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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS

3.1.1. Cimento Portland

Para a composição dos traços foi utilizado o cimento CP V-ARI. No quadro 4 estão descritas as informações sobre a composição química e as propriedades físicas e mecânicas do cimento.

Quadro 4 – Propriedades físicas, químicas e mecânicas do CP V – ARI

Cimentos CP V-ARI Limite da norma

Clínquer + Sulfatos de Calcio 95-100% 90-100%

Escória de alto forno - -

Material Pozolânico - -

Material Carbonático 0-5% 0-10%

Blaine (cm²/g) 4447 -

Início de pega (min) 196 ≥ 60

Fim de pega (min) 243 ≤ 600

Resistência (MPa) 1 dia 22,8 ≥ 14 4 dias 37,3 ≥ 24 7 dias 44,8 ≥ 34 28 dias 55 - SiO2 18,88 Al2O3 4,27 SO3 3,17 ≤ 4,5 CO2 2,03 ≤ 5,5

Massa especifica média (g/cm³) 3,09 -

Fonte: Adaptado de NBR 16697 (ABNT, 2018)

No quadro 4 também estão indicados os limites de adição permitida na composição do cimento.

3.1.2. Agregados

Para a composição do traço da argamassa foi escolhida uma areia de origem natural, oriunda de cavas de rios da região metropolitana de Curitiba-PR. Na Figura 8 é apresentado o aspecto da areia adotada para este trabalho.

Figura 8 – Areia Natural Fonte: Os autores (2019)

Para a escolha desta areia alguns ensaios foram realizados para garantir que a mesma atendia as especificações básicas, como módulo de finura, dimensões máximas característica, curva granulométrica e teor de materiais pulverulentos. No Quadro 5 são apresentadas as características do material escolhido para a composição dos corpos de prova.

Quadro 5 – Propriedades do agregado miúdo

Características Unidade Resultados obtidos Metodologia de ensaio

Módulo de finura - 2,78 NBR NM 248:2003

Dimensão máxima

característica mm 4,75 NBR NM 248:2003

Massa especifica g/cm³ 2,572 NBR NM 52:2009

Massa unitária g/cm³ 1,46 NBR NM 45:2006

Teor de material pulverulento % 4,52 NBR NM 46:2003

Fonte: Os autores (2019)

De acordo com os valores apresentados no Quadro 5, a areia natural está dentro da classificação de agregado miúdo, apresento dimensão máxima

característica de 4,75 mm. A mesma também é classificada como uma areia grossa, dentro das especificações da NBR NM 248 (ABNT, 2003). O teor de material pulverulento também se apresenta dentro do especificado por norma, que para utilização em argamassas e concreto deve apresentar um teor abaixo de 5%.

Quanto a distribuição granulométrica desta areia natural, a mesma está indicada no Gráfico 1.

Gráfico 1 - Curva granulométrica da areia natural Fonte: Os Autores (2019)

Pode-se observar no Gráfico 1 que a areia utilizada se apresenta dentro dos limites estabelecidos pela NBR 7211(ABNT, 2019), na classificação da zona utilizável.

3.1.3. Água

Para a composição do traço foi utilizado água potável oriunda da companhia de saneamento da região de Curitiba-PR (SANEPAR). A relação água/cimento (a/c), manteve-se em 0,3 para cada uma das três composições de argamassa.

3.1.4. Aditivos

3.1.4.1. Aditivo Superplastificante

Para composição do traço utilizou-se um aditivo superplastificante de terceira geração, o MC PowerFlow 4001, para auxiliar na mistura do traço, respeitando os limites da NBR 11768 (ABNT, 2011). No Quadro 6 são apresentadas algumas propriedades físico-químicas do aditivo conforme descrito na ficha do fabricante.

Quadro 6 – Propriedades do aditivo superplastificante. Características

Densidade 1,12 g/cm³

Dosagem recomendada 0,2 – 5,0 %

Estado Líquido

Cor Marrom

Fonte: Adaptado do rótulo do fabricante (2019)

Para este trabalho a proporção adotada foi de 1,0% em relação massa de cimento. Na Figura 9 é possível verificar o aspecto do aditivo.

Figura 9 – Aditivo Superplastificante Fonte: Os autores (2019)

Na Figura 9 é possível verificar a coloração marrom indicada na ficha técnica do fabricante. Com a utilização deste aditivo, busca-se uma redução da relação de a/c no traço e, consequentemente, um aumento da resistência inicial

do material. Visto que será necessária uma aplicação de pré-carga nos corpos de prova, logo nas primeiras idades.

3.1.4.2. Aditivo Cicatrizante

Para este trabalho foram utilizados dois tipos de catalizadores cristalinos. Estes catalizadores foram utilizados separadamente, sendo cada um para uma composição de argamassa.

As respectivas propriedades físicas-químicas estão indicadas no Quadro 7 os dados foram retirados das respectivas fichas técnicas dos fabricantes.

Quadro 7 – Propriedades do aditivo cicatrizante Características

Material Cristalizante "A" Cristalizante "B"

Densidade 1,02 g/cm³ 1,45 g/cm³

Estado Pó Pó

Cor Cinza Cinza

Fonte: Adaptado do rótulo do fabricante (2019)

Ambos os aditivos cristalizantes são comercializados no mercado brasileiro e, de acordo com as respectivas fichas técnicas e com o embasamento de trabalhos realizados por terceiros (TAKAGI, 2013), foi adotada a proporção de 2,0% do material em relação a massa do cimento.

Os aditivos cristalizantes apresentam características físicas semelhantes, com coloração acinzentada e são disponibilizados em pó, conforme verifica-se na Figura 10.

Figura 10 – Aditivos Cristalizantes Fonte: Os autores (2019)

3.1.5. Barra de aço

Para possibilitar o ensaio de pré-carga e consequentemente formar as fissuras, sem romper ou comprometer a integridade dos corpos de prova prismáticos, adicionou-se uma barra de aço CA-50 em cada corpo de prova.

Foram moldados inicialmente corpos de prova com o traço padrão de 1:3 (cimento:areia natural), mas com barras de aço de 4,2 mm. Como o mesmo não atendeu as necessidades no ensaio de pré-carga, optou-se por uma segunda opção, uma bitola maior da barra de aço. Adotando-se então, um segundo teste, com a bitola de 5,0 mm para compor os corpos de prova.

Os corpos de prova compostos com as barras de aço de 5 mm apresentaram um resultado satisfatório no ensaio de pré-carga, ou seja, fora aplicada a carga e ocorreu a formação de fissuras, mas sem comprometer a integridade do corpo de prova. Desta forma, as barras de aço adotadas foram as com diâmetro de 5 mm, com um comprimento próximo a 15 cm, conforme indicado na Figura 11.

Figura 11 – Barras de aço Fonte: Os autores (2019)

Na Figura 11 também são apresentados os espaçadores utilizados para suporte da barra de aço. Foram utilizados espaçadores de concreto de 15 mm, para que a barra ficasse posicionada abaixo da linha neutra, no sentido do ensaio de flexão. Desta forma a barra contribuiria para manter a integridade dos corpos de prova que apresentam seção transversal de 40 mm x 40 mm.

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