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Desempenho financeiro O desempenho económico e financeiro da EPAL em 2007 fo

No documento relatório e contas 2007 (páginas 57-60)

bastante positivo.

Para esta evolução contribuíram (i) a contenção dos custos operacionais, que foram 4,6% mais baixos do que no ano anterior e (ii) a estabilização do volume de água vendida, que em 2007 apresentou um nível semelhante ao do ano anterior.

Os proveitos totais aumentaram 3,9% para 148,2 milhões de euros o que – aliado a uma redução de 2,5% dos custos totais para 116,4 milhões de euros – permitiu atingir resultados líquidos de

24,4 milhões de euros, mais 49,4% do que no exercício anterior.

16,3 7,4 6,9 116,4 119,3 148,2 142,6 Proveitos totais Custos Totais IRC Volume de negócios

O volume de negócios atingiu os 140,0 milhões de euros, mais 1,9% do que no ano anterior.

(103 EUR) 2005 2006 2007 VARIAÇÃO 07/06 Valor % Vendas 134 034 134 424 137 377 2 953 2,2 Prest. de serviços 3 351 2 936 2 592 (344) (11,7) Vol. de Negócios 137 385 137 360 139 969 2 609 1,9

As vendas de água, incluindo a quota de serviço, aumentaram 2,2% relativamente a 2006. Em volume, a água vendida em 2007 situou-se nos 210 milhões de m3.

213 218 219 222 224 218 210 210 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Volumes de água vendidos (milhões m3)

Resultados

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As prestações de serviços tiveram uma quebra de 11,7% face a 2006, o que se deveu essencialmente à diminuição das actividades de reparação domiciliária e de ramais, de processos de abastecimento, de novos contratos de abastecimento e de instalação de contadores.

Custos operacionais

Os custos operacionais diminuíram 4,6% face ao ano anterior para os 106,9 milhões de euros. Esta redução deveu- -se ao efeito da política de contenção e de racionalização de custos nos fornecimentos e serviços externos (-2,3%) e no custo com as matérias consumidas (-4,4%) e ao facto de, ao nível dos custos com pessoal, ter sido reconhecido, em 2006, um custo significativo, ascendendo a 7,7 milhões de Euros, relacionado com o impacto da transição de regimes do Plano Pós-Emprego.

(103 EUR)

Custos 2005 2006 2007 VARIAÇÃO 07/06

Valor %

Custo das matérias consumidas 3 103 2 809 2 684 (125) (4,4)

Fornecimentos e serviços externos 34 715 37 621 36 771 (850) (2,3)

Impostos 875 692 1 009 317 45,8

Custos com o pessoal 32 395 41 703 33 365 (8 338) (20,0)

Outros custos operacionais 23 23 81 58 252,2

Amortizações e ajustamentos 27 591 28 317 31 918 3 601 12,7

Provisões 5 598 969 1 135 166 17,1

Custos operacionais 104 300 112 134 106 963 (5 171) (4,6)

No que respeita aos fornecimentos e serviços externos, a evolução verificada traduz já resultados da implementação

de apenas 1,6% face ao ano anterior, evolução para a qual contribuíram os esforços de redução de perdas – que resultam na necessidade de processamento de menor caudal para um mesmo nível de água vendida – e a continuada estratégia e subsequentes medidas de melhoria da eficiência energética e de gestão dos períodos de consumo de energia.

Os custos com o pessoal registaram uma redução de 20,0% (8,3 milhões de Euros), fundamentalmente explicada pelo reconhecimento, no ano anterior, de custos relacionados com a transição de regimes do Plano Pós-Emprego, no montante de 7,7 milhões de Euros. Excluído esse efeito, os custos com pessoal teriam apresentado um agravamento na ordem dos 2%.

As amortizações e ajustamentos foram a componente dos custos operacionais que teve o maior incremento dos custos,

3,6 milhões de euros dos quais 2,5 milhões respeitam ao aumento das amortizações de activos e 1,1 milhões ao reforço

O aumento de 1,1 milhões de euros nos ajustamentos sobre dívidas a terceiros deve-se inteiramente a uma alteração do critério de constituição de ajustamentos, implementada após cuidada revisão e análise do risco associado à cobrança de créditos.

As provisões do exercício foram de 1,1 milhões de euros e destinaram-se a fazer face a contingências e processos judiciais em curso. O reforço das provisões resulta de uma avaliação criteriosa e aprofundada dos riscos e tem por objectivo fazer face a obrigações presentes ou prováveis, mas não aleatórias. A EPAL considera que o montante de provisões acumuladas é adequado e suficiente.

Resultados do exercício

O resultado líquido do exercício foi de 24,4 milhões de euros, mais 49,4% do que em 2006.

Os resultados operacionais foram de 35,0 milhões de euros, mais 8,3 milhões do que no exercício anterior, em consequência de proveitos operacionais totais de 142,0 milhões de euros (+2,2%) e de custos operacionais totais de 107,0 milhões de euros (-4,6%). (103 EUR) Resultados 2005 2006 2007 VARIAÇÃO 07/06 Valor % Resultados operacionais 35 373 26 773 35 019 8 246 30,8 Resultados financeiros (4 979) (6 477) (8 483) (2 006) (31,0) Resultados extraordinários 2 901 2 969 5 248 2 279 76,8

Resultados antes de impostos 33 295 23 265 31 784 8 519 36,6

Imposto sobre o rendimento 9 507 6 936 7 393 457 6,6

Resultado líquido do exercício 23 788 16 329 24 391 8 062 49,4 Os resultados financeiros diminuíram 31,0% para -8,5 milhões

de euros, em grande parte devido ao aumento dos custos de financiamento. Os encargos financeiros com a dívida bancária de médio e longo prazo contratada com o Banco Europeu de Investimento (BEI) foram de 8,4 milhões de euros, mais 32,3% do que no ano anterior. Esta evolução resultou do aumento da dívida durante o ano – em que se realizaram desembolsos no montante de 15 milhões de euros – e do efeito nos juros do aumento significativo das taxas no mercado monetário, apesar de 42,1% da dívida bancária da empresa estar contratada a taxa de juro fixa.

A política de gestão de risco de taxa de juro assumida pela empresa prevê (i) a contratação da modalidade – fixa ou variável – em que a empresa é mais competitiva e (ii) o equilíbrio entre o

peso da dívida a taxa fixa e o peso da dívida a taxa variável. Esta política tem produzido resultados positivos e tem permitido atenuar o efeito nos custos financeiros da empresa do aumento acentuado das taxas activas no mercado. Enquanto que no mercado a média mensal da taxa interbancária(Euribor a 3 meses) para os prazos de capitalização contratados pela EPAL se situou em cerca de 4,372% e apresentou um acréscimo de cerca de 123 pontos base face à média do ano anterior, a taxa média do custo do capital alheio na EPAL situou-se nos 3,901%,

apresentando-se apenas 73 pontos base acima da taxa média do ano anterior. Para esta contenção da subida dos custos financeiros foi importante o facto de, para 42,1% da dívida bancária, ter sido oportunamente fixada a taxa de juro. Em termos médios ponderados, a taxa fixa ascendeu a 3,484%, um nível bastante mais baixo do que os 4,372% médios do mercado.

A par do aumento dos custos financeiros, também aumentaram os proveitos financeiros de juros de depósitos e aplicações bancárias de curto prazo, que foram de 345 mil euros, mais 62,8% do que no ano anterior.

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Os resultados extraordinários aumentaram 76,8% para 5,2 milhões de euros, o que se explica pelo aumento de cerca de 2,3 milhões de euros dos proveitos extraordinários resultantes essencialmente da anulação de provisões, dum modo geral em consequência da liquidação efectiva do custo estimado, e do reconhecimento anual de proveitos relativos a subsídios ao investimento recebidos em anos anteriores.

Em consequência dos resultados obtidos, a taxa de

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