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DESEMPREGO REGISTADO NO 1º SEMESTRE DE 2016 – SITUAÇÃO NO FIM DO MÊS DE JUNHO

II. ANÁLISE DO 1º SEMESTRE DE 2016

4. DESEMPREGO REGISTADO E PEDIDOS DE EMPREGO NOS CENTROS DE EMPREGO

4.1. DESEMPREGO REGISTADO NO 1º SEMESTRE DE 2016 – SITUAÇÃO NO FIM DO MÊS DE JUNHO

De acordo com os dados disponibilizados pelo IEFP para Portugal continental, no final do 1º semestre de 2016, estavam inscritos nos Centros de Emprego do Continente, cerca de 480 mil desempregados, o que representou uma diminuição de 4,6% em termos homólogos e de 8% face ao final do semestre anterior (menos 23,4 mil e menos 41,5 mil pessoas, respetivamente). Apesar deste decréscimo do desemprego registado se ter verificado tanto nos homens como nas mulheres, foi no contingente masculino que se evidenciou uma quebra mais expressiva, quer face ao semestre anterior (menos 24,6 mil homens e menos 16,9 mulheres), quer face ao semestre homólogo (menos 14,7 mil homens e menos 8,7 mil mulheres). Por seu turno, esta descida mais acentuada entre os homens alterou o peso relativo masculino, que decresceu, representando, no final de junho de 2016, 46,6% do total do desemprego registado.

25. Evolução do desemprego registado por género

Situação no fim do mês

Fonte: IEFP, Mercado de Emprego

Relativamente ao número de desempregados registados de longa duração (DLD), no final do 1º semestre de 2016, verificou-se uma descida tanto relativamente ao semestre anterior (menos 4,3%, ou seja menos 10,5 mil pessoas), como em termos homólogos (menos 9,2%, isto é, menos 23,8 mil pessoas). Quanto ao número de jovens inscritos, registou-se igualmente um decréscimo, tendo este sido mais significativo face ao semestre anterior, com uma quebra de 10,4 mil desempregados (menos 16,1%), um vez que face ao

período homólogo, constatou-se uma descida de 3,2%, o que se traduziu numa diminuição de 1,8 mil indivíduos).

26. Percentagem do Desemprego Jovem e do DLD no Desemprego Registado

Situação no fim do mês

Fonte: IEFP, Mercado de Emprego

Por outro lado, a análise regional permite constatar que, entre dezembro de 2015 e junho de 2016, o decréscimo do desemprego registado se repercutiu por todas as regiões do Continente, com uma maior evidência no Algarve (-43%) e no Centro (-10,9%), não obstante o peso relativo destas regiões assumirem uma menor expressão. Em termos relativos, o Norte continuou a ser a região mais afetada pelo desemprego, com cerca de 216 mil desempregados inscritos, apesar de ter evidenciado, em junho de 2016, a maior descida em termos absolutos, face ao final do semestre anterior (menos 14,8 mil desempregados).

27. Evolução do Desemprego registado por regiões

Situação no fim do mês

Fonte: IEFP, Mercado de Emprego

0 10 20 30 40 50 60 70 Junho 2015 Dez. 2015 Junho 2016 11,1 12,3 11,3 51,1 46,7 48,6 DLD Jovens (<25 anos) Pessoas

Considerando o período homólogo, verifica-se que, no final do 1º semestre de 2016, o desemprego registado decresceu em todas as regiões do continente, à exceção do Alentejo que apresentou um aumento de 2,5%, o que se traduziu na inscrição de mais 600 desempregados. Também em termos homólogos, foi na região Norte que se evidenciou a maior quebra absoluta do desemprego registado, com menos 13,5 mil desempregados. De salientar que o Norte, só por si, representava, no final do 1º semestre de 2016, cerca de 45% do total do desemprego registado, seguindo-se as regiões de Lisboa e do Centro, com 32,7% e 14,1% do total de registos de desemprego.

Relativamente ao desemprego registado por sectores de atividade, no final do 1º semestre de 2016, a maior proporção de desempregados inscritos à procura de novo emprego continuou a provir do sector dos Serviços (67,5%), seguindo-se a Indústria, Energia e Água e Construção (27,3%) e a Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca (4,1%).

28. Desemprego registado por sectores de atividade

Situação no fim do mês

Fonte: IEFP, Mercado de Emprego

Apesar de todos os sectores de atividade evidenciarem, em junho de 2016, quebras face ao semestre anterior, o sector da Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca registou a descida mais expressiva (-11%), o que se traduziu, dada a sua menor representatividade (4,1%) no total dos sectores, numa diminuição de 2,2 mil desempregados. Os restantes sectores registaram igualmente um decréscimo do número de desempregados inscritos face a dezembro de 2015. De registar que, o sector dos Serviços, que evidenciou o maior peso relativo no conjunto dos sectores de atividade (67,5%), no final do semestre em análise apresentou a maior descida, em termos absolutos, do número de desempregados inscritos (cerca de menos 18 mil inscritos).

Por outro lado, considerando a variação homóloga do período em análise, constata-se que foi o sector da indústria que apresentou a maior quebra (-12,2%), com uma diminuição de mais de 16 mil desempregados inscritos, ao contrário do sector agrícola que apresentou uma variação positiva do desemprego registado (2,3%), o que se traduziu num aumento, pouco expressivo, do número de inscritos (397 pessoas).Numa análise mais desagregada da Indústria, Energia e Água e Construção, no final do 1º semestre de 2016, foi o subsector da Construção que continuou a assumir maior peso relativo no total de desempregados inscritos provenientes da Indústria (42,8%), logo seguido da Indústria do Vestuário (10,8%) e das Indústrias alimentares das bebidas e do tabaco (8,6%).

29. Desemprego registado na Indústria

Situação no fim do mês

Fonte: IEFP, Mercado de Emprego

De salientar que o subsector da Construção registou a maior quebra em termos absolutos, quer face ao semestre anterior, quer face ao período homólogo, com uma diminuição de 5 mil e 8,7 mil desempregados inscritos, respetivamente. Também a Indústria do vestuário evidenciou um decréscimo do número de desempregados registados, com menos 1,6 mil pessoas inscritas neste subsector, face ao semestre homólogo, e menos mil desempregados face a dezembro de 2015.

No sector dos Serviços, em junho de 2016, o subsector com maior peso relativo (35%) – Atividades Imobiliárias, Administrativas e dos Serviços de Apoio – registou um aumento de 3,2% do desemprego em relação ao período homólogo, o que, em termos absolutos, se traduziu no registo de mais 3,2 mil

desempregados. Relativamente ao subsector Comércio por Grosso e a Retalho, que manteve, no semestre em análise, a segunda maior representatividade com 17,8% do total do desemprego registado no sector dos Serviços, verificou-se um decréscimo do número de desempregados inscritos, tanto em termos homólogos como face ao semestre anterior (-3,3 mil e 2,2 mil indivíduos). De registar que, face ao semestre anterior, o subsector do Alojamento, restauração e similares evidenciou a descida mais expressiva do número de desempregados inscritos (menos 8,1 mil).

30. Desemprego registado nos Serviços

Situação no fim do mês

Fonte: IEFP, Mercado de Emprego

No final do 1º semestre de 2016, as profissões mais representadas nos ficheiros dos Centros de Emprego do Continente continuaram a ser os Trabalhadores não qualificados (24,3%) e o Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (18,9%), sucedendo-se os Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (14,4%).

Em valores absolutos, o semestre em análise, quando comparado com o anterior ou com o homólogo, indiciou uma quebra na maioria das profissões, à exceção das Profissões das forças armadas que apresentaram uma subida do número de desempregados inscritos, apesar de diminuta. Quanto às restantes categorias profissionais, os maiores decréscimos do número de inscritos verificaram-se nas profissões dos Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (menos 9,5 mil, quer face ao semestre anterior, quer face ao período homólogo) e dos Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem (menos 4,2 mil em termos homólogos e menos 4,5 mil relativamente a

dezembro de 2015). Ainda em termos absolutos, saliente-se o facto dos Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores e dos Trabalhadores não qualificados terem evidenciado quebras significativas no número de inscrições de desemprego face ao semestre anterior (menos 7 mil e menos 5,9 mil desempregados, respetivamente).

31. Desemprego registado (novo emprego) por profissões

Situação no fim do mês

Fonte: IEFP, Mercado de Emprego

Ao nível das habilitações, o 1º semestre de 2016, quando comparado com o anterior ou com o homólogo, evidenciou uma descida generalizada por todas as categorias educacionais. Todavia, em termos homólogos, a quebra mais expressiva verificou-se nos desempregados registados com o 1º ciclo do Ensino Básico (- 11,8 mil pessoas), que, no período em análise, viram o seu peso relativo diminuir para cerca de 20% do total do desemprego.

Por outro lado, relativamente ao semestre anterior, em junho de 2016, os decréscimos mais elevados, quer em termos percentuais quer em termos absolutos, evidenciaram-se entre os desempregados com o ensino Secundário (-11,7 mil desempregados), logo seguidos pelos que possuem o 1º, o 3º e o 2º ciclo do Ensino Básico (-9 mil, -8 mil e -7,2 mil, respetivamente). De salientar que, estas diminuições se repercutiram na estrutura relativa dos níveis de instrução dos desempregados registados. Assim, constata-se que os desempregados com maior nível habilitacional, têm vindo a assumir maior peso no

desemprego total, em detrimento dos que têm níveis inferiores de habilitações, em particular quando comparados os períodos homólogos em análise.

32. Evolução do desemprego registado por níveis de habilitações

Situação no fim do mês

Fonte: IEFP, Mercado de Emprego

4.2. ANÁLISE DOS PEDIDOS DE EMPREGO REGISTADOS NO 1º SEMESTRE DE