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4. PERCURSO METODOLÓGICO

5.1 O PLANEJAMENTO DA EXPERIÊNCIA APLICADA

O percurso com a aplicação da metodologia ABP no curso técnico de Desenvolvimento de Sistemas foi iniciada a partir do levantamento bibliográfico sobre a metodologia ABP, criação de um cronograma (Apêndice A) e da preparação de um espaço virtual no Moodle (figura 3) acoplado em um dispositivo de IoT20 (figura 4). Com esses encaminhamentos, foi

preparada a proposta metodológica para ser ofertada aos discentes do curso (períodos: vespertino e noturno).

Figura 3 - Ambiente LMS

Fonte: Elaborado pelo autor.

20 O dispositivo de Internet das Coisas (IoT) foi utilizado juntamente com o Moodle (LMS) para implementar a tecnologia de Internet de Todas as Coisas ( IoE).

Figura 4 - Dispositivo IoT

Fonte: Elaborado pelo autor.

Sobre as necessidades de melhorias na educação, tem-se a reflexão de Almeida (2018), que nos esclarece sobre o uso das novas tecnologias com novas metodologias:

É preciso reinventar a educação, analisar as contribuições, os riscos e as mudanças advindas da interação com a cultura digital, da integração com as tecnologias digitais de informação e comunicação TDIC, dos recursos, das interfaces e das linguagens midiáticas a prática pedagógica, explorar o potencial de contextos autênticos de aprendizagem midiáticas pelas tecnologias (ALMEIDA, 2018, p. 10).

Ao tentar fazer mudanças em suas práticas, o docente se desafia a descobrir novos métodos e assim, buscar novidades que incentivam os discentes e modificam o quadro de monotonia que os desmotiva. É desafiador para o docente deixar a zona de conforto, para tentar algo novo, pois demanda trabalho árduo de pesquisa e muito esforço. Por esses motivos, optou- se neste estudo pela metodologia ABP, de forma articulada com um dispositivo de IoT, configurado com um software LMS (Moodle), previamente instalado, para que se pudesse alcançar a proposta de um ambiente de IoE.

Com base nesta nova proposta, antes das aulas do semestre começarem, foi elaborado, conforme mencionado, um cronograma com as atividades que seriam realizadas nas aulas,

contemplando a nova metodologia, adaptando as competências relacionas no plano de curso (Apêndice A) com as novas práticas em sala. Nesse momento de planejamento da intervenção a ser realizada, delineou-se também o ambiente Moodle (figura 3), o qual foi configurado para constituir-se como um portfólio com os dados pesquisados pelos discentes, almejando que esse espaço armazenasse as informações compartilhadas no dispositivo IoT (figura 4).

Uma vez organizado o cronograma e ambiente virtual, foi solicitado à direção e à coordenação permissão para iniciar a pesquisa. Vale destacar que a proposta apresentada foi muito bem recebida pela gestão da unidade. Para validar o aceite para realização da pesquisa nesse contexto, foi requerido à equipe gestora a assinatura dos termos de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice D).

Também nesse momento inicial, foram selecionadas quais turmas seriam contempladas com a pesquisa e foram relacionadas aos termos assinados pela direção, assim, nas aulas do dia 14 de março de 2019, nos períodos vespertino e noturno. Em reunião com as turmas em seus respectivos horários de aula, foi apresentada a proposta de intervenção para os discentes, por meio da qual os estudantes foram comunicados que fariam parte de uma pesquisa de Mestrado, e que a adesão era opcional. Sendo assim, democraticamente deveria ser aprovada pela ampla maioria da sala.

Para evidenciar o aceite de forma livre, foi aplicado um questionário aos estudantes, no qual não era necessário a identificação do discente (Apêndice C), intitulado “Questionário Diagnóstico de Aceite”, com duas questões fechadas, na ferramenta on-line Google Forms, cujos gráficos foram gerados automaticamente. A distribuição de frequência das respostas é mostrada a seguir:

Gráfico 1 - Turno que frequenta o curso

A primeira questão, “2° Módulo Programação Web”, representada pelo gráfico 1, tinha como objetivo identificar o percentual de discentes em relação a cada turma, verificando que 53,6% do total da amostra eram do turno vespertino e 46,4% do turno noturno. Identificado no total da amostra quantos discentes pertenciam ao turno noturno e quantos ao vespertino, constatou-se que a maioria da amostra estudava no turno vespertino.

A segunda questão representada pelo gráfico 2, cuja pergunta foi: ”Você gostaria de

participar da pesquisa?”, teve o objetivo de verificar o percentual de discentes dispostos a

participar voluntariamente da pesquisa.

Gráfico 2 - Turno noturno - Você gostaria de participar da pesquisa?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Nesta questão, verificou-se que a mostra dos discentes do noturno teve um total 76,9% de não aceitação da proposta da pesquisa, enquanto somente 23,1% se dispuseram a participar. A alegação da turma do turno noturno foi que: “a proposta demandaria mais tempo e esforço do que o necessário para a conclusão do módulo, e que por esse motivo, estavam declinando do convite”.

A mesma questão “Você gostaria de participar da pesquisa?”, só que filtrada para os discentes do turno vespertino, mostrou um total 86,7% dispostos a participar da pesquisa e 13,3% que não se dispuseram (gráfico 3) a participar.

Gráfico 3 - Turno vespertino - Você gostaria de participar da pesquisa?

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

A adesão maior do turno vespertino em relação ao noturno deve-se ao fato de que estes discentes apresentam faixa etária menor em relação ao outro turno, e que por esse motivo, possuíam mais tempo livre para realizar atividade, pois os discentes do noturno, na sua maioria, são trabalhadores. Como visto nos gráficos 2 e 3, houve maior adesão da turma do turno vespertino. Optou-se então, por seguir com a pesquisa somente com os discentes do turno com adesão mais significativa, mas um pequeno grupo de discentes do noturno (3) quis participar e os alunos foram então incorporados à amostra.

No mesmo dia em que a turma do vespertino aceitou participar da pesquisa já foram distribuídos os formulários com os termos de Consentimento Livre e Esclarecido, inclusive para o pequeno grupo do noturno que aceitou colaborar. Sendo assim, a questão ética da pesquisa foi contemplada com a assinatura do termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice D) por parte dos participantes e dos responsáveis legais, no caso dos menores de idade.

Há que se esclarecer que as salas do período vespertino e noturno eram divididas em duas turmas cada, devido ao número de máquinas nos laboratórios de Informática. Eles possuem 20 máquinas para 40 discentes. É preciso deixar claro que a proposta inicial era que uma turma de cada período aceitasse participar do projeto, para que fosse possível comparar o desempenho final do semestre delas, em ambos os períodos. Entretanto, como a turma da noite declinou, a comparação não foi possível, validando assim, o resultado obtido apenas com a turma do período vespertino.

Para aqueles que aderiram à pesquisa, foi distribuído o termo de Consentimento Livre e Esclarecido, para ser assinado tanto pelos discentes maiores de idade, quanto pelos responsáveis pelos discentes menores de idade (Apêndices D). Uma vez assinado, foram adotados os

primeiros passos para a viabilização da pesquisa, realizando um levantamento do perfil dos participantes da pesquisa, por intermédio de um questionário, também disponibilizado de forma online.

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