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Demonstração do cálculo do EVA e do NOPAT

Imposto de Renda

4.4 Demonstração dos cálculos das medidas de

4.4.1 Demonstração do cálculo do EVA e do NOPAT

Para a demonstração do cálculo do EVA, para a companhia Acesita S.A.e para o ano de 2003, foi calculado o NOPAT, conforme apresentado na Tabela 3.

Tabela 3: Cálculo do NOPAT

Cálculo do Nopat (Net Operacional Profit After Taxes) ou Rodir (Resultado Operacional Depois do IR) – R$ mil

31/12/2003

Lucro Líquido Após o Imposto de Renda 225.548 (+)Provisão P/ Devedores Duvidosos 5.667 (+) Provisão P/ Ajuste de Estoques - (-) Receitas Financeiras -50.401 (+) Despesas Financeiras 330.294 (-) IR e CS sobre as Despesas de Juros -112.300 (+) Despesas Não Operacionais 18.521 (-) Receitas Não Operacionais -17.358 (+) IR Diferido -

(=) NOPAT ou RODIR 399.971

Deve-se destacar que o cálculo do NOPAT, apresentado na Tabela 3, foi efetuado conforme Stewart (1991), Young e O´Byrne (2003), e Frezatti (2003) e que as alíquotas para o cálculo do IR (imposto de renda) e CS (contribuição social sobre o lucro) para cada ano foi obtida da legislação vigente no período. Além disso, as informações contábeis das companhias, para todos os cálculos das medidas de performance selecionadas, foram obtidas da base de dados da Economática.

Após o cálculo do NOPAT, foi realizado o cálculo do Capital Investido Médio, de acordo com Young e O´Byrne (2003) e Frezatti (2003) e conforme apresentado Tabela 4. Deve-se destacar que o Capital Investido Médio para 2003 é a média aritmética do Capital Investido de 2002 com o Capital Investido de 2003. Além disso, para calcular a Provisão para

Devedores Duvidosos líquida do período, foi considerada a variação desta conta, de 2002 para 2003.

Tabela 4: Cálculo do Capital Investido Médio

Cálculo Capital Investido Médio – R$ mil

31/12/2002 31/12/2003 Financiamento CP 1.253.178 861.077 (+) Debêntures CP 43.860 544 (+) Financiamento LP 890.800 1.131.149 (+) debêntures LP 462.661 35.330 (+) Patrimônio Liquido 836.292 1.021.341 (+) IR Diferido - - (+)Provisão P/ Dev. Duvidosos 1.542 5.667 (+) Provisão P/ ajuste de estoques - -

(=) Capital Investido 3.488.333 3.055.108 Capital Investido Médio (2003) 3.271.721

Após o cálculo do Capital Investido Médio, foi realizado o cálculo do Custo com Capital Próprio. Porém, antes da realização deste cálculo, foi necessário calcular o beta alavancado da Acesita S.A., para o ano de 2003, conforme Tabela 5.

Tabela 5: Cálculo do beta alavancado Cálculo do Beta Alavancado – R$ mil

(continua)

Para cálculo do beta alavancado, conforme Damodaran (2002), tem-se: b = bu [ 1 + (1 – T) (D/E) ]

Onde:

b representa o beta ajustado pelo grau de alavancagem financeira da empresa; bu representa o beta sem alavancagem da respectiva indústria;

T é a taxa de impostos sobre lucros;

D corresponde ao valor de mercado do capital de terceiros;

E é o valor de mercado do capital próprio ou capital dos acionistas. Portanto, para 2003:

Beta sem Alavancagem - elaborado por Damodaran (2004) para "Steel

General" : 0,60 Valor de Mercado do Capital Próprio: 1.210.992 Valor de Mercado do Capital de Terceiros: 2.028.100

Tabela 5: Cálculo do beta alavancado

(conclusão)

Taxa de impostos sobre o lucro: 34%

Portanto, o beta alavancado da empresa é:

b = 1,263562635

Para o cálculo do beta alavancado, o valor de mercado do capital próprio e o valor de mercado do capital de terceiros foram obtidos da base de dados da Economática, assim como as alíquotas para o cálculo do IR (imposto de renda) e CSSL (contribuição social sobre o lucro) para cada ano foi obtida da legislação vigente no período.

Após o cálculo do beta alavancado, foi efetuado o cálculo do Custo de Capital Próprio da Acesita S.A. para o ano de 2003, conforme Tabela 6.

Tabela 6: Cálculo do Custo do Capital Próprio Cálculo do Custo do Capital Próprio (%)

Por meio da fórmula apresentada por Damodaran (2004):

Kp= Ativo Livre de Risco + b (Prêmio de Risco USA + Prêmio de Risco Brasil x DP Ibovespa / DP C-Bond)

Onde: Retorno Ativo Livre de Risco = Retorno T-Bond Yield (10 anos) do Período

Prêmio de Risco USA = Média Geométrica Histórica do Prêmio de Risco, de 1928 a 2003 Prêmio de Risco Brasil = Diferença entre o C-Bond Yield e o T-Bond Yield do Período DP Ibovespa = Desvio-Padrão dos Desempenhos (de Fechamento) Semanais do Ibovespa DP C-Bond = Desvio-Padrão dos Valores (de Fechamento) Semanais do C-Bond

Portanto, para 2003 (valores percentuais):

Ativo Livre de Risco = 4,26 Prêmio de Risco USA = 5,02 Prêmio de Risco Brasil = 4,13 DP Ibovespa / DP C-Bond = 0,78458659

Beta Alavancado = 1,26356264

Portanto, o custo do capital próprio é (valor percentual):

Destaca-se que as informações para o cálculo do Custo de Capital Próprio foram obtidas da base de dados da Economática e do Banco Central do Brasil. As informações do último foram obtidas por meio da Analista do Departamento de Pesquisas Econômicas do Banco Central do Brasil, Sra. Alzira Morais da Silva, por e-mail (SILVA, 2004).

Após o cálculo do Custo de Capital Próprio, foi calculado o Custo de Capital de Terceiros, conforme Tabela 7.

Tabela 7: Cálculo do Custo de Capital de Terceiros Cálculo do Custo de Capital de Terceiros (%)

O Custo do capital próprio será calculado da seguinte forma: Kt = ((1+TJLP + Prêmio de Risco Brasil)/(1+INPC IBGE ACUMULADO)-1)

Onde:

TJLP = Taxa de Juros de Longo Prazo, no final do período. INPC IBGE ACUMULADO = Índice Nacional de Preços ao Consumidor, calculado pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).

Prêmio de Risco Brasil = Diferença entre o C-Bond Yield e o T-Bond Yield do período.

Portanto, para 2003 (valores percentuais):

TJLP 11,000

Prêmio de Risco Brasil 4,126

INPC IBGE ACUMULADO 9,87940715 Custo Com Capital de Terceiros 4,77 Portanto, o custo do capital de terceiros é (valor percentual):

Kt = 4,77

Destaca-se que o modelo para o cálculo do Custo de Capital de Terceiros teve como referência o modelo para países emergentes apresentado por Damodaran (2004), e adaptado à realidade brasileira. O INPC-IBGE ACUMULADO foi selecionado como o indexador do período analisado em virtude de o mesmo ter sido utilizado, segundo Fortuna (1999), como o fator de correção dos balanços e demais demonstrações financeiras das companhias abertas, até a suspensão da correção monetária de balanços, em 1994.

Após os cálculos do Custo de Capital Próprio e do Custo de Capital de Terceiros, foi efetuado o cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital, conforme Tabela 8.

Tabela 8: Cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital Cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital (%)

O Custo Médio Ponderado de Capital é calculado da seguinte forma:

Km = (D/V) x Kt x (1-T) + (E/V) x Kp Onde:

D corresponde ao valor de mercado do capital de

terceiros; E é o valor de mercado do capital próprio ou capital

dos acionistas.

V = D + E = valor total de mercado da empresa. T é a taxa de impostos sobre lucros;

Kp = Custo do Capital Próprio Kt = Custo do Capital de Terceiros Portanto, para 2003:

Valor de Mercado do Capital Próprio: 1.210.992 Valor de Mercado do Capital de Terceiros: 2.028.100 Valor de Mercado da Empresa: 3.239.092 Taxa de impostos sobre o lucro: 34,00% Custo do Capital Próprio: 14,69% Custo do Capital de Terceiros: 4,77% Portanto, o Custo Médio Ponderado de Capital é (em

valores percentuais):

Km = 7,47

O cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital foi realizado conforme Young e O´Byrne (2003) e Frezatti (2003) e as informações para o cálculo foram obtidas da base de dados da Economática.

Por fim, foi calculado o EVA da Acesita S.A. para o ano de 2003, conforme Stewart (1991), Young e O´Byrne (2003) e Frezatti (2003), e apresentado na Tabela 9.

Tabela 9: Cálculo do EVA Cálculo do EVA – R$ mil

EVA = NOPAT - Capital Investido Médio * Km Onde:

NOPAT = Net Operacional Profit After Taxes Km = Custo Médio Ponderado de Capital

Portanto, para 2003:

NOPAT = 399.971

Capital Investido Médio = 3.271.721

Km = 7,47

Portanto, o EVA da Acesita, para 2003, é:

EVA = 155.721