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Desenvolvimento da fase pré-intervenção educativa dos estudos

Taxa de adoção de inovações

DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

3.4.2 Desenvolvimento da fase pré-intervenção educativa dos estudos

A fase pré-intervenção da pesquisa englobou o desenvolvimento de três estudos, que são descritos a seguir.

3.4.2.1 Estudo 1 - Conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre úlcera de pressão e medidas preventivas

A coleta de dados do estudo, na fase pré-intervenção, ocorreu entre os dias 05 e 10 de janeiro de 2005 e na fase pós-intervenção entre os dias 01 e 10 de fevereiro de 2005.

A população deste estudo constou dos profissionais que faziam parte da equipe de enfermagem no CTI. No período do estudo, 50 profissionais atuavam no CTI, sendo 78% de nível médio(10 técnicos e 29 auxiliares) e 22% de nível superior (11 enfermeiros). Desses, 32 responderam ao instrumento na fase pré-intervenção e 36 responderam na fase pós- intervenção.

Os instrumentos para coleta de dados (APÊNDICE 2) foram distribuídos aos membros da equipe de enfermagem que aceitaram participar do estudo e explicado como o mesmo deveria ser preenchido. Devido à dinâmica do trabalho no CTI e da impossibilidade de fixar um horário para os participantes preencherem os instrumentos e entregá-los, disponibilizamos uma pasta para acondicionamento de papel para que pudessem depositar os instrumentos preenchidos. Os participantes deveriam responder aos questionários individualmente durante o plantão e devolvê-los imediatamente à pesquisadora ou depositar na pasta específica para receber os questionários respondidos, que eram recolhidos diariamente. Esta pasta foi colocada na sala de enfermagem, espaço este de acesso a todos os profissionais de enfermagem. O questionário foi aplicado na fase pré-intervenção e re-aplicado na fase pós- intervenção, ou seja, imediatamente após a intervenção educativa.

3.4.2.2. Estudo 2 - Comportamento dos profissionais relacionado aos cuidados preventivos de úlcera de pressão

O estudo do comportamento da equipe na assistência prestada, no que se refere à avaliação do paciente em risco para úlcera de pressão na admissão e uso de medidas para a prevenção da úlcera de pressão, durante o banho no leito, foi realizado, na fase pré- intervenção, entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2004 e na fase pós-intervenção nos meses de fevereiro, março e abril de 2005.

A coleta de dados neste estudo foi realizada usando-se observação não participante conforme o instrumento já apresentado (APÊNDICE 3). Foram observados 50 procedimentos de banho no leito em cada uma das fases pré e pós-intervenção.

A pesquisadora permaneceu junto ao leito do paciente, onde os profissionais realizavam o procedimento, do início ao término do banho, e não foi oferecida nenhuma interferência, por parte desta.

3.4.2.3 Estudo 3 - Ocorrência de úlcera de pressão nos pacientes no CTI e identificação dos fatores de Risco

A coleta de dados para o estudo de ocorrência de úlcera de pressão teve a duração, na fase de pré-intervenção, de 60 dias e, na fase pós-intervenção, de mais 60 dias. O período de realização, na fase pré-intervenção, abrangeu os meses de agosto, setembro e outubro de 2004 e na fase pós-intervenção os meses de fevereiro, março e abril de 2005.

Os dados deste estudo foram coletados em impresso próprio já descrito anteriormente (APÊNDICE 4).

A população deste estudo constou dos pacientes internados no CTI, nas salas destinadas à pacientes clínicos e cirúrgicos que atendiam aos seguintes critérios de inclusão: permanecer internado no CTI por um período igual ou maior que 48 horas; ter a pele íntegra no momento da admissão e ter consentido na participação no estudo.

Todo paciente que atendeu aos critérios de inclusão, primeiramente, foi submetido à avaliação do risco para o desenvolvimento de úlcera de pressão com o uso da Escala de Braden e avaliação das condições da pele pelo exame físico até 24 horas após sua admissão.

A Escala de Braden (APÊNDICE 5) foi usada, pela pesquisadora, para avaliação do risco para o desenvolvimento de úlcera de pressão, sendo, o escore 16 determinado como parâmetro para a determinação do risco do paciente. Escores menores que 16 denotam risco para o desenvolvimento de úlcera de pressão (MAKLEBUST; SIEGGREEN, 2000).

Os pacientes foram acompanhados com avaliações sistemáticas das condições da pele, diariamente, até a constatação da presença de úlcera de pressão, alta do CTI ou o óbito.

Para a avaliação das úlceras, foi considerada a classificação apresentada por Bergstrom et al., 1992: Estágio I- Eritema da pele intacta que não embranquece após a remoção da pressão; Estágio II-perda da pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas. A úlcera é superficial e apresenta-se como uma abrasão ou cratera rasa; Estágio III-é a perda da pele na sua espessura total, envolvendo danos ou uma necrose do tecido subcutâneo que pode se aprofundar, não chegando até à fáscia. A úlcera se apresenta clinicamente como uma cratera profunda; Estágio IV- perda da pele na sua total espessura com uma extensa destruição, necrose dos tecidos ou danos aos músculos, ossos ou estruturas de suporte como tendões ou cápsulas das juntas.

Foram obtidos dados relacionados a peso e à altura dos pacientes para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Esses dados foram coletados dos registros nos prontuários dos pacientes. Os limites de corte do IMC são considerados: Baixo peso = < 20; Normal = 20 a 24,99; Sobrepeso = 25 – 29.99 e Obesidade = > 30 (NAVES; SILVA, 1994).

A diminuição do nível de consciência é um dos fatores de risco para o desenvolvimento de úlceras de pressão e confere ao paciente estado de dependência com relação ao suprimento de suas necessidades básicas como movimentação, higienização, alimentação, entre outras, diminui a percepção sensorial e dificulta ou impede a verbalização de desconforto ou dor.

Para avaliação deste aspecto do desenvolvimento da úlcera, foi utilizada a Escala de Coma de Glasgow (APÊNDICE 6) que começou a ser utilizada cerca de trinta anos atrás e

tem sido adotada para a avaliação das respostas cerebrais e como forma de avaliação do nível de consciência de pacientes. Permite a padronização das observações do nível de consciência do paciente. É dividida em três subescalas que são abertura ocular, melhor resposta verbal e melhor resposta motora e os escores podem variar de 3 (menor escore) a 15 (maior escore). Escore de 15 indica um paciente consciente e orientado e de três, possivelmente, indica um paciente em coma profundo. Escores de sete ou menor indicam coma (HICKEY, 1992). O escore da Escala de Glasgow de cada paciente foi determinado pela avaliação do paciente com a referida escala, pela pesquisadora.

3.4.3 Desenvolvimento do Embasamento teórico e planejamento e realização da