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O desconhecido em O horror de Dunwich

No documento LOVECRAFT E O SUBLIME 1 (páginas 35-44)

PARTE II: O SUBLIME E AS DIRETRIZES DA FICÇÃO LOVECRAFTIANA

3. O desconhecido em O horror de Dunwich

Escrito em 1928 e publicado no volume de abril de 1929 da revista Weird Tales, O

horror de Dunwich é um dos últimos escritos de Lovecraft, e é uma das histórias

centrais da mitologia criada pelo autor.32

Ao contrário da maioria das histórias de Lovecraft, que apresenta uma narrativa em primeira pessoa, geralmente contada por um narrador que se encontra em um estado atormentado de espírito, O horror de Dunwich é narrado em terceira pessoa. O conto narra, em um primeiro momento, os passos de Wilbur Whateley, um menino “de tez escura e com feições de bode” (LOVECRAFT, 2012b, p. 26) cujo crescimento se dá de maneira bastante precoce. Em um segundo momento, a partir do capítulo VII, o foco é direcionado para o horror que dá nome à narrativa. Vale ressaltar que, desde o início do texto, o narrador instiga o leitor, mencionando um horror que acometeu o vilarejo de Dunwich após os episódios ocorridos na primeira parte, centrada em Wilbur Whateley. Para conferir clareza à minha análise, é importante fazer uma apresentação geral da narrativa. No entanto, observo que ela será direcionada para uma leitura da obra à luz da noção burkeana de sublime, e desse modo, irei me concentrar nos aspectos do desconhecido trabalhados por Lovecraft no conto.

Lovecraft dá início à narrativa com uma descrição detalhada do vilarejo de Dunwich, dando-nos ricas informações sobre o local, e enfatizando seu aspecto decadente. À essa descrição do cenário, Lovecraft acrescenta uma descrição peculiar da população de Dunwich, com vistas a suscitar no leitor um sentimento de repulsa em relação aos habitantes do vilarejo, pintando-os como “figuras retorcidas e solitárias vislumbradas de vez em quando em soleiras decrépitas nas pradarias inclinadas e salpicadas de rochas” (Ibidem, p. 22). Essa descrição do cenário e dos habitantes prepara as condições necessárias para a criação de um ambiente adequado à produção de efeito almejado pela narrativa de Dunwich. Nesse cenário, nasce Wilbur Whateley, personagem de que o texto se ocupará até o sexto capítulo do conto.

                                                                                                                         

32 Isso porque esta narrativa apresenta de maneira efetiva Yog-Sothoth – uma criatura central na mitologia lovecraftiana, mas que em outras histórias é apenas mencionado –, e porque nela o famoso Necronomicon desempenha um papel fundamental em seu enredo.

Wilbur, uma criança “de tez escura e feições de bode”, é filho de Lavinia Whateley, uma mulher albina, com aparência levemente deformada, que vive com o pai idoso, jamais nomeado ao longo da narrativa – o avô de Wilbur é apenas referido como Velho Whateley –, e associado a diversas histórias de bruxaria. O nascimento de Wilbur é cercado por eventos estranhos – tais como rumores nas colinas e o comportamento fora do comum dos cães do vilarejo –, e o seu crescimento precoce desperta reações adversas dos habitantes de Dunwich, que passam a evitar o menino e a residência dos Whateley. No entanto, talvez o que seja mais interessante ressaltar nesse estágio inicial da narrativa é a figura do pai de Wilbur. Trata-se de uma estratégia narrativa que provoca tanto nos habitantes do povoado como no leitor um sentimento de incerteza, o que colabora para a produção do efeito final almejado pela obra. Tal sentimento é potencializado por uma fala do pai de Lavinia:

Poco33 me importa o que as pessoas dize – se o minino da Lavinny fosse paricido co’o pai, ele seria bem diferente do que vocês imagino. Não ache que as única pessoa que existe são as pessoa daqui! A Lavinny leu e viu cousas que a maioria de vocês só conhece de ovi fala. [...] Escute bem o que eu vô dizê – um dia vocês ainda vão ovi o filho da Lavinny gritá o nome do pai no alto da Sentinel Hill! (sic. Ibidem, pp. 27-28)

A estratégia de Lovecraft consiste em deixar sempre em aberto tanto a origem como as características do pai de Wilbur, aludindo a um lugar diferente do conhecido pelas pessoas do vilarejo – “Não ache que as única pessoa que existe são as pessoa daqui!” – e deixando claro que caso se assemelhasse ao pai, Wilbur seria diferente de qualquer coisa por eles conhecida.

Ao longo dos capítulos seguintes, uma série de acontecimentos bizarros acontece, como clarões avistados no alto da Sentinel Hill e barulhos esquisitos oriundos da residência dos Whateley, e dois fatos despertam a curiosidade do povoado. Um deles é a constante compra, por parte do Velho Whateley, de diversas cabeças de gado sem que seu rebanho aumente e as várias reformas feitas em sua residência. Mais uma vez, Lovecraft cria uma atmosfera de incerteza, que provoca hesitação tanto da parte dos habitantes de Dunwich como da parte do leitor. Wilbur e seu avô parecem trabalhar em alguma coisa

                                                                                                                         

33  Como dito no início da sessão, Lovecraft pinta os habitantes de Dunwich de uma forma bem pejorativa. São pessoas ignorantes, quase sem contato com o mundo exterior. Desse modo, a fala dos habitantes do povoado é sempre descrita nessa forma rústica.

no andar de cima da casa, e isso associado ao fato de o rebanho jamais aumentar nos faz especular, nunca com muita certeza, acerca da natureza do trabalho dos Whateley. Isso cria um cenário de obscuridade que se mantém por alguns capítulos, e que colabora para a criação de um efeito sublime, sempre potencializado por uma ideia obscura e pouco clara do objeto em questão (cf. BURKE, 1993, p. 70). Esse cenário de incerteza pode ser observado em passagens como a que se segue:

Os poucos visitantes [da residência] em geral encontravam Lavinia sozinha no térreo, enquanto estranhos gritos e passadas soavam no segundo andar pregado com tábuas. Ela negava-se a revelar o que o pai e o garoto faziam lá em cima, mas certa vez empalideceu e demonstrou um medo fora do comum quando um vendedor de peixe itinerante tentou abrir a porta trancada que dava para os degraus em uma brincadeira (LOVECRAFT, 2012b, p. 33).

Na sequência da narrativa, Lovecraft descreve a reação do povoado ao episódio, que pode ser interpretada como a reação que se espera do leitor. Os habitantes começam a cogitar que o constante desaparecimento do gado pode ter relação com o que se passa no andar superior da casa, bem como tudo o que se passa na residência pode estar relacionado às diversas histórias de bruxaria associadas ao Velho Whateley.

Os acontecimentos que são descritos na sequência da narrativa continuam marcados por episódios também obscuros, dentre eles a morte do avô de Wilbur e o desaparecimento de Lavinia – a narrativa parece sugerir que houve um matricídio, hipótese esta, no entanto, nunca confirmada diretamente no conto.

Em seu leito de morte, ao falar com Wilbur, o Velho Whateley dá indícios do que iremos ver irromper do andar superior da casa:

Mais espaço, Willy, mais espaço em breve. Você ‘stá cresceno – mas aquilo cresce depressa. Logo vai ‘star pronto pra servi você. Abra o caminho para Yog-Sothoth com o longo cântico que ‘stá na página 751 da edição completa, e depois toque fogo na prisão co’um fósforo. Nenhum fogo da terra pode queimá aquilo (sic. Ibidem, p. 36).

Temos então indícios de que o que é mantido no andar superior é alguma espécie de criatura, que provavelmente irá desempenhar um papel importante na narrativa. No entanto o que salta aos olhos nesse ponto é o volume aludido pelo Velho Whateley. Trata-se do temível Necronomicon, do árabe louco Abdul Alhazred, uma das principais

criações lovecraftianas, central na mitologia do autor. Na tentativa de conseguir a “edição completa”, Wilbur mantém correspondência com bibliotecas de diversas universidades, até que se dirige à universidade do Miskatonic, onde tenta conseguir uma cópia com o bibliotecário, Dr. Henry Armitage. Associando a natureza do livro com as histórias horrendas sobre Dunwich, Armitage, tomado de um intenso pavor, impede o empréstimo ou a cópia do livro, orientando que os bibliotecários de outras universidades procedam do mesmo modo, frustrando os planos de Wilbur.

No sexto capítulo do conto, temos o desfecho da primeira parte da narrativa, centrada em Wilbur, que na tentativa de roubar o volume do Necronomicon da biblioteca da universidade do Miskatonic acaba morto pelo cão de guarda do campus. A partir de então a narrativa passa a ser focada no horror que irrompe em Dunwich e na tentativa de Armitage de decifrar os planos de Wilbur.

O horror descrito por Lovecraft é uma criatura de proporções gigantescas, invisível aos olhos humanos. Tudo o que temos na narrativa são apenas descrições dos rastros de destruição deixados pela criatura, o que potencializa a experiência de leitura. Como Burke defende na Investigação, quando não podemos ter uma noção mais completa do perigo, o efeito provocado é bem mais intenso do que uma descrição detalhada poderia suscitar (cf. BURKE, 1993, pp. 66-67). Sendo assim, o fato de não podermos formar uma ideia clara do horror que se abate sobre Dunwich potencializa nossa experiência de leitura, e preenche todas as condições necessárias à produção do sentimento do sublime. A primeira descrição dos rastros do horror nos é dada por um garoto chamado Luther Brown, em seu assustado relato a uma senhora chamada Corey:

A estrada no fim do vale! Siora Corey – alguma cousa andô por lá! O lugar ‘stá co’um chero de trovão, e tudo quanto é arbusto e arvorezinha foro arrancado como se uma casa tivesse passado por cima. E isso nem é pior. Tem u’as pegada no chão. Siora Corey – são u’as pegada enorme [...] mas parece que a cousa tinha bem mais do que quatro pata! (sic. LOVECRAFT, 2012b, p. 50)

Em seguida, temos um relato que liga os eventos estranhos à residência dos Whateley. Após falar com o garoto assustado, a sra. Corey passa a ligar para outros vizinhos, até que fala com Sally Sawyer, criada de uma casa próxima à residência dos Whateley. Sally diz que

[...] a casa de Velho Whateley ‘stá toda arrebentada, co’as tábua jogada ao redor como se alguém tivesse estorado dinamite lá dentro; só resto o assoalho, que ‘stá todo coberto por uma espécie de piche co’um chero horrívio que fica pinganodas borda pro chão onde as tábua das parede foro explodida. E parece que tem umas marca terrívio no pátio, tamém – umas enorme dumas marca redonda, maior doque um barril, cheia da mesma cousa pegajosa que ‘stá dentro da casa explodida (sic. Ibidem, p. 51).

Temos, portanto, uma primeira resposta. O horror parece estar relacionado à coisa na qual trabalhavam Wilbur e seu avô. No entanto, ainda é bem obscura a natureza dessa coisa, e é muito incerto ainda do que se trata exatamente o horror que se abate sobre Dunwich.

Na sequência da narrativa vemos os habitantes de Dunwich tentando proteger suas residências. E então temos os eventos estranhos que se passam durante a noite. Os cães passam a agir de maneira estranha e pode-se ouvir um barulho vindo de fora. Já no dia seguinte, temos mais uma vez os rastros da criatura:

No dia seguinte todo o campo estava em pânico; [...] Dois rastros titânicos de destruição iam do vale até a propriedade dos Frye; pegadas monstruosas cobriam a terra nua, e uma lateral do galpão vermelho havia desabado por completo (Ibidem, p. 54).

Mais uma vez a narrativa só nos oferece os rastros de destruição da criatura, deixando suas características e sua natureza à nossa especulação. Essa estratégia narrativa, além de potencializar o efeito provocado no leitor faz com que o mesmo, ainda que de forma hesitante, busque junto com as personagens uma explicação para os eventos, o que instiga a continuação da leitura.

No capítulo seguinte – o oitavo do conto –, temos a tentativa de Armitage de traduzir um diário deixado por Wilbur, na busca por respostas para o horror enfrentado pelos habitantes de Dunwich e por meios de interromper o progresso da criatura pelo vilarejo.

No nono capítulo a narrativa retorna o foco para o horror propriamente dito. Armitage chega a Dunwich acompanhado de Rice e Morgan, também professores do Miskatonic. Após tomarem conhecimento de que um grupo de policiais havia desaparecido no vale próximo a residência dos Frye, que havia desaparecido na tragédia narrada no sétimo capítulo, os três professores ouvem relatos apavorados de alguns habitantes da cidade. É

interessante ressaltar que dessa vez o relato parte de um contato mais direto com a criatura, e não com seus rastros de destruição. No entanto, ainda se trata de um relato lacunar, sobre algo invisível aos olhos humanos, o que apenas nos sugere algumas características do ser grotesco, potencializando mais uma vez o efeito que se intenciona provocar no leitor (cf. BURKE, 1993, p. 70):

Uma meia hora atrás o telefone do Zeb Whateley tocô e era a siora Corey, esposa do George, que mora perto da bifurcação. Ela disse que o Luther ‘stava trazeno o gado pra longe da tempestade depos daquele grande relâmpago quano viu as árvore tudo se entortano na cabicera do vale [...] e sentiu o meso chero horrívio que sentiu quano encontrô aquelas marca na manhã de segunda. E ela contô que ele disse que tamém oviu um zunido mais alto do que as árvore e os arbusto pódio fazê, e de repente as árvore ao longo da estrada começaro a se curvá pro lado e ele oviu u’as pancada e um chapinha terrívio no barro. Mas

preste atenção, o Luther não viu nada, só as árvore e os arbusto se entortano (sic. LOVECRAFT, 2012b, pp. 66-67. Grifo meu).

A exemplo dos relatos encontrados no capítulo VII, esse relato marca o grau de incerteza com o qual lida o espectador dos movimentos da criatura. Não é possível formar uma ideia clara do ser, apenas recebemos informações das árvores que se entortam com seus movimentos, do cheiro e de barulho que sua presença provoca. Vale ressaltar que ao fim da citação Lovecraft, por meio do interlocutor do relato, procura deixar bem claro esse aspecto obscuro da criatura, exigindo a atenção tanto dos ouvintes do relato como do leitor para o fato que nada foi visto pelo garoto, apenas o movimento das árvores e dos arbustos.

Na sequência do capítulo, o narrador nos oferece mais alguns relatos dos habitantes apavorados, e todos se assemelham ao relato citado acima. Por fim, temos o movimento de Armitage para convencer os habitantes de que devem seguir a criatura e impedir o seu progresso, afirmando que tem em seu poder um feitiço que pode ser capaz de contê- la. E no décimo e último capítulo da narrativa temos o confronto com o ser grotesco e a revelação do mistério que envolve sua natureza.

Procurei, ao longo de minha análise, mostrar como Lovecraft, para compor sua narrativa, faz uso de alguns procedimentos que podem ser traçados de volta à

conto, desde o mistério envolvido nos experimento de Wilbur e seu avô até a irrupção da criatura que é causadora do horror de Dunwich.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Meu objetivo ao longo deste estudo foi apresentar uma questão recorrente nos estudos recentes acerca da obra de Lovecraft, uma leitura da obra do autor à luz da teoria do sublime de Edmund Burke. Meu principal objetivo foi mostrar que as teses do autor de Providence são bastante semelhantes às teorias formuladas pelo filósofo irlandês dois séculos antes, e que a influência do último sobre o primeiro pode ser notada até em suas obras de ficção.

Uma dificuldade com a qual é preciso lidar num estudo dessa natureza é o fato de que não há nenhum indício histórico de que Lovecraft tenha tido acesso à obra de Burke, de modo que podemos falar apenas de uma influência indireta. Desse modo, procurei fazer uma exposição detalhada tanto da reflexão crítica de Lovecraft como das teses de Burke sobre o sublime, para poder assim estabelecer as diversas relações possíveis entre o pensamento de ambos os autores.

Tendo demonstrado que de fato há diversos pontos de contato entre a teoria dos autores, foi possível passar ao segundo estágio do meu estudo. Essa parte da monografia consistiu em mostrar na ficção lovecraftiana como o autor faz uso de procedimentos que seriam claramente endossados por Burke para a criação do efeito desejado, mostrando porque podemos considerar o horror cósmico de Lovecraft um “horror sublime”.

As discussões sobre o sublime têm constituído um campo bastante fértil nos estudos sobre a literatura de Lovecraft. Com esta monografia espero ter esclarecido os principais pontos que permitem uma aproximação do autor de Providence com Burke, mostrando que de fato há uma influência, ainda que indireta, do pensamento do filósofo sobre o pensamento e a criação literária de Lovecraft.

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