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e relevantes em conjunto Cíveis – Ações Civis Públicas 

5.2  Política de Gerenciamento de riscos de mercado

A política de gerenciamento de riscos de mercado engloba, entre outras ações:  

 Controle  permanente  do  portfólio,  avaliando‐se  o  saldo  disponível  de  energia  para  contratação,  o  controle  do  lastro,  o  nível  dos  preços  praticados  no  mercado,  bem  como  a  evolução do ambiente competitivo; 

 Monitoramento contínuo do equilíbrio estrutural entre oferta e demanda do sistema elétrico  brasileiro,  bem  como  da  expansão  do  parque  gerador  nacional  a  fim  de  antecipar‐se  a  situações que possam impactar a estratégia de comercialização de energia da Companhia;    Diversificação da base de clientes, monitorando o comportamento dos setores industriais dos 

quais os mesmos fazem parte; 

 Acompanhamento  das  alterações  regulatórias  que  tenham  impacto  para  a  Companhia,  mantendo contato permanente com instituições representativas do Setor;  

 Avaliação permanente do cenário econômico e político nacional; 

 Busca por financiamentos em moeda local, salvo se houver receita em moeda estrangeira;   Utilização de índices de reajuste dos contratos de venda de energia idênticos aos de reajuste 

de custos e despesas; e 

 Preferência  por  financiamentos  atrelados  à  TJLP,  quando  possível,  cujas  taxas  são  relativamente estáveis e baixas para estímulo a novos investimentos. 

Além  disso,  a  Companhia  faz  monitoramento  constante  do  seu  parque  gerador,  investindo  na  atualização do mesmo, mantendo as certificações NBR ISO 9.001 ‐ Gestão da Qualidade e 14.001 ‐  Gestão Ambiental, e OHSAS 18001 ‐ Segurança e Saúde Ocupacional. 

No que se refere aos riscos financeiros, a Companhia possui Política de Investimentos e Derivativos  que  tem  por  finalidade  definir  critérios  para  a  aplicação  de  recursos  financeiros  disponíveis  no  mercado financeiro e limites para a utilização de derivativos. 

a.  Riscos para os quais se busca proteção 

A  Companhia  avalia  a  necessidade  e  a  pertinência,  e  conforme  o  caso  busca  proteção  via  contratação  de  seguros  para  cobertura  de  lucros  cessantes  e  indisponibilidade  do  lastro  (garantia  física  das  usinas),  para  as  plantas  próprias  da  Tractebel  Energia  que  apresentem  este  risco.  A 

Riscos operacionais e lucros cessantes  

A  Companhia  é  participante  da  apólice  de  seguro  internacional  de  danos  à  propriedade  e  interrupção de negócios ‐ Property Damaged Business Interruption (PDBI) ‐ do programa de seguros  de sua controladora GDF SUEZ. A vigência do seguro é até 31.05.2013 e o valor da cobertura é de  R$ 14.514 milhões, conforme a seguir demonstrado. 

(Valores em R$ milhões)  Consolidado 

Tipo de usina  Danos materiais    Lucro cessante 

Usinas hidrelétricas  9.595    222

Usinas termelétricas  2.927    974

Usinas complementares (eólicas, biomassa e PCH)  695    101

13.217    1.297

O  limite  máximo  combinado  para  indenização  de  danos  materiais  e  lucros  cessantes  é  de  R$  705  milhões, por evento.  

Riscos de engenharia 

O  Ceste  possui  seguro  de  risco  de  engenharia  para  as  unidades  da  UHE  Estreito  que  ainda  não  haviam  entrado  em  operação  comercial  durante  período  de  negociação  da  apólice  da  Tractebel  Energia.  A  cobertura  total  para  danos  materiais  é  de  R$  2.405  milhões,  correspondente  a  R$  964  milhões quando levando em consideração a participação da Companhia no consórcio. 

Outras coberturas 

A  Companhia  possui  ainda  seguros  para  cobertura  de  riscos  em  transportes  nacionais  e  internacionais, seguro de responsabilidade de conselheiros, diretores e administradores, extensivos  às suas controladas, bem como seguro de vida em grupo para os seus diretores e empregados.   b.  Estratégia de proteção patrimonial (hedge)  A Política de Investimentos e Derivativos da Companhia estabelece o seguinte:    A utilização de derivativos fica restrita à proteção de riscos (hedge), ficando vedadas operações  de alavancagem e vendas a descoberto;   O ativo objeto e seus derivativos devem ter o mesmo fator de risco; 

 As  operações  de  derivativos  de  juros  e/ou  moeda,  quando  utilizadas  para  a  proteção  de  financiamentos  corporativos,  devem  manter  correlação  estreita  quanto  ao  perfil  da  dívida,  volumes e prazos; 

 A  contraparte  em  operações  com  derivativos  deverá  apresentar  um  dos  seguintes  ratings  mínimos: 

 O acompanhamento da evolução do risco das operações com derivativos será realizado pela  Diretoria  Financeira  e  de  Relações  com  Investidores,  com  periodicidade  mínima  mensal  e  subsequente apresentação à Diretoria Executiva. Os casos em que a posição líquida em risco  ultrapassar R$ 20 milhões deverão ser reportados ao Conselho de Administração.  c.  Instrumentos utilizados para proteção patrimonial (hedge)  Em julho de 2011 a Companhia contratou um empréstimo junto ao Bank of America Merrill Lynch  no valor de US$ 274 milhões (equivalentes a R$ 430 milhões). As principais condições contratadas  são as seguintes:   Juros: 2,6236% a.a. fixos;  Vencimento do principal: 20.07.2013, 20.01.2014 e 20.07.2014;  Amortização dos juros: trimestralmente com início em 20.10.2011 e término em 20.07.2014; e  Compromissos contratuais (covenants): EBITDA/despesas financeiras consolidadas > 2,0 e Dívida

consolidada/EBITDA < 3,5.

Fez  parte  da  transação  negociada  com  o  Bank  of  America  Merrill  Lynch  a  contratação  de  uma  operação  de  swap  com  a  sua  subsidiária  brasileira,  para  proteger  a  totalidade  dos  fluxos  de  caixa  futuros contra as oscilações do dólar norte americano, no valor de R$ 430 milhões, através da qual  manterá  uma  posição  ativa  correspondente  à  variação  do  dólar  mais  juros  de  2,6236%  a.a.  e  uma  posição passiva equivalente a 98% do CDI.  

A  instituição  financeira  que  concedeu  o  empréstimo  garante  o  pagamento  de  todos  os  fluxos  de  caixa  decorrentes  da  operação  de  swap  caso  a  sua  subsidiária  brasileira  eventualmente  não  honre  com as obrigações contratadas. O vencimento do principal e a amortização dos juros do empréstimo  e do swap ocorrerão exatamente nas mesmas datas. 

A Companhia dispõe do direito de liquidar o principal e os encargos financeiros do empréstimo e  da operação de swap em base líquida, caso necessário, e fará estas liquidações, simultaneamente, nos  seus respectivos vencimentos. 

Desta  forma,  os  instrumentos  financeiros  e  seus  respectivos  encargos  são  considerados  um  único  instrumento  financeiro  e  estão  sendo  apresentados  em  base  líquida  no  balanço  patrimonial  e  no  resultado  da  Companhia,  refletindo  de  forma  mais  apropriada  os  montantes  e  a  indicação  dos  fluxos  de  caixa  futuros,  bem  como  os  riscos  de  mercado  e  de  liquidez  a  que  estes  fluxos  de  caixa  estarão expostos. 

d.  Parâmetros utilizados para o gerenciamento desses riscos  

A Companhia produz relatório mensal no qual são monitorados diversos riscos financeiros, como:   Análise da posição de caixa e investimentos de curto prazo, onde é informado o percentual 

alocado em risco público (títulos federais, etc.) e privado (CDBs, etc.).  Esse monitoramento é  feito para verificar a adequação à Política de Investimentos e Derivativos; 

 Projeção  da  relação  entre  endividamento  total  e  EBITDA  consolidado  da  Companhia,  principal  compromisso  financeiro  contratual  (covenant)  em  vários  instrumentos  de  dívida,  para mitigar o risco de desenquadramento futuro; 

 Índices  de  desempenho  financeiro  (KPIs  financeiros)  também  constam  do  relatório  para  monitoramento mensal ou trimestral, como os principais índices utilizados pelas agências de  rating  (para  mitigar  o  risco  de  um  rebaixamento  na  nota  de  qualidade  de  crédito  da  Companhia), o prazo médio da dívida e o custo médio da dívida. 

A Companhia também monitora e informa trimestralmente ao mercado o perfil, custo e composição  de seu endividamento (indexadores, moedas, curto versus longo prazo etc.). 

No  que  se  refere  à  administração  do  portfólio  de  energia,  o  monitoramento  dos  riscos  envolve  o  acompanhamento, análise e prospecção das seguintes variáveis: 

 Cronograma de manutenção de usinas e fatores de indisponibilidade apurados;   Estoque de combustíveis; 

 Tarifas das distribuidoras e tarifas dos leilões regulados; 

 Custo  marginal  de  operação,  preço  de  liquidação  das  diferenças,  diferença  de  preços  entre  submercados e margem no mercado de curto prazo; 

 Armazenamento  dos  reservatórios,  energia  natural  afluente,  expansão  da  oferta,  carga  do  sistema, restrições de transmissão; 

 Preços  contratados  pela  Companhia,  volumes  contratados,  flexibilidades  contratuais,  consumo dos clientes, EBTIDA, etc. e, 

 Inadimplência na CCEE, exposição mensal ao PLD e média móvel de apuração de lastro.  Cada  operação  de  venda  é  avaliada,  quanto  à  sua  adequação  à  política  de  comercialização  da  Companhia, em termos de margem, risco de crédito e limites de responsabilidade.  

e.  Se  a  Companhia  opera  instrumentos  financeiros  com  objetivos  diversos  de  proteção  patrimonial (hedge) e quais são esses objetivos 

A Política de Investimentos e Derivativos da Companhia não permite operações com instrumentos  financeiros  diversos  de  proteção  patrimonial,  portanto,  a  Companhia  não  possui  este  tipo  de  instrumento financeiro. 

f.  Estrutura organizacional de controle de gerenciamento de riscos 

Para conduzir com mais eficiência o processo de avaliação de riscos dos seus negócios, a Tractebel  Energia  possui  o  Comitê  de  Gerenciamento  de  Riscos,  a  quem  cabe  promover  internamente  a  conscientização  do  tratamento  do  risco,  definir  metas  e  diretrizes  para  o  seu  gerenciamento,  promover  e  sugerir  melhorias  nos  processos  de  sua  avaliação,  classificá‐los  e  definir  os  procedimentos de seu controle. 

A atuação do Comitê é de abrangência corporativa e tem como foco os riscos empresariais. 

Conforme  organograma  geral  da  Tractebel  Energia  há  sete  Comitês,  todos  coordenados  por  Diretores. Destes, os Comitês: Financeiro, de Energia e de Planejamento Tributário, contribuem para  a análise e gerenciamento do risco de mercado. 

O Comitê Financeiro tem por atribuições:  

 Submeter à Diretoria Executiva a política de aplicações de recursos financeiros, a política de  antecipação  de  pagamentos  a  fornecedores  e  a  política  de  postergações/antecipações  de  recebimento dos créditos (faturas de energia, etc.);   Orientar as aplicações de recursos financeiros;   Aprovar o ʺrankingʺ de bancos com os quais a Companhia irá trabalhar;   Recomendar à Diretoria Executiva a contratação de operações de reestruturação de passivo e  de captação de recursos; e   Identificar riscos de descasamentos nas operações ativas e passivas e, se pertinente, propor à  Diretoria operações hedge.  

O  Comitê  é  composto  pelo  Diretor  Financeiro  e  de  Relações  com  Investidores  (DF),  Gerente  da  Unidade Organizacional Finanças, Gerente de Gestão de Recursos e Tesouraria e Gerente de Gestão  de Contratos, sendo coordenado pelo DF e secretariado pela Unidade Organizacional Finanças. 

O Comitê de Energia tem por atribuições: 

 Aprovar  a  Política  de  Comercialização  e  Administração  do  Risco  de  Mercado,  mantendo‐a  atualizada de acordo com a evolução do mercado e dos aspectos regulatórios; 

 Aprovar os Preços de Transferência a serem usados nas operações e avaliação das exposições  do  portfólio  de  contratos,  estabelecer  limites  e  autorizações,  devendo  assegurar  a  implementação de uma política de comercialização transparente e controlada; 

 Aprovar as estratégias para participação em leilões de compra e venda de energia;    Aprovar os contratos padrões de venda de energia;  

 Analisar e propor soluções mitigadoras para os processos relacionados com a comercialização  de energia, que envolvam riscos apontados pelo Comitê de Riscos da Tractebel Energia e,   Reunir‐se  quinzenalmente  para  avaliar  os  negócios  e  a  situação  do  mercado  de  energia 

elétrica. 

O  Comitê  é  composto  pelos  Gerentes  de  cada  uma  das  seguintes  Unidades  Organizacionais:  Comercialização  de  Energia,  Planejamento  da  Oferta  de  Energia,  Assuntos  Regulatórios  e  de  Mercado,  Administração  de  Contratos  de  Energia  e  Contabilização  e  pelos  Diretores  de  Planejamento e Controle (DC) e de Comercialização de Energia (DE), sendo coordenado pelo DC e  secretariado pela Unidade Organizacional Assuntos Regulatórios e de Mercado.     Quando houver necessidade de discussão de estratégias e políticas para comercialização de energia  de empreendimentos em implantação será solicitada a participação de representante da Diretoria de  Implantação.   O Comitê de Planejamento Tributário tem por atribuições:   Interpretar a legislação tributária para definir procedimentos específicos, quando necessário;   Decidir sobre contestações administrativas e judiciais;    Apresentar sugestões para obtenção de benefícios junto às autoridades fiscais; e, 

 Participar  das  decisões  sobre  novos  projetos,  identificando  as  oportunidades  de  economia  fiscal.  

 O  Comitê  é  composto  pelo  Diretor  Financeiro  e  de  Relações  com  Investidores  (DF)  e  pelos  Gerentes  das  seguintes  Unidades  Organizacionais:  Governança  Tributária,  Contabilidade,  Assuntos  Jurídicos,  Planejamento  e  Controle  Financeiro,  Finanças,  e  pelos  empregados  responsáveis  pelos  Processos  Tributários  e  pela  empresa  de  consultoria  tributária,  sendo  coordenado  pelo  DF  e  secretariado  pela  Unidade  Organizacional  de  Governança  Tributária 

Ainda dentro do objetivo de monitorar e gerenciar os riscos, a Companhia tem várias áreas formais  com  funções  relacionadas  ao  monitoramento  de  risco  de  mercado,  destacando‐se  o  controle  de  portfólio,  o  acompanhamento  da  exposição  mensal  e  da  média  móvel  de  lastro,  a  prospecção  de  preços de curto e longo prazos e a definição de estratégias para mitigação de riscos operacionais e  de  mercado.  As  atividades  comerciais  da  Companhia  seguem  a  Política  de  Comercialização  e  Administração de Risco de Mercado, onde cada operação é individualmente analisada com relação  aos resultados e aos riscos.   g.  Adequação da estrutura operacional e controles internos para verificação da efetividade da  política adotada  O Comitê de Gerenciamento de Riscos da Companhia tem as seguintes atribuições:   Promover a conscientização do tratamento do risco na Companhia;   Definir metas e diretrizes para o processo de gerenciamento de risco empresarial;   Promover e sugerir melhorias no processo de avaliação de riscos gerenciados pelas Unidades  Organizacionais;   Classificar os riscos da Companhia;   Definir os procedimentos de controle de riscos. 

A  atuação  do  Comitê  é  de  abrangência  empresarial  e,  deste  modo,  dispõe  de  representantes  das  áreas estratégicas da Companhia. 

Participam  do  Comitê,  representantes  das  áreas  responsáveis  pelo  planejamento  financeiro,  regulação  e  mercado,  planejamento  da  oferta  de  energia,  finanças,  comercialização,  auditoria,  implantação  de  projetos  e  produção  de  energia.  A  coordenação  geral  do  Comitê  é  do  Diretor  de  Planejamento  e  Controle,  secretariado  pela  Unidade  Organizacional  Planejamento  e  Controle  Financeiro. 

No  processo  de  análise  de  riscos  empresariais  cada  risco  identificado  é  classificado  quanto  à  sua  probabilidade  de  ocorrência,  significância  (ou  severidade)  e  grau  de  controle.  Da  análise,  desenvolve‐se um plano de ação mitigatório para cada um dos riscos. O gerente do departamento  em  cuja  área  de  abrangência  o  risco  se  origina  é  o  “dono  do  risco”  e  será  responsável  pela  implantação do plano de ação. Importante notar que, quando da análise dos riscos, é feita também  uma avaliação das eventuais oportunidades associadas. 

A  Companhia  possui  um  Sistema  de  Controles  Internos  que  foi  inicialmente  implantado  para  atender à Lei norte‐americana Sarbanes‐Oxley, voltada às companhias de capital aberto que orienta  a criação de mecanismos confiáveis de auditoria e segurança das informações, a fim de assegurar a  veracidade do conteúdo dos relatórios financeiros.  

Atualmente  na  Tractebel  Energia  a  verificação  da  efetividade  do  Sistema  de  Controles  Internos  é  realizada  através  do  Programa  de  Controles  Internos  do  Grupo  Controlador  GDF  SUEZ,  denominado “INCOME”, o qual é certificado anualmente pela Administração. 

Dentro  deste  Programa,  a  cada  ano  os  processos  operacionais  da  Companhia  são  revisados,  os  riscos  envolvidos  analisados  e  as  atividades  de  controles  estabelecidos  são  testadas  para  certificar  que  as  operações  ocorreram  corretamente,  que  os  riscos  identificados  foram  mitigados  e  que  a  legislação aplicável foi atendida.  

5.3  Em relação ao último exercício social, indicação de alterações significativas nos principais