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Quando a questão é, qual seria o desafio que os jovens gostariam de lançar a políticos ou líderes, quase 50% dos participantes é unânime no que toca a reestruturação

do ensino, o que vai contra a opinião, também quase da maioria, da questão anterior onde

referem que o ensino em Portugal tem vindo a melhorar, ainda assim consideram existir

uma necessidade de melhorá-lo. Também o desagrado com o pagamento de propinas é

mencionado, assim como a necessidade de mais apoios financeiros e combater o

desemprego:

1.M.- “Ajudá-los a... pronto, vou dizer assim, a soltar-se dos pais e a proporcionar-lhes uma vida

27 escolar de qualquer das formas, visto que têm de trabalhar para sustentar os seus estudos. Eu acho que passa muito por aí.”;

3.M.- “... pronto, um desafio político passa por uma reestruturação de sistema de ensino.(...) ...por

exemplo, falando e comparando com os outros países vejo que é um bocado absurdo, e isso sim,tem de ser uma coisa a ser mudada,porque é, lá está, faz com que o ensino seja público mas só para alguns, ou seja, é público mas não está acessível a todos. E mesmo até chegar ao ensino superior, digamos assim, nem todos conseguem chegar ao ensino superior. Porque é preciso ter boas notas, é preciso tudo, e é assim, sabemos que muitas vezes isso consegue-se com uma ajuda financeira.”;

5.M.- “Um desafio que eu gostaria de impôr já, desde já, é tentar ao máximo fazer com que as propinas sejam extintas. (...) ...é o que não se vê em Portugal. (...) O valor das propinas está cada vez mais alto e as pessoas cada vez mais ficam com menos incentivo para ir para a universidade porque as pessoas estão a trabalhar...”;

6.M.- “O desafio seria concerteza o desemprego.”;

7.F.- “...mas eles já dizem que são grátis(as propinas). Dizem... na teoria.”;

13.F.- “Motivar mais, motivar mais os jovens, sei lá, a apostar em novos negócios, por exemplo,

negócios próprios, dar mais apoios, e não incentivar como até à pouco tempo incentivavam o pessoal a emigrar por exemplo.”;

14.F.- ”...mas uma das coisas que eu mudaria seria a nivel do ministério da educação.”;

15.F.- ”...na área da educação, por exemplo, que eles arranjassem uma forma de conseguir todos os

que realmente desejassem ingressar, por exemplo, na faculdade. Ou... ou noutro tipo de cursos que os jovens queiram, pronto, não precisa de ser só a faculdade. Ou que... é isso, eu acho que a nivel da educação está a falhar. (...) Porque é que eu tenho de pagar para estudar se num curso profissional dão-te o dinheiro para tu estudares? Porque é que num curso universitário tens que pagar?Acho que não faz sentido, devia ser público e de livre acesso. ”;

17.M.- “Eu acho é que devia era haver uma reestruturação do sistema educacional que temos, isto

é, é preciso saber quais são as necessidades da sociedade em termos de trabalho e adequar a formação das pessoas a isto. (...) E prontos, agora na minha geração praticamente ninguém fica. (...) É por aí. Não é ajustado a formação educacional que nós temos em Portugal para a necesssidade, para a procura do mercado.”;

18.M.- “Em Viseu, nós temos vários programas de apoios para os jovens para ingressar no mercado

de trabalho ou para lhes dar visão da realidade no mercado de trabalho, temos, por exemplo, o orçamento participativo em que dependendo de um budget que oferecemos às escolas,as escolas através dos seus jovens podem apresentar as ideias candidatas, são ideias capazes de transformar e de se inserir na sociedade.”;

19.F.- “... que dentro do próprio curso em vez de investirem tanto em cadeiras teóricas que se calhar não interessam para nada eeh insistissem mais numa de um estágio curricular, nem que fosse 6 meses...só para elas perceberem mesmo como é que aquilo funciona e não ser só uma questão de estudar desenho, de darem-te a ferramenta mas ensinarem-te (...) Acho que deviam dar mais um cheirinho da realidade... em vez de ser só o que é bonito... Nos cursos de saúde existe sempre os estágios... “Mudar um pouco sim, reajustar o método em si.”;

21.F.- ”Não sei, acho que as empresas deviam ter qualquer tipo de protocolo e não só contratar

pessoas com experiência...de ter pelo menos meio-meio e depois realmente de ver as capacidades das pessoas.Mas dar oportunidade a quem não tem experiência, porque há pessoas que realmente até são boas naquilo que fazem, mas têm que ir para fora ganhar experiência para poder ter trabalho cá e acho que isso é errado.”;

23.F.- “Primeiro acho que dar mais incentivos às empresas, porque se as empresas tiverem mais

incentivos para empregar...”;

25.M.- “Reformulem a educação. Há uma coisa que para mim não faz muito sentido que é, acho

que as familias deviam ter essa opção, se põem os filhos na escola ou não. (...) Que nem sequer é uma opção. Sim,eu acho que o ensino não dá essa liberdade. E depois vêm com aquela treta de ‘’Não, vocês agora a partir da faculdade escolher aquilo que querem. ’’, e não é isso, nós vamos ter uma escolha super formatada. (...)É assim. Formatados desde pequenininhos, depois vamos ter aquele tipo de escolha, pensamos que a escolha foi nossa e não foi. É uma cena que foi formatada

28 em nós. E depois vamos descobrindo aos poucos que aquilo afinal não é a nossa cena, que podemos ser muito bons naquilo só que não é aquilo que te realiza... também podes ser bom em várias coisas,não é. Não digo isso. Mas pronto...(...) Reformular o ensino, reformular o trabalho, ó pá dar mais condições aos jovens. Pra estagiar, dar mais condições.”;

28.F- ”... apostar muito na parte prática, para eles terem uma noção do que é o mercado de trabalho, da luta, da “selva” que é, da competição também, do que é a busca do seu “lugarzinho ao sol”, não é? Porque eu acho que uma coisa não deve estar dissociada d’outra.(...) ...nomeadamente ao Ministro da Educação, não é, para apostar um bocadinho nesse sentido e apostar mais nos nossos jovens, porque eu acho que nós temos jovens com muito potencial. Não estão é aqui.”;

30.F.- ” Eu lançaria o desafio de nos equiparar-nos a outros países. Por exemplo, a Suíça, a Holanda

têm um nível de educação totalmente diferente e a partir do 9º ano todos os estudantes escolhem uma vertente profissional.”.

Ainda nesta subcategoria, três participantes fazem alusão à falta de fiscalização por