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6. CAPÍTULO II Avaliar a eficiência do equipamento de radiação pulsada e as

6.3. Delineamento Experimental

Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial, sendo amostra não tratada (controle) e amostra tratada com 4 densidades de energia; 0,1411 J.m-2(1

hora); 0,4233 J.m-2 (3 horas); 0,7055 J.m-2 (5 horas); 0,9877 J.m-2 (7 horas), e três repetições

por tratamento.

Foi realizada análise de variância e comparação de médias entre os tratamentos utilizando-se teste de Tukey (p<0,01), com o auxílio do pacote estatístico.

6.4. Resultados e Discussão

A temperatura na câmara de irradiação independente da densidade de energia utilizada não variou, permanecendo constante em 25°C e UR de 50%. Estes valores demonstram que os Leds UV-C utilizados não aquecem o ambiente.

26 Apesar de todas as colônias dos patógenos estudados terem ocupado toda a extensão da placa, os três apresentaram serem sensíveis a radiação pulsada UV-C, sendo que o crescimento micelial, a densidade de hifas e a produção de conídios variaram dependendo do patógeno.

6.4.1. Crescimento micelial

Tabela 5. Valores médios do crescimento micelial (cm) para Rhizopus stolonifer, após a exposição a diferentes níveis de RP UV-C.

* Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si (Tukey, p < 0,01).

Tabela 6. Valores médios do crescimento micelial (cm) para Fusarium solani, após exposição as diferentes densidades de energia de RP UV-C.

Tempo de incubação (dia) Tratamento (J/m-2) 1° 3° 5° 7° 9° 11° 13° 15° 0 0,5 a 2,45 b 7,5 a 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,1411 0,5 a 2,96 ab 5,3 c 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,4233 0,5 a 3,61 a 6,2 b 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,7055 0,5 a 2,64 b 5,28 c 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,9877 0,5 a 2,51 b 5,03 c 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a

* Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si (Tukey, p < 0,01). Tempo de incubação (dia)

Tratamento (J/m2) 1 3 5 7 9 11 13 15 0 0,5 a 3,61 a 7,3 a 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,1411 0,5 a 3,51 a 7,03 ab 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,4233 0,5 a 3,6 a 6,1 bc 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,7055 0,5 a 2,96 ab 5,86 c 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,9877 0,5 a 2,03 b 5,06 c 7 b 9 a 9 a 9 a 9 a

27 Tabela 7. Valores médios do crescimento micelial (cm) 1° ensaio para Phomopsis sp, após a exposição a diferentes níveis de REP UV-C.

Tempo de incubação (dia) Tratamento (J.m-2) 1 3 5 7 9 11 13 15 0 0,5 a 2,1 c 5,13 b 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,1411 0,5 a 3,4 a 5,86 a 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,4233 0,5 a 3,26 a 5,5 ab 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,7055 0,5 a 2,57 bc 5,15 b 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,9877 0,5 a 2,62 b 5,26 b 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a * Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si (Tukey, p < 0,01).

Tabela 8. Valores médios do crescimento micelial (cm) 2° ensaio para Phomopsis sp, após a exposição a diferentes níveis de radiação UV-C.

Tempo de incubação (dia) Tratamento (J.m-2) 1 3 5 7 9 11 13 15 0 0,5 a 3,00a 5,21 a 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 0,834 0,5 a 3,20a 5,70a 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 2,5 0,5 a 4 bc 5,53a 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 4,16 0,5 a 3,5 b 5,65 a 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a 5,84 0,5 a 4,8 bc 5,23 a 9 a 9 a 9 a 9 a 9 a * Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si (Tukey, p < 0,01).

Considerando- o crescimento do fungo Rhizopus stolonifer entre o 3° e 5° dia de incubação (Tabela 5), observa-se que os fungos expostos a densidade de energia de 0, 9877J.m-2 apresentaram menor valor médio de diâmetro, sendo que no 7° dia o mesmo

tratamento diferiu estatisticamente dos demais.

Enquanto que o Fusarium solani no 3° dia não apresentou redução em comparação com o controle. No entanto a partir do 5° dia nota-se que nas densidades de energia 0,7055 J.m-2 e 0,9877 J.m-2 o crescimento micelial foi retardado quando comparado ao controle

28 Observa-se no primeiro ensaio do Phomopsis sp, que a inibição do crescimento micelial acompanhou a mesma tendência do tratamento controle. Porém, os valores médios da taxa de crescimento dos tratamento irradiados foram levemente superiores. (Tabela 7).No segundo ensaio notou-se que o crescimento micelial do Phomopsis sp. (Tabela 8) permaneceu constante, não ocorrendo redução quando comparados à testemunha. ). Estes resultados devem- se ao fato de o Phomopsis ser de uma linhagem resistente, apresentando-se como parasita.

6.4.2. Densidade de Hifas

Figura 5. Valores médios da densidade das hifas (%) para Rhizopus stolonifer, após exposição as diferentes densidades de energias de RP UV-C.

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Figura 6. Valores médios da densidade de hifas (%) para Fusarium solani, após exposição as diferentes densidades de energias de RP UV-C.

Figura 7. Valores médios da densidade micelial (%) para Phomopsis sp, após exposição as diferentes densidades de energias de RP UV-C.

Nas figuras 5, 6 e 7 pode- se observar a densidade de hifas dos patógenos estudados. Nota-se entre o 5° e 9° dia que as amostras do Rhizopus stolonifer expostas as densidades de energias de 0,7055 J.m-2 e 0,9877 J.m-2 apresentaram menor densidade de hifas quando

comparadas ao controle e a partir do 11° dia foi possível observar um menor adensamento de hifas no tratamento com 0,9877 J.m-2 (Figura 5) evidenciando uma sensibilidade do patógeno

à radiação pulsada UV-C. De acordo com Gewandsznajder (2005) os são fungos primitivos, de organização mais simples, com apenas um núcleo e hifas septadas, ou seja, os

30 compartimentos do núcleo delimitados pelos septos não são células verdadeiras, o que deve facilitar a ação e penetração da RP UV-C.

Observando- se as densidade das hifas do Fusarium Solani (Figura 6) nota-se que nas densidades de energia 0,7055 J.m-2 e 0,9877 J.m-2 o crescimento micelial foi retardado quando comparado ao controle, no entanto as densidades de energia utilizadas não foram suficientes para que ocorressem danos permanente nas hifas e consequentemente redução do patógeno, como ocorreu com o Rhizopus stolonifer. Esse fato indica que os patógenos estudados em questão apresentam características morfológicas diferentes.

A densidade de hifas do Phomopsis sp. de todos os tratamentos ao final dos quinze dias se mostraram espessas, de acordo com Azevedo (1998) um diminuto fragmento de hifa pode originar um novo indivíduo. As hifas interagem entre si mesmo quando originadas de micélios ou esporos diferentes e com isso, aumentam a superfície e relações que estabelecem com o ambiente.

6.4.3. Produção de esporos

Tabela 9. Valores médios da produção de esporos de Rhizopus stolonifer, após exposição as diferentes densidades de RP UV-C.

* Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si (Tukey, p < 0,01).

Tabela 10. Valores médios da produção de esporos de Fusarium solani. após exposição as diferentes densidades de energia de RP UV-C.

Tratamento (J.m-2) Produção de esporos (106)

Tratamento (J.m-2) Produção de esporos (106) Controle 0,1411 (1 hora) 0,4233(3 horas) 0,7055 (5 horas) 0,9877 (7 horas) 86,49 a 82,58 a 32,74 b 16,24 b 12,79 b

31 Controle 70,41 a 0,1411 (1 hora) 56,16 a 0,4233 (3 horas) 46,95 a 0,7055 (5 horas) 28,33 a 0,9877 (7 horas) 19,18 a

* Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si (Tukey, p < 0,01).

Tabela 11. Valores médios da produção de conídios do 1º ensaio de Phomopsis sp., após exposição as diferentes densidades de energia de RP UV-C.

Tratamento (J.m-2) Produção de esporos (106)

Controle 81,40 a

0,1411 (1 hora) 53,74 a

0,4233 (3 horas) 45,83 a

0,7055 (5 horas) 44,45 a

0,9877 (7 horas) 14,6 a

* Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si (Tukey, p < 0,01).

Tabela 12. Valores médios para produção de conídios do 2° ensaio para Phomopsis sp., após a exposição a diferentes níveis de Radiação UV-C.

Tratamento (J.m-2) Produção de Conídios (106)

0 81,5 a

0,834 50,00 a

2,5 48,34 a

4,16 44,4 a

5,84 13,9 b

Quanto a produção de esporos do R. stolonifer (Tabela 9) e Phomopsis sp- 2° ensaio (Tabela 12) houveram diferenças significativas e todos os tratamentos diminuíram

32 gradativamente a sobrevivência dos esporos quando comparados à testemunha. De acordo com Wurlitzer (2011) a radiação ultravioleta tem ação contra esporos de fungos, inibindo a germinação, desde que em camadas superficiais e em pequena concentração. Quando aplicada sobre micélio, a ação da UV-C pulsada é limitada, pois existe efeito de sombreamento das células, uma sobre as outras, sendo dependente da espessura do micélio e proporcional à intensidade do tratamento UV-C.

Já a produção de esporos do Fusarium solani (Tabela 10) e do Phomopsis sp. (Tabela 11) apresentaram valores estatisticamente semelhantes aos da testemunha, no entanto verifica- se uma tendência de redução da produção de esporos com o aumento da densidade de energia.

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