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Por outro lado, outros/as jovens descrevem o seu futuro próximo como o gostariam de ver ainda que sem qualquer certeza Focam-se, sobretudo na vida profissional Tentar

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oportunidades de emprego fora de Portugal. Ao nível familiar mostram vontade de

construir família, mas não para já:

1.M.-” Nas condições atuais de futuro próximo a nivel de carreira, acho que estarei ainda no mesmo trabalho, porque não há oportunidades de...há poucas oportunidades de trabalho. A nível de familia, acho que também me verei na mesma situação, ainda morar com os meus pais, porque não há, acho que ainda não há condições financeiras para ir morar com a minha namorada, acho eu. Acho que é por aí.”;

3.M.-” Lá está, espero estar a trabalhar cedo, dou 2 anos máximo para estar a trabalhar. Pá, e lá

está, tenho 22, segundo os meus ideais gostaria de ser pai aos 27, sempre foi ali a data que eu estipulei, não posso dizer para já se vai acontecer se não vai, se estou preparado se não estou, tudo vai acon....eu acho que nesta idade um ano é muita coisa, em um ano muita coisa muda. E ainda numa sociedade atual em que um ano nós nunca sabemos se estamos aqui ou se estamos noutro sítio qualquer, é complicado. Mas pronto, se eu fizer um desenho este seria então: 2 anos para ter um emprego e depois de ter um emprego 5 anos para ser pai.”;

7.F.-”Eu tenciono fazer uma carreira, tenciono ter uma vida estável. E, quando isto tiver feito

sinto-me realizada.”;

9.F.-” Neste momento o meu foco principal é a nivel profissional, portanto o que pretendo para este ano se calhar é o cresciemento profissional e depois o familiar talvez seja num futuro não próximo.”;

10.M.-” Ora, neste momento estou a estagiar, provavelmente vou começar a trabalhar , supostamente a minha ideia inicial seria tirar o mestrado coisa que ainda não sei se vou continuar, uma vez que estou a trabalhar e o tempo que tenho é escasso, mas era uma coisa que eu gostaria de conciliar. A nível de tempo com a família e tempo com os amigos, acho que continuo a ter e só depende de nós aproveitar esse tempo da melhor maneira.”;

11.M.-” Em termos de carreira acho que vou ter de trabalhar bastantes horas que no início de carreira ainda existe muito a coisa de provar as qualidades que uma pessoa tem porque existe muito a onda dos estágios hoje em dia que a meu ver são extremamente positivos porque a pessoa pode aprender imenso com isso, mas também... às empresas fazer essa rotatividade de estágios infinitamente, ou seja, não precisam de empregar ninguém. A pessoa pode-se esforçar imenso, perder imenso tempo nesse esforço e não acontecer nada. A nível de vida social acho que fica mais complicado, quando se faz esta transição do mundo estudantil para o mundo do trabalho fica mais apertado, acho que sim. Não existe tanto tempo para socializar com a família e com amigos...”;

13.F.-” Eu acho que me vou manter no mesmo emprego que estou, vou concluir, tenho como objectivo concluir o meu curso. E um dia mais tarde talvez emigrar para ter uma vida melhor. Porque aqui no nosso país, infelizmente, não tem pernas para andar, por exemplo, na minha área, Artes Plásticas. Em questão a filhos, será uma questão a ponderar mais tarde. Pra já seria impensável.”;

15.F.-” ...eu tenho muita fé que tenha um emprego mas muito possivelmente não vou ter emprego...vou,isto é uma visão muito pessimista mas (riso) eu quero é acreditar que sim,que vou ter um emprego, que vou ter oportunidade de viver com o meu companheiro e construir família mais tarde com o meu emprego, como meu companheiro,tudo certinho. Mas na realidade eu acho que é pouco provável até que isso aconteça. Porque está mesmo cada vez mais difícil. Como eu já expliquei, conciliar o local de trabalho com o companheiro, arranjar emprego, ter dinheiro, essas coisas todas eu acho que acho que... eu acho que nao vejo assim uma coisa muito boa.”;

17.M.-” ... as minhas condições de trabalho não são as melhores, eu espero conseguir melhor. Para já, tenho que me manter neste emprego até conseguir dar outro passo. Uma pessoa não pode dar um passo no escuro sem antes ter algumas garantias, em termos de contracto, como estou seguro (mais ou menos não é, isto hoje em dia ninguem está seguro, mas...) vou tentar poupar algum dinheiro para já, até também conseguir encontrar outra oportunidade melhor, outro emprego melhor com melhores condições. Pronto, até lá o meu plano é manter-me a trabalhar onde estou. E em

70 termos de relação e familia, pronto, eu creio que também ainda é muito cedo para eu pensar nisso. Pelo menos para mim, porque é assim, eu já tive noutras relações antes e até já pensei de forma diferente antes, pronto só que lá está como a vida muda, os planos vão mudando e vai-se pondo de lado uns planos, vai-se dando prioridade a outros.”;

19.F.-” É assim, eu tenho 26 anos, a minha ideia é (silencio) trabalhar, não é, eu para já estou a gostar do trabalho que estou a fazer, mas estou a receber pouco, portanto a ideia será ficar aqui mais uns tempos porque estou a gostar e estou a aprender muito e depois quando achar que estou naquele ponto de – preciso avançar,preciso progredir um pouco a nível profissional- aí pensar em mudar e sei lá, às tantas até abrir um espaço meu,não sei. Mudar de país também é uma questão, e depois lá está, a questão do meu namorado é... nós queremos viver juntos, ele anda à procura de apartamento eu não porque não tenho dinheiro, mas anda ele...”;

20.F.-” O que eu gostava? (risos) Gostava de arranjar um trabalho na minha área.”;

22.M.-” Não faço ideia, espero mudar de área muito sinceramente, estar a trabalhar naquilo que realmente quero, na área de programação e em relação à familia não faço ideia, não espero nada sinceramente.”;

26.M.-” Pronto, o meu objetivo, neste momento, é realmente a aposta profissional. Penso até ir para fora, para experienciar e adquirir cada vez mais conhecimentos, para ter uma estabilidade maior a nível profissional. A nível familiar, neste momento dedico-me à família que tenho, não sei o dia de amanhã, mas se puder construir mais família, como é lógico, vai ser algo que vou querer apostar.”.

Da totalidade das pessoas jovens que participaram neste estudo, apenas dois