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Descrição do projeto

No documento Tecnologias Da Montagem Eletromecanica (páginas 132-145)

O projeto principal do estaleiro de Quincy, MA, durante o em meados da década de oitenta do século passado era a construção de cinco navios MPS (Maritime Prepositioning Ships) para a marinha dos EUA. Cada um destes navios de 42.000 toneladas foi projetado para carregar todo o equipamento e suprimentos necessários para suportar 4.000 fuzileiros navais no combate por 30 dias. A carga incluiu não somente os veículos dos fuzileiros navais, mas todo o equipamento, suprimentos, peças de reposição, munição, combustíveis, e água que as tropas necessitariam. Além disso, os navios foram projetados descarregar toda a carga enquanto ancorados offshore, sem nenhuma facilidade portuária.

A Figura 12.1 mostra um modelo do navio e a Figura 12.2 mostra um corte do modelo mostrando sete plataformas do veículo, que ocupam dois terços da parte traseiro do navio, fornecendo 150.000 pés quadrados (aproximadamente quatro acres) de espaço para veículos.

Figura 12.2 – Modelo em corte do navio Transporte: Características e Capacidades

• Dimensões Principais

o Deslocamento: 41,700 toneladas o Comprimento Global: 673 pés o Boca: 105.5 pés

o Calado: 29.5 pés • Propulsão & Maquinaria

o 2 motores Diesel de velocidade, 1 eixo, 26,400 HP.

o Velocidade: máximo de 18.8 nós; velocidade de cruzeiro de 17.7 nós. o Alcance: 11,100 milhas náuticas a 17.7 nós

o Três geradores Diesel de 2000 kw • Instalações de Manipulação de Carga

o Guindastes: cinco guindastes de 39 toneladas; homologados para operação nos mares até cinco pés.

o Rampa: capacidade de 66 toneladas; pode lançar veículos anfíbios nos mares de até cinco pés.

o Descarga de carga perto da praia: as cargas líquidas podem ser bombeadas à praia enquanto o navio fica ancorado até duas milhas distante da praia

• Sistema de ancoragem de quatro pontos - que mantém o navio estável em ventos de 50 nós e 3 nós de corrente

• Plataforma de helicóptero para todos os helicópteros do Corpo de fuzileiros navais.

• Produção de água potável: duas plantas de destilação; com capacidade 36,000 de galões/dia. • Acomodações: 30 tripulação do navio (civil), 7 pessoal de suprimento (civil), 7 Marinha, 25 pessoal de manutenção de veículo (civil); 102 cabines temporárias para tripulações de veículo.

Capacidades de carga • Carga de Veículo

o Alturas variam de 6.5 pés até 15 pés

o 150,000 pés quadrados (aproximadamente quatro acres) espaço total para veículos o Aproximadamente 1400 veículos acomodados

• Carga em contêiner - 522 contêineres padrão (20 pé), inclusive os seguintes: o 230,000 pés cúbicos para munição

o 101,000 pés cúbicos para cargas em geral o 18,000 pés cúbicos para cargas refrigeradas • Combustíveis & Água

o 200,000 galões de gasolina. o 540,000 galões de Diesel

o 855,000 galões de combustível de jato de galões o 82,000 galões de água potável

12.2. Montagem

Vamos apresentar a seqüência de etapas na montagem do navio.

A montagem tem início na linha de painéis, aqui os navios começam a tomar forma. A fábrica de painéis recebe chapas de aço bruto e perfis, e produz seções de painel completas. Cada seção de painel é composta de uma ou mais chapas de aço e vários perfis de aço como reforço. Estas partes formam o casco, as cobertas, ou superestruturas de um navio. A Figura 12.3 mostra o equipamento de solda automatizado que solda o reforço aos painéis. O painel reforçado é o elemento básico o sistema de construção de Quincy.

A próxima etapa é a fabricação de conjuntos, aqui os painéis são transformados em conjuntos tridimensionais: Os painéis lisos são acoplados com os anteparos e os outros painéis para dar forma aos conjuntos maiores, com altura de uma ou mais plataformas. O conjunto da Figura 12.4 faz parte do fundo do navio.

Figura 12.4 – Conjunto integrante do fundo do navio

Outra vista da fábrica de conjuntos, com diversos conjuntos e painéis em andamento é ilustrada na Figura 12.5.

O primeiro conjunto a entrar na doca de montagem é um componente da quilha: A Figura 12.6 mostra o cerimonial de colocação da quilha, sendo este o primeiro painel a entrar na doca. Desde que saiu da fábrica o conjunto foi pré-equipado com todo o encanamento necessário, as válvulas, e o outro equipamento foram instalados. Também recebeu diversas demãos de pintura. A quilha foi batida em 16 de setembro de 1983 (batimento de quilha significa a colocação da primeira peça da quilha, constitui um marco na montagem de navios).

Figura 12.6 – Montagem da quilha (cerimonial)

A Figura 12.7 mostra a fase inicial do processo de montagem dos conjuntos do casco. Muitos conjuntos, os mais baixos, que compõe o fundo do navio já foram colocados na doca. Esta vista olha da proa para a popa.

A Figura 12.8 mostra um conjunto do fundo sendo posicionado no local de montagem. Aqui podemos observar que as operações de levantamento de cargas pesadas são constantes no processo de construção naval. O nível do fundo do navio está quase completo, e as primeiras duas plataformas de veículo começam a tomar forma à ré. Esta vista foi feita em 18 outubro 1983.

Figura 12.8 – Montagem dos painéis – continuação

Um motor principal é colocado na posição: Devido a sua posição baixa no navio, os motores devem ser instalados cedo no processo de montagem dos conjuntos. O grande tamanho do motor Diesel de 13.200 cavalos-força é visível na Figura 12.9.

Em 23 de março de 1984, diversos meses após o início da montagem dos conjuntos, a montagem começa a se parecer com um navio. A vista mostrada na Figura 12.10 olha da popa para a proa; o conjunto do casco alcançou as plataformas superiores de veículos. Os três objetos cobertos no primeiro plano são os geradores de energia elétrica do navio.

Figura 12.10 – Estágio avançado da montagem dos painéis

Aproximadamente um mês mais tarde, em 14 de abril de 1984, As escotilhas grandes no primeiro plano fornecem o acesso aos porões de carga a vante do navio, enquanto as plataformas para veículos tomam forma à ré. O avanço na montagem pode ser visto na Figura 12.11.

Em 24 de maio de 1984, estava bem desenvolvido. O conjunto alcançou a plataforma principal em alguns lugares. A vista da Figura 12.12 olha da popa para frente mostrando as rampas entre as plataformas de veículos.

Figura 12.12 – Vista da montagem, de ré para vante

Um mês mais tarde, em 28 de junho de 1984, a popa esta tomando forma, como mostra a Figura 12.13. A plataforma principal está no lugar, ocupando toda a extensão navio, e as seções de popa alcançaram sua largura final. A plataforma semicircular no primeiro plano é a posição de montagem para a rampa da popa, a qual é dotada de movimento giratório.

A Figura 12.14 mostra a forma do navio em 17 de julho de 1984. A área destina-se à carga em containers e granel; as plataformas de veículos estendem à ré da maior antepara transversal.

Figura 12.14 – Estágio da montagem visto da proa

A Figura 12.15 ilustra a instalação da superestrutura principal, o componente mais pesada a ser içado. As superestruturas foram construídas em separado, e instaladas no navio mais tarde no período da construção. A primeiro destas superestruturas foi instalada (a bordo do navio) em 18 de agosto de 1984, pesando aproximadamente 1.120 toneladas. Isto foi, até a data, a maior elevação de carga pesada realizada em um estaleiro dos EUA. A ponte rolante de 1200 toneladas de Quincy tornou possível esta incrível tarefa.

Figura 12.15 – Instalação de superestrutura – Ponte rolante de 1200 toneladas

Instalação da plataforma de helicóptero a bordo, está ilustrada na Figura 12.16. A elevação foi realizada na noite, e os vários holofotes e sombras produzem uma aparência surreal.

Figura 12.16 – Instalação da plataforma de helicópteros

Em 31de agosto de 1984, um dia após a instalação da plataforma de helicópteros, o guindaste ainda está suportando a plataforma enquanto os soldadores executam sua fixação no lugar. A instalação de uma unidade principal tal como esta pode fàcilmente manter um guindaste amarrado acima para diversos deslocamentos. A rampa giratório de popa foi instalada, e será logo aparelhada à suas sustentações sob a plataforma de helicópteros.

Figura 12.17 – Instalação da plataforma de helicópteros e rampa de ré.

Uma outra vista da forma feita em 31 agosto 1984, é mostrada na Figura 12.18. Enquanto a ponte rolante suporta a plataforma de helicóptero à ré, dois guindastes menores estão instalando um conjunto da plataforma de vante. O conjunto estrutural do navio está quase completo, faltando apenas uma pequena seção da proa.

A Figura 12.19 mostra um estágio razoavelmente avançado da conclusão, com todo o conjunto estrutural terminado. Será entregue em menos de seis meses.

Figura 12.19 – Vista de ré em estágio avançado de construção.

Na Figura 12.21, uma vista que olha de baixo para cima a ponte rolantes de 1200 toneladas, mostra como um dos guindastes do navio é instalado. Enquanto uma parte do corpo do guindaste é colocada na posição, outra permanece suspensa na ponte rolante esperando a instalação.

Figura 12.21 – Montagem de guindastes de bordo

O segundo corpo do guindaste que está sendo abaixado na posição. Esta é uma tarefa delicada, requerendo o controle cuidadoso pelo operador da ponte rolante e pela habilidade considerável das equipes de montagem e elevação de carga. Esta operação é ilustrada na Figura 12.22.

A Figura 12.23 ilustra a instalação da hélice. Devido o hélice dever ser instalada tarde no processo da construção, depois que o navio acima está quase completo, a instalação é uma tarefa complicada. Sem acesso direto do guindaste, uma série de talhas deve ser usada posicionar a hélice, pesada e desajeitada, no lugar e suportá-la enquanto for fixada ao eixo.

Figura 12.23 – Montagem do hélice

No documento Tecnologias Da Montagem Eletromecanica (páginas 132-145)

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