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4. PERCURSO METODOLÓGICO

5.3 DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA

Na primeira etapa “fase 1” foi solicitado aos discentes que dentro das possibilidades da disciplina de Programação Web II, eles encontrassem um problema da vida real, tomando como base a comunidade escolar. Nesse momento, desejava-se que o problema fosse relacionado ao conteúdo abordado na disciplina. Para que os discentes fossem confrontados e instigados a responderem a questões básicas como: O que eu já sei sobre o problema? O que eu preciso saber para resolver este problema? Como citado anteriormente por Coll e Monereo et al (2010) e Munhoz (2015), o problema escolhido deveria afetá-los e ser possível de ser resolvido. Esta foi a primeira etapa do desenvolvimento da Metodologia ABP: os discentes, encontrando e definindo o problema. Em seguida, o docente que também era o pesquisador, apresentou aos discentes algumas informações sobre internet e a conectividade.

Os discentes organizaram-se por afinidades em dois grupos, e por coincidência, definiram o mesmo problema, para investigar e resolver, que era: “O site da escola”. Decidiram

21 Questionário composto de perguntas abertas e fechadas, para diagnosticar, neste caso, o perfil dos participantes da pesquisa, pela análise quanti e qualitativa.

que para validar o problema junto à comunidade escolar, criariam, cada grupo, um formulário (Anexos D e E), via Google Forms. Ao final desse processo, foram gerados dois arquivos no

software PowerPoint, com os quais apresentaram os resultados:

Os dados coletados a partir do questionário do primeiro grupo de discentes (Anexo D), utilizado para validar sua hipótese junto à comunidade escolar, apontou que o site da escola era bastante acessado (71%), que pouco mais da metade (51%) considerava-o regular, enquanto 41% dos estudantes encontravam dificuldade em achar as informações que procuravam. Assim, os discentes concluíram que o site precisava passar por algumas mudanças, inclusive quanto à apresentação das informações e dados. O segundo grupo, assim como o primeiro, apontou a partir de seu questionário (Anexo E) que o site da escola era bastante acessado (61%), enfatizou ainda que 53% das pessoas já precisaram deste site, chegando à conclusão de que muitos da comunidade escolar não o conheciam e ficaram surpresos ao saber que a escola possuía um site na web, fato que demonstrou que ele era subutilizado.

Após o levantamento dos dados para validação do problema, a “fase 1” foi encerrada. A descrição da experiência e os procedimentos adotados na segunda fase são apresentados na sequência.

O desenvolvimento da “Fase 2” iniciou-se com as equipes, retomando os dados coletados, analisando e escolhendo o conteúdo com que iriam trabalhar. Elas apresentaram os resultados das pesquisas no ambiente Moodle, que foi usado como um portfólio, e definiram claramente o problema e os recursos que precisariam para resolvê-lo. Assim, eles conheceram o ambiente virtual de trabalho e as principais ferramentas que foram utilizadas para resolver o problema.

O papel do docente nesta etapa foi de mediador, auxiliando e colaborando com informações para as equipes, e indicando possíveis pesquisas que poderia orientar na realização da tarefa. Foi possível dar instruções de programação para o desenvolvimento do problema, como também estabelecer conversas sobre as possíveis dificuldades encontradas pelos discentes para utilização do ambiente Moodle, integrado na tecnologia IoT. Os discentes solicitaram ainda o auxílio dos docentes para que, de acordo com a visão levantada sobre o site, fosse criado um Wireframe22, que deu origem a um template23 do site (Anexo G). Ainda nesta

etapa, os discentes organizaram-se em pequenos grupos de trabalho e por sugestão de um deles,

22 Wireframe é como um esqueleto, um protótipo ou uma versão bastante primitiva do visual de um projeto. 23 Template ou “modelo de página”, é um documento de conteúdo, com apenas a apresentação visual e instruções sobre onde e qual tipo de conteúdo deve entrar em cada parcela da página web, por exemplo conteúdos que podem aparecer no início e aqueles que só podem aparecer no final da página.

foi adotado o software Trello, um dispositivo de controle online de projetos que o docente (pesquisador) aprendeu a utilizar junto com os discentes.

Figura 5 - Software Trello

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Dando continuidade ao desenvolvimento das atividades da “fase 2”, foi verificado, por observação direta, um espírito de colaboração e comprometimento entre as equipes, para se revezarem nas tarefas de programação em PHP e MySQL, em um nítido desenvolvimento da competência de trabalho em equipe e das competências de programação apresentadas no currículo do curso. Tudo foi documentado em um diário de bordo pelo pesquisador e acompanhado pelo software Trello. Assim, o projeto que foi a solução do problema apontado pelos discentes se desenvolveu ao longo do semestre, com pequenas mediações do docente.

Figura 6 - Software Trello fase 2

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Próximo ao final do semestre, foi desenvolvido o primeiro protótipo do site da escola, com persistência em banco de dados. a modularização e organização dos programas, competências que deveriam ser alcançadas por todos os discentes ao final deste semestre letivo. Também foi observado, durante o processo, a adesão do docente da disciplina de Desenvolvimento de Trabalho de Conclusão de Curso de Desenvolvimento de Sistemas no projeto de desenvolvimento do site.

Alguns discentes de outras turmas não fizeram parte da amostra, mas entraram como colaboradores, auxiliando na finalização do protótipo, isso, após o consentimento dos discentes envolvidos no projeto.

Figura 7 - Protótipo do site

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Ao final do semestre letivo, os discentes já possuíam um protótipo do site hospedado em um servidor (Anexo H). Após essa etapa, foi marcado com esses discentes o grupo focal, que seria opcional e filmado, para fins de registro da pesquisa. A questão ética foi contemplada com a assinatura por parte dos discentes e responsáveis do termo de autorização para a utilização de imagem.

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