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Descrição, quantitativa e qualitativamente, dos principais riscos de mercado a que a Companhia está exposta, inclusive em relação a riscos cambiais e a taxas de juros

e relevantes em conjunto Cíveis – Ações Civis Públicas 

5.1  Descrição, quantitativa e qualitativamente, dos principais riscos de mercado a que a Companhia está exposta, inclusive em relação a riscos cambiais e a taxas de juros

1º.  O  Governo  Federal  e  outras  entidades  da  administração  pública  têm  exercido  influência  significativa  sobre  a  economia  brasileira.  Condições  políticas  e  econômicas  no  Brasil  podem  influenciar adversamente as atividades da Companhia. 

O  Governo  Federal  intervém  frequentemente  na  economia  brasileira  e  ocasionalmente  realiza  mudanças significativas na política e regulamentação econômica. As ações do Governo Federal para  controlar  a  inflação  e  dar  efeito  a  outras  políticas  incluem  controle  sobre  preços  e  salários,  desvalorizações da moeda, controles sobre o fluxo de capital e limites nas importações, entre outras  medidas. Os negócios, condições financeiras e os resultados das operações da Companhia poderão  ser  adversamente  afetados  por  mudanças  de  políticas  públicas,  sejam  elas  executadas  em  âmbito  federal, estadual ou municipal, referentes às tarifas públicas e controles sobre o câmbio, bem como  por outros fatores, tais como: 

 Instabilidade econômica e social;   Flutuações cambiais; 

 Expansão  ou  contração  da  economia  brasileira,  de  acordo  com  as  taxas  de  crescimento  do  Produto Interno Bruto (PIB);   Inflação;   Taxas de juros;   Liquidez do mercado doméstico financeiro e de capitais;   Política fiscal, monetária e alteração da legislação tributária; e   Outros desenvolvimentos políticos, sociais e econômicos no Brasil ou que afetem o Brasil.  A  futura  evolução  da  economia  brasileira,  assim  como  das  políticas  do  Governo  Federal  poderá  afetar  adversamente  os  negócios  da  Companhia  e  os  seus  resultados.  Como  esse  é  um  risco  genérico,  que  impacta  nos  riscos  individuais  que  estão  elencados  na  sequência,  a  mensuração  quantitativa está mencionada, quando for o caso, em cada um dos riscos apresentados a seguir.  2º. A deterioração das condições políticas, econômicas e de mercado em outros países pode afetar  negativamente a economia brasileira e os negócios da Companhia.  A economia brasileira e as companhias brasileiras têm sido, em diferentes intensidades, impactadas  pelas condições políticas, econômicas e de mercado de outros países, bem como pelas reações dos  investidores com relação a essas condições. A oferta de crédito a empresas brasileiras é influenciada  pelas  condições  econômicas  e  de  mercado  no  Brasil  e,  em  graus  variáveis,  pelas  condições  de  mercado de outros países, principalmente das economias emergentes. 

Acontecimentos ou condições de outros países já afetaram significativamente a disponibilidade de  crédito na economia brasileira e resultaram em consideráveis saídas de recursos e queda no volume  de investimentos estrangeiros no Brasil. 

Não  há  como  garantir  que  acontecimentos  em  outros  países,  bem  como  as  medidas  a  serem  adotadas  pelos  governos  desses  países  não  afetarão  a  oferta  de  crédito  no  mercado  local  e  internacional de modo adverso, causando efeitos negativos na economia brasileira e nos resultados  da Companhia.  

Considerando  que  a  Companhia  atua  em  setor  que  exige  investimentos  significativos,  caso  o  seu  acesso  ao  mercado  de  capitais  e  de  crédito  seja  limitado,  a  Companhia  poderá  enfrentar  dificuldades para cumprir seu plano de investimentos e manter sua parcela de mercado, afetando  de forma negativa suas projeções de resultados e condição financeira.  

Os  investimentos  previstos  para  os  próximos  anos,  informados  durante  o  primeiro  trimestre  de  2013, encontram‐se demonstrados no quadro abaixo: 

Em R$ milhões  2013 2014 2015 

Financiado com dívida  153 ‐ ‐ 

Financiado com capital próprio  543 749 230 

Total  696 749 230 

Além  dos  valores  acima,  novos  investimentos  em  expansão  da  capacidade  geradora  em  projetos  ainda não aprovados poderiam ser afetados. 

3º  O  impacto  de  uma  potencial  falta  de  eletricidade  e  o  consequente  racionamento  de  energia  elétrica poderá ter um efeito adverso sobre os negócios e resultados operacionais da Companhia.  A energia hidrelétrica é a maior fonte de eletricidade no Brasil, representando atualmente cerca de  75% da capacidade disponível no Sistema Integrado Nacional.  O setor elétrico é vulnerável a fatores naturais, como enchentes e escassez de chuvas, que afetam a  capacidade geradora de energia, e às restrições do sistema interligado de transmissão de energia no  País, que impedem o maior aproveitamento do potencial de geração de energia brasileiro.  A baixa média pluviométrica nos anos imediatamente anteriores a 2001, aliada à falta de expansão  da  capacidade  instalada  do  Sistema  Integrado  Nacional  em  particular  devido  a  entraves  legais  e  regulatórios verificados no programa de expansão da capacidade termelétrica, não compatíveis com  os  aumentos  na  demanda  que  se  verificavam,  resultaram  na  redução  acentuada  dos  níveis  dos 

Diante  dessa  condição  adversa,  em  15.05.2001,  o  Governo  Federal  implantou  um  programa  de  redução  do  consumo  de  energia,  que  ficou  conhecido  como  Programa  de  Racionamento.  O  Programa  de  Racionamento  estabeleceu  índices  de  redução  de  consumo  de  energia  para  Consumidores Livres, comerciais e residenciais, que variavam de 15% a 25%, e durou de junho de  2001 a fevereiro de 2002. Caso o Brasil passe por mais um período de potencial ou efetiva escassez  de  energia  elétrica,  o  Governo  Federal  poderá  ativar  políticas  e  medidas  que  poderão  ter  efeito  substancial  e  adverso  na  condução  dos  negócios,  nos  resultados  operacionais  e  na  condição  financeira  da  Companhia,  bem  como  no  valor  de  mercado  dos  valores  mobiliários  emitidos  pela  Companhia.  

Embora  os  reflexos,  na  Companhia,  de  um  racionamento  sejam  virtualmente  impossíveis  de  se  calcular, principalmente pelos efeitos adversos adicionais que causam no crescimento econômico do  país,  a  título  de  sensibilidade  foi  simulada  uma  redução  de  10%  na  energia  assegurada  e,  consequentemente, nas vendas contratadas da Companhia para o ano de 2012. Como resultado do  cálculo, o impacto poderia significar redução na receita líquida de venda anual de cerca de R$ 540  milhões.  Neste  valor  não  foram  considerados  eventuais  efeitos  de  redução  dos  custos  e  despesas  operacionais.  

4º O crescimento da Companhia por meio de licitações pode ser adversamente afetado por futuras  ações  governamentais  ou  políticas  relacionadas  a  concessões  de  usinas  de  geração  de  energia  no  Brasil. 

Em seus editais, o Poder Concedente impõe certos requisitos a todos os participantes de licitações  para  novas  concessões,  incluindo  indicadores  da  estabilidade  financeira  do  participante  e/ou  de  seus acionistas. A Companhia não pode assegurar que será capaz de satisfazer todos os requisitos  necessários  para  adquirir  novas  concessões  ou  participar  de  novos  processos  licitatórios.  As  concessões  de  uso  de  bem  público,  como  é  o  caso  das  usinas  hidrelétricas,  podem  estar  sujeitas  a  níveis  variados  de  sensibilidade  política.  As  regras  para  a  licitação  de  concessões  de  usinas  de  geração estão sujeitas à alteração, tanto no âmbito federal quanto estadual. A Companhia não pode  assegurar  que  os  processos  licitatórios  relativos  a  novas  usinas  de  geração  de  energia  irão  de  fato  ocorrer. Caso referidos processos licitatórios não venham a ocorrer, venham a ser insignificantes ou  venham a ser em termos que não sejam economicamente viáveis ou atrativos para a Companhia e o  Acionista  Controlador,  a  expansão  e  diversificação  do  atual  Parque  Gerador  poderão  ser  comprometidos de maneira adversa. 

Este  risco  não  produz  efeito  nos  valores  reportados  atualmente  pela  Companhia,  uma  vez  que  a  mesma não incorpora em suas informações dados relativos a eventuais projetos futuros. O referido  risco diz respeito apenas à possibilidade, ou não, da expansão e diversificação futura dos negócios  da Companhia.  

5º Novas regras para a venda de energia elétrica e condições de mercado poderão, no futuro, afetar  os preços de venda de energia elétrica praticados pela Companhia. 

Até  31.12.2012,  a  Companhia  havia  vendido  541  MW  médios  de  energia  nos  leilões  de  energia  existente  do  Ambiente  de  Contratação  Regulada  (ACR).  A  partir  de  2015,  com  o  início  da  descontratação  dos  volumes  atuais,  a  Companhia  poderá  redirecionar  o  volume  de  venda  de  energia do ACR.  

A legislação em vigor permite que as distribuidoras que venham a contratar com a Companhia nos  leilões de energia existente do ACR reduzam suas quantidades contratadas até o limite de 4%, sem  qualquer ônus, expondo a Companhia ao risco de não contratar o respectivo volume reduzido nas  mesmas condições com outro cliente ou a preços adequados. Ademais, é possível que haja redução  da  energia  contratada  com  a  Companhia  devido  à  saída  de  potenciais  consumidores  livres  das  distribuidoras. Se a Companhia não puder contratar a capacidade excedente com preços adequados  poderá  ter  um  efeito  material  adverso  na  condução  dos  seus  negócios,  e  sua  receita  e  seus  resultados  operacionais  poderão  ser  afetados  negativamente  no  futuro,  bem  como  o  valor  de  mercado dos valores mobiliários emitidos pela Companhia.  

A  título  de  informação,  estão  demonstrados  abaixo  os  patamares  de  energia  descontratada,  em  31.12.2012, no curto e médio prazo, que estão sujeitos às variações dos preços no mercado:  Ano  MW  médio    2013  66  2%  2014  51  1%  2015  448  12%  2016  1.006  26%  2017  1.540  40%  2018  1.939  50%    6º A inflação e certas medidas do Governo Federal para combatê‐la podem afetar adversamente a  economia brasileira e o mercado brasileiro de valores mobiliários, bem como a condução dos  negócios da Companhia. 

O  Brasil  apresenta  um  histórico  de  altos  índices  de  inflação.  Nos  anos  de  2012,  2011,  e  2010  os  índices  de  inflação  foram  de  5,84%,  5,91%  e  6,50%,  respectivamente,  de  acordo  com  o  Índice  de 

A elevação das taxas de juros tem como resultado o aumento dos custos e pagamentos do serviço  da  dívida  da  Companhia.  Neste  caso,  os  negócios  da  Companhia,  suas  condições  financeiras  e  o  resultado  de  suas  operações  poderão  ser  afetados  negativamente  em  consequência  de  maiores  despesas financeiras. 

Medidas  do  Governo  Federal  para  o  combate  da  inflação,  combinadas  com  a  especulação  sobre  possíveis  medidas  governamentais  futuras,  podem  contribuir  para  incertezas  na  economia  brasileira  e  para  aumentar  a  volatilidade  no  mercado  de  capitais  brasileiro.  Ações  futuras  do  Governo  Federal,  incluindo  definição  das  taxas  de  juros  ou  intervenções  no  mercado  de  câmbio  para  ajustar  ou  recuperar  o  valor  do  real,  poderão  ter  efeitos  relevantes  e  adversos  na  economia  brasileira e/ou nos negócios da Companhia.  

Caso  o  Brasil  apresente  altas  taxas  de  inflação  no  futuro,  apesar  da  indexação  dos  contratos  de  venda de energia, há o risco da Companhia não conseguir reajustar os preços dos seus contratos de  compra e venda de energia elétrica para compensar os efeitos da inflação em sua estrutura de custos  operacionais  e/ou  financeiros.  Pressões  inflacionárias  também  podem  afetar  a  capacidade  da  Companhia  de  se  antecipar  a  políticas  governamentais  de  combate  à  inflação  que  possam  causar  danos aos seus negócios.  Em decorrência do histórico de volatilidade dos índices de preço (inflação), a Companhia preparou  uma análise de sensibilidade sobre suas dívidas indexadas a inflação,  com as seguintes premissas  disponíveis no mercado (Fonte: Focus do Banco Central do Brasil):        Sensibilidade  Índices  Variação  2012  Cenário 

provável  Provável  Cenário ∆ 25%  Cenário ∆ 50% 

IPCA  5,84%  5,53%  ‐0,31 p.p.  1,38 p.p.  2,77 p.p. 

IGP‐M  7,82%  5,40%  ‐2,42 p.p.  1,35 p.p.  2,70 p.p. 

A  sensibilidade  provável  foi  calculada  com  base  na  variação  entre  os índices  relativos  a  2012 e  os  previstos no cenário provável. As demais sensibilidades apresentadas foram apuradas com base na  variação de 25% e 50% sobre o cenário provável.   Os efeitos adicionais a serem causados no resultado financeiro consolidado da Companhia, caso os  cenários se materializem, são os seguintes:       Sensibilidade  (Valores em R$ milhões)  Provável  ∆ 25%  ∆ 50%  Debêntures  1 (2) (5)  Concessões a pagar  25 (20) (40)       

7º Alterações nas leis e regulamentos ambientais podem afetar de maneira adversa os negócios das  empresas do setor de energia elétrica, inclusive a Companhia.  

As empresas do setor elétrico, em particular as geradoras, estão sujeitas a uma rigorosa legislação  ambiental  nas  esferas  federal,  estadual  e  municipal  no  tocante,  dentre  outros,  às  emissões  atmosféricas  e  às  intervenções  em  áreas  especialmente  protegidas.  Tais  empresas  necessitam  de  licenças  e  autorizações  de  agências  governamentais  para  a  condução  de  suas  atividades.  Na  hipótese  de  violação  ou  não  cumprimento  de  tais  leis,  regulamentos,  licenças  e  autorizações,  as  empresas  podem  sofrer  sanções  administrativas,  tais  como  multas,  interdição  de  atividades,  cancelamento  de  licenças  e  revogação  de  autorizações,  ou  estarem  sujeitas  a  sanções  criminais  (inclusive seus administradores).  

O Ministério Público poderá instaurar inquérito civil e/ou desde logo promover ação civil pública  visando  o  ressarcimento  de  eventuais  danos  ao  meio  ambiente  e  terceiros.  As  agências  governamentais ou outras autoridades podem também editar novas regras mais rigorosas ou buscar  interpretações  mais  restritivas  das  leis  e  regulamentos  existentes,  que  podem  obrigar  as  empresas  do  setor  de  energia  elétrica,  incluindo  a  Companhia,  a  gastar  recursos  adicionais  na  adequação  ambiental,  inclusive  obtenção  de  licenças  ambientais  para  instalações  e  equipamentos  que  não  necessitavam  anteriormente  dessas  licenças  ambientais.  As  agências  governamentais  ou  outras  autoridades  podem,  ainda,  atrasar  de  maneira  significativa  a  emissão  das  licenças  e  autorizações  necessárias  para  o  desenvolvimento  dos  negócios  de  empresas  do  setor  elétrico,  inclusive  da  Companhia,  causando  atrasos  em  cronogramas  de  implantação  de  projetos  e  gerando,  consequentemente, efeitos adversos nos negócios e resultados da Companhia.  

Qualquer  ação  neste  sentido  por  parte  das  agências  governamentais  poderá  afetar  de  maneira  negativa  os  negócios  do  setor  de  energia  elétrica  e  ter  um  efeito  adverso  para  os  negócios  e  resultados da Companhia.  

A  título  de  sensibilidade,  foram  estimadas  as  implicações  da  adoção  de  novos  impostos  ou  contribuições  da  ordem  de  1%  da  Receita  Líquida  de  Vendas  da  Companhia  para  cobrir  compensações ambientais. Tomando‐se por base a receita de 2012 poderia haver um aumento nos  custos anuais da ordem de R$ 49 milhões.  

A Companhia tem provisionado o valor de R$ 8 milhões, relativo a 13 (treze) ações civis públicas  ambientais, classificadas como riscos prováveis. Os objetos dessas ações estão divididos da seguinte  forma: (i) três ações cujo objeto versa sobre a implantação de eclusa, escada para peixes e “destoca” 

Em  duas  das  oito  ações  relativas  à  implantação  de  APP  foram  proferidas  decisões,  às  quais  condenam a Companhia a apresentar projeto de reflorestamento e implantar APP de 100 metros no  entorno do reservatório da UHE Salto Santiago. A Companhia recorre dessas decisões. As demais  ações prosseguem seus trâmites normais na justiça.  

8º  Alterações  na  legislação  tributária  do  Brasil  poderão  afetar  adversamente  os  resultados  operacionais da Companhia. 

O Governo Federal pode realizar alterações no regime fiscal que poderão afetar os participantes do  mercado de energia, a Companhia, as distribuidoras e os consumidores industriais. Essas alterações  podem incluir mudanças nas alíquotas e, ocasionalmente, a cobrança de tributos temporários, cuja  arrecadação  é  associada  a  determinados  propósitos  governamentais  específicos.  Algumas  dessas  medidas, se tomadas, poderão resultar em aumento da carga tributária da Companhia, que poderá,  por sua vez, influenciar sua lucratividade e afetar adversamente os preços de sua energia vendida e  de seu resultado. Não há garantias de que a Companhia será capaz de manter seus preços, o fluxo  de  caixa  projetado  ou  a  sua  lucratividade  se  ocorrerem  alterações  significativas  nos  tributos  aplicáveis às suas operações e ao mercado de energia elétrica. 

A  título  de  sensibilidade,  foram  estimadas  as  implicações  da  adoção  de  novos  impostos  ou  contribuições da ordem de 2% sobre a Receita Líquida de Vendas da Companhia. Tomando‐se por  base  a  receita  do  ano  de  2012  poderia  haver  um  aumento  nos  tributos  anuais  da  ordem  de  R$  98  milhões,  com  impacto  de  R$  64  milhões  no  resultado,  líquido  dos  efeitos  de  imposto  de  renda  e  contribuição social. 

9º Crescimento da concorrência no segmento de Consumidores Livres. 

Geradoras  e  comercializadoras  concorrem  diretamente  entre  si  no  segmento  de  fornecimento  de  energia  elétrica  a  consumidores  livres.  Essa  concorrência  poderá  dificultar  o  crescimento  e/ou  a  renovação  de  contratos  existentes  da  Companhia  no  mercado  de  venda  de  energia  para  consumidores  livres  e,  consequentemente,  suas  receitas,  resultados  operacionais  e  capacidade  de  pagamento poderão ser adversamente afetados.   A comercialização de energia com consumidores livres representou 28% da receita líquida total de  vendas da Companhia de 2012 e 2011 e de 20% sobre a receita de 2010. Em termos de valores, essa  receita líquida representou R$ 1.399 milhões, R$ 1.209 milhões e R$ 817  milhões na mesma ordem  de anos apresentada acima.      

10º Oscilações do valor do real frente ao valor do dólar norte americano (dólar) e de outras moedas  podem afetar negativamente a capacidade de pagamento da Companhia.   Em 31.12.2012, a Companhia possuía uma dívida total consolidada em moeda estrangeira de R$ 216  milhões, sendo 48% denominados em dólar e 52% em euros. A Companhia não possui hedge para  cobertura dessa dívida em moeda estrangeira.   Adicionalmente, alguns dos custos da Companhia, associados principalmente à aquisição de parte  dos  equipamentos  e  tecnologia  relacionados  ao  seu  Parque  Gerador,  estão  vinculados  à  moeda  estrangeira. A desvalorização do valor do real em relação ao dólar aumentará o serviço de dívida da  Companhia e encarecerá os custos de parte da importação da tecnologia e dos bens necessários para  a  operação  de  seus  negócios,  com  um  consequente  efeito  adverso  sobre  seus  resultados  e  sua  condição financeira. 

Além  disso,  a  desvalorização  acentuada  do  real  em  relação  ao  dólar  poderá  gerar  inflação  e  medidas governamentais para combater eventuais surtos inflacionários, entre os quais a elevação da  taxa básica de juros. Tais medidas podem gerar efeitos relevantes e adversos na economia brasileira  e/ou nos negócios da Companhia.   A Companhia preparou uma análise de sensibilidade sobre as dívidas em moeda estrangeira, com  base nas seguintes premissas disponíveis no mercado (Fonte: Focus do Banco Central do Brasil):      Cenário  Cenários 

Cotação das moedas  31.12.2012  provável  Provável  ∆ 25%  ∆ 50% 

Dólar  2,04  +2,45%  2,09  2,61  3,14 

Euro  2,70  +2,22%  2,76  3,45  4,14 

A  sensibilidade  foi  calculada  da  mesma  forma  anteriormente  mencionada.  Os  efeitos  adicionais  a  serem  causados  no  resultado  financeiro  consolidado  da  Companhia,  caso  os  cenários  se  materializem, são os seguintes:       Sensibilidade  (Valores em R$ milhões)  Provável  ∆ 25%  ∆ 50%          Dólar  (2) (26) (52)  Euro  (3) (28) (56)   

11º Efeitos das flutuações das taxas de juros. 

A elevação das taxas básicas de juros estabelecidas pelo Banco Central do Brasil poderá ter impacto  negativo  no  resultado  da  Companhia,  na  medida  em  que  pode  inibir  o  crescimento  econômico  e,  consequentemente,  a  demanda  por  energia,  e  também  porque  suas  atividades  exigem  intensos  investimentos  de  capital.  Tais  investimentos  são,  em  sua  maioria,  financiados  com  recursos  de  terceiros e remunerados com taxas de juros pós‐fixadas.  

Diante desse cenário, não há garantia de que serão concedidos financiamentos à Companhia e nem  de que os custos de eventual financiamento serão satisfatórios. Na hipótese de elevação das taxas de  juros,  haverá  aumento  nos  custos  do  serviço  da  dívida  da  Companhia  e  das  despesas  financeiras  deles  originadas,  o  que  poderá  causar  impacto  negativo  nos  negócios  da  Companhia,  na  sua  condição financeira e nos resultados de suas operações. 

A  Companhia  preparou  uma  análise  de  sensibilidade  sobre  os  empréstimos,  financiamentos,  debêntures,  com  base  nas  seguintes  premissas  disponíveis  no  mercado  (Fonte:  Focus  do  Banco  Central do Brasil):        Cenários  Variação dos índices  Variação  31.12.2012  Cenário  provável  Provável  ∆ 25%  ∆ 50%  CDI  6,90%  7,25% + 0,35 p.p. 1,81 p.p.  3,63 p.p. TJLP  5,50%  5,00% ‐ 0,50 p.p. 1,25 p.p.  2,50 p.p.

O  cálculo  da  sensibilidade  foi  preparado  do  mesmo  modo  anteriormente  citado.  Os  impactos  adicionais  que  seriam  causados  no  resultado  financeiro  consolidado  da  Companhia,  caso  os  cenários se concretizem, são os seguintes:       Sensibilidade  (Valores em R$ milhões)  Provável  ∆ 25%  ∆ 50%          CDI  (1) (6) (13) TJLP  12 (29) (59)  

A  Companhia  possui  seu  disponível  alocado  em  um  Fundo  de  Investimento  Exclusivo  de  Renda  Fixa (“Fundo”), o qual possui em sua política a alocação de seu patrimônio em ativos de baixíssimo  risco.  Em  31.12.2012  o  “Fundo”  possuía  100%  de  sua  carteira  em  ativos  com  risco  de  crédito  do  governo brasileiro, todos de liquidez diária e pós‐fixados, atrelados à variação da Selic.  

De  acordo  com  o  planejamento  financeiro  da  Companhia,  tais  recursos  serão  utilizados  no  curto  prazo, reduzindo substancialmente o risco de quaisquer efeitos significativos nos seus rendimentos  em decorrência de uma eventual redução da taxa básica de juros da economia brasileira. 

Quanto  ao  risco  de  taxas  de  juros  flutuantes,  vale  ressaltar  que  a  maior  parte  das  dívidas  da  Companhia está vinculada à TJLP. Esta taxa, apesar de ser considerada uma taxa “flutuante”, vinha  sendo mantida no patamar de 6% há vários anos, o que prestava a esta taxa um caráter quasi‐fixo.  Em julho de 2012, a TJLP foi reduzida para 5,5% com vistas a estimular os investimentos produtivos  e  o  crescimento  da  atividade  econômica  do  País.  A  partir  de  janeiro  de  2013  a  TJLP  foi  reduzida  para 5%. 

12º Movimentos sociais contrários à expansão do parque gerador através da construção de grandes  empreendimentos hidrelétricos podem sujeitar empresas do setor elétrico, inclusive a Companhia, a  interrupções na implantação e / ou operação de suas usinas. 

Movimentos  sociais  organizados,  contrários  à  expansão  do  parque  gerador  brasileiro  através  de  grandes  empreendimentos  hidrelétricos,  podem  interromper  ou  causar  atrasos  significativos  no  curso  da  implantação  e/ou  operação  de  projetos  hidrelétricos,  por  meio  de  reivindicações  de  reassentamento  coletivo  e/ou  individual,  concessão  de  benefícios,  compensações  ou  indenizações,  dentre  outros,  além  dos  planejados  e  esperados  por  empresas  do  setor  elétrico,  inclusive  a  Companhia.  Qualquer  ação  neste  sentido  por  parte  de  tais  movimentos  sociais  poderá  afetar  de