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vencimento, e deduzindo o montante contabilizado na data da atual apuração destas demonstrações contábeis, conforme a tabela abaixo:

R$ mil

A Companhia, em decorrência da variação dos índices projetados, teria um decréscimo na saída de caixa de R$ 1.727 mil no cenário provável, e um acréscimo de R$ 11.355 mil no cenário possível e R$ 24.606 mil no cenário remoto,

comparativamente ao fluxo contabilizado no curto prazo.

Com base na posição patrimonial e no valor nocional dos instrumentos financeiros em aberto em 31.12.2014, a Companhia adotando cenários de variações, estimou que os efeitos em 31.12.2015 seriam próximos aos indicados nas colunas cenários projetados no quadro a seguir:

R$ mil

b. Risco de Taxa de Câmbio

O endividamento e o resultado das operações da Companhia são afetados significativamente pelo fator de risco de mercado de taxa de câmbio (dólar norte-americano). Em 31 de dezembro de 2014, o saldo total da conta de empréstimos e financiamentos, incluindo encargos incorridos até a data, montava a R$ 712.029 mil (R$ 762.923 mil em 31.12.2013) referentes a captações em moeda estrangeira, exclusivamente dólar norte-americano.

Análise de sensibilidade do Risco de Taxa de Câmbio

A CESP considera que o risco de estar passiva em moeda estrangeira é a elevação da cotação do dólar-norte americano (PTAX) na data do vencimento de cada parcela dos contratos de empréstimos e financiamentos captados em moeda estrangeira, que impactam as despesas financeiras do exercício.

Em atendimento ao disposto na instrução CVM nº 475/08, e conforme sugerido pelo CPC 40 e IFRS 7, para determinação dos efeitos da variação desfavorável nas taxas de câmbio, a Companhia adotou os cenários de variações negativas mínimas definidas pela referida instrução e equivalentes a 25% e 50% sobre as respectivas taxas de câmbio utilizadas na determinação dos cenários provável, possível e remoto:

O resultado desta análise reflete o somatório nominal do acréscimo em reais na saída de caixa no curto prazo (janeiro a dezembro/2015), com base no serviço da dívida a pagar, incluindo a apropriação de juros até a data de cada vencimento, deduzindo o montante contabilizado no curto prazo da atual demonstração contábil, conforme a tabela abaixo:

R$ mil

A Companhia teria em decorrência da variação cambial projetada, um decréscimo na saída de caixa no período de janeiro a dezembro/2015 de R$ 3.470 mil no cenário provável, de R$ 47.162 mil no cenário possível e de R$ 90.855 mil no cenário remoto.

Com base na posição patrimonial e no valor nocional dos instrumentos financeiros em aberto em 31.12.2014, a Companhia, adotando cenários de variações, estimou que os efeitos em 31.12.2015 seriam próximos aos indicados nas colunas cenários projetados no quadro a seguir:

R$ mil

c. Risco de Preço

De acordo com a legislação em vigor, as concessionárias distribuidoras de energia elétrica devem estabelecer contratos de compra de energia elétrica apenas no Ambiente de Contratação Regulada, através de leilões públicos de energia, e os consumidores livres, comercializadores e geradores devem contratar com a Companhia apenas no Ambiente de Contratação Livre, através de contratos bilaterais livremente negociados. Desse modo, não é possível prever o preço pelo qual a Companhia poderá contratar sua energia e nem se conseguirá contratar toda a sua garantia física no longo prazo após o término dos Contratos de Venda de Energia vigentes.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

(entre 2004 e 2005), com preços entre R$ 62,10 a R$ 93,43 por MWh, atualizáveis anualmente, e dos leilões de energia de Novos Empreendimentos (entre 2005 e 2006), com preços entre R$ 116,00 e R$ 124,97 por MWh, atualizáveis anualmente. Como os contratos decorrentes do 1º Leilão de Energia Existente (1.998 MW médios) têm seus vencimentos entre 2012 e 2014, o risco seria não obter preços adequados aos objetivos da Companhia, nos próximos leilões que vierem a ocorrer. A Empresa, porém, participou de novo leilão de energia existente, realizado em 2013, cujos contratos têm vencimentos ao final de 2014 (400 MW médios) e no final do 1º semestre de dezembro de 2015 (98 MW médios), com preços de R$ 191,60 e R$ 165,20 por MWh, respectivamente. Caso a Companhia não consiga contratar a totalidade de sua garantia física ou não consiga contratar a preços adequados, isso poderá impactar seus resultados operacionais, bem como sua geração de fluxo de caixa futuro, sujeitando a Companhia à volatilidade do PLD – Preço de Liquidação das Diferenças, calculado pela CCEE.

A ANEEL homologa anualmente os preços mínimos e máximos de PLD válidos para o exercício, que em função da crise hídrica tem apresentado grande volatilidade:

R$/MWh

Resolução Homologatória Inicio de

Vigência Mínimo Máximo

Homologatória nº 1.667, de 10/12/2013 01/01/2014 15,62 822,83

Homologatória nº 1.832 de 25/11/2014 01/01/2015 30,26 388,48

d. A geração de energia elétrica pela Companhia depende de condições hidrológicas favoráveis.

Três das principais usinas hidrelétricas da Companhia, que representam 98% da garantia física para venda, concentram- se na área de influência da bacia do rio Paraná, região oeste do Estado de São Paulo. A UHE de Ilha Solteira opera com reservatório de acumulação, enquanto os reservatórios da UHE Engº Souza Dias ( Jupiá) e UHE Engº Sérgio Motta (Porto Primavera) operam a fio d’água.

Riscos de escassez de água por condições pluviométricas são cíclicos, de ocorrência eventual. Situações hidrológicas desfavoráveis localizadas são cobertas pelo Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, um instrumento de compartilhamento de risco hidrológico que o Setor Elétrico Brasileiro dispõe e que permite ao Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS buscar a otimização dos recursos hidrelétricos através do despacho por usina, de modo que insuficiências temporárias de cada agente gerador do sistema são cobertas por geração de outros geradores, com custo adicional a uma Tarifa de Energia de Otimização – TEO:

Resolução Homologatória Inicio de

Vigência R$/MWh

Homologatória nº 1.404, de 18/12/2012 01/01/2013 10,01 Homologatória nº 1.658, de 26/11/2013 01/01/2014 10,54

Homologatória nº 1.840, de 09/12/2014 01/01/2015 11,25

A escassez de água em todo o sistema hidrelétrico brasileiro limitará a capacidade de geração de energia hidrelétrica no país. Isto poderá ter impacto negativo sobre os resultados da Companhia e sua condição financeira, bem como na sua geração de fluxo de caixa futuro.

e. A Companhia poderá ter de adquirir energia de curto prazo para cumprir contratos de venda.

Eventualmente, a Companhia poderá adquirir energia de curto prazo para cumprir suas obrigações contratuais de fornecimento de energia e para equilibrar as diferenças entre o lastro físico (garantia física) e a energia contratada, que

são contabilizadas e liquidadas na CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Caso a Companhia venha a adquirir energia de curto prazo, estará sujeita à variação de preços desse mercado, que é mais volátil do que nos ambientes de contratação regulado ou livre. Desse modo, caso a Companhia tenha de contratar energia de curto prazo, poderá causar impacto negativo em seus resultados e em sua condição financeira, bem como na sua geração de fluxo de caixa futuro.

f. Participação no rateio do custo de despacho térmico adicional por motivo de segurança energética.

O Conselho Nacional de Política Energética- CNPE, através da Resolução Nº 3, de 6 de Março de 2013, definiu que parte do custo de despacho adicional de usinas térmicas por razão de segurança energética, decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), deverá ser rateado entre todos os agentes de mercado, mediante processo de contabilização e liquidação da CCEE. A cobrança será feita mediante Encargo de Serviços do Sistema por motivo de segurança energética, conforme o disposto no art. 59 do Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004. Porém, as associações representativas das empresas do setor elétrico impetraram liminares que suspenderam os artigos da Resolução relacionados ao tema. A CESP faz parte de uma dessas associações. Caso as liminares sejam revertidas, a Companhia e todos os demais agentes que as obtiveram serão impactados pelos valores acumulados durante a suspensão judicial. De qualquer forma, a participação neste rateio poderá causar impacto negativo nos resultados da Companhia, bem como na sua geração de fluxo de caixa futuro.

g. Riscos Regulatórios do Mercado de Energia

Na ocorrência de condições hidrológicas desfavoráveis poderá haver impacto nos atuais níveis dos reservatórios. Assim, existe a possibilidade de implantação de medidas necessárias à manutenção do abastecimento de energia elétrica do país, tais como: racionamento ou racionalização do consumo de energia elétrica. Tais medidas poderão causar impacto negativo nos resultados da Companhia e em sua condição financeira, bem como na sua geração de fluxo de caixa futuro.

h. Risco de Regulamentação Ambiental

As atividades, instalações e equipamentos da Companhia estão sujeitos a diversas leis e regulamentos federais, estaduais e municipais, bem como a diversas exigências de funcionamento relacionadas à proteção do meio ambiente. Leis ou regulamentos adicionais mais rigorosos poderão ser aprovados e a aplicação, assim como a interpretação da legislação vigente, poderá se tornar mais severa. Além disso, os órgãos ambientais poderão fazer exigências adicionais com relação às operações, com a obrigação de despender mais recursos relacionados a questões ambientais, com impacto no resultado. A partir dessas novas interpretações a Companhia eventualmente poderá sofrer penalidades com relação ao meio ambiente.

i. Risco de Crédito

O risco surge da possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Este risco é avaliado pela Companhia como baixo, tendo em vista: (1) para recebíveis decorrentes da receita de suprimento – o concentrado número de seus clientes, a existência de garantias contratuais, o fato de serem concessionárias de serviços públicos de distribuição de energia sob fiscalização federal, inclusive sujeitas à intervenção da concessão, e por não haver histórico de perdas significativas na realização de seus recebíveis; (2) para recebíveis decorrentes da receita de fornecimento – o concentrado número e o porte empresarial de seus clientes, a análise prévia de crédito e a existência de garantias contratuais de no mínimo dois meses de faturamento; (3) nas operações liquidadas no CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, cujas eventuais inadimplências serão rateadas a todos os participantes da câmara.

5.1 - Descrição dos principais riscos de mercado

j. Risco de Liquidação Antecipada de Dívidas

A Companhia possui contratos de empréstimos, financiamentos e FIDCs, com cláusulas restritivas (covenants)

normalmente aplicáveis a esses tipos de operação, relacionadas ao atendimento de índices econômico-financeiros, geração de caixa e outros atos corporativos. Essas cláusulas restritivas são monitoradas continuamente e não limitam a capacidade de condução do curso normal das operações. Porém, se não cumpridas podem acarretar o vencimento antecipado dessas operações.

a. riscos para os quais se busca proteção

Os principais riscos do mercado financeiro para o qual a Companhia buscaria proteção seriam: uma eventual oscilação da Taxa de Câmbio (dólar americano) cuja indexação representa 25,6% da dívida financeira ao final de 2014; oscilação da Taxa do CDI, representando 20,1% (FIDC) da dívida financeira; e oscilação do IPC-A, cuja indexação responde por 35,2% da dívida financeira ao final de 2014.

Para as dívidas indexadas em IPCA, a Companhia possui um “hedge natural”, pois os Contratos de Venda de Energia decorrentes dos Leilões têm seus preços indexados a este índice. Para os outros dois riscos a Companhia não tem realizado operações de proteção. Entretanto, sempre que possível, adquire antecipadamente moeda estrangeira para utilizar na liquidação de compromissos futuros.

b. Estratégia de proteção patrimonial (hedge)

Uma vez identificados os principais riscos de mercado, a Companhia estará buscando instrumentos adequados para mitigá-los. Alguns fatores sempre estarão presentes nesta decisão. São eles: monitoramento contínuo das condições de mercado com o objetivo de avaliar a oportunidade de substituição da modalidade de suas dívidas; as próprias condições de liquidez do mercado e da Companhia; o cenário do mercado interno e externo; e os custos das operações de proteção. A Companhia não se utilizou de instrumentos financeiros derivativos, para fazer hedge contra os riscos de câmbio, de taxa de juros e de inflação neste exercício.

A Companhia tem procurado reduzir sua exposição nas operações em moeda estrangeira, quitando ou substituindo-as por operações em moeda local. O montante da dívida em moeda estrangeira foi reduzido em 6,7%, comparando-se o final do exercício de 2013 com o de 2014.

c. Instrumentos utilizados para proteção patrimonial (hedge)

A Companhia poderá vir a utilizar os instrumentos SWAP e contratos a termo para proteção das dívidas indexadas e com taxas flutuantes e contra o risco de cambio, mas não os tem utilizado nos últimos exercícios.

Não foram utilizados instrumentos financeiros para a realização de hedge no exercício de 2014.

d. Parâmetros utilizados para o gerenciamento desses riscos

A Companhia monitora continuamente as condições de mercado, para minimizar os impactos desses riscos em seus resultados. Realiza periodicamente análises de sensibilidade nos diversos indexadores que utiliza em suas transações e mede o impacto em seus resultados, classificando os cenários como provável, possível e remoto.

e. Se o emissor opera instrumentos financeiros com objetivos diversos de proteção patrimonial (hedge) e quais são esses objetivos

A Companhia não realizou nenhuma operação de hedge neste exercício (2014) e não tem nenhuma operação vigente desta natureza. Entretanto, realizou operações de swap nos exercícios de 2007 e 2008, cujo objetivo foi mudar o indexador, de dólar para CDI, de uma parcela de sua dívida financeira.

f. Estrutura organizacional de controle de gerenciamento de riscos

A Companhia implantou estrutura para gerenciamento de riscos corporativos, baseado nos princípios COSO II - ERM, sendo composta pelos seguintes agentes: