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Capítulo 3. Ozonoterapia

3.2. Descrição dos casos observados

Durante o meu estágio realizado no AMC tive a oportunidade de passar pelo setor “Clínica” no total de 4 semanas, muitos foram os casos observados, destacam-se a observação da terapia com ozono. Esta implementação no decorrer dos tratamentos era efectuada por veterinários voluntários, como nos casos de ortopedia, de oftalmologia e de endoscopia, veterinários cuja área de trabalho são os animais de companhia. A seguir ao setor “Felinos”, o setor “Clínica” foi o que teve mais foco e por esse motivo o presente relatório tem este tema de destaque. O período que permaneci neste setor permitiu-me ver a sua aplicação em duas espécies, um macaco uivador, Alouatta guariba clamitans, e um puma, P. concolor. Até à data nunca tinha observado a implementação desta terapia e muito desconhecia sobre o assunto. A possibilidade de observar os seus resultados, em curto espaço de tempo, teve um grande impacto na perspetiva médico-veterinária e nas utilidades e benefícios da sua utilização.

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O primata deu entrada através da Policia Federal, na sequência de um atropelamento. Os casos de entrada de origem antropogénica são muito frequentes nesta espécie. Era um macaco uivador fêmea adulto, também denominado de Bugio, ao qual foi dado o nome Kefera. O animal foi direcionado para a associação pelos problemas de saúde que apresentava. A espécie está listada como pela IUCN, 2008, como pouco preocupante (LC- least concern) e no anexo II da CITES. Apesar da elevada fragmentação do seu habitat, devido à exploração agrícola e à tendência para a diminuição de animais em estado selvagem, estes conseguem se adaptar a várias adversidades e podem viver em pequenos grupos. O animal deu entrada em estado de choque, apresentava exposição da articulação do cotovelo do MAE, à manipulação também parecia ter fratura de no fémur do MPD e a região dorsal da cauda ulcerada. Como em muitos casos, os exames complementares, como hemograma, perfil bioquímico, culturas, etc. não eram realizados devido à inexistência de equipamentos e/ou recursos monetários. No entanto, a associação tinha um aparelho de Raio-x de revelação manual (algo imprescindível, uma vez que grande número de animais apresentavam fraturas). As radiografias permitiram identificar a fratura redutível oblíqua no fémur. Com isto, a necessidade de cirurgia estava implícita. O animal foi estabilizado, com controlo da dor (tramadol) e terapia antibiótica (ampicilina), para poder prosseguir para cirurgia, realizada no bloco operatório do CJ. No MAE a lesão era limpa e desinfetada em dias alternados e eram aplicados pensos (que se revelaram ineficazes, uma vez que poucos minutos decorriam até ao animal remover tudo). Com o decorrer dos dias o animal melhorou claramente a condição clínica e já se alimentava sozinho. No entanto a cirurgia demorou a realizar-se devido à disponibilidade do cirurgião voluntário, passando vários dias após a chegada do animal. No dia da cirurgia, foi decidido prosseguir para amputação do MAE, uma vez que apresentava osteomielite evidente. Depois da amputação, foi iniciada a redução da fratura no fémur. Ainda no acesso foram observados mais problemas, à volta da zona de fratura estava um abcesso com cerca de seis centímetros de diâmetro. Com a drenagem do pus, à medida que a área ficava limpa evidenciava-se a presença de fístulas. Como não havia comprometimento no osso macroscopicamente foi realizada a redução da fratura, uma vez que a amputação não teria qualquer condição de vida para o animal e o resultado seria a eutanásia. Excetuando está alteração no MP, que só foi identificada no decorrer da cirurgia, a intervenção cirúrgica foi realizada com sucesso. Contudo, no período pós-operatório o quadro clínico foi-se agravado com o passar dos dias. A fêmea ficou mais deprimida, perdeu o apetite e massa muscular, e as feridas anteriormente observadas continuavam infetadas e com um maior diâmetro. Mais uma vez, não havia verbas para realizar exames de bioquímica sanguínea e hemograma, pelo que a evolução médica do quadro não foi possível de acompanhar. Perante este caso, a veterinária responsável optou

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por instituir uma terapia com ozono, algo frequente na Associação. Foi nessa altura que tive a oportunidade de acompanhar a aplicação do ozono. O animal era sedado para todos os procedimentos, devido à necessidade de contenção. Quando se implantou a prática foi observado que as fistulas desembocavam na região perianal e havia úlceras na zona plantar do pé esquerdo e a nível dorsal da cauda. A terapia foi instituída duas vez por semana, apenas por uma questão de logística da veterinária voluntária. Antes da terapia, as feridas eram limpas com uma solução estéril de cloreto de sódio a um para mil. O ozono foi aplicado usando a técnica de insuflação retal e pela via subcutâneo, usando o saco de silicone que cobria a metade inferior do corpo e aplicado em gotas a nível tópico. Nos dias seguintes foram observadas melhorias significativas no estado geral do animal e quando era sedado para limpeza das feridas, a diminuição das áreas de necrose e aumento do tecido de granulação eram evidentes. Com o decorrer do tempo o animal recuperou significativamente e não foram observadas alterações na redução da fratura.

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b)

Figura 11- Administração de ozono a) Aplicação tópica com saco de silicone, b) Insuflação

retal e c) Administração subcutânea.

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No caso do puma, uma cria chamada Chico que deu entrada com a sua irmã, Viky. Foram encontrados por operador de máquina numa fazenda que chamou as entidades responsáveis após ter entrado em contato com uma fêmea (a progenitora) e duas crias. No relato o operador descreveu que parou a máquina porque sentiu algo estranho por baixo desta, ao sair observou que a progenitora tinha morrido esmagada pela maquinaria e ao

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a) b)

c) d)

Figura 12- a) e b) Lesões antes da terapia com ozono; c) Lesões ao fim de 3 dias de

terapia com ozono; d) Lesões ao fim de 7 dias de terapia com ozono e e)Lesões ao fim de 9 dias de terapia com ozono.

c)

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lado estavam as duas crias. Relato muito similar em muitos outros casos, como no caso da órfã Mima. Os casos de crias encontradas após a morte dos progenitores originam enchentes de animais em associações, como na AMC que nesse ano, 2016, registou o maior número de entrada de crias de pumas órfãos, um total de 13 animais no ano. A época de muitas colheitas no setor agrícola coincide com a época reprodutiva desta espécie que encontram abrigos em campos que são depois são desbastados na altura das colheitas. O puma, também conhecido como suçuarana ou onça-parda, é a segunda maior espécie de felinos no continente americano, logo a seguir ao jaguar. A destruição de seu habitat, fragmentação e consequente diminuição do número de presas naturais, associadas à aproximação desses animais com populações humanas, são as principais ameaças. A adaptabilidade que apresenta face a diversos ambientes acaba por resultar em muitos encontros com a população humana e apesar dos seus hábitos de abrigo serem preferencialmente em ramos das árvores, na época reprodutiva procura abrigos no solo, fazendo tocas e por essa razão áreas bastas de produção agrícola são um bom refugio e permitem a abundância de alimento, uma vez que se pode alimentar desde presas de grande porte a presas mais pequenas (Sunquist & Sunquist, 2002). A espécie está listada no apêndice I da CITES e na categoria especial pelo Cat Specialist Group da IUCN (2015) como quase ameaçada e no território Brasileiro, as populações fora da região da Bacia Amazónica são consideradas ameaçadas de extinção na categoria vulnerável. (Adania, Silva, & Felippe, 2014) Devido à alta pressão de caça, principalmente em regiões próximas a fazendas, há vários relatos de animais atropelados em estradas (como observado na Associação), vítimas de caça (também observado) ou abatidos por fazendeiros pela ameaça que representam para o gado ( Nielsen, Thompson, Kelly, & Lopez-Gonzalez, 2015; Taylor, Buergelt, & Roelkeparker, 2002).Enquanto a sua irmã se encontrava em perfeita condição, o macho não, pois também sofreu com o confronto com a máquina. Apresentava uma perda de visão que posteriormente foi avaliada por um oftalmologista, também voluntário na Associação, que determinou que a visão do olho direito estava comprometida para o resto da vida e ao raio-x foi observado uma fratura no osso frontal. Quando chegou apresentava- se desorientado, com falta de apetite e obstipado. Uma vez que estava a ser aplicado a terapia na Bugio, também foi implementado no Chico, mesmo ainda sem um diagnóstico e com um prognóstico muito reservado. Nesta situação o ozono era administrado pela via retal através da insuflação e também foi instituída acupunctura na região facial. O objetivo aqui era melhorar o estado geral do animal. A terapia teve bons resultados, uma vez que o animal começou com o tempo a ficar mais alerta, a ter apetite, a defecar e a apresentar comportamentos típicos da espécie.

44 3.3. Discussão

O fato da aplicação desta terapia ter sido realizada em dois animais isolados e com processos diferentes, não permite afirmar inequivocamente que foi a ozonoterapia que fez a diferença pois não houve animais controlo, como sucede em estudos científicos. No entanto, pela experiência dos elementos da Associação Mata Ciliar neste tipo de situações clínicas, há fortes indícios de que a ozonoterapia terá tido um impacto positivo no desenrolar dos processos. O principal objetivo do relato destes casos é demonstrar os benefícios observáveis da aplicação desta molécula em medicina e como é uma mais-valia em organizações não governamentais, cujos recursos financeiros são escassos. Acho importante relatar que quando me foi comunicado que se iria instituir o ozono, não fiquei muito convencida, por um lado pela falta de conhecimento e por outro pela ideia pré- concebida que seria uma recurso descrito como “tudo ou nada” derivado ao estado critico em que estes animais se encontravam. A observação do uso deste recurso como terapia complementar nos casos relatados, através da pesquisa da bibliografia existente e do parecer dos médicos veterinários da AMC que instituem esta abordagem terapêutica na sua prática clínica, alterou a minha posição sobre este assunto, passando a encara-lo como algo relevante e que tratará muitos progressos em medicina veterinária. São inúmeras as vantagens e facilidades da sua implantação em conservação de animais de vida selvagem, uma vez que é de fácil manipulação, permite uma diminuição do tempo de recuperação, tem um papel relevante no tratamento de complicações de origem infeciosas, melhora a qualidade de vida dos animais e os custos de produção e manipulação são pouco dispendiosas.

Figura 13- a) Acupunctura e b) Insuflação retal de ozono.

45 Conclusão

A finalidade do meu estágio foi adquirir competências na área clínica e do maneio de fauna selvagem com vista à conservação realizando para isso dois períodos de estágio, um num jardim zoológico e outro num centro de recuperação de animais selvagens, tentando focar os trabalhos com os felinos selvagens. Este relatório é uma apresentação de temas que na minha opinião foram os que tiveram maior impacto durante o meu estágio e oferecem exemplos de atividades que o médico veterinário pode desempenhar na conservação in-situ e na conservação ex-situ e como ambas se complementam.

A conservação de carnívoros, como os grandes felinos, em todo o mundo é um dos vários exemplos de como a sustentação de uma espécie de um nicho ecológico de topo trás como consequência a conservação de vastas áreas e de tantas outras espécies uma vez que ocupam nichos ecológicos inferiores. As oportunidades de estagiar em outros países, onde se implementam estratégias de conservação com espécies ameaçadas de extinção, como os desta ordem, locais com diversas espécies ameaçadas e com muitos programas de conservação como o Brasil, são uma mais-valia para o aumento do conhecimento na área e a possibilidade de poderem ser adaptadas estratégias a outros países, como Portugal. A possibilidade de acompanhar determinadas estratégias pode ser útil, por exemplo, ao panorama nacional, relativamente à conservação de carnívoros como o lince ibérico (Lynx

lynx) e o lobo ibérico (Canis lupus signatus).

Relativamente ao enriquecimento ambiental a sua descrição neste trabalho teve por base o fato de ter sido o principal trabalho desenvolvido no Jardim Zoológico da Maia e pela sua importância no bem-estar com animais selvagens, principalmente os que se encontram em cativeiro. A elaboração do capítulo relativo ao doseamento hormonal não invasivo foi bastante gratificante, por um lado pela aprendizagem que proporcionou sobre a versatilidade de aplicações e vantagens de tais metodologias e pela oportunidade de participar na vertente da investigação uma vez que neste aspeto no decorrer do curso é algo com o qual não nos deparamos ou que muitos de nós só se deparam na fase final do curso. Estes dois capítulos são exemplos de como o médico-veterinário pode participar na área da conservação ex-situ e como se pode relacionar com as práticas in-situ. Relativamente aos casos clínicos em que se usou o ozono como terapia complementar, achei de extrema importância a sua referência, uma vez que até à data nunca me tinha cruzado com a aplicação desta molécula em medicina, que ainda é pouco divulgada a sua utilização em Portugal e pelo fato de ser escassa a informação no âmbito da medicina veterinária, principalmente em animais selvagens.

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Tanto nas práticas observadas de conservação in-situ como ex-situ muitos foram os problemas identificados tendo como pontos comuns as limitações financeiras e a falha/falta de comunicação entre os indivíduos. Em muitas situações não foram realizadas as tarefas desejadas, não foi possível o apuramento de muitos diagnósticos ou a realização de tratamentos mais dirigidos e mais eficazes derivados à falta de recursos. Os indivíduos, com contato direto ou indireto com os animais, tinham diferentes faixas etárias e diferentes graus de formação profissional, que em muitas situações tal era esquecido e nesta situação, sendo estagiária, apercebi-me em termos práticos como uma simples informação/ explicação pode influenciar positivamente o sucesso e o espírito de equipa. Uma outra questão, importante a frisar, mais evidenciada no Brasil, foi a questão cultural, nem tanto sentida pela sociedade brasileira mas, pelo fato de ter conhecido outras nacionalidades cujos costumes são completamente diferente. Esta questão é algo que friso porque medidas conservacionistas além de envolverem outras áreas disciplinares, em muitos casos, significam a cooperação entre pessoas de diferentes nacionalidades que pode promover barreiras que a meu ver são completamente desnecessárias. Ainda neste ponto, no futuro profissional é comum a nossa profissão prestar serviços num ponto hierárquico alto e enquanto estagiários, como somos muitas vezes colocados a trabalhar/aprender com todas as frações de uma equipa, é positivo a aprendizagem que oferece na identificação de eventuais problemas e como prevê-los ou resolve-los.

Também me deparei, mais na situação in-situ, de como o trabalho pode ser ingrato, pois os objetivo não são facilmente alcançáveis e a realidade pessoal de quem trabalha neste setor não é fácil quer a nível pessoal quer a nível financeiro, sendo uma realidade a neglicência que ocorre em muitos setores da área da conservação. Os vários aspetos observados e vividos tornaram a minha visão mais adequada sobre a área da medicina da conservação e em geral toda a aprendizagem que o meu estágio proporcionou foi profundamente gratificante para o enriquecimento pessoal e a nível do crescimento profissional.

Outro aspeto observado, muito mencionado ao longo do curso, foi a importância da especialização, relevante tanto na Associação como no Zoo, uma vez que para determinadas situações, como em casos médico-cirúrgicos, eram necessários especialistas. Por um lado, nesta área, o médico veterinário tem que lidar com um largo espetro de espécies e os recursos bibliográficos são escassos para muitas situações, necessitando de ter um conhecimento abrangente e uma grande capacidade de raciocínio para uma melhor abordagem em cada situação. Mas, por outro lado, o reforço numa determinada área permitirá uma melhor abordagem e uma mais-valia para a obtenção e realização de um trabalho com qualidade. Por isso a especialização é algo sobre o qual me quero debruçar,

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agora que a jornada profissional está no seu início e sei que me trará mais oportunidades no mundo da conservação de vida selvagem uma vez que é nele que quero ingressar.

Algo muito importante com que também me deparei foi a importância da educação ambiental e a envolvência das comunidades nas ações conservacionistas observado nos dois locais, ações que não estão diretamente relacionadas com a formação médico- veterinária mas tem importante peso no sucesso de ações conservacionistas. Durante o meu estágio na AMC tive a oportunidade de ir para os locais onde a componente da flora da Associação participava, estando atualmente envolvido num projeto denominado Projeto Águas do Piracicaba que consiste na recuperação das áreas onde se encontram as bacias hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí no estado de São Paulo. De fato, esta oportunidade, assim como a passagem em tantos outros locais que associação participou na reflorestação, me fez sentir mais otimista nestas atividades e da importância da consolidação interdisciplinar no sucesso de um objetivo comum, uma vez que uma das maiores adversidades na devolução de espécies à natureza é a degradação do meio ambiente.

Acho que a crescente consciencialização a nível global que se observa em relação ao mundo natural ainda é diminuta e atualmente um pouco que como uma moda, no entanto, não acho demasiado idealista o concebimento de um mundo sustentável até porque é a solução face às adversidades atuais e previstas. Com isto, a meu ver, uma forma de o atingir é através da troca de informação e do conhecimento, algo que constatei em primeira mão como uma excelente arma. Citando David Attenborough “Quem acredita num crescimento infinito de um planeta fisicamente finito, ou é louco, ou é economista” e Isaac Asimov “Se o conhecimento cria problemas, não é a ignorância que os resolve”.

49 Bibliografia

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