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Desaprendizagem, conhecimento como linguagem e diversidade de

2.3 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA CRÍTICA

2.3.1 Visão Crítica

2.3.1.5 Desaprendizagem, conhecimento como linguagem e diversidade de

Durante todo o tópico relacionado à aprendizagem significativa, foram apresentados os subsunçores, ou seja, os conhecimentos prévios que possuem funções importantes para o processo de obtenção de novos conhecimentos.

Entretanto, quando estes subsunçores começam a impedir de obter o significado de novos conhecimentos, ocorre um processo que na aprendizagem significativa se chama desaprendizagem.

Ressalta-se que não será apagado um conhecimento prévio existente, até porque, seria impossível apagar um conhecimento que foi obtido de forma significativa. Neste caso, apenas não será utilizado um conhecimento prévio para obter um novo conhecimento.

Em ambientes que estão em constantes mudanças, essa técnica se torna eficaz e em muitos casos obrigatória, porém, em ambientes estáveis, seu uso não é tão comum. Portanto, o indivíduo deverá aprender a selecionar o que é importante e irrelevante em um conhecimento prévio, após a seleção, o irrelevante é descartado.

Praticamente todo conhecimento é definido como linguagem, isso se dá pelo fato de que, para compreender este conhecimento ou determinados assuntos, se faz necessário conhecer sua linguagem.

Assim, é possível notar o uso da aprendizagem significativa crítica, pois aprender um determinado assunto de uma forma significativa é permitir a aprendizagem de uma nova linguagem (Moreira, 2010, p.12).

Na diversidade de estratégias, é ressaltado o método de ensino, a qual ocorre por meio do professor que replica a informação do livro para seus alunos ou para o quadro. Em seguida, este aluno decora a informação e a descreve em uma prova, como ocorre em uma aprendizagem mecânica.

Ressalta-se que não se deve extinguir o quadro, até porque há outras formas de ensino sendo usadas com os mesmos métodos. Vale refletir que em novos meios de ensino, o conhecimento pode ser replicado de forma dinâmica, tais como Datashows, projetores ou quadros interativos. Estas são novas tecnologias para o ensino.

É notório que os usos de novas tecnologias podem ser beneficentes para a integração, a interação do aluno na sala de aula, ao professor, a disciplina, fazendo sentido a teoria de Papert sobre o Construcionismo que será tratado a seguir.

3 TEORIA DO CONSTRUCIONISMO DE SEYMOUR PAPERT

No início do desenvolvimento tecnológico, Papert (1928-2016) desenvolveu a teoria na qual o computador é utilizado como meio para a obtenção do conhecimento. Sua teoria foi denominada como Teoria do Construcionismo, na qual o indivíduo com um mediador, cria pontes de conhecimento por meio do computador (PAPERT, 2002).

O Construcionismo se assemelha a teoria do construtivismo de Piaget, diferenciando-se quanto ao método de ensino. O construtivismo se baseia nas habilidades das crianças em atingir metas, enquanto o construcionismo se baseia nos métodos de aprendizagem, tendo o computador como meio central de ensino. As teorias de Papert e Piaget se assemelham ao afirmarem que a criança é um ser pensante, e por sua vez capaz de construir suas estruturas cognitivas, mesmo que não haja a intervenção de um tutor (SANTOS e NUNES, 2013, p.2). Sendo assim

A atitude construcionista implica na meta de ensinar, de forma a produzir o máximo de aprendizagem, com o mínimo de ensino. A meta do Construcionismo é alcançar meios de aprendizagem fortes que valorizem a construção mental do sujeito, apoiada em suas próprias construções no mundo. (SANTOS e NUNES, 2013, p.2)

Neste sentido, no Construcionismo a criança aprende fazendo, descobrindo os conhecimentos específicos de acordo com suas necessidades. Desta forma, os conhecimentos que as crianças mais necessitam para o momento, são o impulso necessário para ajudá-las a obter novos conhecimentos.

Assim, para que todo este processo tenha sucesso, ferramentas e meios devem ser disponibilizados para que a criança alcance os objetivos de sua jornada. Desta forma, encaixam-se os computadores e os conceitos denominados de micromundos (PAPERT, 2008, p. 135). Este processo, se diferencia do que Papert denomina como conceito piagetiano, pois Piaget define o conhecimento como sendo algo concreto (PAPERT, 2008, p. 134).

No construcionismo o computador, juntamente com seu mediador, tem função importante no processo da investigação do indivíduo durante a caminhada em busca do conhecimento.

Diante do atual cenário tecnológico, este processo pode ser melhor utilizado em ambientes educacionais que possuam tecnologias digitais como auxiliar ao método de ensino já existente, em conformidade a ideia central de aprendizagem significativa de Ausubel, a qual diz que o primeiro conhecimento pode ser obtido por intermédio dos meios já usados diariamente.

Por meio da proposta construcionista, ao utilizar o computador, o aluno construirá conceitos mentais relacionando ideias concretas e abstratas de forma interativa, fortalecendo a construção de seus novos conhecimentos. Para Papert (1986), a construção de micromundos5 favorecerá e permitirá que o aluno teste suas teorias e veja, em tempo real, os resultados obtidos.

O conceito de micromundos, citado por Papert, foi desenvolvido e discutido no final dos anos de 1970, quando ambientes computadorizados eram utilizados como estímulos para o processo de aprendizagem matemática das crianças. Estes processos por sua vez, faziam uso de linguagens de programação voltadas para o ensino de matemática (MARÍN; MOLINA; POSADA, 2017, p.64).

Com isso, o computador possui grande influência no processo de aprendizagem de seus alunos, desde que estes alunos sejam orientados a utilização deste meio para o seu desenvolvimento cognitivo, que o aluno seja coerente a sua utilização, tendo-a como auxiliadora a aquisição de conhecimentos.

Assim, conceitos de micromundos podem ser utilizados como ferramentas auxiliadoras neste processo de obtenção de conhecimento, instigando o aluno a investigação, ajudando-o a obter um novo meio para construir seu conhecimento.

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Micromundos - Ambientes de aprendizagem exploratória. A linguagem Logo desenvolvida por Papert junto ao MIT está entre estes primeiros ambientes.

4 APRENDIZAGEM MATEMÁTICA

A matemática se faz presente no desenvolvimento da humanidade desde os primórdios dos tempos, em esculturas, desenhos rupestres, papiros, entre outros. Basicamente tudo o que de forma empírica for analisado possui conceitos matemáticos, como exemplo as pirâmides do Egito, onde os egípcios, um povo avançado em sua época, definiu formas e cálculos matemáticos para a construção de suas pirâmides.

Para aperfeiçoar as versões anteriores da BNCC, no ano de 2017, o MEC apresentou a sua terceira versão sobre o ensino matemático no Ensino Fundamental II, sendo:

No Ensino Fundamental, essa área, por meio da articulação de seus diversos campos – Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade, precisa garantir que os alunos relacionem observações empíricas do mundo real a representações (tabelas, figuras e esquemas) e associem essas representações a uma atividade matemática (conceitos e propriedades), fazendo induções e conjecturas. Assim, espera-se que eles desenvolvam a capacidade de identificar oportunidades de utilização da matemática para resolver problemas, aplicando conceitos, procedimentos e resultados para obter soluções e interpretá-las segundo os contextos das situações. A dedução de algumas propriedades e a verificação de conjecturas, a partir de outras, podem ser estimuladas, sobretudo ao final do Ensino Fundamental. (BRASIL, 2017, p.263).

Conforme a BNCC de 2017, existem objetivos e meios para auxiliar o professor no processo de ensino e aprendizagem de seus alunos. Com base no mundo real, muito do que observado por estes alunos pode ser levado para sala de aula, analisado e apresentado por meio de problemas e suas resoluções.

Alguns problemas na aprendizagem matemática ainda se fazem presentes nos dias atuais, como: baixo desempenho na aprendizagem e na execução dos conhecimentos; instrução em matemática de baixa qualidade; falta de aperfeiçoamento dos profissionais que mediam este conhecimento (PAPERT, 2008, p.135).

Outro ponto que se destaca é a fama que a matemática tem, de ser uma disciplina difícil, em que muitos alunos possuem dificuldades em se sentirem a vontade para aprender e utilizar a matemática em seu dia a dia.

Este problema vem desde os anos iniciais até os níveis superiores, contribuindo para que muitos destes alunos venham a desistir do sonho acadêmico

por encontrar em uma disciplina uma barreira que se não auxiliado pelos professores, poderá ser difícil vencer (BORBA e COSTA, 2018, p. 64).

De certo modo, alunos que possuem uma base matemática consolidada nos anos iniciais tendem a apresentar maior facilidade no aprendizado matemático em relação àqueles que não possuem tais informações de forma tão abrangente (ALVES, 2016, p.1).

O ensino da matemática nos anos iniciais favorece o desenvolvimento do pensamento crítico e lógico dos alunos, fortalecendo a construção do conhecimento e dando base para o avanço das séries posteriores. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2017):

No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, deve-se retomar as vivências cotidianas das crianças com números, formas e espaço, e também as experiências desenvolvidas na Educação Infantil, para iniciar uma sistematização dessas noções. Nessa fase, as habilidades matemáticas que os alunos devem desenvolver não podem ficar restritas à aprendizagem dos algoritmos das chamadas “quatro operações”, apesar de sua importância. No que diz respeito ao cálculo, é necessário acrescentar, à realização dos algoritmos das operações, a habilidade de efetuar cálculos mentalmente, fazer estimativas, usar calculadora e, ainda, para decidir quando é apropriado usar um ou outro procedimento de cálculo. (BRASIL, 2017, p.274).

Assim, o ensino de matemática nos anos iniciais vai além do ensino das quatro operações. O professor precisa relacionar o conhecimento matemático trabalhado em sala de aula com situações do cotidiano da criança, instigando-as a solucionar problemas do seu cotidiano, afim de darem significado aos conceitos e operações matemáticas.

Borchardt (2015) destaca que problemas de aprendizagem nos anos iniciais muitas vezes se deve a própria formação dos profissionais que a ensinam, pois na pedagogia, por exemplo, a formação está ligada a alfabetização da criança e não em conteúdos específicos.

Os núcleos de educação podem favorecer o ensino a matemática, ofertando a seus profissionais cursos de capacitações que propiciem o conhecimento de novas metodologias de ensino de matemática para que possam fazer uso em sua pratica docente. Alves (2016) afirma: “Assim, é necessário que o pedagogo pesquise sobre esta área, pois não temos como ensinar o que não sabemos, e é necessário ter o domínio sobre o que irá ser trabalhado”. (ALVES, 2016, p.3).

Infelizmente com uma base cognitiva que não fortalece seus conhecimentos, essa disciplina passa a não agradar os alunos durante as aulas. A utilização dos atuais métodos de ensino faz com que estes alunos criem barreiras em relação a disciplina, não os motivando e causando reprovações recorrentes nos anos letivos (ALVES, 2016).

Os professores por meio de novas práticas ou metodologias conseguem instigar, motivar e incentivar seus alunos para o desenvolvimento do conhecimento matemático de forma gradual ou progressiva. Desde o primeiro contato com a matemática, um mundo de possibilidades pode se abrir, e assim, a busca do conhecimento nesta disciplina pode significar descoberta e construção do saber.

Assim, se faz necessário a alfabetização matemática, pois é tão importante e significativa quanto aprender a ler e escrever. Ao analisar a importância da matemática na educação, diversos conteúdos e disciplinas em momentos futuros vão necessitar de uma base matemática consolidada.

Diante do atual contexto em que as tecnologias se fazem presentes no cotidiano, o uso de recursos tecnológicos, computadores, tablets e softwares podem vir a ser um grande aliado para o professor em tempos tão tecnológicos conforme mostram os Parâmetros Curriculares Nacionais (2017):

Contudo, também é imprescindível que a escola compreenda e incorpore mais as novas linguagens e seus modos de funcionamento, desvendando possibilidades de comunicação (e também de manipulação), e que eduque para usos mais democráticos das tecnologias e para uma participação mais consciente na cultura digital. Ao aproveitar o potencial de comunicação do universo digital, a escola pode instituir novos modos de promover a aprendizagem, a interação e o compartilhamento de significados entre professores e estudantes. (BRASIL, 2017, p.59).

A respeito do uso dos softwares educacionais, é possível encontrar nos Parâmetros Curriculares Nacionais (2017) a seguinte referência:

Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e resultados. (BRASIL, 2017, p.265).

Assim, a teoria construcionista de Papert, o professor sendo o mediador e o computador um meio para obter conhecimento, se tornam um meio a mais para o desenvolvimento cognitivo dos alunos.

No ano de 2017, o MEC em parceria com o CONSED e UNDIME desenvolveram a “terceira e última versão” (BRASIL, 2017, p.5) da BNCC voltadas para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. Dentre as disciplinas estudadas no Ensino Fundamental II e os novos métodos descritos na BNCC, é analisado na presente pesquisa a disciplina de matemática.

Das competências registradas para a disciplina de matemática, a BNCC detalha da seguinte maneira (BRASIL, 2017, p.265):

• Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, e é uma ciência viva, que contribui para solucionar problemas científicos e tecnológicos e para alicerçar descobertas e construções, inclusive com impactos no mundo do trabalho (BRASIL, 2017, p.265).

• Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo (BRASIL, 2017, p.265).

• Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes campos da Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras áreas do conhecimento, sentindo segurança quanto à própria capacidade de construir e aplicar conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções (BRASIL, 2017, p.265).

• Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações relevantes, para interpretá-las e avaliá- las crítica e eticamente, produzindo argumentos convincentes (BRASIL, 2017, p.265).

• Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de conhecimento, validando estratégias e resultados (BRASIL, 2017, p.265).

• Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo-se situações imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos, tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras linguagens para descrever algoritmos, como fluxogramas, e dados) (BRASIL, 2017, p.265).

• Desenvolver e/ou discutir projetos que abordem, sobretudo, questões de urgência social, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e

solidários, valorizando a diversidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza (BRASIL, 2017, p.265).

• Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no planejamento e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos e na busca de soluções para problemas, de modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão de uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles (BRASIL, 2017, p.265).

Os pontos detalhados fazem parte de um processo de estudos que visa a auxiliar as escolas e aos educadores com o procedimento a ser adotado para que os alunos compreendam a importância da aprendizagem matemática, além de trazer a disciplina de forma que haja a interação entre alunos e professores, criando conhecimentos diversos.

5 TECNOLOGIA NO DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO

Nos últimos anos, o uso da tecnologia tem se tornado quase essencial para a comunicação, interação com as pessoas, trabalho, transações econômicas e outros fins. Em sala de aula tem se intensificado, porém de forma mais morosa.

Embora tenha aumentado o uso de projetores, quadros interativos, computadores, tablets, variadas tecnologias livres e privadas para a educação, essa não é a realidade em grande parte das escolas.

Esta interação é possível em alguns ambientes, afinal há salas de aulas que auxiliam o professor e que favorecem ambos os lados, fazendo com que alunos passem a ser os protagonistas, que estes utilizem as tecnologias para encontrarem as respostas e assim, exista a investigação e interação mútua entre professor e aluno (Primo, 2003).

As definições de tecnologia podem estar além daquilo que se tem como pensamento central. Tecnologia não é apenas um equipamento que existe com interconexões com uma placa mãe ou um processador. Batista e Freitas (2018) definem tecnologia como todo objeto ou método que o homem cria ou aperfeiçoa afim de satisfazer alguma necessidade. Tais necessidades geralmente, são vitais para sua qualidade de vida ou para que a sua produção seja constante e dinâmica. Com tantas tecnologias disponíveis para o ensino, deve-se ocorrer a capacitação tecnológica do professor, pois este mediador deverá inovar seus métodos sempre que possível, buscando soluções e novas práticas para propiciar oportunidades de construção do conhecimento de seus alunos.

A escola e os professores devem manter-se atualizados em seus meios de ensino, acompanhando o avanço das novas gerações, quanto o processo tecnológico educacional em seu meio acadêmico, conforme apontado por Machado e Lima (2017, p.2):

A tecnologia é de primordial necessidade, pois promove oportunidades de aprendizagem e interatividade tanto para o professor como para o aluno. A escola é um local de constante transformação e a tecnologia educacional é uma dessas ferramentas para a transformação. (MACHADO e LIMA, 2017, p.2)

É possível notar que salas de aula que são definidas como interativas, ou seja, que fazem uso de tecnologias digitais voltadas para o ensino, possuem características dinâmicas em relação a salas que não possuem estes aparatos.

O uso planejado das tecnologias digitais e suas ferramentas, são meios úteis para a contribuir na construção do conhecimento, porém, para que todo esse método de ensino seja eficaz, se faz necessário a capacitação dos professores.

Ainda hoje, encontra-se professores receosos em usar as tecnologias, seja por não saber utiliza-las, receio de que no decorrer das aulas perca o controle sobre a turma ou não sentem à vontade em utilizar meios atuais de ensino, e por isso, ficam presos nas formas de ensino clássicas, como o quadro e giz.

A utilização do quadro e giz é importante em certos processos do conhecimento. Moreira (2007-2010) em seus estudos sobre aprendizagem significativa crítica, ressalta o uso dos métodos clássicos de ensino, porém, esses não devem ser predominantes em sala de aula.

Ainda, vale dizer que existem obstáculos para que a sala de aula seja interativa. Muitas vezes a escola não possui recursos financeiros para arcar com o investimento, professores que não possuem tempo extra para se especializar/capacitar, devido a problemas adversos ou até mesmo a dificuldade do professor em manter constante inovação para mediar novos conhecimentos para estes alunos.

Como o avanço tecnológico é constante, os professores se deparam com um turbilhão de informações e recursos tecnológicos, tornando-se um desafio, pois é difícil para o educador filtrar quais recursos escolher e como trabalhar o conteúdo matemático em questão para mediar o conhecimento a seus alunos.

A tecnologia tornou-se um novo meio para contribuir na construção de conhecimentos. Os alunos, por sua vez, possuem conhecimento avançados nestes ambientes tecnológicos em relação aos seus professores. Esta comprovação se dá pelo fato de que os alunos estão diariamente em contato com tecnologias digitais, diferente de seus professores. Mercado (1999) por sua vez, diz que cabe aos professores fazerem uso das tecnologias, afim de enriquecerem o processo pedagógico explanado em sala de aula.

Para que processo abordado no presente trabalho ocorra, a sala de aula deve ser interativa e que o professor analise o uso de tecnologias para o ensino como práticas pedagógicas fundamentais. Sendo assim, o professor deve levar meios para que os alunos interajam e os alunos façam o mesmo.

O pensamento crítico molda-se nos alunos e assim o uso de tecnologias fortaleceria e permitiria novas práticas pedagógicas aos professores e

consequentemente o estímulo destes alunos em aprender (Kozelski, Arruda, 2017, p. 2194).

Desta forma, escola e professor devem desenvolver um trabalho em conjunto, de modo a realizar levantamentos a respeito das principais tecnologias (e metodologias de ensino e aprendizagem) e quais se encaixam em sua realidade.

Diversos softwares (pagos e gratuitos) são disponibilizados para o ensino de diversas disciplinas. É possível observar como exemplo dois softwares, Geogebra e Frações Matemáticas Pro. O primeiro (grátis) foi desenvolvido para computador, posteriormente mobile, nele é possível combinar conceitos de geometria e álgebra, o primeiro, comumente utilizado pelos alunos do Ensino Fundamental II, já o segundo (pago) foi desenvolvido para smartphones, e é possível trabalhar com diversas frações matemáticas, valores decimais, máximo divisor comum, entre outras funções.

O computador pode ser extremamente útil para este processo de conhecimento, Papert (2008), Valente et al(1999), entre outros, defendem a utilização do computador no processo da criação do conhecimento da criança, desta forma, o computador será mais um modo para que a construção do conhecimento possa acontecer em cada indivíduo.

5.1 TECNOLOGIAS DIGITAIS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA NO 6 ANO DO

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