al. Wbp2 is required for normal glutamatergic synapses in the cochlea and is crucial for hearing. EMBO Mol Med. 2016; 8(3):191-207.

Buttross SL, Gearhart JG, Peck JE. Early identification and management of hearing impairment. Am Fam Physician. 1995; 51(6):1437-46, 1451-2.

Charizopoulou N, Lelli A, Schraders M, Ray K, Hildebrand MS, Ramesh A, et al. Gipc3 mutations associated with audiogenic seizures and sensorineural hearing loss in mouse and human. Nat Commun. 2011; 2:201.

Chen K, Zong L, Liu M, Wang X, Zhou W, Zhan Y, et al. Developing regional genetic counseling for southern Chinese with nonsyndromic hearing impairment: a unique mutational spectrum. J Transl Med. 2014; 12:64.

Chen DY, Liu XF, Lin XJ, Zhang D, Chai YC, Yu DH , et al. A dominant variant in DMXL2 is linked to nonsyndromic hearing loss. Genet Med. 2017; 19(5):553-558.

Chen W, Kahrizi K, Meyer NC, Riazalhosseini Y, Van Camp G, Najmabadi H, et al. Mutation of COL11A2 causes autosomal recessive non-syndromic hearing loss at the DFNB53 locus. J Med Genet. 2005 Oct;42(10):e61. Epub 2005 Jul 20.

Cheng J, Zhu Y, He S, Lu Y, Chen J, Han B, et al. Functional mutation of SMAC/DIABLO, encoding a mitochondrial proapoptotic protein, causes human progressive hearing loss DFNA64. Am J Hum Genet. 2011; 89(1):56-66.

Collin RW, Kalay E, Tariq M, Peters T, van der Zwaag B, Venselaar H, et al. Mutations of ESRRB encoding estrogen-related receptor beta cause autosomal-recessive nonsyndromic hearing impairment DFNB35. Am J Hum Genet. 2008; 82(1):125-38.

Common JE, Bitner-Glindzicz M, O'Toole EA, Barnes MR, Jenkins L, Forge A, et al. Specific loss of connexin 26 expression in ductal sweat gland epithelium associated with the deletion mutation del(GJB6- D13S1830). Clin Exp Dermatol. 2005; 30(6):688-93.

Dahmani M, Ammar-Khodja F, Bonnet C, Lefèvre GM, Hardelin JP, Ibrahim H, et al. EPS8L2 is a new causal gene for childhood onset autosomal recessive progressive hearing loss. Orphanet J Rare Dis. 2015; 10:96.

Dai P, Yu F, Han B, Liu X, Wang G, Li Q, et al. GJB2 mutation spectrum in 2,063 Chinese patients with nonsyndromic hearing impairment. J Transl Med. 2009; 7:26.

Dbouk HA, Mroue RM, El-Sabban ME, Talhouk RS. Connexins: a myriad of functions extending beyond assembly of gap junction channels. Cell Commun Signal. 2009; 7:4.

Deininger PL, Batzer MA. Alu repeats and human disease. Mol Genet Metab. 199; 67(3):183- 93.

Del Castillo FJ, Rodríguez-Ballesteros M, Alvarez A, Hutchin T, Leonardi E, de Oliveira CA, et al. A novel deletion involving the connexin-30 gene, del(GJB6-d13s1854), found in trans with mutations in the GJB2 gene (connexin-26) in subjects with DFNB1 non-syndromic hearing impairment. J Med Genet. 2005; 42(7):588-94.

Del Castillo I, Villamar M, Moreno-Pelayo MA, del Castillo FJ, Alvarez A, Tellería D, et al. A deletion involving the connexin 30 gene in nonsyndromic hearing impairment. N Engl J Med. 2002; 346(4):243-9.

Delmaghani S, Aghaie A, Michalski N, Bonnet C, Weil D, Petit C. Defect in the gene encoding the EAR/EPTP domain- containing protein TSPEAR causes DFNB98 profound deafness. Hum Mol Genet. 2012 Sep 1; 21(17):3835-44. Epub 2012 Jun 7.

Delmaghani S, Aghaie A, Bouyacoub Y, El Hachmi H, Bonnet C, Riahi Z, et al. Mutations in CDC14A, Encoding a Protein Phosphatase Involved in Hair Cell Ciliogenesis, Cause Autosomal-Recessive Severe to Profound Deafness. Am J Hum Genet. 2016; 98(6):1266-1270. Delmaghani S, del Castillo FJ, Michel V, Leibovici M, Aghaie A, Ron U, et al. Mutations in the gene encoding pejvakin, a newly identified protein of the afferent auditory pathway, cause DFNB59 auditory neuropathy. Nat Genet. 2006 Jul; 38(7):770-8. Epub 2006 Jun 25.

Denoyelle F, Marlin S, Weil D, Moatti L, Chauvin P, Garabédian EN, et al. Clinical features of the prevalent form of childhood deafness, DFNB1, due to a connexin 26 gene defect: implication for genetic counseling. Lancet. 1999; 353(9161):1298-303.

Denoyelle F, Weil D, Maw MA, Wilcox SA, Lench NJ, Allen-Powell DR, et al. Prelingual deafness: high prevalence of a 35delG mutation in the connexin 26 gene. Hum Mol Genet. 1997; 6(12):2173-7.

Dermietzel R, Spray DC. Gap junctions in the brain: where, what type, how many and why?. Trends Neurosci. 1993 May; 16(5):186-92.

Dhein, S. Gap junction channels in the cardiovascular system: pharmacological and physiological modulation. Trends Pharmacol Sci. 1998 Jun; 19(6):229-41.

Diaz-Horta O, Subasioglu-Uzak A, Grati M, DeSmidt A, Foster J 2nd, Cao L, et al. FAM65B is a membrane-associated protein of hair cell stereocilia required for hearing. Proc Natl Acad Sci U S A. 2014 Jul 8; 111(27):9864-8. Epub 2014 Jun 23.

Diaz-Horta O, Abad C, Sennaroglu L, Foster J 2nd, DeSmidt A, Bademci G, et al. ROR1 is essential for proper innervation of auditory hair cells and hearing in humans and mice. Proc Natl Acad Sci U S A. 2016 May 24; 113(21):5993-8. Epub 2016 May 9.

Donaudy F, Snoeckx R, Pfister M, Zenner HP, Blin N, Di Stazio M, et al. Nonmuscle myosin heavy-chain gene MYH14 is expressed in cochlea and mutated in patients affected by autosomal dominant hearing impairment (DFNA4). Am J Hum Genet. 2004;7 4(4):770-6. Dror AA, Avraham KB. Hearing Loss: Mechanisms Revealed by Genetics and Cell Biology. Annu Rev Genet. 2009; 43:411-37.

Du X, Schwander M, Moresco EM, Viviani P, Haller C, Hildebrand MS, et al. A catechol-O- methyltransferase that is essential for auditory function in mice and humans. Proc Natl Acad Sci U S A. 2008 Sep 23; 105(38):14609-14. Epub 2008 Sep 15.

Duffy HS, Delmar M, Spray DC. Formation of the gap junction nexus: binding partners for connexins. J Physiol Paris. 2002; 96(3-4):243-9.

Feldmann D, Le Maréchal C, Jonard L, Thierry P, Czajka C Couderc R, et al. A new large deletion in the DFNB1 locus causes nonsyndromic hearing loss. Eur J Med Genet. 2009; 52(4): 195-200.

Fishel-Ghodsian N, Prezant TR, Bu X, Oztas S. Mitochondrial ribosomal RNA gene mutation in a patient with sporadic aminoglycoside ototoxicity. Am J Otolaryngol. 1993; 14: 339-403. Forge A, Becker D, Casalotti S, Edwards J, Marziano N, Nickel R. Connexins and gap junctions in the inner ear. Audiol Neuro-Otol. 2002; 7: 141-145.

Gao J, Wang Q, Dong C, Chen S, Qi Y, Liu Y. Whole Exome Sequencing Identified MCM2 as a Novel Causative Gene for Autosomal Dominant Nonsyndromic Deafness in a Chinese Family. PLoS One. 2015; 10(7):e0133522.

Gasparini P, Rabionet R, Barbujani G, Melçhionda S, Petersen M, Brøndum-Nielsen K, et al. High carrier frequency of the 35delG deafness mutation in European populations. Genetic Analysis Consortium of GJB2 35delG. Eur J Hum Genet. 2000; 8(1):19-23.

Gimlich RL, Kumar NM, Gilula NB. Differential regulation of the levels of three gap junction mRNAs in Xenopus embryos. J Cell Biol. 1990; 110(3):597-605.

Girotto G, Abdulhadi K, Buniello A, Vozzi D, Licastro D, d'Eustacchio A, et al. Linkage study and exome sequencing identify a BDP1 mutation associated with hereditary hearing loss. PLoS One. 2013; 8(12):e80323.

Grati M, Chakchouk I, Ma Q, Bensaid M, Desmidt A, Turki N, et al. A missense mutation in DCDC2 causes human recessive deafness DFNB66, likely by interfering with sensory hair cell and supporting cell cilia length regulation. Hum Mol Genet. 2015 May 1; 24(9):2482-91. Epub 2015 Jan 18.

Grifa A, Wagner CA, D'Ambrosio L, Melchionda S, Bernardi F, Lopez-Bigas N, et al. Mutations in GJB6 cause nonsyndromic autosomal dominant deafness at DFNA3 locus. Nat Genet. 1999; 23(1):16-8.

Grillet N, Schwander M, Hildebrand MS, Sczaniecka A, Kolatkar A, Velasco J, et al. Mutations in LOXHD1, an evolutionarily conserved stereociliary protein, disrupt hair cell function in mice and cause progressive hearing loss in humans. Am J Hum Genet. 2009; 85(3):328-37.

Heller S, Sheane CA, Javed Z, Hudsperth AJ. Molecular markers for cell types of the inner ear and candidate genes for hearing disorders. Proc Natl Acad Sci USA. 1998; 95(19): 11400- 11405.

Hilgert N, Smith RJH, Van Camp G. Forty-six genes genes causing nonsyndromic hearing impairment: which ones should be analyzed in DNA diagnostics?. Mutat Res. 2009; 681(2-3): 189- 196.

Hoang Dinh E, Ahmad S, Chang Q, Tang W, Stong B, Lin X. Diverse deafness mechanisms of connexin mutations revealed by studies using in vitro approaches and mouse models. Brain Res. 2009 Jun 24; 1277:52-69. Epub 2009 Feb 20.

Horn HF, Brownstein Z, Lenz DR, Shivatzki S, Dror AA, Dagan-Rosenfeld O, et al. The LINC complex is essential for hearing. J Clin Invest. 2013 Feb; 123(2):740-50. Epub 2013 Jan 25. Imtiaz A, Kohrman DC, Naz S. A frameshift mutation in GRXCR2 causes recessively inherited hearing loss. Hum Mutat. 2014 May; 35(5):618-24. Epub 2014 Apr 7.

Jacob, PL. Rastreamento de Alterações Genômicas em Indivíduos com Perda Auditiva Mediante Tecnologias de Alto Desempenho Baseadas em Iplex Massarray® E Cytoscan™ Hd Array [tese]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas; 2016.

Jagger DJ, Forge A. Connexins and gap junctions in the inner ear--it's not just about K⁺ recycling. Cell Tissue Res. 2015 Jun; 360(3):633-44. Epub 2014 Nov 9.

Jaworek TJ, Richard EM, Ivanova AA, Giese AP, Choo DI, Khan SN, et al. An alteration in

Documentos relacionados